terça-feira, 29 de outubro de 2013

Desejo

Desejo Tudo começa com o encontro de olhares quando o desejo se acende e a paixão processa o seu incendiar-se, o romance alimenta seus primeiros passos, os sentimentos despertam para o namoro, e a paquera se torna a loucura mais gostosa de um amor a dois, entre o homem e a mulher. Do desejo do olhar, os corações adquirem calor sexual, os corpos ficam quentes, e a consequência é uma madrugada de carinho onde se trocam beijos em brasas e abraços de fogo, relação cheia de conteúdo apaixonante, de riqueza espiritual e de excelência de virtudes sentimentais. Ambos, o jovem e a jovem, então, se amam, se respeitam e se valorizam um ao outro. Antes e depois do sexo, o desejo continua vivo e o amor mantém sua intensidade, e a chama acesa parece não querer se apagar para sempre. Por isso, desde então, o romance fica mais fundo, fecundo e profundo, carregado de alternativas novas e de possibilidades diferentes, quando ambos, o casal que se ama, decidem mergulhar bem mais ainda nesse desejo de um pelo outro, enlouquecendo a interação, tornando possível um amor autêntico, de virtudes transparentes e de paixão verdadeira, em que os rostos se beijam sempre com o calor dos deuses e os corpos se juntam e se ligam e se unem tornando o encaixe a felicidade do paraíso e o segredo mais bonito do céu. Nesse compartilhamento de pau bem duro e buraco quente pegando fogo sem parar tudo acontece, o prazer se faz, e o orgasmo é o ponto mais alto desse amor. Aparecem assim o homem romântico e sua paquera sensível ao toque e à penetração de seu ferro de aço atômico, a sua bomba nuclear mais gostosa, a sua bengala de dinamite mais louca que uma mulher pode ganhar e receber em seu útero de chamas acesas. Então, é a hora do desejo virar tesão, e o tesão se fazer orgasmo. Sim, o amor é lindo!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Reboque

Preciso de um Reboque Muitas vezes, em determinadas circunstâncias da vida cotidiana de todos os dias, noites e madrugadas, precisamos de Alguém que nos socorra em nossas necessidades, ou de uma pessoa que carregue e compartilhe conosco os nossos problemas diários e noturnos, ou de um indivíduo que suporte as nossas dificuldades e conflitos do dia a dia, ou de um cidadão que nos ajude na hora do aperto, nos instantes de risco e nos momentos de perigo. Precisamos de um Reboque. Que resolva nossas necessidades e colabore conosco em nossas dependências. Às vezes esse Reboque é o pai de família que nos dá dinheiro para as compras no Supermercado, ou que leve os nossos filhos para a escola, ou encaminhe um amigo ou parente para a emergência de um hospital, ou que nos dê a mão quando o carro enguiça ou necessitamos de obras em nossa casa. Nesses intervalos, o Reboque sempre aparece para nos dar um socorro, nos levar uma ajuda ou carregar os nossos pesos pesados de cada dia e de toda noite. No incômodo da doença, lá está o Reboque fazendo alguma coisa por nós. É ele que nos ajuda a fazer o enterro de um familiar, coopera conosco quando surgem dívidas ou atrasam o aluguel ou o condomínio. Tem sempre um dinheiro para nos dar ou emprestar. Ele pode ser um primo da família, ou um amigo de diversos anos, ou uma namorada que gosta muito de nós, ou um colega de trabalho que entende nossas contrariedades e compreende nossas contradições quase sempre aparentemente sem solução, mas que com o Reboque sempre se encontra a resposta adequada, ou a saída para a interrogação, ou a solução para a questão. O Reboque é assim. Sempre pronto para nos ajudar. Sempre aliviando as nossas dores, socorrendo-nos no que for preciso, carregando nossos fardos e pesadelos de todo minuto e segundo. Todavia, quando o Reboque nos falta, ou desaparece de repente de nossa vista, ou evapora de nosso cotidiano, ou some de uma vez por todas de nossa realidade diária, então o mundo parece cair, tudo tem sintomas de acabar, todos se afligem, se desesperam e se amedrontam. Cadê o nosso Reboque ? Onde está a nossa tábua de salvação ? Onde se encontra a nossa providência para os casos de depressão e tristeza, de moléstia e enfermidade, de necessidades materiais e espirituais de todos os dias ? Pois é. Como nos faz falta um Reboque! Que, na vida, possamos ser Reboque para os outros. Porém, também nós precisamos de um Reboque de vez em quando ainda que possamos superar por nós mesmos todos os problemas que nos chegam, ou ultrapassar os limites da nossa natureza, ou vencer os contrários da nossa existência, ou transcender as fronteiras que quase continuamente as enfermidades nos impõem. Apesar de tudo, vale ser Reboque para os outros. Ficamos felizes ajudando as outras pessoas. Entretanto, que todos os que dependem de nós compreendam também as nossas fraquezas e dificuldades, e que saibam que não somos deuses nem seres eternos neste mundo em que vivemos. Um dia, a casa cai. Nossas forças desaparecem. E então precisamos de outros Reboques para nos substituir. Que Deus nos dê essa graça. Que nunca nos falte um Reboque durante a vida. E que nós igualmente sejamos também Reboque para os outros. Porque a vida é um Reboque.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Língua e a Caneta

A Língua e a Caneta A Palavra e a Escrita A Voz e a Assinatura Em minhas mãos, o destino das pessoas Observamos na realidade cotidiana como uma simples palavra de alguém ou a mera assinatura de uma pessoa podem decidir o destino de grupos e indivíduos, comunidades e sociedades, povos e nações. Muitas vezes uma batida de automóvel, ou o aumento do aluguel, ou o pagamento do condomínio, ou a perda do emprego, o bom relacionamento na família, uma briga no botequim, um conflito ou uma discórdia, uma dificuldade ou uma divergência, e até mesmo uma guerra podem ser definidos pela voz de um cidadão ou o gesto de uma assinatura de papel, um documento qualquer. Sim, somos dependentes quase sempre da língua de uma pessoa e sua voz de comando e de sua palavra escrita, a assinatura de um texto qualquer que resulte na mudança de hábitos e costumes de outros sujeitos ou pessoas. Somos dependentes. E quando a falta de respeito e a irresponsabilidade estão presentes nessa hora, minuto e segundo, então as consequências são mais críticas e mais graves e seus efeitos modificam drasticamente o destino de grupos, povos e populações inteiras. De fato, dependemos da língua e da caneta. Delas, o destino dos homens e das mulheres. Nelas, a saúde das crianças e o bem-estar da sociedade. Por elas, a vida de qualidade ou a péssima situação de pobreza e miséria. Com elas, as boas coisas da vida ou tudo de negativo que possa ocorrer com famílias de bem e comunidades conscientes e de bem com a realidade. Sem elas, não há vida, nem destino, nem o bem ou o mal. Com efeito, tudo está na língua ou na voz decisiva e na assinatura do patrão ou na decisão de um chefe determinando a origem e o fim das atitudes dos funcionários da empresa ou dos empregados do comércio. Na verdade, não sabia que éramos tanto dependentes. Só peço a Deus que nesses instantes decisivos não falte aos nossos comandantes, líderes e governantes o compromisso responsável com o bem-comum das sociedades e o bem-estar de seus cidadãos. Que o Senhor ilumine e fortaleça os nossos gerentes e diretores, a fim de que então nenhum menino morra de fome ou fique sem escola, nenhuma mulher ou mãe de família deixe de zelar pelo seu parceiro e seus filhos, os hospitais não fiquem sem médicos e remédios, nas padarias não faltem o leite e o pão, nos botequins a água e o cafezinho, nos jornaleiros o jornal e a revista, na rua os amigos para conversar, as garotas para namorar, os homens indo para o trabalho, as donas de casa fazendo compras no supermercado ou no shopping, os aposentados batendo um papo na esquina e os jovens fazendo uma permanente paquera com as meninas de seus prédios e edifícios. Que nesses momentos, Deus abençoe a língua e a caneta cujo resultado sem dúvida será uma boa vida para todos e um ótimo trabalho para cada um. Que Deus abençoe sempre a voz da língua e a assinatura da escrita, condições de uma existência feliz e de um cotidiano sem violência. Mas não se esqueça: somos dependentes.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

As Rosas

A Filosofia da Rosa As Rosas são belas sem porquê, florescem por florescer, não olham pra si mesmas, nem olham para quem as vê. Talvez as Rosas sejam gratuitas no seu manifestar-se, ou busquem a essência das coisas, longe das aparências, e se ocupem com o ser que as envolvem, independente da moda em seu entorno e dos olhos que as observam com atenção e carinho. Talvez sejam maravilhosas na sua expressão, ou gloriosas no seu constante louvor a Deus que as fez, ou alegremente vitoriosas porque vivem longe das vaidades da sociedade, curtem a natureza que as administra, e contemplam o universo e a criação sabendo que são parte de um projeto do Criador. Talvez elas tenham a beleza das Gabrielas, ou a grandeza das montanhas, ou a riqueza dos oceanos, todavia sabem ocupar o seu lugar na realidade, sabem muito bem viver o seu tempo de flores e o seu momento de amores diante dos pássaros que as visitam. Talvez gostem de gostar da vida, cantem a felicidade dos passarinhos, dancem como os girassóis todos os dias, ou acompanhem as criaturas fazendo e cumprindo a sua função perante o cotidiano que as cerca. Talvez seus espinhos reflitam suas dores de cada instante e seus conflitos de todo momento, porém sabem ir além de suas dificuldades e sofrimentos porque todos os dias e noites abraçam a bondade das pessoas que fazem da concórdia a sua lei e da convergência a sua norma de vida, construindo a sua volta um ambiente bom, de bem e de paz onde todos respiram o seu respeito baseado no direito que torna a sua liberdade a porta da felicidade dos que as contemplam diariamente. Sim, as Rosas são autênticas, gostam de ser transparentes, amam a verdade da vida, pois seu mundo é a beleza das mulheres, o perfume dos namorados, a música dos romances e suas paqueras. Assim são as Rosas. Seguem a natureza. Fazem a vontade do Criador. Cumprem o seu papel no universo. Sem aparecer nem pra si nem para os outros. Gostam de ser o que são. Apreciam a essência. Amam as profundidades. Constantemente, mergulham no fundo dos mares da existência buscando a substância de seu cheiro, o calor de seu odor, e a delícia de seu perfume. Talvez as Rosas sejam mais divinas que humanas, e mais naturais que ambientais. Todavia sei de uma coisa: as Rosas não falam, seu grito é a sua cor que nos encanta e o seu amor que nos fascina. Elas gritam o silêncio de Deus. São a voz da natureza. A Beleza do Universo. As Rosas são belas, mais lindas que o sol, mais bonitas que o girassol. Gosto das Rosas: porque elas são verdadeiras. Como toda a natureza criada por Deus. Salve a verdade das Rosas!