quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Em busca de um Tesouro

Em busca de um Tesouro

No cotidiano da realidade da rua, de nossa família e do trabalho de todo dia, vivemos transformando sonhos em situações reais, à procura de melhorias para a nossa existência de cada hora, minuto e segundo, em busca daquele Tesouro escondido no fundo de nosso coração, ou daquela Jóia valiosa em forma de ouro ou prata, rubi ou esmeralda, ou daquela Pérola preciosa capaz de nos enriquecer materialmente, e assim realizar os nossos desejos vitais e satisfazer as nossas necessidades humanas e naturais. Então, nos tornamos Mineiros, que, com o Mapa da Mina, cavamos a terra, tentando encontrar o buraco negro que nos levará ao Rico Tesouro escondido nesse campo fecundo e profundo que é a nossa consciência de vida e o nosso coração de sentimentos apaixonantes. Quem sabe esse Tesouro Gigante seja Deus, ou algo muito importante para nós, ou uma mulher bastante especial, ou um amigo de bons conselhos para nos dar. Ou ainda nos fazemos Garimpeiros, que, com a pá na areia, invadimos o campo e mergulhamos nessa região de pedras preciosas, a fim de garantir o nosso pão de cada dia, o pagamento do aluguel e do condomínio, a gasolina do nosso carro, o ingresso no Maracanã no próximo domingo, o bilhete da Loteca que nos daria possivelmente milhões de reais, a entrada na arquibancada da Marquês de Sapucaí no carnaval do ano que vem ou o meu filme de cinema no fim de semana que vem aí. Ou também nos transformamos em Relojoeiros de classe média, que anseiam por guardar com segurança absoluta as jóias e relógios de sua loja de comércio, como que assim sustentar as famílias que os acolhem, fazer o pagamento de taxas e impostos imprescindíveis para que o seu dia a dia seja equilibrado, racionalmente ordenado e distribuido, e emocionalmente bem vivido e experimentado. Sim, vivemos em busca. Somos processo, movimento, mobilização comportamental em torno de algo que nos satisfaça ou de Alguém que nos realize vocacional e profissionalmente, alguma coisa que nos interesse tanto ao ponto de nos fazer esquecer de tudo e de todos para conseguir alcançá-la, torná-la propriedade nossa, fazê-la parte integrante de nossa vida diária e noturna. Buscamos na verdade o que é bom para nós e o que nos faz bem. Buscamos a Bondade Suprema e o Bem Superior. Buscamos o que é bom nas coisas e nos acontecimentos de todos os dias, o bem em cada ser e pensamento que surgem dentro e fora de nós. Buscamos esse Tesouro escondido em nós, essa Jóia que mais vale que o ouro, essa Pérola mais rica que a prata e mais importante que o rubi e mais interessante que a esmeralda. Buscamos... estamos em busca... Ao encontrá-Lo, deixamos tudo e todos para comprá-Lo e adquiri-Lo para nós. Essa Jóia, Pérola ou Tesouro certamente como disse é Deus, ou uma grande Mulher, ou um Amigo muito importante. Ou uma Moradia hoje tão necessária, ou um emprego gigante que nos dê um ótimo salário todo final do mês, ou uma vaga na Universidade, ou uma boa idéia que surgiu de repente. De fato, estamos em busca... Talvez a busca seja mais importante que o encontro. Quem sabe o movimento valha mais que o repouso e a posse. Ora, é isso mesmo! O Verdadeiro Tesouro é a busca. A Jóia mais valiosa é a caminhada. A Pedra mais preciosa é a nossa mobilização à procura do que é maior e melhor para nós. É verdade. O nosso Prêmio é a luta para encontrar o Tesouro, o esforço para achar a Jóia, o empenho para conquistar a Pérola. Assim é a vida. Quando buscamos a Deus o tempo inteiro, o trabalho em encontrá-Lo tem mais valor do que apropriá-Lo. Porque Deus não é nem será jamais propriedade de ninguém. Mas Ele se faz Propriedade e Tesouro, Jóia e Pérola, de quem O busca esforçadamente. De quem caminha. De quem se movimenta. De quem se mobiliza. Sim, Deus é busca e não encontro. E é assim justamente que O encontramos. Ele é o Movimento que caminha... Ele é o Motor que sustenta a mobilidade... Ele é o Fundamento... A Garantia do caminho... O Princípio e não o fim da estrada... Pois então continuemos buscando, caminhando, nos movimentando, nos mobilizando... Deus é isso.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz 2012

Um Bom Caminho
para 2012

Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Seja direito
Procure o que é bom e lhe faz bem
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Busque a convergência
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
O Otimismo faz bem ao nosso coração
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Maluco é Foda

Maluco é Foda

No Hospício do Pinel

1. Os Malucos da Piscina

Em Jacarepaguá, no Hospital de Doidos, o Diretor deu as ordens e avisou: “Quero hoje todos os malucos tomando banho.” Dito e feito. Às 5 horas da tarde, faltou água no Hospital, e todos os doentes aguardavam a hora de se higienizar, e tomar aquele banho esperto, cheio de sacanagem, com sabonete lux, água quente se possível, desodorante para refrescar o sovaco, e um perfume legal para que todos ficassem bonitos diante do Diretor, vestissem cuecas de luxo, usassem calções de qualidade ricos em conteúdo próprio de hospício mesmo, calçassem umas sandálias havaianas – as melhores do mercado – e colocassem camisa de bacana, como todo louco gosta, prontos para quebrar tudo de madrugada, fazer aquela bagunça geral na Clínica de enfermos fora de si, alienados da realidade, desligados do cotidiano e desantenados de qualquer proposta de trabalho. O que eles queriam mesmo era uma vida boa, dormir o dia inteiro, ver televisão e quem sabe uma música malandra para nenhum maluco botar defeito. E sem saber, foram para a piscina. Era a hora marcada e planejada para que todos fizessem “uma limpa”, saíssem da rotina diária e refrescassem a cabeça e o corpo com um banho cheio de safadeza e sacanagem mesmo de verdade. E os malucos se dirigiram para a piscina. Então, Maguila, o Fantasma do Pinel, e Rasputin, o Crioulo Doido do Hospital, deram a ordem: “Vamos mergulhar”. E todos mergulharam na piscina. Só que não tinha água. Ora, foi uma porrada atrás da outra quando Maguila quebrou a cabeça, Rasputim, fraturou o braço e o dedão do pé esquerdo, Mandrake arrebentou a perna direita e “fudeu” de vez com sua cara estourada no chão da piscina, pois não havia água no Hospital, e todos se arrebentaram de uma vez, quebrando as costelas e fraturando as bacias de cada um deles. Foi uma foda geral. Aliás, a foda da foda, porque o Diretor, “puto da vida”, mandou fechar o Hospital, e internar todos os malucos no Souza Aguiar e no Miguel Couto. Resultado: o Tribunal de Justiça do Rio condenou o Diretor e o Hospital a 30 anos de cadeia, pois nessa história toda muitos malucos se “fuderam” e morreram, causando a maior bagunça e revolução em toda a história dos Hospitais de Malucos de Jacarepaguá. Pareceu a Terceira Guerra Mundial. Sobrou maluco pra tudo que é lado. E o restante dos malucos que não mergulharam, acabaram com tudo e quebraram o hospital todo, arrebentando com tudo e com todos. Foi o dia mais safado do ano. E a maior sacanagem da vida e história dos malucos da cabeça. Santo Deus. Cruz Credo.

2. Maluco, basta eu,
não aceito concorrência

Estava tudo preparado em Jacarepaguá, no Hospital do Pinel dos doidos mais bacanas do Brasil, malucos pra caralho, os loucões da zona oeste. Como disse, estava tudo preparado. Rasputin, o líder da máfia dos malucos, deu a ordem, depois de organizar o quebra-quebra, a porrada e a pancadaria dentro e fora do Hospital. Era hoje ou nunca. Tinha que ser hoje. Então, Rasputin convocou Ted Boy Marino, Fantasma, Verdugo Caolha e Brucutu para comandarem com ele a “limpa” que eles iam dar nos doentes, médicos e funcionários deste Hospital Pinel bem como os enfermeiros. Marcaram para as 4 horas da tarde o quebra-quebra geral. O Tempo passava e deu meio-dia, e todos almoçavam preocupados quando seu Jorge, um maluco-cachaceiro implicou com Fantasma, que não aceitou a provocação do cara e partiu pra porrada soltando um palavrão atrás do outro. De repente, o almoço parou, e os doentes em coro pediam pro pau quebrar mais ainda dizendo e gritando: “Arrebenta ele, Fantasma. Tu é maluco ou não é ?” E seu Jorge devolvia socos e pontapés pro Fantasma, tirando sangue do companheiro. Verdugo e Rasputim se achegaram pra separar a briga e a porrada, mas viram que tava bom o negócio, e puseram lenha na fogueira, incrementaram mais ainda a pancadaria, e quando olharam para trás o refeitório tava todo na porrada, os malucos quebrando a cara uns dos outros. Pararam o almoço. Ninguém comia mais, e médicos do local e enfermeiros do hospital e demais funcionários se aproximaram para ver o que estava acontecendo já que a gritaria era enorme, a confusão era tanta e todos se complicaram arrebentando uns aos outros inclusive os doutores e médicos das enfermarias do Hospital. Sem mais nem menos o quebra-quebra era geral. E Ted Boy Marino acertou uma gravata em seu Roberto, que lhe devolveu uma tesoura voadora, e de lá longe veio Brucutu e de bicicleta arrebentou a cara de seu Jorge, que puto da vida quebrou-lhe o nariz, deu-lhe um cascudo na cabeça e o agrediu seriamente com chutes e pontapés. A porrada era geral. O Hospício era mesmo de malucos. E depois de meia-hora tava todo mundo fudido, quebrado, estourado e arrebentado de tanta porrada que rolou em tão pouco tempo. Conclusão: Rasputin e seus parceiros de hospício perceberam que a hora do quebra-quebra sem querer se adiantou, e conseguiram o que queriam: queimar e quebrar um por um como tinham previsto. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Fantasma e Brucutu, porque quebrados, ficaram mais de um mês de cama, sem fazer nada, na boa vida, comendo, bebendo e dormindo como os garotões do Pinel. Houve festa no hospício. Porque todos tavam quebrados. E a gargalhada era geral. E foi uma injeção atrás da outra, remédios e medicamentos para acalmar os ânimos e pôr tudo em ordem novamente. Foi o dia mais feliz de Rasputim, Quebrado, ria pra caralho.

3. Jorge, o Maluco do Peido
O Maluco do Silêncio,
fixo na parede

De olhos fixos na parede, Jorge não tinha iniciativa nenhuma, passava o tempo todo olhando para as paredes, com os olhos fixos, e todos que passavam no corredor por ele não entendiam nada, não sabiam o que fazer, e às vezes ficavam observando Jorge para ver o que era aquilo, aquele ET em pessoa, maluco pra cacete, que deixava todos atônitos e preocupados, sem compreender nada, sem saber a quem recorrer para tentar discernir e descobrir o que ocorria com Jorge. E Jorge acordava de manhã e ia direto pra parede do corredor do Hospital, e ali ficava o dia inteiro, sempre observando a parede, e as pessoas que cruzavam com ele no caminho davam bom dia pra ele, e Jorge calado não respondia, as pessoas o cumprimentavam, mas ele ficava em silêncio absoluto, provocando risos e gargalhadas nos malucos, enquanto outros permaneciam na curiosidade, e outros ainda na preocupação, e outros mais sem entender o que estava acontecendo naquele momento, telefonavam de seu celular para o vizinho, ou para a namorada, ou para a mãe lá em casa, tentando se distrair com aquela “coisa”: Jorge, de olhos fixos na parede. E deu meio-dia. E levaram Jorge para almoçar. Alguém lhe dava comida na boca, já que Jorge não tinha iniciativa nenhuma, enquanto Jorge ficava visualizando a parede do refeitório. Ninguém entendia nada. Nem médicos e enfermeiros conseguiam explicar aquele fenômeno transcendental, aquele olhar imaginário fixo nas paredes do Hospital. Depois do almoço, Jorge voltava para o corredor, e lá ficava até o lanche da tarde. E novamente conduziam Jorge para o lanche, e depois o deixavam outra vez no corredor da clínica de malucos. E Jorge prosseguia fixo na parede. E deu 7 horas da noite, a hora do jantar, e outra pessoa mais equilibrada levou Jorge para o jantar. E lá essa pessoa lhe dava os alimentos na boca, enquanto ele fixo olhava para as paredes. Ninguém entendia nada. Até que de repente Jorge soltou um peido na frente de todo mundo, e foi aquele barulho ensurdecedor semelhante a um trovão de alguma tempestade de inverno ou parecido com uma metralhadora de guerra. E Jorge aliviado tirou os olhos da parede. E disse em alta voz para todos ouvirem: “O peido que este senhor deu não foi ele, mas fui eu”. E depois daquele peido barulhento, Jorge mais tranquilo abraçava a todos e beijava as malucas do refeitório. Ninguém entendeu porra nenhuma. O que aconteceu. De repente, Jorge tirou os olhos da parede. E um maluco gritou: “Foi aquele peido”. E Jorge ria pra cacete. Então, todos entenderam que Jorge sempre olhava para as paredes, fixo, porque adorava soltar um pu e um peido pra rapaziada e fazer contente a moçada. E os médicos relacionaram o peido e o pu com os olhos fixos na parede. Jorge olhava fixo para as paredes porque estava tentando de qualquer maneira, a todo custo, indo mesmo à loucura, soltar um pu e um peido. Só depois de soltar o peido que Jorge tirava os olhos da parede. E assim no Hospício do Pinel Jorge ficou sendo conhecido por ser o “Maluco do Peido”.

4. No colo do Mandrake

Sexualista, sexólogo e sexualizador como o Mandrake não existia neste Planeta chamado universo. Porque Mandrake só gostava de mulher, adorava “trepar” com as loucas do hospício, que todos os dias, noites e madrugadas, invadiam seu quarto e sua cama para “transar” com ele de qualquer maneira, em qualquer posição sexual. Então, sentadinhas no seu colo, se abriam pra ele, que não perdia tempo, e as “comia” todas, metendo o ferro nelas, felizes com o pau bem duro de Mandrake, sua pica linda, sua bengala grande e seu canhão bem grosso, ao ponto de deixarem a calcinha de presente pra ele depois da relação sexual, onde do desejo se passava ao tesão, e do tesão ao orgasmo. Era um “trepa-trepa” geral, de ganhar fama no Pinel, quando de repente todos os malucos estavam “transando” com todas as loucas do hospital. Os médicos viram tanta sacanagem naquilo tudo que já não ligavam mais com o pretexto de dizer que “sexo faz bem à saúde”. Ora, a bagunça era total e a clínica de doentes mentais se transformou em um bacanal sexual, onde os malucos “comiam” as doidas até dizer chega, indo à loucura completa quando Mandrake, liderando a turma, ordenou sexo global em todos os hospícios do Rio de Janeiro. Assim era Mandrake. O Maluco do sexo que só gostava de mulher enquanto que a sua volta o homossexualismo reinava e a bissexualidade imperava. Mandrake no entanto era hétero. Era radical e fiel aos seus princípios. Mas enlouquecia as mulheres com sua pica gigante e pênis doido. As loucas então sentavam no seu colo.

5. O Beijo do Rasputin
O Beijoqueiro do Pinel

De repente, ouvia-se em toda a Jacarepaguá aquela canção musical vinda do Pinel:”sentava, coçava o cu e beijava”. E mais uma vez:”sentava, coçava o cu e beijava”. E novamente, repetidas vezes:”sentava, coçava o cu e beijava”. Então, se descobriu que os malucos cantavam e se referiam a Rasputin da barba vermelha, o russo doido, bicha e transsexual que sempre que acordava de manhã, dizia:”Primeiro ferro que pintar, vou sentar”. E assim foi. Rasputin encontrou Mongol e sem pedir licença foi sentando no colo de Mongol, e depois se levantava e coçava o cu, e então saia beijando todo mundo que encontrava pela frente, feliz que estava por sentar na banana bem dura de Mongol. A felicidade era tanta que Rasputin viu o Verdugo e também sentou na salsicha bem quente de Verdugo, que ao ver o colega sentar esticou o salsichão e encaixou certinho na bunda do Rasputin, que mais uma vez coçou o cu e saiu beijando todos os loucos e loucas do hospital, médicos e médicas, enfermeiros e funcionários que ali moravam e trabalhavam. Sim, Rasputin era só felicidade. E viu pois Fantasma com a banana bem grande louca pra meter quando então igualmente sentou na banana grossa do Fantasma, que agradeceu a Deus o benefício e meteu ferro no Rasputin, que outra vez contente e alegre coçou o cu de novo e saiu beijando novamente todas as pessoas do hospício do Pinel. E em coro, os malucos cantavam para Rasputin sempre que ele dava uma sentada em algum canhão de aço que encontrava no caminho: “Sentava, coçava o cu e beijava”. E Rasputin ganhou fama de beijoqueiro. E beijava e beijava e beijava de tanta felicidade pois afirmava: “Adorei a cenoura gigante do Kung-Fu. Como tava dura!” E então coçava o cu e mais outra vez saia beijando todo mundo. Essa era a felicidade total de Rasputin, o beijoqueiro do Pinel.

6. O Mistério do seu Cú

Seu Cú era um louco diferente, o contrário do comum do dia a dia, pois era um cara que ia à missa todas as manhãs na capela do hospital e rezava o terço todas as manhãs, tardes e noites, já que tinha medo do inferno e achava que Deus era maluco e mandava muita gente mesmo para o inferno. Dizia a todos que seu destino era o purgatório pois não tinha condições de ir para o céu ou mergulhar no paraiso tendo em vista ser um camarada mau e violento, que gostava de ser pegador ou colocador, porque transava com homens e comia as mulheres do hospício. Afirmavam que seu Cú era bissexual. Todavia, ninguém sabia a sua origem e a razão dele se chamar seu Cú, talvez quem sabe por ele também ser homossexual, coçador de rosca, fazendo da sua rosca um lugar de coceiras e torturas, dando o cú pra muita gente. Seu Cú tinha na sua rosca o seu cú. Provavelmente esse seria o mistério do seu Cú, pois ninguém sabia o que ele era, se homem ou mulher, gay ou sapatão, lésbica ou bicha, viado ou machão, pegador de peru ou colocador de bucetas pegando fogo no seu pau feito de aço puro, uma pica linda que as loucas adoravam e faziam questão de transar com ele ou ela, ninguém sabe, porque era um cara estranho, um sujeito esquisito, que não sabia o que queria, pra onde ia, o que estava fazendo neste mundo. Mas o sujeito adorava sexo, e fazer umas loucuras dentro e fora do Pinel como sentar na banana dos malucos, ficar coçando o cú em praça pública, ir à igreja rezar toda hora, comprar e tomar remédios e injeções sem parar, sem controle algum, um indivíduo talvez sem juizo, porém que tinha no seu cú a alma do negócio, o segredo do sucesso, a garantia da felicidade de si e dos outros. Por isso, o chamavam de seu Cú, pois este era o seu instrumento de arte e a sua ferramenta de trabalho. Através do Cú ele ganhava o seu pão de cada dia, sustentava sua família instável e negociava seus afazeres construindo uma vida de altos e baixos, sucesso e abismo, grandeza e baixaria. Entretanto, seu Cú prosseguia seu caminho de felicidade incerta, alegria incompleta, sorriso triste, alguém contente mas sem ser feliz totalmente com o que fazia em seu cotidiano de sexo, trabalho e carnaval. Gostava de carnaval. Então, se dava e se entregava, porque assim era seu modo de ser feliz. Não sabia fazer outra coisa. Talvez Deus o compreendesse com certeza. Mas ele tinha medo de Deus pois achava que o Senhor era ruim, castigava muito e mandava as bichas para o inferno. Todavia, seu Cú seguia o seu caminho. Buscava na consciência uma estrada segura de vida, uma opção sustentável e uma alternativa de vida capaz de lhe dar a felicidade neste mundo. Neste mundo sem Deus mas que ele construia para a glória e o louvor de Deus. Sim, seu Cú era um maluco diferente, que acreditava em Deus apesar de ser viado, e ser achincalhado pelos colegas, humilhado pelos doentes, desprezado pela sociedade e ignorado pelos médicos e enfermeiros do hospital. Seu Cú levava a vida de qualquer jeito. Ou melhor, deixava que a vida levasse ele. Seu Cú era um viado direito. Uma bicha santa. Só Deus o entendia.

7. Múmia adorava uma bengala

Sentar na banana era com ele mesmo. Múmia, trans e metro, adorava uma salsicha bem quente, em função da qual girava toda a sua vida, criava suas relações sociais e familiares, fazia seus empreendimentos e investimentos, realizava seus trabalhos e atividades, pois a cenoura era o sentido da sua vida e a razão de seu viver e existir. Múmia aprendeu com a vida que ser gay era a sua melhor opção, sua melhor alternativa de existência. Assim vivia diariamente. E agora no Pinel prosseguia desenvolvendo sua ação homossexual invadindo a privacidade dos doentes, molestando os enfermeiros e dando dor de cabeça aos médicos. Múmia só vivia de sacanagem e safadeza. Sua lei era o peru. Sua norma de vida uma pica bem dura. Sua regra de existência sentar sempre em um pau bem grosso e em um ferro bem grande. Tal era a realidade de Múmia no hospital Pinel. Diziam que ele era maluco porque gostava de banana. Ele era o macaco branco do Pinel.

8. A Porrada do Maguila

Cachaceiro de primeira, cheirador de cocaína e fumador de maconha, que adorava charuto cubano do Fidel e bebia whisky inglês, Maguila um certo dia sem querer, sem saber por quê, acertou uma bela porrada em Fantasma, que o deixou caido no chão por vários minutos sendo atendido por médicos e enfermeiros. Ninguém sabe até hoje porque Maguila quebrou a cara do Fantasma. Maguila, rei do tele-ket, tinha certas manias, que o caracterizavam como maníaco do Pinel, como por exemplo fumar demais, andar sem parar durante muitas horas, ficar rindo à toa sem qualquer motivo, e falar demais, a tal ponto que as pessoas saiam de perto dele porque não aguentavam aquela ladainha todas as manhãs, tardes e noites. E no dia seguinte era a mesma coisa. Maguila, muito violento, adorava meter porrada nos outros, sem motivo algum. Arrebentar era com ele. Até que um certo dia alguém resolveu dar o troco para o Maguila. Foi Rasputin. Que depois de receber um murro e um soco de Maguila, pegou um pedaço de pau de madeira e o quebrou nas costas do Maguila. De lá para cá Maguila ficou manso e não se metia com mais ninguém. Todavia, de vez em quando o pau quebrava, um arrebentava o outro, a pancadaria comia solta e o festival de porrada tomava conta de todos, ao ponto de por várias vezes a direção do hospital não saber mais o que fazer. Porém Maguila reacendeu e começou uma velha nova era de arrebentar os outros. Só que agora os outros quebravam ele também. Maguila, o rei da porrada. O chefe da pancadaria. O Imperador do quebra-quebra.

9. Quando Verdugo quebrou a cara de todo mundo

Pra quê que foram mexer com o Verdugo, o Rei do caratê e Imperador do Judô ? Deu o que deu. Eram 9 horas da noite, depois do jantar, sábado, Verdugo assistia televisão antes de ir dormir. Foi então que Kung-Fu chegou de mansinho e deu uma colada no rosto esquerdo de Verdugo e a seguir um colaço nas suas costas quebradas pelo caratê. Ah, meu camarada, Verdugo sentiu a dor e viu o vacilo do companheiro e o “furo” do parceiro e devolveu a porrada acertando em cheio a cara de Kung-Fu, que respondeu outra vez dando-lhe um chute na bunda. Foi aí que Verdugo perdeu a cabeça e a paciência e estourou a cara do Kung-Fu com um golpe que o deixou de face quebrada. No mesmo instante, médicos e enfermeiros, correndo pelos corredores do hospital, já traziam 2 mata-cavalo e 2 mata-leão, injeção de maluco que dorme 2 meses sem parar sem comer e beber e fazer mais nada. Foi assim que os doutores acalmaram os dois e tranquilizaram o ambiente do hospital. Após 2 meses, Verdugo se levantou da cama estourado e quebrado, fudido e queimado, arrebentado e vendo tudo preto pela frente. E disse:”Primeiro branco que pintar vou quebrar”. Só que ele saiu quebrando todos que estavam pela frente e por trás, à direita e à esquerda, por cima e por baixo. Foi uma pancadaria total e um quebra-quebra geral. Até que novamente os médicos chegaram e deram mata-cavalo e mata-leão pra todo mundo. Todos dormiram quase três meses e acordaram todos malucos. E mais uma vez a porrada comeu solta. Sem saber mais o que fazer, a ordem da diretoria foi dar um sumiço em todos os malucos, separá-los e transferi-los para outros hospitais. Mas lá fora a porrada continuou e o pau quebrou em todos os Pinéis do Rio de Janeiro. Foi uma sacanagem fudida.

10. Beatriz, gostosa e encaixada

Bia era uma doida feita toda de chocolate pois era gostosa, linda e maravilhosa, de olhos verdes e cabelos louros, de buceta peluda e corpo quente, pele macia e seios dourados, bela como a Princesa de Mônaco e elegante como a Rainha da Inglaterra. Todos a chamavam de Rainha do Sexo, a Encaixada, toda beijada pelos seus companheiros de vida e estrada e toda penetrada pelos seus parceiros de cama de sexo oral, vaginal e anal, porque Beatriz era especialista em sexo, e aceitava transar com qualquer um seja homem ou mulher desde que a fizesse feliz, a mais bonita das criaturas e a gigante sexual perante seus namorados eternos e suas paqueras de sempre. Em Jacarepaguá, Bia era toda sexualista, dava para qualquer um, metia pra caralho e fodia loucamente até deixar seus colaboradores(as) como ela dizia felizes como ela igualmente era feliz sexualmente. Beatriz bendizia a Deus por seus amigos e amigas de sexo, e sempre que podia ajudava no hospital em diversas funções seja na limpeza ou na cozinha, seja passando roupa ou lavando pratos e panelas. Bia gostava de ajudar. Todavia na hora do bacanal sexual quando ela transava com vários ao mesmo tempo ela até perdia a calcinha e se entregava amorosamente na felicidade completa do paraiso do Pinel. Ela inclusive foi quem criou a Lei do Encaixe tão famosa na sociedade carioca, segundo a qual “pau no canal, ferro no buraco, bengala na caverna e canhão no caixote, banana bem dura na caixa preta pegando fogo, salsicha bem quente estourando o útero da maluca e cenoura bem grande e bem grossa fodendo, metendo e estrupando essas bucetas malucas da cabeça loucas pra meter pra caralho. Assim era Beatriz. Toda encaixada, beijada e penetrada por seus homens, “os loucões do céu da minha perereca perigosa”, como afirmava ela. Beatriz, a doida feliz.

11. Téd, o maluco da banana dura, que gostava de uma salsicha quente e adorava uma cenoura de aço, sentava no pepino e só comia mandioca grande e grossa

Se a ordem era sentar, então Téd fazia questão de estar presente. Ele, criador da Parada Gay do Rio de Janeiro, líder dos homossexuais cariocas, adorava sentar em uma banana bem dura, viver transformando sua vida em uma realidade de bananas, pois diziam que ele era a bananeira do Pinel. Téd, maluco por banana, às vezes passava o dia inteiro no colo dos malucos, que de pau duro colocavam colocantemente nele, já que ele era pegador, e os malucos colocadores. Gostava de ser colocado, todo beijado, totalmente encaixado e penetrado amorosamente pelos malucos do Pinel, seus colocadores sexuais. Téd, feliz da vida, acordava de manhã já sonhando com uma banana grande e grossa. Era o maluco mais bacana do Pinel pois sua filosofia era a paz e o amor. Téd, o banana das bananas duras do Pinel. Cheio de maridos, Téd seguia feliz da vida.

12. Paulinho, o Risadinha

O Problema de Paulinho é que ele ria sem parar. A tal ponto que de repente tava todo mundo rindo no Pinel. Onde Paulinho ia, era só gargalhada. Paulinho ia à missa na capela e até o sacerdote ria com a presença do Paulinho. Não sei por quê. Mas Paulinho tinha algum parafuso fora do lugar. Porque ele só sabia rir. Sua vida era rir. Ia pra lá e pra cá rindo no hospital. Ninguém sabia o motivo. Só sei que a qualquer hora do dia, minuto e segundo, em quaisquer situações e circunstâncias, lá estava Paulinho rindo sem parar, dando uma gargalhada atrás da outra. Então, muitas vezes, os médicos lhe aplicavam remédios e injeções para ver se Paulinho descansava um pouco a cabeça. Paulinho era só risada, sorriso e gargalhada. Paulinho perdia o controle e não tinha domínio sobre si mesmo. Seja no refeitório comendo, almoçando ou jantando, seja na capela durante a missa de manhã, seja no recreio e brincadeira com amigos, seja nas visitas de parentes e familiares, seja nas consultas com os médicos, enfim, em todas as atividades do hospital lá estava Paulinho rindo, sorrindo e gargalhando. Paulinho, o Risadinha do Pinel.

13. Saquarema, o falar sem parar

Para Saquarema, o negócio era falar, construir monólogos, pois quando se batia um papo com Saquarema não havia condições para diálogo, porque Saquarema falava sozinho, não deixava falar ninguém, monologando o tempo todo, sem dar chance de o companheiro colocar um ponto de vista ou apresentar uma opinião interessante ou uma palavra importante. Saquarema dominava a conversa, explorava seu discurso, impunha sua idéia e não aceitava debate nem discussão porque ele era o comandante do diálogo, que não existia. Saquarema gostava de falar sozinho. Passava pelos doentes e malucos falando sem parar, conversando consigo mesmo, distraido e sem dar atenção a ninguém. Saquarema, o maluco da palavra.

14. Madureira, o Andarilho

Aquele que andava sem parar, o Madureira, caminhava “para sempre” dizia ele, se mobilizava, não por ginástica ou exercício físico, mas porque era inconstante, instável, vivia em metamorfose permanente, não parava, se locomovia constantemente, com um viver bastante descartável, sem princípios ou regras que lhe fizessem se controlar ou dominar-se a si mesmo. Ao contrário, Madureira não ficava parado de jeito nenhum. Andava sem parar, E todos pensavam que Madureira era ginasta ou gostava de fazer exercícios físicos. Não era isso. Madureira tinha uma vida transitória, não gostava de normas absolutas e eternas, e seus valores não tinham fundamento algum pois eram insustentáveis, e fazia do seu jeito provisório de existir a lei da sua vida de cada dia, noite e madrugada.
Madureira, o maluco que não para.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Filósofo

Filósofo
O Produtor de Idéias

Momento Inicial

O Discurso do Pensamento e seus limites, tendências e possibilidades – eis o conteúdo global e diferencial deste livro simples, hunilde e pequenino.
Mostramos aqui e agora a filosofia e suas consequências na ordem da construção de idéias, seu momento vivencial e sua articulação ainda com os sentimentos humanos.
Uma obra para iniciantes em filosofia.
Sejam felizes, alegres e contentes.

Momento Essencial

1) O que é filosofar ?

O que é filosofar ?
Filosofar é refletir, questionar-se, interrogar-se, perguntar-se a respeito do sentido da vida, das origens da existência, das razões de viver: de onde eu vim ? para onde eu vou ? o que eu faço neste mundo ? quem sou eu ? quais são os princípios do conhecimento ? quais são os fundamentos da realidade ? é possível des-cobrir a verdade fundamental que dá sentido à vida e razão à existência ? Des-cobrir a verdade, tirar suas cobertas e vê-la totalmente nua ?
Filosofar igualmente é tentar responder a estas questões, oferecendo a todos uma explicação razoável ou racional com relação a elas, compreendendo-as com consciência real, juizo racional e bom-senso natural.
Filosofar portanto é fazer uso da razão ou inteligência tendo em vista fundamentar e dar sentido a sua vida e razões a sua existência.

2. Metodologia Filosófica
Ordem mental, disciplina racional
e organização do pensamento

1) Reflexão
2) Interrogação
3) Explicação
4) Método (investigação)
5) Sistema (relação, interação e articulação
das partes com o todo e vice-versa)
6) Estrutura (visão global e diferencial
do conteúdo apresentado)
7) Estratégia (plano de ação visando resultados)
8) Projeto (planejamento com um objetivo final)
9) Organização (ordem estabelecida)
10) Planejamento (projeto inicial, médio e final)
11) Logística (trabalho planejado, ordenado e organizado)


3) História da Filosofia
O Pensamento em Movimento

3.A. História do Pensamento
a) Idade Antiga
(Séc.VI a.C. até o Séc. IV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Mundo grego, especificamente, sua mitologia, sua tradição cultural, seu culto aos deuses, suas expressões artísticas e religiosas, sua sociedade pluralista, sua política democrática, sua moral pessoal e social, culminaram e chegaram à Paidéia, na qual o processo educacional de formação do homem grego colocava em destaque principalmente a sua racionalidade filosófica, ordenadora do caos e organizadora do conhecimento até então conquistado pelo povo grego, cujo saber englobava toda a sabedoria milenar dos povos antigos.
a.1. Os filósofos pré-socráticos
Fundamentalmente, a ARKÉ – o princípio da vida - era o tema central desenvolvido pelos pensadores anteriores a Sócrates. Alguns, como Tales de Mileto, diziam que a ARKÉ era a água; Anaximandro, o Ápeiron; Heráclito. o fogo. O COSMOS(Universo), seus princípios, meios e fins, centralizava todas as atenções, envolvia então todos os pensadores, atingindo também toda a sociedade grega antiga.
a.2. Sócrates
“Sei que nada sei” era o ponto-de-partida de Sócrates para a articulação, construção e desenvolvimento de suas idéias, que culminavam na Maêutica(criação/parto de idéias). Tal processo maiêutico(ignorância/ironia/crítica/dialética) constituia o fundamento básico dos diálogos de Sócrates.
a.3. Platão (Academia)
A Ideologia platônica baseia-se no famoso “Mito da Caverna”, onde, na escuridão da caverna, o homem, visualisando sombras(imagens), descobre a luz do Sol(a reflexão da razão inteligente). De acordo com Platão, as idéias – em sua reminiscência – estão em um mundo além e se refletem em nossa inteligência pensante. Essa lembrança(memorização das idéias) é o sentido da vida humana terrestrre e natural. A Idéia de Bem é a maior e melhor das idéias, identificando-se com Deus, a Idéia de Bem Superior. Sua filosofia tem um significado teórico e prático, atuando no campo do conhecimento e no campo da ética(virtudes morais), cujo aperfeiçoamento se dá na Política(República de Platão, em que o Rei-filósofo é seu principal protagonista).
a.4. Aristóteles (Liceu)
Profundamente naturalista e realista, o pensamento aristotélico se origina nas ciências naturais(anatomia, zoologia e botânica); cresce com a moral e o conhecimento(teoria da abstração, onde, através dos sentidos, a inteligência chega à experiência); e evolui para a lógica e a metafísica(a filosofia do ser).
a.5. Correntes Filosóficas
(Estoicismo/Destino – O Estoicismo é uma doutrina filosófica em que o destino das pessoas, da natureza ou do universo, ocupa o centro das atenções, em função do qual gira a vida pessoal e social, individual e coletiva das comunidades humanas que o adotam. O Destino pode ser uma fatalidade, uma catástrofe, um desígnio natural, uma intencionalidade divina ou um desejo religioso. / Hedonismo ou Epicurismo/Prazer – Esta doutrina filosófica tem como ponto fundamental de suas atitudes, idéias e sentimentos, o prazer, o gozo, a alegria, a felicidade, o contentamento, o desejo de amar, o desejo de viver, o desejo de criar e gostar dos seres e das coisas que estão dentro e fora de si. É uma teoria/prática otimista e positivista em relação à vida, ao meio-ambiente humano, natural e cultural nos quais todos estão incluídos, inseridos e envolvidos. / Ceticismo/Dúvida/Incerteza - Tal doutrina filosófica coloca a dúvida e a incerteza como motores de suas atividades humanas, reais e racionais, naturais e culturais, temporais e espaciais, envolvendo-se inclusive com a área política, social e econômica, com interesses igualmente no campo artístico, científico, filosófico, histórico, moral e religioso. Têm a certeza de que nada está certo. Duvidam da possibilidade do conhecimento, da construção da verdade e da certeza em si. / Dogmatismo/Certeza/Verdade – Os dogmáticos acreditam na viabilidade do conhecimento, da criação de idéias lógicas e dialéticas, com as quais possa-se chegar à verdade. Crêem no conhecimento certo e verdadeiro, a partir de que propiciam melhores condições de vida, saúde e educação para todos e cada um dos membros que vivem em sociedade. Historicamente, no seio da humanidade, vêm criando, construindo e desenvolvendo a chamada sociedade do conhecimento, origem de um mundo novo, aberto e liberto de preconceitos e superstições, de prisões ideológicas e divisões sócio-econômicas, de opressões políticas e escravidões morais e culturais. Aceitam pois, e trabalham para isso, a ordem e o progresso dos povos e nações do mundo inteiro. / Idealismo/Platão – O Platonismo cultiva o idealismo, o racionalismo, a supremacia das idéias sobre a matéria e a experiência. São mais teóricos do que práticos. Acreditam nos sonhos e no poder da imaginação. São irrealistas. / Naturalismo/Realismo/Aristóteles – O Pensamento aristotélico é mais realista e natural, segue a natureza e seus fenômenos biológicos e ambientais, muito sensível, realista e experimental, tremendamente científico, lógico, transcendental, vivendo bem o cotidiano da vida das pessoas. / Sofismo/Sofistas – Os sofistas aceitam o ceticismo, o individualismo e o relativismo, trabalhando com a dúvida metódica, retórica e argumentativa, e ainda enfatizando mais as perguntas, questões e interrogações ,
desprezando pois as respostas e os critérios de competência, autoridade e idoneidade. / Relativismo/Heráclito – Os relativistas acham que tudo é relativo, nada é absoluto; tudo é inconstante, nada é permanente; tudo é instável, nada é duradouro; tudo é movimento, nada é eterno ou está em repouso. Não acreditam em Modelos ou paradigmas perfeitos e absolutos. Não aceitam autoridades, competências, idoneidades. / Absolutismo/Parmênides – Os absolutistas crêem em símbolos e idéias permanentes, imagens e valores estáveis, práticas e vivências constantes. A Verdade tem que ser absoluta. / Indeterminismo/Anaximandro/Ápeiron – Baseado no conceito de Ápeiron, princípio indefinido da vida e origem indeterminada da matéria, os seguidores desta teoria fogem da ordem lógica das idéias, da disciplina do pensamento e da possibilidade de organização do conhecimento. / Ecletismo – Os ecléticos querem de tudo o melhor possível, de todas as coisas as melhores partes, de todas as doutrinas as melhores teorias. De tudo e de todos, tiram o melhor, e desse melhor fazem uma nova Ideologia. / Realismo Natural e Imaginário/Pitágoras, Tales, Demócrito, Zenão de Eléia)
b) Idade Média
(Séc.IV d.C. até o Séc.XIV d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial: O Repertório político, social, econômico e cultural recebido dos povos antigos (China, Índia, Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Hebreus, Caldeus, Gregos e Romanos, atingiu o período medieval, criando, ecleticamente, uma nova mentalidade cultural, onde o centro das atenções era a religião católica, de onde partiam a Patrística (séc.IV) e a Escolástica(séc.XIII) principalmente. A Teologia e a religião eram o contexto ambiental que prevalecia à época.
b.1. Patrística(Santo Agostinho, Justino, Clemente)
A Escola Patristica apresenta a importância da graça de Deus em nossa vida cotidiana.
b.2. Escolástica(São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santo Anselmo)
A Escola Escolástica mostra a boa relação que deve haver entre fé e razão(a fé ilumina a razão e a razão esclarece a fé).
c) Idade Moderna
(Séc. XIV d.C. até o Séc. XVIII d.C.)
Ambiente histórico, temporal e espacial:Agora, surge um novo humanismo, novas idéias, novos conhecimentos, que invadem a razão humana e suas manifestações sociais e políticas, econômicas, morais e religiosas, naturais e culturais. A razão substitui a religião.
c.1. Racionalismo(Descartes, Spinoza, Montesquieu, Voltaire, Rousseau)
c.2. Empirismo(Locke, Hume, Newton, Lavoisier, Galileu, Copérnico)
c,3. Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa(1789) – Kant e Maquiavel
As condições de possibilidade do conhecimento, definidas por Immanuel Kant, resumem certamente o que foi o período moderno, no qual se confrontaram o racionalismo(o conhecimento se dá a partir da racionalidade) e o empirismo(o conhecimento se dá a partir da experiência), Kant, filósofo alemão, sintetizou os dois pensamentos conflitantes, e, através de um mecanismo verdadeiramente eclético, formalizou o pensamento moderno, cujo conteúdo proporcionou causas e consequências, influenciando todo o contexto histórico e filosófico da época, contagiando a política de Maquiavel, a economia de Adam Schimidt, a sociedade humana naturalista e culturalista francesa, inglesa e alemã, a pluralidade cultural que mais tarde deu origem ao capitalismo moderno, ao socialismo comunista de Marx e Engels, e outrossim propiciando estabilidade e progresso na arte e na religião, na moral e nos costumes virtuosos que então emergiam.
d) Idade Contemporânea
(Séc. XVIII d.C. até os nossos dias de hoje)
Ambiente histórico, temporal e espacial: A Formação dos Estados Nacionais, o progresso e desenvolvimento das nações, a evolução cientifica e tecnológica, novas artes e religiões, o crescimento do esporte, uma nova visão-de-sociedade, conflitos e guerras internas e externas, nacionais e internacionais(as duas grandes guerras), o existencialismo, a consciência do mundo e da história, os novos meios de comunicação social, uma nova visão-de-Deus, o Capitalismo e o Socialismo(Comunismo), o Cristianismo e o Catolicismo, enfim, a sociedade do bem-estar e do bem-comum, eis algumas características do mundo atual.
d.1. Cientificismo(Ciência e Tecnologia, Nanotecnologia, Biodiversidade, Robótica, Transgênicos, o Genoma humano, Genética, OGM – Organismos Geneticamente Modificados, Inteligência Artificial, Circuito Integrado, MicroInformática, a Ciência Eustática e Insofismática), Capitalismo(Dinheiro, Burguesia, Mercantilismo, Liberalismo, Neo-liberalismo), Socialismo/Comunismo(Trabalho), Socialismo Utópico, Socialismo de Estado, Social-Democracia, Neo-Tomismo(Aristóteles), Existencialismo(Existência precede a Essência, Finitude, Ser-no-mundo, Temporalidade, Espacialidade, Historicidade, Humanismo e Liberdade, Valorização do Eu e da Subjetividade, a Pessoa humana, seu caráter, sua personalidade), Historicismo(Tempo e História), Intuicionismo de Bergson, Cristianismo/Catolicismo e outras filosofias religiosas
d.2. Karl Marx e Engels, Hegel, Bergson, Marcel, Sartre, Heidegger, Piaget, Freud, Nietzche, Farias Brito, Alceu de Amoroso Lima, Althusser, Deleuze
Sinteticamente, a filosofia cristã(o catolicismo, o protestantismo e os evangélicos), novas visões de Deus, do homem e da mulher, e suas diferenças e limitações(índios, negros, mulheres, mercado de trabalho, profissões e vocações), a filosofia capitalista, a filosofia socialista, a filosofia existencialista, a fenomenologia, o historicismo, o cientificismo e o progresso tecnológico, as atividades esportivas, a globalização, a economia de mercado, os meios de comunicação social(rádio, televisão, telefone celular, cds e dvds, computador, internet, informática), a internacionalização do poder( ONU, OEA, UNESCO, FIFA, COMUNIDADE EUROPÉIA, MERCOSUL, FMI, ALCA, as constituições e instituições federais, estaduais e municipais dos povos e nações do mundo inteiro, sua interação, inter-relação e interdisciplinaridade, tudo isto, enfim, caracteriza o pensamento filosófico contemporâneo, com seus princípios, razões e fundamentos básicos.

4. A Lei do Pensamento – 1) Penso, para conhecer. 2) Conheço, para descobrir a verdade. 3) Descubro a verdade, para ser livre. 4) Atinjo a liberdade, para ser feliz. 5) Chego à felicidade, para ser eterno. 6) Mergulho na Eternidade, para me encontrar com Deus, o Senhor. 7) Encontro-me com Deus, o Senhor, no interior do silêncio. 8) No silêncio, desejo pensar. Estas são as 8 leis do pensamento.

5. A Ordem do Pensamento

A Racionalidade humana tem como uma das suas funções principais a capacidade de ordenar o caos, organizar as idéias, estruturar o pensamento e sistematizar, sintetica e analiticamente, símbolos, valores e vivências, idéias e ideais, teorias e práticas, do homem e da mulher, criaturas de Deus, o Senhor, Inteligência Suprema, Razão Superior, Criador, o Autor da Vida.
Pensar ordenadamente,
organizadamente,
logicamente,
sinteticamente,
analiticamente,
estruturalmente,
sistematicamente: eis a tarefa fundamental do pensamento, que, deste modo, cria a vida, soluciona problemas,
enfrenta obstáculos, supera barreiras, ultrapassa preconceitos e superstições, transcende limites, definições, determinações e condicionamentos, proporcionados pelo tempo presente e pela história humana, no cotidiano da vida.
Assim, o conhecimento é melhor adquirido, mais facilmente alcançado, vencendo a confusão mental e a complicação racional, abrindo pois as portas da liberdade do pensamento reflexivamente vivido.
Outrossim, realiza-se desta maneira a felicidade do homem e da mulher, com suas causas, intenções e finalidades
gratuitamente possibilitadas.
Boas idéias, bons pensamentos e bons ideais são origem de saúde e bem-estar para a humanidade, fonte de respeito e sinal de responsabilidade, melhor liberdade e maior felicidade para todos, ponto de equilíbrio entre o juízo e o bom-senso, os quais honram, bendizem e glorificam a Deus, o Senhor, Mente Superior, base radical do pensamento humano e princípio fundamental da razão presente e insistente no homem e na mulher.

6. A Origem das Idéias - A Adequação do pensamento com a realidade produz o conhecimento (idéias). Na verdade, o conhecimento nasce quando a ra cionalidade, através dos sentidos, apreende ou abstrai o real, o objeto concreto da realidade sensível. Tal processo de construção do conhecimento (idéias) é chamado de Teoria da Abstração ou Apreensão.

7. A Presença da Mulher na constituição do Pensamento Filosófico Brasileiro, segundo o Professor Joaquim Teixeira Batista das Neves

A Nova Filosofia Brasileira se apresenta como lugar de encontro de diversos pensadores locais, regionais e globais, dentre eles se destacam mulheres (filósofas) , que incluíram na atual filosofia brasileira terminologias novas, de significados profundos, determinantes na produção moderna do pensamento brasileiro. Novas terminologias, conceitos e definições, geradoras de novas idéias, novas teorias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Palavras, tais como: dependência, eustático, insofismático, alienação cultural, prisões ideológicas, racionalidade mítica, subjetividade objetiva, segurança dialética, indefinição epistemológica, relatividade axiológica, fenomenologia inconsciente, dogmatismo hermenêutico, lógica do concreto, imortalidade metafísica, ontologia do singular, visão global e diferencial, teleologia da história, terapia filosófica e outros termos de origem filosófica. Para isto, colaboram ainda hoje Professoras de Filosofia, muito conhecidas nacional e internacionalmente, como por exemplo Marilena Chauí, Vera Lúcia Vidal, Vânia Ferreira, Creusa Capalbo, Eliane Portugal, Kátia Muricy, Ana Maria Garcia, Nilce Bernadete, Creusa Brito Feitosa, Maria da Conceição Rachid, Grétia Viana Novaes e Celise Barreiros Laviola.
Hoje, neste momento, o Pensamento Filosófico Brasileiro espalha-se pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, por todo o Brasil e o mundo inteiro.
Crescendo, progredindo e se desenvolvendo, a nova e original filosofia brasileira tende a ser, no meio de nós, um caminho aberto, renovado e libertador, a partir do qual certamente o povo sofrido e trabalhador brasileiro encontrará a solução para seus problemas mais urgentes, a resposta positiva e otimista para seus desejos mais necessários, destruindo então preconceitos e superstições, e construindo uma nova mentalidade cultural, uma cultura viva, onde os conceitos, idéias, valores e vivências articulem uma sociedade mais livre e feliz, abençoada por Deus, o Senhor.
Parabéns âs mulheres pensadoras do Brasil.

8. Aristóteles e Paulo Freire: Ética na Educação

O Pensamento Aristotélico e o Pensamento PauloFreiriano relacionam-se, interagem, possuem uma mútua reciprocidade em suas idéias sobre a ética ligada à educação.
Entendendo ética como o comportamento consciente do ser humano, tendo em vista valores e vivências respeitosas e responsáveis; e educação como o processo de ensino-aprendizagem desses mesmos valores e vivências, no sentido de obter um comportamento, como disse, consciente, respeitoso e responsável, podemos afirmar que Aristóteles e Paulo Freire assemelham-se propriamente em seus pontos-de-vista comuns, onde a ética na educação tem um papel bastante específico, de caráter global, regional e local.
Segundo Aristóteles, o naturalismo é a base fundamental da educação, proporcionando ao homem e à mulher um sentido ethos(ético), em que o significado natural dos seres e das coisas, animados e inanimados, e da vida humana, favorecem o comportamento de indivíduos e grupos sociais, que então passam a agir segundo a sua natureza própria, o seu meio-ambiente ecológico, nela, com ela e para ela. Assim, a natureza influencia o comportamento ético, que é fundamentado por uma educação natural.
Em Paulo Freire, a educação libertadora se dá política, econômica, social e culturalmente, a partir pois da natureza material e imaterial, onde as pessoas envolvidas em tal processo educador, juntas e unidas, individual e comunitariamente, buscam criar e desenvolver mecanismos de libertação corporal, mental e espiritual, utilizando-se de símbolos, idéias, valores e vivências da própria comunidade local, regional e global, dentro da qual estão inseridas.Desde então, as atitudes destas pessoas se originam de uma educação naturalmente realista- naturalismo e realismo - libertadora, transformadora, na qual se procura um caminho maior e melhor de saúde, educação e bem-estar para todos.
Paulo Freire e Aristóteles- realismo e naturalismo, libertação e globalização –trabalham no sentido de influenciar, fortemente, os atos concretos das sociedades humanas,, a partir justamente de uma educação naturalista e realista, global e libertadora, humanista e transformadora da realidade local, regional e planetária, no interior das quais se encontram, procurando deste modo um caminho novo, aberto, livre e feliz de ordem e progresso, saúde e bem-estar para todos e cada um dos membros da sociedade humana.

9. Ética e Educação na Fenomenologia de Heidegger

Segundo a Fenomenologia Heideggeriana,o homem e a mulher são um complexo de possibilidades.
Isto significa dizer que, ambos, como seres-no-mundo, seres-aí, seres no tempo e na história, limitados pela finitude temporal, portanto, finitos e limitados, ainda assim têm um caráter tendencial, alternativo, possibilitador de novas conquistas, novas idéias, novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mesmo limitado pela finitude do tempo e pela obscuridade da morte, o ser humano é possibilidade, tendência, opção, alternativa, em que pode buscar outros caminhos de vivência e sobrevivência humana. Deste modo, educar fenomenologicamente é educar conscientemente para o fluxo de possibilidades que oferece a vida humana, ainda que limitada pela história, definida pelo tempo presente e finita na sua espacialidade e temporalidade.Logo, a existência humana é um complexo de possibilidades: liberdade possível, bem-estar possível, felicidade possível, mesmo que determinada pela finitude temporal e as limitações histórico-espaciais.
Heidegger e sua fenomenologia contribuem eficazmente para uma boa ética na educação, onde as tendências e possibilidades do ser humano são ilimitadas e infinitas, embora nos limites e finitudes do tempo e da história.

10. Pensamentos Filosóficos - 1) O Silêncio, o movimento e a paciência manifestam a sabedoria de Deus no dia-a-dia das pessoas. 2) Pense, antes de realizar. A reflexão deve estar antes do acontecimento. Jamais pense ou reflita depois do seu comportamento, ou após os fenômenos realizados. 3) A vida espiritual deve estar em primeiro lugar na nossa vida. Depois vem a vida mental. E, por último, a vida corporal. Estabeleça uma hierarquia de valores no seu cotidiano. Primeiro, sempre, Deus, o Senhor. 4) Que o bem e a luz e a paz sempre acompanhem a sua vida. 5) As mulheres fazem bem a saúde dos homens. Ponha as mulheres na sua vida. Elas são a graça de Deus no meio de nós. Elas são na verdade a alegria dos homens. Deus, o Senhor, quis assim. 6) Trabalhe com alegria e faça bem todas as coisas. 7) Seja sempre bom e faça sempre o bem. 8) Siga sempre a lei natural: faça o bem e evite o mal. 9) Que a boa consciência, a boa intenção e os bons atos reflitam o seu viver, o seu convívio com as pessoas e toda a sua existência. 10) Ajude-se ajudando os outros. 11) Amando-se a si mesmo (auto-estima) você aprende a amar a Deus, o Senhor, e as pessoas ao seu redor, mais e melhor. 12) Glorifique e bendiga sempre a Deus, o Senhor, pelos benefícios e maravilhas na sua vida. 13) A Paciência é a mãe das virtudes. 14) Siga sempre a natureza. Naturalmente, viva, conviva, pense, sinta, se comporte, pratique seus atos. Viva em harmonia com seu meio-ambiente. Seja natural. Porque Deus, o Senhor, é natural. Porque o universo é natural. Porque a vida é natural. O homem e a mulher são naturais. Com equilíbrio e segurança, percorra o caminho da natureza. Alimente-se naturalmente. Faça da natureza o sentido da sua vida. Deste modo, o bem e a paz habitarão o seu ser. 15) No seu convívio social, tenha sempre juízo e bom-senso. 16) Respeite os outros. 17) Seja responsável por suas atitudes. 18) Destrua preconceitos e superstições, e construa a liberdade e a felicidade para si e para os outros. 19) Faça de cada momento uma eternidade. Porque você é eterno. 20) Seja realista. Informe-se. Participe das novidades e notícias do seu dia-a-dia. Tome uma água e um cafezinho no botequim. Compre seus remédios na farmácia. Compre seu pão na padaria. Compre seu jornal no jornaleiro. Dê um passeio pela rua. Faça suas compras no supermercado. Converse com seus amigos. Ame suas mulheres. Dê um abraço no seu pai e um beijo na sua mãe. Brinque na praça com as crianças. Ajude os pobres. Reze e bendiga a Deus, o Senhor, glorificando-O por suas obras, maravilhas e benefícios. Trabalhe e estude com alegria. Na igreja, agradeça a Deus, o Senhor. No hospital, visite seus doentes. Em tudo, com todos, louve a Deus, o Senhor. No galinheiro, compre alguns ovos e namore as galinhas. No açougue, compre uma carne para a família. E que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado eternamente. Amém.

11. A Criação do Novo - A Criatividade é o motor da novidade. Vejamos como se situa o novo, dentro do contexto humano, natural e cultural. 1) limites - A produção da novidade é contrariada pelos preconceitos e superstições, confusão mental, mitos e crenças, obstáculos ao conhecimento e barreiras ideológicas. 2) tendências - abrir a mente, renovar o conhecimento e libertar a pessoa humana de suas prisões culturais. 3) possibilidades - progresso dos povos e evolução das nações, crescimento político, social, econômico e cultural, desenvolvimento científico e tecnológico, maior liberdade e maior felicidade, melhor juízo e melhor bom-senso, mais saúde e bem-estar para todos.

12. Ponto-de-vista/Visão global e diferencial - Em nossas reflexões humanas, naturais e culturais, devemos ter, ao mesmo tempo, um olhar globalizante sobre a realidade e um olhar sobre as diferenças que a envolvem., a fim de que nossas sínteses e análises reais e racionais apreendam de fato a verdade dos fenômenos concretos, tornando certo o conhecimento verdadeiramente possível. Deste modo, de posse da verdade real, chegaremos à liberdade existencial, e, por conseguinte, atingiremos a felicidade completa, saudável e libertadora. Ou seja, a visão do todo pressupõe necessariamente a visão das partes, o olhar global precisa antes do olhar diferencial. Assim, conseguiremos perceber perfeitamente a realidade, interior e exterior, com seus problemas e interrogações , de um lado, e suas soluções e respostas positivas e otimistas, por outro lado. Quando o racional compreende inteiramente o real, no todo e nas partes, global e diferencialmente, absoluta e relativamente, estamos então diante do sentido da vida, a razão de viver, mergulhando desta maneira na função humana existencial propriamente dita, cuja complementação se dá no mergulho em Deus, o Senhor, objetivo final da nossa vida.

13. A construção do comportamento humano - O homem e a mulher, quando agem em sociedade, atuam movidos por sua liberdade, sendo esta condicionada pelos desejos humanos e suas necessidades naturais. Tais desejos e necessidades refletem no ser humano, por um lado, o universo biológico ou genético que o envolve, e, por outro lado, o universo social ou ambiental no qual está inserido. Então, neste momento, entra em ação a liberdade humana, a qual opta ou escolhe o bem ou o mal. Esta é a lei natural, ou seja, faça o bem e evite o mal. A lei natural, por sua vez, determinará a consciência humana, sua intencionalidade final e seus atos conseqüentes. Assim, a liberdade humana, em um ambiente social bom ou mal, faz a opção, consciente e intencionalmente, comportando-se ou de modo virtuoso ou de maneira viciosa. A liberdade, em função da lei natural, condicionada pelo ambiente social, opta pelo bem ou pelo mal. Portanto, o bom ambiente faz a boa pessoa. O mau ambiente faz a péssima pessoa. Outrossim, cabe salientar que a lei natural (procure o bem e a paz, e não pratique o mal nem a violência) foi criada por Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida. Deste modo, o homem de Deus sempre será bom, e praticará o bem e a paz. Igualmente, a mulher de Deus.

14. Realidade e Interpretação

Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.

14.a. Realidade e Interpretação - Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.


15. Paidéia – A Formação do homem grego
Projeto educacional para o homem atual

Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.

16. Epistemologia – Teorias do Conhecimento

1) Realismo
2) Idealismo
3) Racionalismo
4) Empirismo
5) Dogmatismo
6) Ceticismo
7) Absolutivismo
8) Relativismo
9) Estoicismo
10) Hedonismo (Epicurismo)
11) Ecletismo
12) Niilismo
13) Indeterminismo


17. O Mecanismo lógico, estrutural e
sistemático de equilíbrio e desenvolvimento
da ordem existencial do ser

a) A Voz do Silêncio
b) O Vazio da Essência
c) A Aparência do Nada
d) O Pensamento Vivo
e) A Presença da Ausência
f) A Consciência do Universo
g) A Ordem da Natureza
h) O Corpo Espiritual
i) A Realidade Global

18. A Dialética Mental

O Processo de produção do conhecimento (idéias) se realiza dialeticamente, ou seja, por meio de contrários, novos contrários ou contradições.
Uma idéia origina uma teoria, que, por sua vez, produz uma ideologia.
Tal movimento construtor de idéias, teorias e ideologias se faz dialeticamente, quando então através de novidades e novos contrários ou contradições, novos pensamentos são criados, os quais, igualmente, produzem novos pensamentos.
Dialeticamente, a TESE produz a ANTÍTESE, a qual, por seu lado, gera a SÍNTESE.
Esse mecanismo dialético articulador é o responsável, na história da humanidade, pela descoberta de novos conhecimentos, que também descobrem outros novos conhecimentos.
A Dialética é o motor descobridor de novos conhecimentos.

19. A Metodologia Epistemológica

Do Insofismático para o Eustático
O Movimento de descobrimento do
conhecimento verdadeiramente possível

Descobrir a verdade, e o fundamento da verdade: eis o objetivo final de todo conhecimento verdadeiramente possível.
Insofismar, ou seja, realizar o desvelamento da verdade: eis a luz vital que possibilita abarcar todo e qualquer conhecimento verdadeiramente possível.
Eustatizar, ou melhor, encontrar a luz da verdade: eis osentido fundamental
que proporciona abraçar toda e qualquer ciência realmente viável.
Com efeito, segundo a natureza humana, o conhecimento tem limites, é possível de acordo com os mesmos limites, tendências e possibilidades da razão ou inteligência do homem e da mulher.
Tal possibilidade do conhecimento é alcançada pela metodologia insofismática e eustática.
O Método insofismático busca conhecer a verdade possível.
O Método eustático procura o fundamento desta mesma verdade possível.
Por que conhecimento verdadeiramente possível ???
Porque, quanto ao conhecimento, a razão humana tem limites, além dos quais não é possível a ciência ou o conhecimento verdadeiramente possível.Em outras palavras, a ciência ou o conhecimento necessita de juízo e bom-senso, de um tal estado de racionalidade que propicie a descoberta da verdade e de seus fundamentos vitais.
Esse movimento epistemológico – da verdade insofismática para o fundamento da verdade eustática – realiza de fato o conhecimento verdadeiramente possível.

20. O Processo de Formação da Consciência Pensante - O Movimento de construção da consciência que pensa é realizado por 6 momentos, descritos a seguir: a) Consciência ingênua: é a consciência original, ainda carregada de preconceitos e superstições, confusão mental, cheia de bloqueios e obstáculos ao conhecimento. b) Consciência crítica: é a consciência problemática, cheia de perguntas, que passa por etapas de questionamento e interrogações. c) Consciência dialética: é a consciência antitética, que percorre o seu caminho através de contrários e contradições, construindo assim novas idéias, novas teorias e novas ideologias. TESE > ANTÍTESE > SÍNTESE d) Consciência Insofismática: é a consciência certa, autêntica e verdadeira, que, ao construir o conhecimento, rejeita erros, dúvidas e incertezas, mostrando-se fiel ao conhecimento da verdade. e) Consciência Eustática: é a consciência fundamental, que, em seu caminho, busca não só a verdade, como também, e mais ainda, o fundamento da verdade. f) Consciência Nua: é a consciência global, total, integral, sem roupas, ou seja, sem bloqueios e obstáculos, sem preconceitos e superstições, sem barreiras ao conhecimento verdadeiramente possível. Tal processo de formação da consciência pensante acontece na Arte, Ciência, Filosofia, História, Moral e Religião. Na Arte (Desenho, Música, Literatura, Pintura, Escultura e Arquitetura). Na Ciência ( Astronomia, Matemática, Física, Química, Biologia e Informática ). Na Filosofia (Lógica, Ontologia/Metafísica, Ética, Estética, Epistemologia, Axiologia, Fenomenologia e Hermenêutica). Na História (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). Na Moral (verdade, liberdade, felicidade, bondade, justiça, direito, respeito e responsabilidade). Na Religião ( Deus, o Senhor, oração, adoração, fé, obras, transcendência, imortalidade, eternidade, silêncio e testemunho ).


21. Consciência Eustática
e Razão Insofismática

Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.

Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.

Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.

22. O Processo de Conscientização da Realidade

Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.


23. O Ser e o Vazio
O Mecanismo de funcionamento
do processo de esvaziamento de
conteúdo social, político, econômico
e cultural da consciência global e diferencial
das sociedades humanas em geral nos dias de hoje

Filosofias de vida, presentes, existentes e insistentes nos tempos atuais, são responsáveis direta e indiretamente pelo vazio espiritual, físico e mental, que se observa em todas e cada uma das camadas sociais da comunidade humana presente, cujas consequências se identificam com a realidade violenta e marginal, maldosa e selvagem,
triste e angustiante, prisioneira de seus próprios preconceitos e obstáculos mentais,
escrava de seus próprios vícios e interesses mal-intencionados, oprimida e opressora, divisora de classes, marginalizadora de pessoas desejosas de liberdade e felicidade. Tal realidade caótica, reflete posturas arbitrárias, posições ideológicas e interesses obscuros, corrompidos, defendidos pelos adeptos e seguidores destas 6 filosofias existenciais, que a seguir apresentamos:
1) Individualismo (culto ao eu e à solidão)
2) Niilismo (cultura do nada, do vazio e do inútil)
3) Ceticismo (dúvida e incerteza como razões de viver)
4) Relativismo (tudo é relativo, nada é absoluto)
5) Indeterminismo (tudo e todos são indefiníveis e indetermináveis)
6) Ateísmo (negação e indiferença quanto a Deus)
Estas filosofias de vida destróem a vida e constróem a morte.
Propagam o mal e a violência, e o vazio do ser.
Hoje, assistimos ao intolerável e insuportável esvaziamento do ser.
Caminhamos para o vazio da vida,
o nada do ser,
o silêncio da existência,
a ausência da essência.
a consciência da aparência,
o sumiço de Deus ???

24. A Filosofia e seu conteúdo interdisciplinar

a) Lógica Clássica e Simbólica
b) Ética
c) Estética
d) Hermenêutica
e) História da Filosofia
f) Ontologia ou Metafísica
g) Epistemologia
h) Axiologia
i) Fenomenologia
j) Teleologia

Momento Final

Pensar, refletir, interrogar-se acerca dos problemas fundamentais da vida humana, e tentar encontrar as suas respostas positivas, segundo o nosso ponto-de-vista pessoal e grupal, individual e coletivo – eis o que devemos fazer de agora em diante.
Devemos assumir um compromisso responsável com a filosofia.
Tal compromisso levar-nos-á certamente a um posicionamento consciente, racional e real perante os problemas centrais da vida cotidiana.
Que suas posições filosóficas façam vocês livres e felizes diante de Deus, o Senhor, e a comunidade humana global.
Este o nosso desejo verdadeiro.
Pois então, continuemos a filosofar.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Bambino

Bambino,
o tal de Mário Pinto
História de um Gato

Baseada no Gatonês,
a língua dos gatos



Através do Gatonês, da psicologia Bambiana e da filosofia Marioista, temos uma maior e melhor visão da realidade cotidiana que nos cerca

O Dono das esquinas

Ele, o filho predileto da dona Glória, rei da malandragem, garoto maroto e moleque socialista, tem preferência pelas esquinas da casa, de onde obtém uma visão maior e melhor do apartamento, grande noção do que acontece com a família, interpretando a sua maneira as ocorrências diárias do lar, em que habita há mais de 8 anos, quando então chegou para ser o anjo da guarda da Camponesa, seu segurança fiel e seu guarda-costas cotidiano, acompanhando ela, seus filhos e filhas, seus parentes, amigos e conhecidos, a todos que ali se acham, ou venham a se encontrar, oferecendo-lhes pois seus serviços de malandragem, sua esperteza em ganhar uma gata, namorar e paquerar as gatas do vizinho, sua companhia constante na hora da solidão e do isolamento, sua presença amiga permanente ao lado dos seus preferidos, companheiros de caminhada e parceiros da luta diária em prol do pão de cada dia, levando-o igualmente a satisfazer os seus desejos e realizar as suas necessidades de cada dia e cada noite, e da madrugada também.
Garoto das esquinas e moleque das meninas, Mário Pinto de vez em quando fica alegre de repente, dá umas corridas pela casa, derruba a lata do lixo, alisa as unhas nos móveis e sofás, dá umas “miadas” altas e fortes como que querendo chamar a atenção das pessoas para alguma coisa.
Das esquinas do lar, de plantão, observa como vão as coisas, como estão os seus patrões, como anda o movimento no apartamento, se há alguma novidade no momento, se vem surpresas por aí, se está na hora da comida, se chegou o instante de urinar e fazer as fezes, enfim, de dormir aconchegadamente na cama ou no sofá vermelho da patroa.
Nas esquinas ele fica de vez em quando.
Nas esquinas da sala e da cozinha, do banheiro e dos quartos, da área e do corredor.
Ele, o chefe da Félix da Cunha.

De olho nas gatas

Cheio de tesão, Mário até hoje vive em busca de sua “Bambina, a tal de Maria Pinta”.
É assim que ele “trepa” nas janelas, como se estivesse “trepando” com uma gata; pula nas mesas, como se estivesse pulando no corpo de uma gatinha; sobe no alto dos móveis e guarda-vestidos, como se estivesse subindo nas costas de uma gateza; escala a televisão da sala, como se estivesse escalando o peito de uma gatona; senta no computador, como se estivesse sentando no colo de uma gatuna; vai lá em cima dos armários da cozinha e da geladeira e do fogão, como se estivesse indo pra cama com uma gatuza...
Eis o tal de Mário, sempre namorando suas “Márias” no vizinho ao lado, ou paquerando suas “Pintas” nos corredores do edifício.
Sempre de olho nas gatas, ele vive a sua vida, sente suas dores e alegrias, “pensa” sobre sua existência de cada instante, comporta-se como se hoje fosse o grande dia da sua “paquera”, esperando quem sabe que alguma alma gêmea tenha pena dele, e resolva então “arrebentar” com ele, ir aos “finalmente” do seu amor por ela, sexualizar santamente com sua parceira de caminhada animal, cheio de amor pra dar, louco pra “meter” com ela, doido pra queimar suas energias sexuais totais juntamente com ela, sua tão sonhada e tão esperada e tão desejada “Bambina, a tal de Mária Pinta”.

Tomando conta da porta

Agindo como segurança da família, ou guarda-costas da casa, ou anjo da guarda do apartamento, Mário Pinto de vez em quando vem até a porta de entrada e observa se está tudo bem, se chegou alguém ao local, como está o vizinho em frente, se tem gente no corredor, se há ladrão ou bandido por perto, pára um pouco e senta alguns minutos, ou se deita à vontade no chão da sala, sempre diante da porta principal de entrada do apartamento, pronto também para receber os parentes e amigos, acolhê-los com elegância e delicadeza, brincar com quem chega ou fugir rapidamente para dentro da casa se o visitante é uma pessoa estranha ou desconhecida.
Como se vê, Bambino é da casa, conhece todos os lugares e compartimentos do apartamento, sabe como é o ambiente da família, gosta de seguir e acompanhar a patroa e chefe da casa, dona Glória da Conceição, ajudando-a com um carinho em suas pernas ou um beijo em seus pés, demonstrando-lhe amizade, como que querendo dizer pra ela: “Sabe, dona Glória, a senhora não está sozinha, aqui tem sempre alguém ao seu lado, para lhe fazer companhia diariamente, dar-lhe uns beijos e abraços sempre que possível, dar-lhe segurança na sua caminhada cotidiana, e estar na sua presença constantemente para o que der e vier”.
Esse o Mário, o gato da Camponesa, o rei da porta, o chefe das esquinas, o dono das gatas, o malandro bagunceiro com suas corridas diárias e noturnas por dentro da casa, o que de certo modo dá alegria aos seus parentes, amigos e familiares, que o guardam permanentemente, educando-o nas boas virtudes dos gatos, nos bons valores dos bichos e nas boas vivências dos animais.
Deus te ajude, Bambino, o tal de Mário, garoto maroto e moleque socialista da Félix da Cunha.

Ele gosta de estar no meio de nós

Quando a família se reúne para discutir problemas de casa ou do trabalho, resolver dificuldades e solucionar questões cotidianas, trocar idéias sobre as novidades da vida, debater detalhes do dia a dia ou conhecer as diferenças que nos unem e nos fazem estar juntos, então, no silêncio do seu olhar gatuno e nas pegadas vagarosas de seus passos lentos e calmos, tranqüilos e pacientes, Bambino se aproxima, nos observa cheio de malandragem, esperto como sempre, e se coloca em nosso meio, escutando pois a nossa conversa sadia e ouvindo o nosso bate-papo saudável, aprendendo com nossas vozes medianas, vendo nossos rostos se entreolharem, descobrindo assim os segredos dos seus patrões e os mistérios dos seus amigos, interagindo conosco em nossos afazeres ali compartilhados, comungando com nossas atividades recíprocas e participando de nossos mútuos relacionamentos de amor e amizade, malandragem e camaradagem, esperteza e sutileza, simpatia e coleguismo.
Sim, nós somos os colegas do Mário Pinto.
Conosco, ele vira um garoto maroto, um menino esperto e um moleque socialista.
Ao nosso lado, ele fica à vontade, fica sem calças e sem cuecas, nu e pelado com a mão no bolso, com suas unhas afiadas prontas para nos atacar, ou atacarem os móveis, o sofá da sala e as camas dos quartos, ora se escondendo debaixo das camas para nos observar ora subindo em seus esconderijos secretos espalhados por toda a casa para lá de cima ter uma visão maior e melhor do ambiente domiciliar.
Mário, o tal de Pinto – ninguém sabe, mas eu sei – vive perscrutando todos os lugares por onde circula, percorrendo as portas e as esquinas do apartamento, investigando as andanças e o dia a dia da vizinhança, pesquisando a área e o corredor, os corredores dos andares do edifício e suas escadarias, de olho, é claro, em uma gata que de repente possa “pintar” por aí, por aqui e por ali, quem sabe a “Mária, a tal de Pinta” não apareça nesses instantes diante do seu caminho.
A possibilidade existe.
Por ser socialista, membro da família tijucana, Bambino não perde a esperança, sua mania de gato jovem, esperto e malandro: “Um dia, eu encontro a minha gata”.

Dormindo como sempre

Bambino é um gato tranqüilo, calmo como sempre, que sabe levar a vida, pois passa a maior parte do tempo dormindo, de onde obtém suas energias para bem viver e gostar das coisas boas que a vida tem, respeitar seus queridos, amar suas gatas, ser sério quando preciso, alegre sempre que pode, otimista na hora de brincar com seus amigos, positivo e silencioso ao olhar para seus chefes e seus patrões dentro de casa.
Dormindo, Mário Pinto encontra forças para viver e conviver com as pessoas, animação para passear pelo apartamento, motivo para ficar olhando para a nossa cara que nem “maluco da cabeça”, incentivo para as suas corridas e bagunças, asneiras e besteiras, sacanagens e safadezas, brincadeiras e trabalhos.
Ele gosta de dormir.
Dormir bem na verdade é uma terapia, um remédio para nossos cansaços, fadigas e esgotamentos físicos e mentais, materiais e espirituais.
É a chamada terapia do sono, da qual nem o Mário consegue escapar.
Em conseqüência disso, Bambino vive tranqüilo a sua vida, sem o risco de ficar doente ou de enlouquecer com as loucuras deste mundo.

Convivendo com suas
coceiras e alergias

Com seus “banhos de gato”, a água que bebe constantemente, a areia que limpa suas fezes e urinas e a comida de cada dia, além de outras providências inesperadas e de surpresa por parte de sua família, que lhe dá remédios e curativos sempre que preciso, Bambino vai vivendo e vencendo suas coceiras dolorosas e suas alergias sofredoras, o que o faz nervoso em muitos momentos do cotidiano, triste e angustiado em algumas horas, deprimido quase sempre, stressado e irado, raivoso e encolerizado, briguento com as pessoas, como se quisesse quebrar tudo pela frente, sair na porrada com todo mundo, usar de violência com tudo e com todos, distribuir pancada, quebra-quebra e pancadaria pra tudo quanto é lado, inquieto com seus tormentos e incômodos, inseguro com suas contrariedades e adversidades, parecendo infeliz com as dores e sofrimentos do “mundo dos gatos” e seu ambiente aparentemente bastante contraditório para quem quer ser feliz, alegre e contente como os bichos do céu e os animais do paraíso.

Fazendo suas necessidades
e realizando seus desejos

Como todo e qualquer gato, bicho ou animal, Mário Pinto tem seus instintos, desejos e necessidades naturais que o fazem ser alguém na vida, dormir e se locomover, trabalhar e descansar, repousar e se movimentar, andar e caminhar, comer e beber, urinar e fazer fezes, lavar-se e higienizar-se, olhar a sua volta e observar as pessoas, visualizar as partes da casa e o todo que é o seu apartamento, comungar e participar dos encontros e reuniões da família, gostar de brincar e bagunçar, namorar e paquerar, acompanhar a sua patroa e seguir seus queridos amigos não só pelas ruas da Félix da Cunha como também pelas ruas e becos, praças e avenidas de todas as Félix da Cunha da vida e do mundo.
Desse modo, portanto, satisfazendo os seus desejos animais e “gatais” e realizando as suas necessidades naturais, o Garoto Maroto e o Moleque Socialista da dona Glória, Camponesa, Portuguesa com certeza, Mulher do Couto, o tal de Bambino, um certo malandro-esperto chamado Mário Pinto, vai vivendo e existindo, insistindo em lutar pela vida, batalhar por suas garotas denominadas “Márias, as tais de Pinta”, combater o bom combate da existência “gatina” e guerrear em favor de sua Glória e em benefício dos amigos dessa sua Glória, a Glória dos gatos e das gatas, a Glória do Bambino, a Glória do Mário Pinto, a Glória de todos os garotos marotos e moleques socialistas desta vida, a Glória dos animais e das plantas, a Glória de Deus e dos humanos, a Glória do Céu e da Terra.

Ciscando a terra

Fazer sempre a sua higiene pessoal é hoje uma das grandes preocupações do Bambino na sua vivência de cada dia, como se ele soubesse claramente que estar limpo e lavado contribui certamente para a sua boa saúde individual, a sua boa harmonia e sintonia com o meio-ambiente, o seu bem-estar junto aos seus entes queridos, a sua boa qualidade de vida em meio ao reino dos bichos e à sociedade dos animais, a sua perfeita amizade com seus parceiros de vida e seus colegas de trabalho e seus companheiros de caminhada, tornando assim pois o seu cotidiano mais contente, alegre e feliz, por saber que ele também coopera eficazmente a sua maneira para a boa vida e ótima existência de seus amigos, parentes e familiares de todas as Félix da Cunha que existem e não existem.
Por isso, ele gosta de ciscar na areia.
Além de ser um exercício físico, é uma oportunidade para fazer da sua higiene individual o caminho certo para uma vida calma e tranqüila junto aos seus.

Caçando bichos

Mário, o tal de Bambino, não perde também a oportunidade de comer e se alimentar constantemente, e por isso faz da caça aos bichos domésticos – ratos, baratas, morcegos, aranhas, maribondos, formigas, borboletas, mariposas e lagartixas – o seu entretenimento predileto, pois além de brincar e se divertir com esses elementos estranhos e nocivos que invadem o nosso apartamento, ele igualmente os mata e quase sempre os come, fortalecendo assim o seu corpo e o seu organismo funcional, nutrindo seus órgãos, sistemas e aparelhos, veias e artérias, sangue e células, para ter portanto dessa maneira uma qualidade de vida mais perfeita e saudável, excelente e agradável a si e aos outros.

Um gato ético, educado,
inteligente e trabalhador

No silêncio que revela seu respeito pelos amigos, no olhar paquerador de suas gatas, na observação contínua de sua patroa, na seriedade alegre que se sente bem junto a sua família, eis o bom comportamento do Bambino, que reflete a boa educação que teve entre os seus consolidada nesses mais de 8 anos no meio de nós.
Bem educado, aprendeu o respeito aos seus chefes e a amizade aos seus patrões, a simplicidade dos gatos e a naturalidade dos bichos, o amor dos animais pelos seus entes queridos, a calma e a tranqüilidade que nos cativam e são exemplo de vida para nós, seu silêncio que grita sua presença animal entre nós, seus olhos brilhantes que traduzem a luz da vida ali existente, seu corpo quente e seus pêlos macios que nos recordam sua beleza “gatonal”, seus “miaus” diurnos e noturnos e da madrugada que nos dizem que alguém está aqui e agora ligado a nós...
Educado bem, com respeito e bondade, sem violência e agressão, sem maldade alguma, sem crueldade mas com carinho e atenção, amor e amizade, Bambino é hoje um gato educado, que na observação revela sua reflexão inteligente própria de animal e na sua terapia do sono – dormindo quase o dia inteiro – o seu trabalho cotidiano: fazer do sono a sua felicidade e de cada soneca a sua maior alegria e contentamento.
Esse o seu trabalho de cada dia: dormir faz bem.

Mário adora um rádio e uma televisão, sobretudo porque gosta de música e notícias

Mário, o tal, adora uma música e gosta de saber as notícias de cada dia e de cada noite, ouvindo o rádio e vendo a televisão, 2 instrumentos de animação do Bambino e 2 ferramentas de mídia que motivam, incentivam e entusiasmam esse gato malandro, esperto por natureza, que nesse estado de vida torna-se a alegria da casa e a felicidade da família, quando então sorri e brinca com seus queridos amigos, ouve e observa sua patroa portuguesa e seus chefes luso-brasileiros, corre veloz pelo apartamento mostrando sua força natural e sua energia vital que a todos contagiam, fazendo o ambiente familiar pegar fogo instantaneamente, incendiando as mulheres da casa e acendendo o calor do amor e da amizade no seu lado masculino, todos e cada um felizes, alegres e contentes com o Mário, o bicho mais maluco que eu já vi na minha vida, o cara mais legal da minha caminhada de Félix da Cunha, o camarada mais bacana de toda a Tijuca, o carioca mais brasileiro que já tenho conhecido em toda a minha existência terrestre.
Desse modo, saboreando uma música e escutando as notícias, Bambino se alegra e alegra os outros, se torna feliz e faz também os demais felizes.
Mário, um gato contente.

“Religioso”, Mário é um gato
pra frente e está sempre na moda

Bambino gosta de nos acompanhar atentamente no seu silêncio gritador para descobrir as novidades da vida, o que está acontecendo de original neste mundo em que vivemos, as surpresas que a vida tem a nos oferecer diariamente, as verdades que o cotidiano constantemente desvela para nós, em uma atitude “religiosamente” bem comportada, eticamente perfeita e espiritualmente criadora, o que o faz um gato progressista, a frente da existência, sempre na moda, comprometido com o descobrimento das boas coisas que o mundo nos dá, tornando-o participante de uma sociedade evolutiva onde os gatos contribuem com sua naturalidade animal e simplicidade dos bichos, contribuindo pois a sua maneira para uma realidade social mais livre e feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, amiga e generosa, crescida e bem desenvolvida.
Por ser um gato progressista e socialista, Mário coopera na construção de um universo onde reinam – ou devem reinar – a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos.

Um gato safado e sacana

Ao “tomar as medidas” para dar um pulo ou um salto em distância, ou derrubando a lata do lixo de madrugada, ou gritando seus “miaus” de dia e de noite, ou dando suas corridas inesperadas por dentro da casa, ou estando em silêncio entre nós ouvindo nossas conversas e escutando nossos bate-papos familiares, ou arranhando o sofá da sala e os móveis e camas dos quartos, ou na”porrada” com seus chefes do apartamento e seus patrões da família, ou nos observando atentamente do alto dos móveis e das mesas, ou deitado nas camas e sofá olhando para a nossa cara cheio de malandragem, ou de plantão nas esquinas ou de sentinela diante das portas vendo como está o ambiente domiciliar, ou “armando” suas jogadas de esperteza como gostando de brincar e se alegrar conosco, em tudo isso, enfim, Bambino, o tal de Mário Pinto, manifesta a sua sacanagem brincalhona e a sua safadeza esperta com as quais a alegria invade nossas existências cotidianas, a felicidade penetra em nosso lar do dia a dia, e o contentamento cria raízes em nossas vidas diárias e noturnas, o que faz a nossa vida ficar mais bonita, sobretudo sabendo que o nosso gato sacana, malandro, esperto e safado contribui positivamente para essa boa convivência tijucana, aqui e agora no ambiente familiar da Félix da Cunha.

Um bicho namorador e paquerador

Parece que Bambino sabe muito bem qual é o sentido da sua vida e a razão da sua existência, que se identificam com sua atitude cotidiana de paquera em relação às gatas da vizinhança, a partir de que faz da sua vida um namoro eterno, buscando constantemente encontrar a sua Bambina, o que torna sua perspectiva de vida mais agradável, favorável à construção das boas coisas que a vida nos permite realizar, saudável e amigável, ponto de partida para uma existência feliz e livre neste mundo em que vivemos.
De fato, namorar e paquerar uma gata é o sentido da vida, fonte de vida e paz para as criaturas, base fundamental da ordem das coisas, da disciplina da natureza e da organização do universo, princípio que sustenta a nossa felicidade temporal e eterna, origem de nossa liberdade responsável, respeitosa e direita, para a qual convergem também todos os gatos deste mundo, todos os bichos da sociedade e todos os animais da natureza ambiental que envolve o conjunto da humanidade.
È verdade.
Mário Pinto igualmente é um agente construtor dessa ordem social, política e econômica, apenas com sua presença de um gato de respeito, um bicho que faz do silêncio sua voz e sua vez, um animal que gosta de estar com seus entes queridos, porque é socialista, ferramenta interativa de geração de comunidade e instrumento que coopera no compartilhamento de atividades mútuas e operações recíprocas entre os humanos e seus colegas de trabalho, de casa e de família.

Um animal esperto e malandro

Esperto é aquele que gosta de ser feliz e malandro é todo aquele que adora ficar numa boa, ou numa ótima, como parece ser o caso do Bambino, o tal de Mário.
E de fato a sua esperteza interativa e a sua malandragem compartilhada é ficar de bem com as pessoas, viver bem a sua vida, ajudando os outros a ser felizes, para isso Mário faz por gostar de estar no meio de nós, sempre nos agradando e alegrando, visto que sabe que agindo assim sempre estará numa boa ao nosso lado e ao nosso redor, ganhará créditos, favores e benefícios para a sua vida “gatina”, será pois sempre adorado, amado e respeitado, todos se sentirão bem na sua presença, e em troca poderá viver – como está vivendo atualmente – uma vida calma como sempre e tranqüila cotidianamente, sendo assim apreciado pelos seus amigos e familiares, elogiado pelos seus queridos companheiros de lar e verdadeiramente adorado pela sua patroa, a dona da casa, e seus chefes e seguranças, membros da casa e componentes do apartamento cujo rei é de fato Mário, o tal.

Um gato de Deus

Mário é um bicho “gatino”, natural, humano e divino porque é um animal calmo e tranqüilo quase sempre, de bem com a vida, bom com as pessoas, amigo da gente, amante das gatas, alegre e brincalhão, feliz e contente, positivo e otimista, interativo e socialista, que gosta de estar em silêncio entre nós, ouvindo se tem alguma novidade na sua área dos gatos, escutando se há surpresas no mundo lá fora, atento ao que acontece no cotidiano, desejoso de saber como vai a sociedade e seu dia a dia de fatos e acontecimentos, de olho na natureza e no universo e suas possíveis ocorrências inesperadas, observador dos detalhes da família ao mesmo tempo em que faz o devido discernimento das diferenças que nos une, valorizador das pequenas coisas da casa e dos grandes objetos que fazem parte do apartamento, forte combatente contra as suas dores e alergias, coceiras e sofrimentos, sempre buscando o lado saudável da vida e seus momentos domésticos favoráveis, agradáveis e amigáveis, grande lutador pelo pão de cada dia através de suas atitudes alegres que animam seus chefes e tornam contente sua patroa, guerreiro quando necessário, batalhador sempre que possível, trabalhador toda vez que é exigido, dorminhoco permanente curando assim suas doenças do sono, seus cansaços diários, suas fadigas dolorosas e seus esgotamentos mentais, físicos e espirituais.
Por tudo isso, percebe-se que Bambino é um gato de Deus.

O Rei da Cachaça e
o Chefe da Mandioca

No mundo do Bambino e no ambiente do Mário, cachaça é água e comida é mandioca.
Com a água, ele “mata” a sua sede, pode tomar banho, higienizar-se, refrescar-se do calor que faz durante o dia, ou molhar a sua língua e banhar a sua boca como o faz toda vez que vai e sobe no tanque da área do apartamento.
Com a mandioca, refaz as suas forças, fortalece o seu corpo e fortifica o seu organismo, ganha energia pra viver, adquire saúde para as suas andanças e pulos, saltos e corridas, caminhadas e passadas lentas em silêncio que realiza pela casa, seu olhar fica mais vivo e atento, seu rosto mais ameno e sereno, seu corpo mais calmo e mais tranqüilo, seu silêncio mais esperto e mais malandro, suas “armações” mais folgadas, mais sacanas e mais safadas.
Com a sua cachaça vive uma vida cheia de graça.
Com a sua mandioca torna-se o gato carioca, comedor de paçoca, habitante da sua oca que é a Félix da Cunha.
Na cachaça, Mário encontra a sua vida.
Na mandioca, Bambino acha o seu amor.

Mário é sexual

Quanto à sua sexualidade, posso dizer que Mário é “homem” mesmo, um macho de verdade, que adora paquerar as suas fêmeas e namorar as suas gatas, um verdadeiro “tesão” para as suas Bambinas, as tais de “Márias Pintas”.
Por ser o tesão em pessoa de suas Márias, Mário, o tal, nunca está morto, nem é mole, não é frouxo nem murcho, mas ao contrário vive fazendo da vida um constante namoro e de sua existência uma paquera permanente.
Grande paquerador, “canta” e encanta as suas meninas através do olhar, do olhar vai ao amor, do amor ao desejo, do desejo ao tesão, do tesão aos “finalmente”.
Gigantesco namorador, faz da vida um tesão de amor, um desejo de paixão, uma loucura de sexo, uma sexualidade enérgica, forte e vigorosa.
Suas gatas, Márias e Bambinas o chamam de “meu tesão de amor”, o que o faz charmoso diante delas, cantor junto a elas, fascinante quando olha pra elas, encantador ao beijá-las e abraçá-las.
Dizem elas: “Mário, meu tesão, minha loucura de paixão, meu desejo em forma de emoção, minha linda canção de amor, meu sexo mais santo, meu amor mais puro, meu carinho sentimental”.

“Márias Pintas”:
elas gostam de sexo

Quando se encontram com o Bambino, nas esquinas das Félix da Cunha ou através das portas e janelas da Tijuca, elas o chamam quase sempre de “cenoura quente”, “salsicha que pega fogo”, ou “banana das brasas do meu amor”.
Ou ainda “cenoura que incendeia o meu corpo”, “salsicha que enche de calor as minhas entranhas”, “banana que enlouquece o meu desejo de paixão”.
Ou até melhor “cenoura de fogo que me queima de amor”, “salsicha que aquece e esquenta os meus instintos e desejos”, “banana que abrasa o meu buraco quente”.
Assim é o amor desejoso e apaixonado de Mário por suas gatas, Márias e Bambinas.
Amor quente, de fogo que incendeia, de incêndio em formas de brasas, de brasas que aquecem e cujo calor são os graus da temperatura máxima do amor.
Amor que é desejo, desejo que é paixão, paixão que é loucura, loucura que é tesão.

Sua vida é um verdadeiro carnaval

Em silêncio no meio de nós, subindo nas janelas para espiar as suas gatas, concentrado nas esquinas e de sentinela diante das portas, correndo velozmente por dentro da casa, derrubando a lata do lixo da área de madrugada, destampando os ralos e os buracos dos banheiros, da área e da cozinha, pulando sobre as mesas, o sofá e as camas e saltando sobre os móveis e guarda-vestidos como se vivesse dentro de uma alegria sem parar, abrigando-se em seus esconderijos ou debaixo das camas para mentalizar os seus intintos, “armar” os seus desejos, “aprontar” as suas vontades ou “orquestrar” os seus exercícios diários e suas atividades cotidianas, brincando e sorrindo com seus chefes de vez em quando, ou seguindo e acompanhando a sua patroa e dona do apartamento por onde quer que ela vá, guardando-a dos perigos da casa, defendendo-a de possíveis inimigos e adversários que queiram invadir o seu lar, se “metendo” entre nós para ouvir as nossas conversas e escutar os nossos bate-papos, sempre animado fazendo carinho em nossas pernas e beijando os nossos pés, sempre recebendo de braços abertos, de olhos vivos e atentos e com a observação ativada todos aqueles e aquelas que visitam a nossa família, Mário-Bambino, de fato, em todos esses instantes de motivação e em todos esses momentos de otimismo e pensamento positivo, de sentimentos elevados e de comportamentos excelentes, manifesta a todos que o carnaval é o sentido da sua vida, seu sorriso é o tamborim das escolas de samba, a alegria é a sua música preferida de samba-enredo, e o seu otimismo e positivismo são as suas alegorias da vida, o passo-a-passo do compasso do desfile das baianas, o seu ritmo carnavalesco que enobrecem a sua existência de gato, que encantam os seus familiares, parentes e amigos, que alegram e fazem felizes e contentes suas “Márias” e suas Bambinas, e, enfim, glorificam e bendizem a Deus, o Senhor dos bichos e Criador dos animais.

Um motor gerador de boas energias

Em suas andanças pela casa e em suas caminhadas pelo apartamento, em suas “rondas” pela Félix da Cunha e em suas corridas pela Tijuca, em seus passos lentos ou rápidos pelo Rio de Janeiro e em suas disparadas velozes e aceleradas pelo Brasil, Bambino nos apresenta a importância do movimento em nossas vidas, não só na dele, com o qual fazemos os nossos trabalhos, realizamos com empenho as nossas atividades diárias e concretizamos com esforço as nossas operações cotidianas, exercitamos os nossos corpos, mentes e espíritos e processamos a vida de cada dia, sempre com a dinâmica de nossos braços e pernas, com o funcionamento do cérebro e com a experiência de nossos comportamentos.
Assim é o Mário Pinto.
Um verdadeiro motor que gera energia para todos os lados.
Um autêntico processador de atividades.
Fazendo desse modo, Mário, o tal de Bambino, está sempre de bem com a vida e gozando livre e feliz das boas coisas da existência “gatina”, sempre com boa saúde e propagando o bem-estar entre os seus.
Movimentando-se pois Mário satisfaz os seus desejos de bicho e realiza as suas necessidades de animal.
E pode dessa maneira manter-se feliz e ajudar também os outros a ser felizes.
Na sua liberdade, todos se sentem livres igualmente.

À vontade entre os amigos

Em uma atitude de confiança onde manifesta crédito e fé nas pessoas que se encontram ao seu redor, Mário gosta de ficar à vontade na sala e na cozinha, nos quartos e nos banheiros, na área e no corredor, ora nas esquinas do apartamento ora diante das portas da casa, ora subindo o sofá vermelho e as mesas ora indo ao alto dos armários, móveis e guarda-roupas, comportamento esse que reflete a sua alma viva de bicho e o seu espírito animado de animal sempre de bem com a vida, sempre alegre e brincalhão, positivo e otimista, de alto astral e auto-estima elevada, feliz com seus amigos que lhe dão segurança e contente com sua patroa e seus chefes que lhe garantem a satisfação dos seus desejos “gatinos” e a realização de suas necessidades “gatonais”.
Então, Bambino se deita no chão, roda em volta do seu corpo, senta e fica em pé ou agachado, sempre atento ao que se passa a sua volta, prestando atenção até na campainha que soa na porta ou no telefone que toca chamando alguém ou até nos barulhos e sons que vêm do exterior.
Mesmo à vontade sozinho ou no meio da família não deixa de observar o que ocorre ao seu lado e o que acontece em torno de si, dentro ou fora da Félix da Cunha.

O Coçador de pêlos

O Convívio diário com suas alergias faz de Mário Pinto um incansável lutador por sua saúde pessoal, o que o faz combater duramente as sua coceiras, feridas e machucados, dores e sofrimentos, que lhe chegam através de contatos com as coisas, a água e a areia, os alimentos, o ar, e outros elementos da terra e seus derivados onde se pode encontrar muitas vezes vírus e bactérias, fungos e microorganismos quase sempre invisíveis mas que atacam como parasitas ou hospedeiros os animais domésticos e os bichos de estimação que temos em casa.
Realmente, Bambino se ocupa com sua própria saúde ao se preocupar e batalhar contra suas alergias pelo corpo e pela pele, e suas coceiras na carne e nos pêlos, coçando quase que exageradamente suas partes orgânicas e fisiológicas, como se quisesse se livrar de vez desses tormentos covardes e dessas loucuras doentias que o inquietam e incomodam, deixando-o de fato inseguro e descontente, triste e infeliz, agonizante e angustiado, sem garantias aparentes de que ficará curado delas, salvo de suas investidas alérgicas e coceirantes, liberto de uma vez por todas dessas moléstias horríveis e enfermidades horrorosas.
Contudo, Mário, o tal, é um incansável lutador, dando o seu exemplo de vida de que devemos buscar sempre a nossa saúde individual e o bem-estar dos outros.
Que Deus ajude o Bambino nessa hora dolorosa de coceiras e alergias cruéis, violentas, ruins e maldosas.

O Afinador de unhas

Afinando as unhas e alisando-as nos móveis e camas e no sofá vermelho da casa, Mário parece cuidar do seu lado estético de vida “gatina”, zelar por sua beleza natural e “gatonal”, como se estivesse se preparando para um desfile de moda na passarela da Félix da Cunha, ou então se arrumando para se encontrar com seus amigos por aí, por aqui e por ali nas esquinas da Tijuca, ou mesmo se ornamentando para o namoro e a paquera com suas gatas cariocas e brasileiras, ou até se enfeitando para sair em algum bloco de carnaval ou escola de samba da Marquês de Sapucaí nas ruas e avenidas desta Cidade Maravilhosa.
Todavia, cuidando das unhas, Bambino quer manifestar seu zelo estético por sua beleza natural de bicho doméstico e animal que deseja ser bonito no meio de seus amigos, parentes e familiares, lindo para a patroa e belo para os seus chefes de plantão, e adorável e agradável para as suas “Márias Pintas”.
Interessante o Mário.
Ele também gosta de ser bonito.
Ele adora ser bem visto pela comunidade familiar que o rodeia e está ao seu lado para o que der e vier.
Belo Bambino.
Lindo Mário.
Gato bonito.

O Esticador de pernas

Esticando as pernas de vez em quando, Bambino, o tal de Mário, parece estar fazendo educação física, ou exercitando-se corporalmente, ou realizando ginástica aeróbica com que adquire novas forças para seus trabalhos, atividades e caminhadas, obtém novas e boas energias para bem viver a sua realidade cotidiana e tijucana, ganha novos ares, boa disposição para suas andanças pelas vizinhanças, ótimas condições climáticas e ambientais bastante favoráveis a sua existência “gatina”, agradáveis ao seu desejo namorador e paquerador, amigáveis e saudáveis porque nesse estado de vida pode melhor viver a sua vida de cada dia com mais qualidade enérgica e dinâmica a partir de que consegue ajudar os outros a ser felizes e estar de bem com a vida, viver com mais liberdade, saúde e paz, ignorando pois suas prisões psicológicas e escravidões ideológicas.
Na verdade, segundo a psicologia Bambiana e a filosofia de vida Marioista, a ginástica é essencial à boa saúde do animal, o que torna o seu astral mais alto e a sua auto-estima mais elevada, o faz mais positivo e otimista, alegre e sorridente, contente e feliz em sua vivência e experiência de cada momento vivido e de cada instante praticado, com um sentimento de bem-estar e otimismo em relação ao mundo em que se encontra, dando-lhe fundamentos para que Mário, o tal, construa o seu modo de vida de acordo com os ideais de amizade com a sua família, generosidade diante de suas garotas cariocas, fraternidade perante a sociedade dos bichos e solidariedade com as pessoas que estão ao seu lado e ao seu redor.
Em tudo isso, Bambino consegue fazer da vida sua de gato bonito, legal e bacana, um pretexto natural para crescer como gato, progredir como bicho esperto e evoluir como animal malandro, desenvolvendo pois assim suas qualidades de vida, seus dons, carismas e talentos “gatunos”, sua criatividade geradora das boas coisas que a vida tem, satisfazendo então seu lado vocacional e realizando igualmente sua área profissional, realidades essas que produzem um Bambino feliz e um Mário Pinto alegre e contente.

O Bebedor de água

Em função da água, banhamos nossos corpos humanos, “matamos” a nossa sede, nos higienizamos, fazemos a nossa comida de cada dia, movimentamos e acendemos as luzes dos campos e das cidades, mobilizamos a sociedade e o meio-ambiente, enfim, geramos progresso e desenvolvimento para todos.
Assim acontece com a vida dos gatos, sobretudo quando se trata do Bambino, o tal de Mário Pinto.
Mário faz da água sua fonte de vida, com a qual seu organismo funciona muito bem, suas células se renovam e se reproduzem facilmente, o sangue circula melhor e o coração trabalha bem, seu metabolismo alimentar se processa sem dificuldades, o pulmão e o cérebro têm suas tarefas bem realizadas, o estômago e o intestino vão muito bem obrigado, os rins, suas veias e artérias operam bem dando boa saúde ao corpo e bem-estar à alma, no que se refere ao Mário, o tal.
Daí a importância da água na vida de todos nós.
E Mário-Bambino sabe muito bem o que a água significa pra ele e seus companheiros de caminhada.

Mário é legal e bacana

O que faz Mário Pinto ser grande, rico e belo em suas atitudes e sentimentos é o fato de ele ser um gato interativo, cooperativo, participativo, comungante com as pessoas que se encontram em torno de si, pensando mais nelas do que em si mesmo, buscando mais o bem e a felicidade delas do que a sua própria satisfação pessoal ou realização do seu ego, o que o faz um bicho fraterno e solidário, amigo e generoso, preocupado com a saúde e o bem-estar de seus parceiros de vida e colegas de trabalho e companheiros de caminhada, ocupado de verdade com o bem que faz e a paz que vive em relação aos outros.
Tal é o seu amor mútuo e a vida que compartilha diariamente com seus amigos, parentes e familiares.
Um exemplo disso é o fato de que quando alguém da família passa mal ou fica doente ele, o Mário, vem pra perto de nós, fica em nosso meio, sentindo os mesmos sentimentos que todos sentem naquele momento, preocupado que fica com a situação adversa e problemática de então, parecendo até rezar a Deus para que aquelas circunstâncias de dificuldade e enfermidade sejam superadas de uma vez por todas.
E Mário é assim porque é um gato alegre, otimista e sorridente, que faz da vida uma oportunidade de crescer com os outros, progredir em sociedade e evoluir em comunidade.
Por isso é que ele é legal e bacana.

Um moleque socialista,
realista e otimista

Bambino é assim otimista demais, socialista por opção e realista como necessidade cotidiana porque é um gato de fé, que acredita em Deus e confia no Senhor, e que sabe que Ele, o Fundamento de todos os fundamentos, Autor dos bichos e Criador dos animais, é o grande responsável pelo bem que fazemos e a paz que vivemos uns em relação aos outros, pela vida que amamos e pelo amor que praticamos em sociedade, nos grupos e comunidades dentro das quais nos inserimos, a fim de que nelas, com elas, por elas e para elas sejamos livres e felizes, alegres e contentes, agora e para sempre.
É o que nos ensina o moleque socialista, o garoto maroto da dona Glória e de seus filhos e filhas, ele, o Mário, a nossa alegria diária, a nossa felicidade quase completa e o nosso contentamento mais perfeito e satisfeito.
Mário, o gato de fé.

Estar ao lado do Mário é uma boa idéia

Bambino é um gato que nos faz bem.
Ao seu lado, ficamos calmos e tranqüilos.
Junto a ele, nos tornamos alegres, felizes e contentes, otimistas e sorridentes.
Unidos a ele, crescemos em amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade.
Perto dele, é como se estivéssemos pertinho de Deus.
Mário é uma boa idéia.
Uma boa idéia criada por Deus.
Com ele, estamos em paz e o bem acontece.
Sem ele, falta a bondade dos bichos e a concórdia dos animais.
Ele, o gato pacífico.
Filho da calma e neto da tranqüilidade.
Bisneto do silêncio e tataraneto da paciência.
Ele vem devagar.
Movimenta-se quase sempre lentamente.
Segue a natureza que Deus lhe deu.
Em torno de tudo isso, vive de bem com a vida.
E com ele, você parece ser obrigado a ser feliz também.

De bem com a vida

Bambino só está bem quando os outros vão bem também.
Sua felicidade é contribuir para que todos e cada um ao seu lado e em torno de si sejam igualmente felizes.
Sua liberdade é ajudar as pessoas a ser livres do mesmo modo que ele procura ser livre.
Sua paz é ver seus semelhantes em paz.
Na vida de Mário Pinto a presença do outro é algo extremamente importante, o que o torna atento ao bem que faz e à paz que busca transmitir, tendo em vista cooperar para que a felicidade realmente exista a sua volta, dentro dele e no interior dos outros da mesma maneira.

Falar Gatonês

Para compreender o Bambino e sua psicologia bambiana e sua filosofia marioista, e seus sentimentos mais fundos e mais profundos, seu pensamento “gatino” e seus sonhos e desejos, ideais e esperanças, seus comportamentos múltiplos e diversos dentro e fora da Félix da Cunha, suas vivências diárias e locais, e suas experiências cotidianas e tijucanas, suas práticas cariocas e seus fenômenos brasileiros, os quais atingem de fato o seu ambiente de vida, influenciam seus amigos e conhecidos e contagiam seus parentes e familiares, repercutindo creio que positivamente na história dos gatos, na sociedade dos bichos e na comunidade dos animais, então é preciso saber falar o Gatonês, a língua dos gatos, e conhecer a sua linguagem “gatonal”.
Feito assim, é possível conhecer realmente o que se passa no Mário Pinto, entender o seu interior e suas manifestações exteriores, saber a sua psicologia de vida e a sua filosofia existencial, que o torna com efeito um gato diferente dos outros, carismático em seus reflexos de vivência real cotidiana, simpático em relação a todos os que convivem com ele, bem educado, de respeito, amante do silêncio, apaixonado por suas “Márias”, bastante sentimental, atento e observador, alegre e brincalhão, feliz e contente, positivo e otimista diante do mundo, amigo e companheiro das pessoas, parceiro de seus colegas de trabalho e descanso, enfim, um gato cheio de detalhes experimentais cujos frutos, efeitos e conseqüências em nossas vidas de seus familiares é uma existência humana bem animada, cheia de motivos pra viver, incentivada pois pelo exemplo de vida que Mário, o tal, nos dá todos os dias e noites, manhãs, tardes e madrugadas de nossa realidade cotidiana.

Dicionário de Gatonês

Gata – Mulher do gato
Gatês – Cidadão gatino da Cidade de Gatinópolis com direitos e deveres de cidadania
Gatino – O que é próprio, específico, característico, elemento importante que interessa à vida dos gatos
Gatéia – Grande reunião de gatos com poderes decisórios e deliberativos, e sentenciais, com tomadas de atitude de importância fundamental para a família gatina
Gatinéia - Pequena reunião de gatos
Gatonês – Língua dos gatos
Gato – Marido da gata
Gatinho – Filho do gato com a gata
Gatinha – Filhote da gata com o gato
Gatão – Gato gigante
Gatonal – O que é da moda dos gatos
Gatinal – Pertecente aos gatos
Gatoso – Gato perfeito, lindo e gostoso
Gatuno – Gato violento, ladrão e marginal
Gatuso – Gato ignorante, burro da cabeça