quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Crise dos Modelos de Autoridade Competente

Em nossa época atual, a crescente onda de relativismo e indeterminismo, ceticismo e niilismo, ateísmo e individualismo, tem provocado no conjunto das instituições sociais, de seus líderes e representantes, uma definida crise de modelos de autoridade competente, trazendo insegurança e instabilidade a muitos setores da sociedade, colocando na berlinda das garantias sociais e individuais muitos profissionais, trabalhadores liberais, representantes de grupos ou classes sociais, indivíduos comprometidos até então com a ordem da sociedade, de sua constituição federal e suas instituições sociais garantidas por esta.
Vemos assim o professor sendo criticado, qustionado e interrogado por seus alunos e estudantes em sala-de-aula; o médico em conflito com seu paciente; o advogado em polêmica com a justiça e seus clientes; o patrão sendo ignorado por seus empregados; o chefe subestimado por seus funcionários; os filhos e netos que não obedecem mais a seus pais e avós; o gerente de um banco discutindo com os bancários; a irreverência de subordinados perante o chefe da empresa, o dirigente do comércio ou o diretor da indústria; e assim por diante...
Relativizando tudo e a todos, pondo sempre tudo em dúvida, acreditando no nada e no vazio, comprometendo-se com a indeterminação da realidade dos seres e das coisas, assumindo um individualismo egocêntrico, ou a ausência ou indiferença em relação a Deus e os fenômenos do além, do após a morte, ou das realidades eternas e transcendentes, tudo isso, enfim, colabora certamente para a crise ou a berlinda dos modelos atuais de autoridade competente, como citados acima.
Esperamos, contrariamente a isso, que tais fenômenos atuais tornem possível uma outra realidade prática cotidiana: o aumento, crescimento e desenvolvimento da fraternidade e da solidariedade, da cultura do bem e da paz, do amor e da vida, do direito, da justiça e da verdade, para a qual cooperará verdadeiramente a abertura a uma nova mentalidade cultural, a renovação dos valores e dos interesses das consciências, e a libertação de fato de preconceitos e superstições.
Que tal crise de modelos transforme-se em uma alternativa para o bem e uma oportunidade para a construção da paz social, individual e ambiental.

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