quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Um Mundo em crise

Século XXI Um Mundo em crise 1. Supere o seu Estresse Perante o excesso de preocupações no dia a dia e a demasia de trabalhos e compromissos que envolvem a nossa rotina cotidiana, ou diante do barulho das Cidades e da poluição sonora e visual que acontece nas ruas e avenidas de nossos bairros, ou ainda em meio a doenças, transtornos mentais e distúrbios emocionais que aparecem na nossa família ou contagiam amigos e parentes mais próximos, ou mesmo quando a violência bate à nossa porta e a maldade minha ou dos outros invade a nossa casa, a nossa rua e as tarefas nossas de cada dia e de toda noite, enfim, se essas contradições de todas as horas, minutos e segundos da nossa vida social, política, econômica e cultural, e profissional, contaminam a nossa existência diária e noturna, nos deixando nervosos demais, alterados na consciência, transformados em nossas atitudes, causando-nos patologias diversas e várias enfermidades até, então, busque o silêncio dentro do ambiente em que você vive, procure a sua privacidade, zele pela sua intimidade pessoal, mantenha a ordem e a paz em torno de si, dentro do seu eu e fora no meio em que se encontra, ou descansando a cabeça e dormindo se possível, bebendo bastante água para repor as suas energias, reativar a sua circulação sanguínea, reanimar as batidas normais do seu coração, renovar a reprodução de suas células nervosas, os neurônios, e assim reintegrar-se interiormente, alcançando a calma da sua alma e o repouso do seu corpo e a tranqüilidade do seu espírito. Reze, faça uma oração a Deus se possível. Ponha Deus na sua vida. Dê voz e vez a Ele. E, então, as suas forças se reanimarão, as suas energias serão reativadas, o seu bom-humor se motivará, o seu astral elevar-se-á e a sua auto-estima subirá ao mais alto do céu, avivando pois a sua vida e entusiasmando novamente a sua existência. Seja criativo nesse momento. Saia da rotina nesse instante. Varie as suas ações cotidianas. Modifique o seu comportamento costumeiro. Renove-se interiormente. Procure coisas boas e diferentes que o façam ficar motivado para a realidade e incentivado para as tarefas que precisa fazer. Permaneça consciente. Use o bom-senso nessa hora. Ponha o juízo para funcionar. Não assuma atitudes estranhas ou vivências esquisitas que possam identificar uma certa patologia ou moléstia perturbadora da sua segurança interior. Seja racional. E cordial também. Depois, converse com os amigos e dialogue com a família. Deixe viva a sua experiência espiritual. Desse modo, portanto, você superará o seu estresse, que vem incomodando a sua vida interior e as suas relações externas. Então, os seus relacionamentos serão pacíficos. Você se sentirá tranqüilo com as pessoas ao seu lado. A calma invadirá o seu ser, pensar e existir. E todos se aproximarão de você, ao contrário do que ocorria antes. E a paz interior assumirá a sua vida de cada dia. E Deus o abençoará. 2. O Excesso de preocupações: a doença do século A carência ou o exagero, segundo a medicina moderna, podem ser patológicos, dependendo da situação existente, do contexto biológico e social inerentes, e do ambiente humano, natural e cultural que envolve as pessoas. Sim, o excesso pode ser doentio. No caso das preocupações que assumimos no dia a dia da nossa vida, que perturbam a nossa mente, enfraquecem a nossa inteligência, desestabilizam a nossa racionalidade e quase sempre desequilibram a nossa consciência, também esse fato ocorre. Ficamos praticamente doentes quando exageramos nas preocupações diárias, nos compromissos da noite, nas responsabilidades da família e do trabalho, na tentativa de dar solução aos problemas cotidianos, ou ao se buscar a resolução de conflitos, dificuldades e contrariedades que muitas vezes nos atingem e tocam com gravidade psicológica e social. Então, consumidos por grandes preocupações nem sempre inscritas na nossa agenda eletrônica, ficamos paralisados pelo peso dos interesses em jogo, inoperantes diante da carga pesada que onera a nossa razão, enfraquecidos, sem jeito e sem ação perante as horas marcadas com os funcionários da empresa, ou o encontro com a namorada na esquina da nossa rua, ou na hora de fazer as compras do mês no supermercado, ou nos momentos reservados para o almoço no restaurante mais próximo ou a ida ao shopping do bairro para realizar o comércio de presentes, roupas e sapatos para ter em casa, ou a necessidade de pagar o aluguel do apartamento, o seu condomínio e IPTU, ou debitar automaticamente em sua conta corrente do ITAÚ as contas de luz, gás, telefone, água e esgoto, ou o IPVA do seu automóvel, ou fazer créditos indispensáveis em uma determinada financeira, ou realizar o intercâmbio de mercadorias e materiais de escola para seus filhos e filhas. Todas essas preocupações são precisas. Porém, quando levadas ao excesso, ou ao exagero da confusão mental e das complicações irreais e irracionais, podem se tornar enfermidades mentais, adquirindo então distúrbios físicos e biológicos e transtornos sociais e psicológicos. É possível que nesse estado sério, grave e crítico, percamos a cabeça sem mais nem menos, ignoremos a sensatez consciente e caiamos no desequilíbrio da mente e na falta de bom-senso racional, necessários para solucionarmos aqueles problemas. Nesse instante de crise aparente, urge pensar positivamente, ser otimista em todos os sentidos, manter a razão e o juízo, e garantir o bem que fazemos e a nossa paz interior indispensável nessas horas turbulentas, a calma da alma e a tranqüilidade do corpo e do espírito. Com essas condições pré-estabelecidas, até Deus se abre e se propõe a nos ajudar, tendo em vista sustentar o nosso equilíbrio mental e emocional, e nos afastar dessas idéias transformadas em moléstias, e desses valores e vivências agora sujeitos às anomalias da consciência e à instabilidade da nossa racionalidade. Precisamos sim de Deus nesses instantes instáveis, críticos e inseguros. E depois, recuperada a nossa disciplina mental, ordenada a nossa racionalidade inteligente e organizada a nossa consciência de bons valores, virtudes e vivências, podemos então descansar em paz e nos beneficiar dos favores e créditos de uma vida bem equilibrada, vivida com otimismo e alegria, sempre sorrindo para as pessoas. Desse modo, o excesso acaba e o exagero vai embora. As preocupações permanecem. Mas agora bem administradas pela garantia da nossa paz interior. E assim ficamos de bem com a vida. E voltamos à normalidade. E a nossa natureza se recompõe. Graças a Deus. 3. Um Mundo de Desorientados Parece que o nosso Século XXI será o tempo da insensatez, dos desequilíbrios comportamentais, das indiferenças praticadas, dos desajustes morais e espirituais, das violências urbanas e rurais, das discórdias entre pessoas, dos transtornos mentais e psicológicos, dos distúrbios sociais, ambientais e culturais, das inconstâncias políticas e das mutabilidades econômicas e financeiras, das dependências patológicas, das doenças da mente, das incompetências profissionais e das inadimplências vocacionais, da falta de talentos e carismas e suas criatividades, das atitudes descartáveis, das ações sem fundamento, das ausências de princípios capazes de sustentar grupos e indivíduos, da carência de valores que poderiam garantir o presente e o futuro das sociedades, de um ambiente sem regras que ordenem e bem administrem a nossa vida de cada dia e de toda noite, de uma era de desorientados, que não têm normas que conduzam os seus caminhos, sem condições de viver uma existência de qualidade e com dignidade, sem possibilidades de experimentar o bem e a bondade que devemos fazer e a paz e a concórdia que precisamos consumar, com amores insustentáveis e uma ética sem definições, onde a espiritualidade humana sofre a decadência das interpretações de Deus e seus efeitos para a consciência do homem e da mulher. Sim, convivemos com desorientados. Crianças que não brincam mais, pois já vivem como adultos acessando a internet e se comunicando pelo telefone celular. Jovens sem princípios e valores que os encaminhem para a vida cotidiana. Pessoas violentas demais, que não enxergam quem está ao seu lado e ao seu redor, ou diante de si e perante o convívio em sociedade. Um clima de preocupações exageradas, de trabalhos incessantes e desgastantes, de famílias em conflito, de relacionamentos indiferentes, de vazios nas ruas, das dúvidas nos conhecimentos adquiridos, das incertezas das idéias e dos ideais a serem postos em realidade, do culto ao nada, da frieza dos sentimentos, da loucura dos pensamentos e das experiências irreais e irracionais. Estamos mesmo desorientados. O que nos falta ? De que precisamos para bem viver a nossa vida e existir, como disse acima, com qualidade e dignidade ? Faltam-nos princípios estáveis e valores bem consolidados. Precisamos de regras firmes e fortes que sustentem as nossas atitudes sensatas e equilibradas. Dependemos de normas que se baseiem no otimismo das boas virtudes, na alegria das boas relações e no sorriso de quem está de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Dependemos de Deus. De uma nova e diferente interpretação da realidade temporal e transcendente, histórica e eterna. Dependemos de uma Força Superior a nós mesmos. Dependemos de uma Energia maior e melhor que nós próprios, capaz de elevar a nossa moral, enriquecer a nossa espiritualidade e aperfeiçoar os nossos sentimentos mais fundos e mais profundos. Assim, seremos transformadores desse mundo sem orientação ética e espiritual. Seremos agentes de um universo mais humano, justo e fraterno. Seremos mais solidários uns com os outros. Falta-nos essa outra interpretação de Deus, do mundo e da história, do homem e da mulher, e suas conseqüências sociais, políticas, econômicas e culturais na vida de todos e cada um que habitam esse Planeta aparentemente ameaçado pela nossa desorientação comportamental, que não respeita princípios e regras nem se responsabiliza pelo destino da humanidade. Vivemos a desrazão. Somos a insensatez em pessoa. Porque nos falta bom-senso nos compromissos assumidos e equilíbrio nas atitudes praticadas. Precisamos ser mais racionais. E mais cordiais. Talvez assim Deus encontre um motivo para se aproximar de nós. E resolver o nosso problema. Devemos nos orientar. 4. Geração só O Mundo moderno vive situações de violência, desequilíbrio e agressividade em torno do campo e da cidade, e seus habitantes têm que conviver com uma juventude hoje aqui e agora bastante descartável, de gente só, isolada e individualista, que cultua o seu próprio ego, persegue o transitório e foge de princípios estáveis e constantes e de valores eternos e absolutos, preferindo a rapidez dos negócios, a velocidade da sociedade e a aceleração do universo da ciência e da tecnologia, realizando assim instantes em que os ambientes são ligeiros e o clima entre eles é de agressão, palavrões diversos, brigas e confusões, e relacionamentos contraditórios, revelando uma nova geração que já nasce doente, vive prisioneira de sua velocidade e escrava de seu isolamento, triste no meio de atitudes solitárias e angustiantes, em pânico algumas vezes, medrosa e aflita, inquieta e insegura, ansiosa e desesperada, padecendo de distúrbios mentais e emocionais graves e de transtornos físicos, materiais e espirituais igualmente sérios e terríveis. Uma geração só. Que faz da solidão o seu reino e da violência o seu império. Parecem jovens em agonia, que abraçam a loucura da internet e das redes sociais e das teias virtuais, e beijam novas e diferentes tecnologias, em nome de seus pontos de vista e visões de mundo bastante diversas e até adversas, antagônicas e contrárias entre si, o que reflete uma geração que surge e cresce doente, enferma de suas próprias individualidades, sem regras de conduta, sem estrutua de vida e sem orientação em seus afazeres domésticos e familiares, na convivência social, no universo ideológico da política, carregando em si uma cultura tremendamente descartável, sem raizes, sem chão nem teto, sem portas nem janelas, uma experiência de vida cuja moléstia é seu viver sem referências ou paradigmas, sem modelos ou exemplos de vida. Sim, eles, os jovens, preferem ficar sozinhos, longe da família e da sociedade, construindo então um mundo sem constância de virtudes éticas e espirituais, transitório em seu cotidiano, sem fundamentos de existência. De fato, uma geração sem regras e sem fundamentos. Tal é a nova geração de jovens desorientados, de famílias em conflito e desajustadas, de trabalhos e empregos descartáveis, onde o que manda é a velocidade das atividades quase sempre sem princípios e valores que as conduzam a uma vida de estabilidade, segurança e tranquilidade. Uma geração sem Deus. Ou um deus que para eles é jovem, mas sem bases morais ou religiosas e sem fontes que garantam uma realidade de saúde mental e bem-estar físico e social e familiar. Uma geração descartável. Eis o mundo moderno. Uma juventude que aparece alienada, alheia a si mesma, só e sem ninguém. Será o fim dos tempos ? 5. Uma sociedade sem regras Observa-se atualmente a mentalidade do inútil e a cultura do descartável, pessoas que se olham na rua, discutem em casa e brigam no trabalho, em busca de respostas para suas interrogações constantes, à procura de soluções para seus problemas mais urgentes, tentando assim resolver seu vazio espiritual, o encontro com o nada em sua realidade cotidiana. E se pergunta: “o que estou fazendo aqui ? Onde estou ? O que está acontecendo comigo ? Deus existe ? Eu sou alguma coisa para alguém ?”Esses questionamentos refletem um mundo sem regras e uma sociedade sem fundamentos, em que quase todos perambulam de olho no provisório, buscando ser veloz nas soluções imediatas e urgentes encontradas, fazendo da rapidez nos negócios a base de seus relacionamentos, atitudes e experiências de todos os dias, noites e madrugadas. Faltam princípios que orientem toda essa gente alienada, neutra e indiferente, sem perspectivas nem referências cujos modelos de vida e exemplos de existência não se sustentam, passando-se a percorrer o que de mais transitório existe e insiste na realidade. Uma vida vazia. Um mundo ôco. O campo do Nada nos atravessa e invade, e nos faz mergulhar no oceano do descartável, das coisas indefinidas e dos seres indeterminados. E ficamos doentes. E tristes e angustiados. Caimos em depressão. Anseia-se por fugir dessas normas sociais que aprisionam e escravizam. E a liberdade: onde está ? 6. A Era da Depressão Hoje, qualquer impacto sobre as emoções de uma pessoa, ou tensão social geradora de conflitos e violências de toda sorte, ou turbulências mentais, confusões na consciência e complicações no corpo e no espírito, brigas na família e discussões no trabalho, um simples bater de um carro no outro, ou quem sabe um debate de idéias onde os pontos de vistas se chocam, tudo isso, enfim, é motivo de tristeza para muitos e sinal de depressão patológica para outros, quando então os indivíduos por um mero motivo se aborrecem no cotidiano, trocam palavrões uns com os outros, ou mesmo partem para a violência e a agressão , o que reflete o estado de depressão doentia que caracteriza o mundo hodierno em que grupos entram em duelo de combate em nome de seu orgulho comportamental, para salvar sua opção pela agressividade, preferindo a discórdia de opiniões e atitudes à tranquilidade da cabeça, pois manda quem opta pela força e faz de seu poder físico e mental a arma para ficar em uma situação boa, divergindo de quem busca o equilíbrio sem violência, a sensatez sem agressividade, o bom-senso sem transtornos físicos e mentais ou sem distúrbios de ordem emocional e psicológica. Então, o desequilíbrio reina socialmente à semelhança dos bandidos e suas balasperdidas em confronto com a polícia, impera a marginalidade dos traficantes impondo suas regras de conduta para quase toda a sociedade, refletindo o estado depressivo que nos assola e invade, perturba os nossos ambientes de paz e instaura entre nós um clima de contradições reais e cotidianas, contrariedades diversas e adversidades variadas, colocando a perigo a tranquilidade das pessoas e a calma das almas, que então, em nome de sua paz interior, preferem o isolamento das massas populares, a solidão de quem sabe o que quer, a neutralidade diante das notícias e acontecimentos, a alienação da realidade e a indiferença perante os fatos rotineiros do dia a dia, assumindo a indefinição das ações e se comprometendo seriamente com o indeterminismo dos comportamentos cotidianos. A confusão é tanta que parece que ninguém se entende, todos estão em estado de briga, conflito e violência, e ora alguns fogem de toda essa bagunça e turbulência social e familiar para salvarem o repouso de sua interioridade, a calma da alma e a tranquilidade do corpo e do espírito, como disse acima. Ora, as pessoas se isolam, para fugir da violência. Tudo para manter a sua tranquilidade. 7. O Reino do Indefinível Tal universo de realidades inseguras e inconstantes, descartáveis e instáveis, mostra a presença de ambientes indefinidos em torno de nós, fazendo a sociedade caminhar segundo um clima de indeterminações transitórias em que o relativo é mais importante, o isolamento fala mais alto, o vazio é o grito da moda, o nada existencial impera em todos os meios, o individualismo é a opção de quase todos, a indiferença predomina em vários setores, a neutralidade de decisões e atividades, ações e atitudes é a instância mais interessante, quase todos enfim ligados na turbulência da realidade e na violência do cotidiano, o que faz a cabeça de muitos, define os pontos de vista de outros, e transforma a vida da maioria em risco de morte espiritual, já que todos correm o perigo dos distúrbios mentais e emocionais, dos transtornos físicos e materiais, da dependência patológica de certas enfermidades sociais que só debilitam os indivíduos, enfraquecem os cidadãos e cidadãs, e tornam débeis os mais corajosos e animados, levados pela onda do indeterminismo que contamina quase todos. Esse o tempo moderno onde a juventude se aliena para poder ser feliz, outros se tornam indiferentes em nome de sua liberdade, e mais alguns se neutralizam na existência para superar a escravidão ideológica e a prisão psicológica. Em função dessa liberdade, preferem a tranquilidade de quem gosta de ser feliz. Por isso, abandonam tudo, fogem de todos, para salvar sua alternativa de boa cabeça, de sua opinião formada e seu ponto de vista diferente. Querem ser diferentes! 8. O Império do Indeterminável Parece que a vida é um jogo onde as pessoas buscam alternativas para o mal a sua volta, seja no botequim da esquina em que fregueses estão em briga discutindo futebol, mulheres, política e carnaval; seja nos gabinetes de juizes e desembargadores quando seus assessores procuram diferentes opções e estratégias de trabalho; seja na padaria aqui perto onde os indivíduos debatem as melhores soluções para os temas e assuntos do dia a dia; seja nos escritórios de advocacia e nos consultórios de saúde em que grupos se organizam para fazer da melhor maneira possível as atividades do dia e da noite; seja nos restaurantes do bairro ou nos shoppings da cidade onde cidadãos e cidadãs anseiam por fugir de seus transtornos físicos, mentais e emocionais e de seus distúrbios financeiros e sociais, materiais e espirituais, tendo como preferência umas boas compras de presentes para o final do ano; seja no jornaleiro logo ali quando clientes trocam idéias sobre as notícias e reportagens diárias; seja na família onde todos assistem a novela da noite para bem se orientar nos comportamentos de todos os dias, noites e madrugadas; seja ao ouvir uma música no rádio em que buscamos refrescar a cabeça, sair do estresse e melhores nossas condições de vida social epsicológica; seja na farmácia perto de nós quando as injeções e os remédios que compramos servem para aliviar e melhorar nossosproblemas e dificuldades de saúde mental e resolver nossos conflitos internos. Em tudo isso, refletimos o estado de indeterminação que toma conta de nós diariamente, uma situação indefinível de consciência em que todos se confundem com a violência de cada hora, minuto e segundo, as relações humanas e sociais estão discordantes e divergentes, os trabalhos insustentáveis, os relacionamentos de rua e familiares são questionados a todo instante, nossas maneiras de agir e se comportar parecem incomodar, perturbar e não agradar a todos, nossas circunstâncias de vida e trabalho se identificam com as trevas de uma noite sem estrelas ou com uma manhã sem sol para nascer. Em todas essas coisas, vivemos aflitos com as coisas que acontecem, em pânico, com medo e desesperados perante os riscos da realidade e os perigos do cotidiano, desejosos de sair da rotina, dormir um pouco quem sabe ou talvez melhorar nosso dia a dia com a práttica de esportes, uma ida ao cinema ou à praia, ou um lazer e entretenimento à noite como as noitadas de carnaval, as tardes de maracanã ou as madrugadas de rock in rio. Nesse mundo de indiferenças e neutralidades cotidianas, muitas vezes preferimos a alienação dos fatos, o isolamento das pessoas ou a solidão talvez saudável, a fim de garantir nossa saúde e bem-estar interior, indivual e coletivo, a nossa tranquilidade e paz interna. É um jogo a vida. Temos que dribar os problemas de vez em quando, fazer jogadas ensaiadas, para que a vida funcione bem e façamos gols de letra, de cabeça ou de bicicleta, que decidem a nossa vitória sobre esse mundo de contradições em série, a guerra das ruas, a batalha das famílias e o combate dos empregos e trabalhos.. Sim, preferimos a nossa calma interior. A paz da consciência. E ficar de bem com a vida. É mais tranquilo e seguro. É a nossa maneira sustentável de viver. A nossa estabilidade é melhor. 9. Todos estão Neutros Observamos também em nosso cotidiano atual como a sociedade em geral – a maioria das pessoas e não a minoria – vem optando por ações e atitudes onde se tornam neutras perante a realidade dos fatos e diante de problemas que a incomodam e dificuldades que lhe causem moléstias de todo tipo, como perturbações mentais, distúrbios emocionais e psicológicos e alterações em sua vida de espiritualidade, situações que revelam seu estado indeterminista de viver e existir, seu modo indefinido de estar no mundo, e conviver com circunstâncias sociais e políticas em que se encontram valores em crise, princípios sem fundamento, um mundo sem normas cujas regras é viver sem regras, não se posicionar dentro da realidade, assumir a sua neutralidade em condições que se identificam com momentos indiferentes de se colocar na sociedade e instantes alienantes e alienados junto às demais criaturas. Nesse processo de vazios espirituais, as pessoas mergulham no nada da existência e passam a nadar em realidades absurdas aparentemente quando então gerações se chocam, comunidades entram em conflito e grupos e indivíduos brigam tentando impor uns sobre os outros suas visões convictas da realidade, suas opiniões diferentes e contrárias e seus pontos de vista diversos e até adversos. Vivem assim condicionados por um mundo em crise, crise de valores sem fundamento, de princípios sem sustentação ética e de regras sem bases permanentes em uma espiritualidade natural. Parece mesmo que Deus não existe nessa realidade aparentemente sem normas pessoais e sociais, nesse universo onde reina o vazio do ser e o nada existencial. Então, nos transformamos em cidadãos e cidadãs inúteis, sem sentido e sem significado algum. Talvez o remédio seja recomeçar tudo de novo. Refazer a nossa cabeça. Fugir de representações mentais tradicionais e do passado. E viver uma vida nova e diferente, exercitando-se na construção de teorias estáveis e permanentes, e em práticas em que imperem a segurança social e financeira, a tranqüilidade moral e espiritual, e uma vivência de estabilidade política e econômica, social e cultural. Deste modo, é possível reverter esse quadro de indefinições sociais e indeterminismos espirituais e psicológicos, abraçando então uma consciência positiva e otimista, sensata e equilibrada, e uma experiência de vida guiada pela racionalidade e por uma ética de respeito aos outros e responsabilidade recíproca, do bem cultivado a todo momento e da paz vivida com solidariedade mútua. São remédios para uma prática que considere de vez a importância da fé em Deus em suas vivências de cada dia, noite e madrugada, hora, minuto e segundo. 10. Pessoas Indiferentes Ao cruzar a esquina de uma rua na Tijuca, Rio de Janeiro, entre a Conde de Bonfim e a Alfredo Pinto, um homem caido na calçada me chamou a atenção, e notei que todos os transeuntes passavam por ele e nem ligavam, nem eu, cada um na sua, e o jovem cidadão padecendo de dores até que apareceu uma ambulância do Corpo de Bombeiros e levou essa pessoa para a emergência do Hospital Souza Aguiar, onde foi atendido. E pensei e refleti. Olha só como estão as coisas. O Cidadão estirado na rua e todos indiferentes, passavam adiante, ninguém socorria aquele indivíduo sofrendo com algum machucado ou coisa assim. A Indiferença tomou conta de quase todos. Todos estavam neutros perante aquela situação. Pareciam alienados da vida cotidiana, do dia a dia das ruas. Pessoas vazias. Ôcas por dentro e por fora. Não eram nada, não tinham nada, não se incomodam com aquelas circunstâncias de sacrifício de um ser humano deitado na rua. É assim o mundo de hoje. As coisas acontecem e as pessoas não ligam, não se comprometem, não assumem responsabilidades, nem se deixam levar pela emoção e o sentimento de solidariedade, que deveria tocar aqueles e aquelas que por ali passavam. Sim, momentos indefinidos. A Indeterminação chegou a todos, e ninguém sabia o que fazer, que atitude tomar, ou que ação realizar. O homem caido e todos passavam indiferentes, alienados, neutros, esvaziados de qualquer sentido de ajuda e fraternidade. Eis um exemplo de como a sociedade hoje se encontra. Eu acho que todos estão loucos. Ninguém ajuda e nem se ajuda. Preferem deixar como está, não importa a situação ou as circunstâncias existentes. Não interessa a pessoa humana. O Mundo está louco. Talvez desequilibrado. Sem juizo. Insensato. O Pessimismo está no coração das pessoas. Todos parecem negativos. Não estão nem aí para qualquer coisa. A Vida enlouqueceu. 11. Um complexo de Alienados Alienar-se aqui e agora pode ser uma opção tranquila e segura tendo em vista o estresse que nos acompanha e anda lado a lado da gente, a depressão doentia fruto de um mundo de violência e agressão em nosso entorno, a confusão mental e emocional que vive perto de nós, em nossa realidade interna e no cotidiano, consequência de tantas preocupações que nos alucinam, o medo que impera no trabalho e dentro de casa, a aflição e o desespero de quem convive com a turbulência diária e noturna, e foge de instantes de tristeza e angústia ou de momentos de pânico por causa de uma vida de contradições em nossa volta, uma realidade que revela o grau de cultura descartável e a mentalidade indiferente e de neutralidade que transformam a nossa existência em situações esvaziantes onde o nada e o vazio atropelam nosso dia a dia, e nos deixam sem razão de existir, uma vida sem sentido porque o império da agressividade faz parte de nossa convivência de cada hora e de toda a noite e o dia. Por isso tudo, preferimos nos alienar, a fim de garantir a nossa tranquilidade saudável e agradável e a paz interior que tanto buscamos nessa realidade cotidiana de comportamentos transitórios e instáveis. Procuramos assim a saúde da mente e do corpo, e uma vida de bem-estar material e espiritual generalizado. Deste modo, progredimos na vida junto com todos e cada um dos que têm como única alternativa de salvação de sua vida a alienação do dia, da noite e da madrugada, mergulhando em um campo de sonhos imaginários e metafísicos irreal, todavia a condição de nossa liberdade, fonte da felicidade. Nessas condições de vida, até Deus tem o seu lugar, voz e vez na nossa interioridade e nas nossas experiências, ações e atitudes de cada minuto e segundo. É a vida em busca de um lugar ao sol. 12. Ficar sozinho Nessa modernidade de valores em crise é tão grande o excesso de preocupações e os conflitos de consciência então demasiados, a violência reinante nas ruas dos campos e das cidades e até dentro de casa no ambiente familiar, que as pessoas estão preferindo ficar sozinhas, a fim de manter a sua tranquilidade mental e natural, o repouso do seu espírito e a calma do corpo e da alma, escolhendo antes isso do que a agressividade urbana e rural, os problemas mentais e físicos, as dificuldades de relacionamento e as atividades insensatas e desequilibradas, o risco de ações impensadas e o perigo de atitudes sem o bom-senso dos comportamentos elevados. A crise é tão séria que grupos e indivíduos estão optando pelo individualismo, uma vida solitária, isolando-se de comunidades e afastando-se do convívio social, tendo como alternativa uma existência de neutralidade perante as decisões a serem tomadas, uma compostura alienante e alienada diante do cotidiano, ficando indiferentes à realidade que os cerca, como que dizendo: “cada um na sua e Deus por todos”. Tal a mentalidade desse mundo moderno onde imperam as atitudes transitórias e inconstantes e reinam as ações provisórias e sem garantias de estabilidade. Sim, uma realidade descartável, sem fundamentos, de princípios fúnebres e vulgares, e de valores sem coesão e firmeza ética e espiritual, e carentes de sustentabilidade. Um universo de possibilidades incertas pois a dúvida está na cultura da sociedade e é a sua marca registrada no tempo e na história que se chamam hoje. Também o relativismo das coisas e o niilismo dos seres ocupam seu lugar nesse processo de indefinições passageiras, de indeterminismos sem bases sólidas de sustentação cujas fontes são a violência das pessoas que convivem em sociedade. Nesse movimento de transitoriedades em que tudo é veloz, a rapidez toma conta das criaturas e se acelera para obter os bons e melhores lucros e créditos, objetivos e resultados, vencem os mais espertos e malandros, e quem vive uma vida boa e direita costuma ficar para trás nesse processo, longe da vitória e distante de uma experiência de saúde razoável e bem-estar saudável e agradável. No entanto, igualmente existe o outro lado onde os otimistas e equilibrados parecem ganhar a partida entre o bem e o mal. Nesse mundo de inconstâncias individualistas, saem vitoriosos os que mantêm a sua tranquilidade à frente dos fatos aberrantes cujo império é a violência de uns e a agressividade de outros. A Vida está então distante de suas forças animadoras e longe de suas energias que possam motivar o bem que se deve fazer e a paz que se precisa viver. Uma realidade conflitante em que os tranquilos, seguros e estáveis aparentemente têm a chave da vitória e o segredo do sucesso. 13. A Cultura do Descartável Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar. Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo. É a cultura do descartável. Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária. Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho. No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições. Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias. Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas. No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos. No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões. Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento. Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia. Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz. Sim, hoje o mundo é descartável. Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito. Imperam os malandros. 14. Estamos enlouquecendo ? O Momento atual e real nos revela um dado importante e de grave conseqüência para todos: estamos enlouquecendo ? Parece que estamos atravessando um processo geral de enlouquecimento quando perdemos a cabeça por qualquer motivo, nos vemos alienados da realidade e indiferentes diante dos fatos cotidianos, fugindo de compromissos e não assumindo nada de positivo em nossas vidas diárias, neutralizados pela violência que nos cerca, confusos e complicados perante as balas perdidas de todos os dias quando polícia e bandidos travam um duelo de forças paralelas e poderes excludentes, e nos excluímos da participação nos destinos de nossa família, do trabalho e da sociedade, experimentando pois situações indefinidas e circunstâncias indeterminadas onde não temos certeza de nada, a dúvida nos acompanha na realidade, o vazio se instaura dentro de nós e nadamos do nada, pelo nada e para o nada em busca de uma resposta para tantas perguntas vividas, muitas questões nos sendo apresentadas e interrogações em série que nos deixa caídos, fracos e deprimidos, buscando então na vida solitária um meio de garantir a nossa paz e tranqüilidade, ficarmos de bem com a vida e em paz com a nossa consciência. Todavia, talvez o mundo esteja mesmo enlouquecendo pois tal calma interior está longe de nós e se distancia igualmente de nós o repouso do nosso corpo e mente, alma e espírito, já que dormimos pouco e a rotina parece ser a nossa parceira de toda hora, aqui e agora. Estaremos em processo de enlouquecimento ? O futuro do mundo é o hospício ? Caminhamos para nos internarmos de vez em algum hospital de malucos ? Seremos os doidos de amanhã ? Do jeito que está a vida em sociedade, onde as regras não existem e as normas sociais são quimeras ou simples demências imaginárias, os princípios de vida e da boa ética não têm voz nem vez e os valores permanecem em crise existencial e espiritual, então só podemos admitir o hospício como única alternativa de lugar e moradia amanhã de manhã. Estamos enlouquecendo ? A Violência está dentro e fora da nossa casa. A Confusão nos rodeia a cada instante e a todo momento. Vivemos perdidos em um universo sem diretrizes e referências, em uma natureza sem modelos e paradigmas. Estamos perdidos ? No fundo do poço ? O Mundo vai acabar ? E Deus onde está ? Quem sabe a loucura mesmo seja encontrar uma resposta positiva para tudo isso. Cadê o nosso otimismo e alegria ? Onde está a nossa sensatez e equilíbrio mental e emocional ? Estaremos doentes ? 15. A Violência nos rodeia Na ida e vinda para o trabalho todas as manhãs da semana, ou mesmo dentro de casa ao discutirmos com a mulher e dar uma bronca nos filhos e netos, ou ainda no meio da rua perambulando entre balas perdidas trocadas entre bandidos e polícia, ou então na batida de um carro contra outro quando os motoristas de ambos trocam palavrões e partem para a briga quando não um dá um tiro no colega sem mais nem menos. De fato, a violência anda solta. Está na cabeça de todos e nos braços de cada um. Presente nas mentes vazias e desocupadas sem nada pra fazer. Insistente no dia a dia das escolas e hospitais, comércio e indústria, no emprego e na família, no lar e na rua. Qualquer motivo é pretexto para uma briga, uma discussão ou um duelo de aparentes adversários. Tudo parece ocasião para briga. As pessoas estão agressivas. Chocam-se umas com as outras. Travam o combate do cotidiano e seus conflitos, problemas e dificuldades. Às vezes saem para a agressão. E então tudo se complica e todos se confundem. Assim é o mundo de hoje. Grupos ansiosos e indivíduos com medo, aflitos e desesperados. Um sem número de doenças aparecem de vez em quando nos deixando tristes, caidos e depressivos. As enfermidades tomam conta de comunidades inteiras. As sociedades parecem doentes. A Loucura é total. O pânico ameaça a quase todos. Todos no aperto. O Calor aumentando. A Pressão incomodando. A Tensão parece explodir pelos ares. Os perigos estão ao nosso lado e em torno de nós. Os riscos são muitos. Tem gente com medo de viver. Que não gosta de sair de casa. Vivem na depressão patológica, no horror de todos os dias e em uma vida oprimida por todas os lados e circunstâncias de vida. Talvez queiram morrer. Ou sumir deste mundo. Evaporar pelos ares. Ou quem sabe desaparecer dentro e fora das ruas e avenidas dos campos e das cidades. Tudo é violência. Para onde vamos ? O que fazer nessas horas ? Qual o nosso destino afinal de contas ? Há solução para isso ? Que respostas podemos dar para as novas gerações ? Um mundo sem alternativas. Um universo sem modelos. Uma vida sem sentido. Não há razões para viver e existir quando nos deparamos com um homem sem cabeça no meio da rua por onde passamos em nosso bairro ou no beco depois da esquina. É o Esquadrão da Morte entre nós. Estamos no sufoco ? Em uma rua sem saída ? Sem opções ? Que Deus nos ajude. Porque só nos resta rezar. E que o Senhor tenha pena de nós. Do contrário. A loucura do Pinel. Ou a maluquice da cabeça. Talvez doidos nós possamos consertar a nossa vida. Sim, o Hospício nos espera. 16. Ambientes de obscuridade De realidades globalizantes e de relações interdependentes, o mundo de hoje também é feito de consciências apagadas e alienadas, obscuras e descartáveis, onde quase todos parecem perdidos em relacionamentos transitórios e atividades provisórias, de princípios instáveis e valores inconstantes, revelando populações inseguras e intranquilas, refletindo gente sem compromisso e sem responsabilidade, o que mostra e demonstra um universo de pessoas neutralizadas, secas e frias, doentes e transtornadas, inquietas e ansiosas, medrosas e em pânico, aflitas e desesperadas, ainda que exista um minoria equilibrada, de raizes absolutas e normas de vida garantidas por uma vivência respeitosa e direita, direcionada por um pensamento orientador capaz de lhe oferecer um caminho alternativo que é sustentado por definições de idéias estáveis e conhecimentos seguros, de ideologias tranquilas e ideais repousantes, contrastando com uma maioria de transações transitórias, sem fundo e sem chão, sem portas nem janelas, sem teto e sem fundamentos razoáveis, determinando então o contraste entre povos de determinações diversas e adversas e definições diferentes e contrárias. Eis a modernidade de nossos dias e noites reais e atuais. Uma situação onde os conflitos se encontram, as dificuldades se manifestam e os problemas se multiplicam. Assim a vida de hoje. De um lado uma geração insegura e sem tranquilidade, de outro pessoas que ainda mantêm princípios estáveis e valores constantes. As contradições se revelam e se encontram em grupos e indivíduos em choque existencial. A vida está em briga consigo mesma. 17. Falta estabilidade Como já vimos acima, a realidade cotidiana atual convive com contextos culturais transitórios, padrões de vida política descartáveis, uma economia vacilante, provisória e sem chão, onde sua sociedade faz intercâmbios de instabilidade constante cujos valores não têm fundamentos e cujos princípios não obedecem a regras da consciência sustentadora de uma liberdade saudável, de normas absolutas e cujas aparências tendem para uma vivência transparente, autêntica e verdadeira. No entanto, ainda em grande parte das populações a ética e a espiritualidade não oferecem bases sólidas, firmes e fortes em que possa se revelar uma racionalidade consistente, estável e duradoura. Ao contrário, observa-se um mundo de efemeridades, contingências e sensibilidades sem fontes sustentáveis, refletindo um povo que não gosta de raizes fundas, profundas e fecundas, onde seu jeito de viver é a transitoriedade, condições de vida e trabalho sem muita firmeza de programas e conteúdos, o que mostra e demonstra que as atitudes humanas, suas ações e atividades são reveladoras de uma experiência de vida fútil e fraca, inquieta e medrosa, insegura e intranquila, aflita e desesperada, distúrbios esses que transparecem transtornos físicos e mentais, indefinições materiais e espirituais, e indeterminismos temporais e históricos. É uma sociedade desregrada, desregulada e despida de quaisquer esquemas de segurança moral e religiosa, todavia apoiadas em sistemas de conduta alienados de uma consciência verdadeiramente fundada em raizes sólidas, de tradições que deveriam defender a vida correta, direita e de respeito, o que na prática se revela como uma experiência de atividadses sem normas, onde seus fundamentos não se baseiam em valores estáveis e absolutos, ou princípios eternos e duradouros. Sem estabilidade, a família entra em conflito, as gerações se chocam, o emprego é insustentável, a vida social carece de padrões fortes de sustentabilidade. O mundo então vive e convive com sua ausência de hábitos e costumes firmemente fundamentados, uma sociedade sem bases fundamentais de sobrevivência. Vivemos pois então o caos. A Violência urbana e rural em torno de nós. A Confusão na cabeça das pessoas. Comportamentos inseguros e sem tranquilidade. Falta-nos o repouso espiritual e a paz do corpo e da alma. E Deus onde está ? 18. Pessoas sem raizes As ocorrências cotidianas e os acontecimentos do dia a dia, o mundo de relações interativas e o grande compartilhamento de idéias, valores e experiências, o gigantesco intercâmbio de culturas e mentalidades, a interdependência cada vez maior e melhor entre populações vizinhas, revela ao mesmo tempo um imenso vazio espiritual, pessoas sem raizes buscam as religiões para dar sentido às suas vidas, todos procuram regras de conduta estabilizadoras de seus trabalhos, atitudes e relacionamentos, muitos andam atrás de normas sociais e coletivas que enraizem seus princípios nem tanto absolutos e muito pouco duradouros, talvez querendo respostas para suas indagações existenciais e soluções para suas dúvidas e incertezas de cada hora, minuto e segundo, desejando assim preencher seus nadas vividos e seus vazios experimentados, querendo Alguém ou Algo que lhes dê razão para continuar vivendo e existindo como pessoas humanas, grupos de indivíduos interessados em estabilidade financeira, consolidação de uma vida de sustentabilidade onde as regras absolutas garantem a eficácia de definições transitórias e comportamentos indeterminados, refletindo assim um mundo em crise à procura de uma tábua de salvação para enfermidades físicas e sociais, psicológicas e espirituais, lutando pois por uma vida de qualidade e de dignidade humana em que seus direitos sejam respeitados e seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades cumpridos com toda transparência ética e moral, o que revela sociedades em busca de verdade e autenticidade em seus momentos diários e instantes noturnos. Todos buscam uma certa espiritualidade natural, que fundamente e segure suas existências de todos os dias, noites e madrugadas. Todos procuram sentido para suas vidas. 19. Não há compromisso 20. Em busca da Religião Parece que a volta para Deus é uma das características do mundo moderno. Ao lado do progresso científico e tecnológico, dos efeitos da globalização e interdependência entre os povos, a solidariedade dentro da sociedade e a fraternidade das nações, a busca por conteúdos interativos e atividades e atitudes de compartilhamento, a troca de idéias e a constante produção de conhecimentos, os diferentes modelos de ética e as novas diretrizes de espiritualidade, a grande visão psicológica da realidade e as diversas interpretações dos acontecimentos, o homem e a mulher partem aqui e agora para enriquecer sua espiritualidade, procurando preencher seus vazios metafísicos e destruir seus nadas existenciais, desejando então um Deus novo e diferente que resolva seus problemas pessoais, de família e de trabalho, solucione suas interrogações de consciência e direcionem bem seu caminho de liberdade, um Deus que seja atento e compreensivo, justo e fraterno, santo e direito, comprometido com seu povo e responsável, que lhes faça milagres e lhes dê benefícios, créditos e favores, um Deus advogado de seus conflitos internos e externos, que ofereça uma nova diretriz de vida onde o bem e a paz, a calma de espírito e a tranquilidade do corpo e da alma sejam a estrada mais adequada e acessível nessa hora de violências no cotidiano e turbulências físicas e mentais. Todos buscam um Deus Santo, transparente e perfeito, justo e verdadeiro, direito e autêntico, de respeito e responsável, comprometido com a vida das pessoas. Um Deus do povo.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

No fundo do poço

No fundo do poço Não são raras as vezes que por vários motivos nos encontramos no abismo da nossa alma, no buraco negro da existência, no mais profundo estado de desânimo, tristeza e depressão, no fundo do poço do cotidiano da nossa vida de cada dia e de toda noite. Não é fácil viver esses momentos. A Família te ignora, os amigos não aparecem, as garotas te esquecem, os colegas de trabalho não estão nem aí pra você, tudo foge de você, o mundo parece não te querer, todos têm medo de estar na sua presença, o ambiente parece hostil, o cotidiano antipático, como que desejando nós sumir da frente dos outros, desaparecer desta vida, evaporar de vez por todas desta realidade que te olha com desprezo, ruindade e violência. Nossa vida está no chão. O Mundo parece nojento, feio e mau. Tudo é inútil. Todos anseiam por fugir de nós, nos ignorar de vez, sumir da nossa frente. Ficamos sozinhos. Caimos na solidão. Então, nos vemos em uma rua sem saida. Em uma realidade sem teto nem chão, sem portas nem janelas. Tudo é confusão, turbulência, negligência. Até Deus foge de nós. Na fossa, ninguém nos ajuda, não há quem colabore conosco, todos desapareceram. O que fazer nessa hora de aperto, de momentos de risco e de instantes de perigo, quando tudo concorre para nos derrubar e destruir, quando quase todos aspiram por nos apagar de seu convívio, mutilar nossos relacionamentos, estragar nossos amores antigos e o desejo de viver inocente que existe cá dentro de nós ? Nesse instante preto, respire bem fundo, passe uma água no rosto, refresque a sua mente, pense em Deus e silencie. Reflita sobre a sua vida. Tenha paciência. É o momento de parar, se calar e recomeçar tudo de novo. Levante-se. Vá até a janela e observe o entorno. Há gente falando, o ar parece gritar por você, alguém quer te escutar, alguma coisa conspira para te ajudar de qualquer maneira. Você vê o movimento. Há vida a sua volta. Então você acorda desse sono metafísico, se anima de uma vez por todas, e reinicia a sua vida de cada hora, minuto e segundo. E vai tomar um café e uma água na cozinha. Refaz as suas forças. Suas energias estão de volta. Aí você se arruma todo, bota uma roupa e sapatos, pega o dinheiro e documentos, e vai ver a rua, e lá em cima o céu cheio de estrelas. É noite. Você faz uma oração interiormente. Vê o ambiente e volta para casa. Come alguma coisa. E dorme tranquilamente. Nesse dia, uma tempestade aconteceu. Um furacão atravessou a sua vida. Houve um temporal. Mas a luz retornou. A Vida voltou. Noite de paz. Todos se aproximam de você. Deus te abençoou. No dia seguinte, recomeçou a minha vida. Sim, eu recomecei. Graças a Deus.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Os Virgens

Os Virgens 1 Aconteceu em muitas regiões da Terra e em quase todo o processo de história da humanidade até nossos dias atuais, em religiões diversas ou quartéis das Forças Armadas ou Clubes de Futebol e esportes em geral. Eram os Virgens... Nesses ambientes de sexo somente masculino ou feminino ocorriam muitas brigas por vários motivos, discussões inflamadas por diversas causas, porrada pra valer, quebra-quebra geral e pancadaria tal para ninguém botar defeito. Ora, os diretores, gerentes e responsáveis por essas localidades queriam saber a origem desses conflitos generalizados, a guerra que se travava ora entre homens somente ora somente entre mulheres, seus efeitos de braços e dentes quebrados, sangue para todos os lados, torção de joelhos e cotovelos, e a constante intriga entre seus parceiros e companheiros de caminhada. Tentaram de todos os modos descobrir os motivos que determinavam esse combate ora de atletas, ora de soldados ora de religiosos machos e fêmeas. Buscaram opções de relacionamento para ver se melhorava o clima reinante, e nada. Procuraram alternativas psicológicas ou de comportamento, e nada. Definiram estratégias de ações interativas ou de atividades compartilhadas entre si, e nada. Então, alguém de uma determinava diretoria, questionou as escolhas feitas, as abordagens levantadas e o jeito que se estava dando para um problema que parecia simples de resolver. Como eliminar a porrada e a violência entre esses grupos e indivíduos ? Eis que Norma, gerente de voleibol de uma equipe certa, sugeriu: “Ora, minha gente, o problema é sexo. Deixa o sexo rolar entre os machos e as fêmeas, entre os homens e as mulheres, que logo logo as agressões e a pancadarias vão acabar. E foi o que fizeram. Conclusão: o sexo “rolou”, muitos se casaram, outros se tornaram parceiros e parceiras de cama para sempre, mas o mais importante é que a violência acabou. Eles e elas eram Virgens. E finalmente o sexo resolveu o problema deles e delas. E nunca mais a violência imperou nessas entidades religiosas, nas forças do Exército ou nos Times de Futebol. Eles e elas precisavam de sexo. O Sexo é a saúde das pessoas. O Sexo é bom e faz bem à saúde. Que Deus abençoe o sexo, e os homens e mulheres felizes sexualmente. E veio a Paz. 2 A Importância da Sexualidade na vida de pessoas e grupos se reflete quando comunidades esportivas, religiosas, artísticas e militares conseguem se libertar de doenças contagiosas, distúrbios mentais e emocionais, transtornos físicos, biológicos e psicológicos, moléstias de toda sorte e enfermidades variadas, assumindo compromissos sexuais com suas parceiras de cama e companheiras de caminhada. O resultado é uma cabeça boa e positiva, auto-estima elevada, bom-senso nas coisas que faz, equilíbrio comportamental, otimismo no cotidiano, alegria com as pessoas e um sorriso de vez em quando para alegrar o ambiente. Então o trabalho vai bem e a família melhor ainda. As suas relações são interativas e compartilhadas com conteúdo. Como conseqüência da boa sexualidade, uma experiência de estabilidade, segurança e tranqüilidade. Sim, o sexo nos faz bem. Torna-nos pessoas melhores. A Saúde aumenta de qualidade, temos mais dignidade humana e bem-estar social e familiar. Espiritualmente ficamos mais firmes e mais fortes. Sexo é Saúde. 3 A Questão Sexual tem sido nas sociedades modernas e de todos os tempos a interrogação constante que leva a respostas variadas por parte da diversidade de opções que homens e mulheres vêm fazendo em seus ambientes de trabalho e de casa, a partir da tentativa de resolução de seus males sociais, psicológicos e espirituais que atingem multidões buscando resolver por conseguinte seus problemas sentimentais, suas dificuldades de relacionamento e comportamento, seus conflitos internos e externos, e suas contradições na rua ou em contato com parentes, amigos e familiares. Então surge a sexualidade como alternativa de saúde biológica e bem-estar para o corpo e a alma, solucionando contrariedades existenciais, vazios do espírito e adversidades de ordem mental, física e emocional. Assim homens e mulheres se encontram para resolver seus malefícios que só a ordem sexual bem resolvida pode remediar e ajudar a ter uma vida de equilíbrio na cabeça onde os valores da consciência e os princípios morais fundamentam a boa espiritualidade, consequência de uma experiência sexual saudável e agradável. Temos pois que o pau no canal, o ferro no buraco e a bengala na caverna são momentos e situações causadores de créditos sem fim, favores de toda ordem e benefícios cuja bênção e ajuda é oferecida por Deus a todos aqueles e aquelas que se amam, se respeitam e se valorizam mutuamente. Sexo portanto é sinal de saúde. Condição de ordem na sociedade. Fundamento da paz interior. Base da tranqüilidade do espírito e da calma da alma. Fonte de equilíbrio interno. Razão do otimismo de pessoas felizes com sua própria sexualidade. Princípio do bem e da bondade. E ora o sexo efeito positivo do amor se faz a origem do sucesso de populações e prosperidade de comunidades de bem com a vida e em paz com sua consciência. Primeiro, o amor. Depois, o sexo. Isso é humano e divino. Sinônimo de progresso em todos os sentidos. 4 Créditos e débitos encontramos no binômio Virgindade-Sexualidade, refletindo o que de positivo e negativo podemos achar nessa relação aparentemente divergente e discordante. Na Virgindade, uma vida de pureza e sem compromisso pode ser a chave para uma grande expressão de liberdade e saúde individual, de produção de virtudes e afastamento de moléstias. Na boa sexualidade, uma vida de felicidade junto à parceira de cama e companheira de caminhada traduzida em gestos de ótima interatividade e compartilhamento de bons desejos e sentimentos, cooperação mútua nas atividades do dia a dia e colaboração recíproca nas atitudes em casa e no trabalho, em casos de emergência ou necessidade. Nesse relacionamento de princípios diversos e valores variados, algo de bom encontramos em ambos e alguma coisa de ruim também é possível achar. No entanto, devemos respeitar as diferenças e tolerar a diversidade, optando por um caminho de paz e convívio tranqüilo em que preferimos o que de bom e de melhor existe entre si, ignorando distúrbios e transtornos que talvez possam ocorrer nessa aproximação. Vale ressaltar que o caminho da Virgindade pode ser uma alternativa de liberdade individual enquanto que a estrada da Sexualidade indica uma busca por saúde social e bem-estar coletivo. Ambos têm suas qualidades. 5 O Histórico da convergência ou discordância entre a boa sexualidade e a virgindade indica que o amor e seus efeitos sexuais são condição de ordem familiar e social, princípio de equilíbrio mental e emocional, origem de tranqüilidade psicológica e espiritual, base de segurança física e material e fonte de estabilidade financeira e comportamental. Por outro lado, a opção pela virgindade cujos simpatizantes, adeptos e seguidores se encontram nas alternativas religiosas, nas preferências militares, nas definições esportivas e nos determinismos artísticos e musicais, igualmente possui seus créditos humanos e naturais, seus favores políticos e culturais, seus benefícios profissionais e vocacionais, fatores de boa saúde e bem-estar cotidiano, quando a aposta na liberdade provoca uma vida aparentemente de bem com a realidade cotidiana e em paz com sua consciência transcendental. Todavia, creio eu pessoalmente que quando um homem ama, respeita e valoriza uma mulher, e vice-versa, as boas experiências são maiores e melhores do que a alternativa pela virgindade. Sexualmente felizes, satisfeitos e realizados, temos uma vida de paz onde a bondade das atitudes converge com o bem da alma, e o espírito se torna mais bem engrandecido, respeitado e responsabilizado, ordenado e disciplinado, e organizado. A Tendência é de que a boa atividade sexual fundamente uma boa vida de convivência na rua, na família e no trabalho. E Deus é glorificado.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A Mulher-Chocolate

A Mulher-Chocolate Hoje, na Tijuca, eu conheci a Mulher-Chocolate. Ela é carioca. Trabalha no Restaurante Ravelle, bem no Largo da Segunda-feira. É alta, mais mulata do que morena, de cabelos pretos, bem queimadinha de sol, como chocolate... Seu rosto é sereno, seus cabelos negros-dourados, seu pescoço é macio, seu corpo é quente como a brasa de fogo em dia de calor, seus pés são doces, leves e suaves como os de toda mulher bonita, perfumada e carinhosa, educada e inteligente, brincalhona e trabalhadora, respeitosa e responsável, amiga e generosa, fraterna e solidária, ordeira e pacífica, saudável e otimista em relação ao cotidiano, alegre no seu dia a dia, feliz por saber que os homens a atraem, a observam com atenção e a paqueram com quase perfeição. É a Mulher-Chocolate. Ela usa brincos azuis de ouro, colares brancos como a neve, sobrancelhas escuras pelo lápis feminista, olhos verdes e fundos como o oceano das águas, nariz arredondado pedindo carinho, boca com batom vermelho forte a chamar seus parceiros para a cama, desodorante cheiroso que nos torna atraídos por ela, perfume alemão que a deixa bela como as pérolas preciosas, linda como o rubi e bonita como as areias claras das praias do Rio. Ela tem um jeito tranqüilo de ser combinando com seu casaco de pele marron que utiliza comumente para as noites de frio. Ela utiliza calças compridas pretas quase sempre, que se aliam às suas blusas azuis e vermelhas que ela normalmente veste a fim de sobressair nas ruas e avenidas do bairro como se fossem as passarelas de moda dos dias de sol cariocas. Com seus óculos escuros pode enxergar os seus amados sem que eles a vejam. Na sua bolsa de couro vermelho esconde os seus objetos de prazer, as suas coisas íntimas e os seus documentos exóticos, que encantam os seus namorados - que são muitos – e fascinam os garotos que se apaixonam por ela. Tem 37 anos. Nos seus sapatos de salto alto vermelhos, o segredo de sua elegância, o encanto de sua beleza e o fascínio de seu modo educado de caminhar, calma como o equilíbrio da alma, racional como o bom-senso do espírito, cordial como as suas mãos cheias de carinho para dar, e espiritual capaz de controlar bem a sua mente e as suas emoções e dominar-se a si mesma. Como garçonete da Ravelle, onde trabalha, Jaqueline – eis o nome dela – serve bem os fregueses com o devido respeito de uma profissional bem vivida e bem sucedida. Então, ao tomar uma água e um cafezinho na mesa do restaurante convidei-a para sair comigo à noite. E ela respondeu-me que “sim” dando-me o seu telefone de casa para marcar a hora que ela chegaria para receber-me em seu apartamento na Praça Saens Pena. E foi a noite mais linda da minha vida. Porque não só nos amamos como também atravessamos a madrugada fazendo sexo um com o outro. Ao amanhecer, cada qual voltou ao seu dia normal. E nos apaixonamos como ninguém. E assim o somos até esse momento de aqui e agora. Eis a Mulher-Chocolate. Razão da minha vida e sentido do meu ser. A Glória de Deus no meio de nós.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Bagunceira

A Bagunceira A Vida é uma Criança Criança gosta de brincar Da brincadeira surge a bagunça Com a bagunça, a casa fica desarrumada Nasce o desejo da ordem Com a ordem, se disciplinam as coisas Através da disciplina, se organiza tudo e todos A Dança da esperança é a bonança da criança Vivemos de sonhos Sonhos que devem se realizar O Ciclo natural da história: Bagunça e ordem Trabalho e descanso Movimento e repouso Mobilidade e constância Dinâmica e permanência Operação e estabilidade O Mundo é lógica e dialética Ordem e caos Regra e confusão Norma e complicação Direito e falsidade Verdade e mentira Justiça e injustiça A Natureza possui as suas leis As suas leis são os seus limites Seus limites são o equilíbrio O Equilíbrio é o bom-senso Bom-senso é autocontrole Autocontrole é autodomínio O Bom juízo é algo natural O Universo é infinito Seu princípio é eterno Eterno é o seu Organizador A Vida, uma Eterna Bagunceira, que bagunça tudo para depois ordenar. Assim são os fatos históricos, acontecimentos desordenados em sua origem para depois serem disciplinados pela racionalidade humana e organizados pela consciência inteligente do ser vivo criado por Deus. Vivemos de possibilidades, que interferem na realidade cotidiana e intervêm no destino dos povos. Nossa existência humana, natural e cultural, social e política, econômica e financeira, é definida pelo bem ou pelo mal, opções que devem ser feitas por nós. No equilíbrio da natureza e no bom-senso da mente humana se encontram o segredo do sucesso e a chave da felicidade. O Bom caminho da vida nos indica o sorriso como cura de nossos males, a alegria como remédio de nosso mal-estar e o otimismo como o melhor médico para a nossa saúde física, mental e espiritual. Quando somos amigos das pessoas, fraternos com os necessitados, solidários com quem precisa de nós e generosos com os fracos e pobres, a vida então se coloca ao nosso lado e Deus nos abençoa com inúmeros favores e benefícios sem fim. No silêncio, a bagunça se transforma em ordem. Com a paciência, dominamos nossas adversidades. Se os contrários nos afligem, ou se as contradições nos amedrontam, ou se os antagonismos nos causam pânico, ou se a violência e a morte se apresentam à nossa porta, então tenhamos fé, rezemos, e confiemos em Deus, e acreditemos no Senhor. A Vida é assim: o bem ou o mal que devemos escolher. A Paz ou a guerra que devemos optar. O Amor ou o ódio que devemos preferenciar. Como meninos que brincam ou garotos que bagunçam, vivemos de sonhos e esperanças, dançamos a música da felicidade e da bonança ou nos entregamos à cultura da morte ou à mentalidade da violência. A Vida é feita de escolhas porque nosso desejo é a nossa liberdade, e somos livres optando pelo bem ou pelo mal. Sabemos o bom caminho mas somos nós que devemos fazer a boa caminhada. Deus nos dá as condições, todavia a liberdade é nossa. Não basta caminhar, é preciso ter as condições de caminhar. Sim, necessitamos de Alguém que nos faça caminhar. Precisamos de um Primeiro Motor. Somos movimento, a natureza nos direciona e a razão faz o discernimento nos colocando no caminho certo. Precisamos de regras, porém necessitamos igualmente de bagunça para fazer as regras. Tal a sabedoria da vida: entre ordens e bagunças construímos a existência, fazemos a história e criamos a boa eternidade. Esse foi o jeito que Deus encontrou para nos trazer felicidade. Felicidade, que é fruto da liberdade.