segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Intervalo

Intervalo Entre a Luz e as Trevas 1 A Realidade humana de hoje, aqui e agora, muitas vezes pode deixar de ser real e constituir-se em Templo do Imaginário, assumir compromissos com a irrealidade da consciência e com a irracionalidade da experiência. Nesse Intervalo, entre o real e o racional, entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal, entre a paz e a guerra, entre a verdade e a mentira, entre o sonho e a realidade, entre o chão e o teto, entre as portas e as janelas, acontece o nosso cotidiano, o processo da vida, a formação das nossas idéias e conhecimentos, a manifestação dos nossos sentimentos mais profundos e transparentes, o reflexo de nossa mente aparentemente patológica mas que na verdade procura mostrar-se autêntica, identificada com a possibilidade da sua liberdade, produtora de felicidade. Tal processo de criação da vida de cada momento e de todo instante encontra raizes no confronto dialético entre o real e o imaginário, o cotidiano e a nossa estrutura psicológica, viabilizador das idéias que se produzem para o bem ou para o mal, das práticas humanas e seus comportamentos éticos e espirituais, de suas atividades científicas e tecnológicas, de suas ações artísticas e filosóficas, de suas experiências morais e religiosas, de suas atitudes temporais e históricas, políticas e econômicas, sociais e culturais e ambientais. Assim se produz a vida. Através desse intercâmbio paradoxal entre consciência e realidade, sua interatividade ora romântica ou sentimental ora ideal ou reflexiva ora concreta e experiencial. É a dialética da realidade cotidiana. Esse Intervalo onde ocorrem nossos trabalhos de cada hora, nossos conflitos de família, nossas ausências no convívio com as pessoas, nossas dificuldades de bom relacionamento, enfim, os nossos problemas de mente, de corpo e de espírito. Sim, porque a vida é o Intervalo, o movimento de viver, o processo de existir. Com essa mobilidade frequente, faz-se a história de cada instante, o tempo se produz caminhando sempre para a frente e para o alto, de modo progressivo, evoluindo a todo passo, crescendo de acordo com os minutos e segundos que transcorrem, se desenvolvendo para o bem-estar de toda a humanidade, de suas comunidades, grupos e indivíduos locais, regionais e globais. De fato, esse Intervalo em que se verifica a complexidade da vida e o fluxo da história, é a constituição da superação de si mesmo, da ultrapassagem constante de preconceitos e superstições e da transcendência também do tempo para enfim mergulhar no ambiente da eternidade, da vida após a morte, onde se continua para sempre o movimento dos seres e das coisas em direção do Infinito, que é Deus. Deus é o Motor desse processo. Somos consequência disso. Somos efeitos de sua intervenção na história das nossas consciências e das experiências da nossa realidade urbana e rural, psicológica e social, imanente e transcendental. Somos Intervalo. 2 Entre o nascimento e a morte a vida se processa, o mundo é construido visando o bem e a paz da humanidade, a realidade se cria em meio a problemas os mais diversos de ordem psicológica ou cotidiana, real ou imaginária, de acordo com os parâmetros de um ambiente político conturbado carregado de tendências variadas, de um contexto econômico às vezes otimista ou bastante turbulento, de um clima cultural fecundo e profundo que tem necessidade da criatividade humana, de seus talentos originais e de seus carismas inovadores, de seus pontos de vista cognoscentes e discernentes, que fazendo a diferença entre os seres e as coisas produz o tempo das mudanças permanentes e dos movimentos transformadores para melhor de situações aparentemente cabisbaixas e deprimidas, tristes e angustiantes, tornando-as então renovadas interna e exteriormente, libertas dos preconceitos de uma sociedade ainda prisioneira de superstições morais e religiosas, desequilibradas socialmente, de indefinições ecológicas e ambientais, de insustentáveis paradigmas que sustentam a cultura da morte, do mal e da violência, devendo ser combatida em nome do bem e da bondade das pessoas que continuam a cultivar a paz e a concórdia em seus relacionamentos e atitudes. Assim se processa a realidade. Cada vez e melhor aumenta a conscientização das populações e sua iniciativa de libertação de prisões psico-sociais, de transtornos físicos e mentais e de distúrbios materiais e espirituais. De fato, a realidade cotidiana é tendencialmente progressiva, caminha evoluindo em todos os sentidos da vida humana, cresce sem parar, e se desenvolve de modo a garantir a saúde e o bem-estar, e a felicidade das comunidades que integram essas sociedades emergentes, em ascensão social e política constante, emancipando-se pacientemente no nível econômico e financeiro, cultural e ambiental. Sim, caminhamos sempre crescendo por dentro e fora. Tal o sentido da vida e a razão da existência. Nessa mobilização evolutiva, vamos superando conflitos, ultrapassando obstáculos que o cotidiano nos impõe seja na família, na rua ou no trabalho, transcendendo limites e dificuldades, mergulhando pois em um universo de bondade próprio do ser humano como tal. Esse otimismo que atravessa o decorrer da história é responsável pela auto-estima dos grupos e indivíduos que constroem positivamente a realidade humana de forma local, regional e global. Nesse intervalo de ocorrências luminosas, o homem e a mulher vão vencendo o lado obscuro do cotidiano, criando as condições indispensáveis para a sua vitória sobre a maldade de alguns e a agressividade de outros. Com efeito, o mundo real tem em sua estrada cotidiana uma perspectiva positiva, que conduz o progresso dos povos e o bem-estar das nações ainda que em meio à miséria e à fome de muitos, à ignorância de grande parte de sujeitos, o que muitas vezes os faz ignorar o seu dever de guiar o tempo e sustentar a história, talvez porque bloqueados em seu repertório cultural de conhecimentos carentes de conteúdos de qualidade, de ética comportamental inferior à necessária e de uma espiritualidade que deveria se comportar como o gerente de suas possibilidades, alternativas e oportunidades reais e atuais. Mesmo assim, continuamos evoluindo das trevas em direção à luz. 3 Feito de altos e baixos, de conquistas de sucesso e de depressões sociais e psicológicas, de boas coisas que se produzem e de conflitos gerados com agressividade, de equilíbrios que conduzem trabalhos grandiosos e de carências de sensatez na hora de decidir oportunidades e apresentar possibilidades, o processo humano e natural de viver precisa de uma boa racionalidade que guie com bom-senso atitudes e sentimentos que afetam o convívio de grupos e indivíduos interessados na busca de alternativas de saúde pessoal e bem-estar coletivo para as suas comunidades emergentes, inseridas em sociedades que progridem para a criação de felicidade para seus habitantes, a partir da procura da liberdade, responsável por sua intervenção nos destinos de povos inteiros e interferência em seus empenhos e esforços por uma humanidade mais igualitária, fraterna e solidária, onde todos possam ter voz e vez, cada um caminhe com segurança e estabilidade nesta vida de mudanças contínuas e metamorfoses permanentes, em função da qual a noite das turbulências cotidianas convive com o despertar para a novidade de uma atividade engendradora de progresso para os seus, otimismo que dá esperança de realizações novas e diferentes identificadas com a possibilidade de crescimento para as suas populações, o que significa mais garantias de qualidade de vida para as pessoas, excelência de ações éticas e espirituais, resultando em ambientes férteis capazes de propiciar mais abertura de iniciativas para seus integrantes, renovação de suas tendências de melhoria convivencial e libertação de bloqueios físicos e mentais que são barreiras para o perfeito desenvolvimento de nações interessadas na ótima satisfação de seus desejos por uma existência melhor, produtiva e de aspectos positivos como a construção do respeito mútuo entre seus cidadãos e da responsabilidade social, cultural e ambiental entre seus conterrâneos, moradores e trabalhadores, constituintes de um contexto humano mais carregado das boas qualidades promotoras de condições de vida e trabalho, saúde e educação mais digna, mais vital e mais generosa para todos e cada um. Nesse movimento de construção de novas e diferentes realidades em ascensão, em termos de política partidária, economia de mercado, sociedades emergentes e culturas e mentalidades voltadas para a não-violência e a preferência por uma ética de bondade e concórdia entre seus cidadãos, produz-se o cotidiano, define-se o Intervalo de um existir que se processa entre instantes de guerra urbana e rural e momentos de paz e cidadania entre os componentes dessas sociedades em transformação permanente para melhor, essa aliás a razão de tal mobilidade humana em direção à obtenção da realização de seus sonhos e à satisfação de seus desejos e necessidades humanas, naturais e culturais. Nesse Intervalo, portanto misturam-se bons projetos de vida e a crise de modelos insustentáveis para a produção de uma sociedade mais equilibrada e otimista, de bem com a vida e em paz com a sua consciência. 4 Os momentos de crise no decorrer da história da humanidade têm provocado as reformas necessárias que fazem progredir os humanos, as transformações políticas substanciais para a ascensão e a emergência de sociedades em desenvolvimento, as revoluções científicas e tecnológicas responsáveis pela evolução de comunidades inteiras no campo das idéias e conhecimentos, as metamorfoses sociais, culturais e ambientais que tornam a vida mais renovada e diferente, comprometida com o bem-estar dos cidadãos e a saúde espiritual, física e mental de povos imersos nessa era de globalização das massas populares, interatividade de nações diversas e compartilhamento de suas relações de trabalho e conteúdos de relacionamento mais dignos de viver e que representam o caminho para o crescimento econômico e financeiro das populações mundiais interessadas na qualidade de vida de sua gente e em conduzir dignidade e excelência ética para seus integrantes, aqueles que buscam superar ações agressivas e atitudes violentas em nome de uma existência de ótimas condições de vida e trabalho, saúde e educação, ultrapassar igualmente seus limites ideológicos e suas fronteiras psicológicas que por várias vezes se tornam obstáculos à transcendência de seus próprios preconceitos morais e superstições religiosas, barreiras à emancipação de grupos e indivíduos que possuem a intenção de subir as escadarias do progresso material e espiritual, com consciência elevada e experiência de conduta condizente com suas aspirações de sucesso na vida e no trabalho aqui e agora de forma local, regional e global. Nessa explosão de movimentos emergentes e mudanças em ascensão que caracterizam o processo humano de viver, está a chave da felicidade do conjunto da humanidade, que faz da liberdade a estrada desses instantes felizes que tem a frente, no presente e no futuro. 5 As definições do tempo e os determinismos da história, sua finitude natural e seus contextos ambientais e culturais onde acontecem as intervenções divinas e humanas, convivem com o lado doentio da vida e seu quadro patológico de doenças físicas, mentais e espirituais, enfermidades de ordem psicológica e ideológica, moléstias que atingem o real e o imaginário do ser humano como tal, ao mesmo tempo que caminha construindo as coisas boas da vida, tornando o processo humano de viver e existir mais otimista e equilibrado, mais alegre e sensato, mais livre e feliz, ordeiro e pacífico, fraterno e solidário, amigo e contente. De fato, o movimento da vida é dialético e aceita a divergência de opiniões e situações controversas e a discordância de circunstâncias que ora pregam as tristezas e as angústias da existência ora geram condições de vida e trabalho, que favorecem o bem-estar das pessoas e sua saúde mental e emocional, corporal e espiritual, refletindo deste modo que o convívio humano e seus efeitos naturais e culturais convergem no que têm de positivo e se contrariam quando o bem e o mal se encontram, a paz rural e urbana se choca com a violência individual e a agressividade de grupos interessados em espalhar pela sociedade a cultura do mal e da morte contra a qual se processa a mentalidade de pessoas que advogam as causas do bem e da bondade e defendem o valor da vida e seus aspectos otimistas que coincidem com a boa vida de comunidades inteiras e a paz vivida por sociedades em transformação constante, construtoras do progresso material e da evolução espiritual da humanidade, feliz porque seus integrantes, apesas das turbulências cotidianas, ainda buscam por realizar atividades em prol da boa qualidade de vida das pessoas, da sua riqueza de conteúdos éticos a partir de que produzem uma convivência humana mais salutar, agradável e favorável às boas iniciativas de engendramento de instantes libertadores de patologias que lhes são adversas, renovadoras de seu interior e exterior e que se vêem abertas a um grande número de possibilidades, alternativas e oportunidades de trabalho, de bons relacionamentos e de ótimas atitudes que interagem umas com as outras, compartilhando suas riquezas e conteúdos de qualidade no conhecimento, nos sentimentos adquiridos, nas experiências produzidas, onde os valores de vida e suas raizes naturais e culturais, seus princípios de existência e suas normas sociais, ambientais e culturais se identificam com as boas coisas que a vida tem e a paz construida em suas consciências de existir saudável. Sim, a vida é dialética. 6 O que faz a vida acontecer é a exigência real e psicológica de satisfazer os nossos desejos humanos e realizar as nossas necessidades naturais, o que dá origem ao trabalho e aos nossos esforços e empenhos por produzir conteúdos de conhecimento, ética e espiritualidade, além de matérias de cultura e economia, política e sociedade, constituindo assim o nosso universo de relações e interatividades, intercâmbios interpessoais e compartilhamento de idéias e ideais, valores e princípios, orientadores das nossas ações sociais, das nossas intervenções na realidade cotidiana, de nossas interferências no destino de quem vive ao nosso lado e em torno de nós e depende de nossas iniciativas em prol do bem-comum da sociedade, em favor da saúde das pessoas e em benefício do bem-estar de nossos parentes, amigos e familiares. Deste modo, construimos o nosso cotidiano, definimos as nossas atitudes e determinamos o nosso convívio diário e noturno e o nosso comportamento e sentimentos uns em relação aos outros. Desde então, nos tornamos responsáveis pelo processo humano no qual colocamos nossas mediações individuais e coletivas, gerando sociedades de bem e de paz, em luta constante contra a violência urbana e rural, a agressividade de muitos e as balas perdidas resultantes do confronto entre policiais e bandidos nos campos e nas cidades. Desta maneira pois se faz a vida, o cotidiano e a existência, com momentos que ora advogam as luzes do discernimento da consciência positiva ora defendem o apagão das mentes e dos espíritos, fazendo-nos conviver diariamente com o dia que nos oferece esperanças de vida e saúde e com a noite da depressão quando passam a nos persaeguir as contradições da natureza e as turbulências do universo em forma de doenças e enfermidades em geral, o desemprego que nos assusta, os distúrbios mentais e emocionais e os transtornos de um dia a dia carregado de problemas familiares, dificuldades financeiras e conflitos na rua e no trabalho. Mas assim é a vida. Esse movimento dialético onde a luz convive com as trevas, a paz duela com a violência e o bem e a bondade se confrontam com a discordância dos relacionamentos e a divergência de atitudes. Desse jeito se faz o nosso cotidiano: de paz e guerra. 7 Os movimentos sociais, as transformações políticas e econômicas, as inovações culturais, científicas e tecnológicas, os eventos esportivos como as Copas do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, os shows e espetáculos artísticos e musicais, de dança e teatro, as redes de comunicação via rádio e televisão transmitindo noticiários e reportagens do mundo inteiro, a teia virtual da internet conectando todos e cada um entre si, as greves e as passeatas mobilizadoras das sociedades, a dinâmica da juventude e dos trabalhadores em geral reivindicando direitos humanos e sociais, o trabalho móvel de comunidades inteiras lutando por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos e cada um, enfim, toda essa metamorfose ideológica de realidades concretas mexendo com a conjuntura da humanidade, ilumina os ambientes e fortalece os contextos de vida onde acontecem as mudanças para melhor na história dos homens e das mulheres, aquecem as economias ainda vacilantes e fazem mergulhar em uma onda de sustentabilidade social e ambiental todos os grupos humanos interessados em qualidade de vida para seus projetos de existência, em riqueza de conteúdo para seus conhecimentos acumulados com o tempo, e em excelência de virtudes para seus programas de ética e espiritualidade baseados no respeito mútuo e na responsabilidade recíproca, o que na verdade colabora para a dissipação das trevas no meio das sociedades, que então progridem com o novo e diferente sol que passa a brilhar em suas realidades cotidianas fazendo melhorias em suas regiões de vida buscando pois outras alternativas de trabalho, novas oportunidades de emprego e diferentes possibilidades de atividades que ajudem a tornar melhor suas situações de vida e existência, sempre à procura de circunstâncias favoráveis ao seu crescimento e desenvolvimento mental, físico e espiritual. A Evolução dos povos e nações do Globo Terrestre ressalta essa passagem das trevas para a luz em que se envolvem os humanos e terrestres em busca de uma vida melhor para todos. A História caminha. E o tempo evolui. 8 É de certo modo tranquilizador o fato de sabermos que somos permanentemente mudança de estado de vida, transformação de momentos, metamorfose de instantes cotidianos. Ora passamos do medo para a coragem, da tristeza para a alegria, do ódio para o amor, do pessimismo para o otimismo, do mal para o bem, da escuridão para a luz do sol de cada dia. Somos mudança. A História e o tempo são esse processo metamórfico onde percorremos vários estados de vida e de morte, diversas situações de equilíbrio e inconstância, diferentes circunstâncias de consciência e imaginação, o que faz movimentar a sociedade, evoluir os povos e desenvolver as nações no mundo inteiro. Parece mesmo de fato que fomos feitos para a mudança. Somos a cada momento e a todo instante transformados para melhor em outros , novos e diferentes homens e mulheres. Assim caminha a humanidade. Tal o progresso humano e natural de comunidades em vias de crescimento material e espiritual, físico e mental, emocional e sentimental. Avançamos a cada hora, minuto e segundo modificando as nossas condições de vida e trabalho, saúde e educação, transporte e moradia, cultura e lazer, arte e esporte, sempre criando novas e diferentes possibilidades de melhoria de nossas relações com o mundo e a vida, de oportunidades de emprego e de outras tendências positivas para a nossa jornada cotidiana de sucessos, créditos e prosperidade. Progredimos. Somos melhores a cada instante. Evoluimos a todo momento. Tal realidade afeta a nossa consciência de valores e princípios bem estabelecidos e bem consolidados com o tempo. Parece que vamos adiante nos orientando mais e melhor para a vida e a realidade de toda hora. Resolvemos melhor os nossos problemas. Damos soluções mais sensatas para as nossas dificuldades. Os conflitos do dia a dia começam a ser superados com saúde mental e o bom-senso das coisas. Não mais perdemos a cabeça como outrora. Estamos mais equilibrados. Tal estado de consciência transformada e transformadora de atividades cotidianas nos faz agentes de uma história que se faz melhor a cada minuto. A todo segundo evoluimos para melhor. 9 Em meio a um cotidiano onde as coisas se misturam, os fenômenos do dia a dia parecem confundidos, os acontecimentos diários e noturnos se vêem desordenados, os ambientes desorganizados e a vida de todos e cada um notadamente sem disciplina ética e espiritual, surge então, como uma herança nos deixada pelos gregos da Antiguidade clássica, a razão humana com a missão de ordenar o caos da existência, disciplinar a inteligência e organizar a nossa realidade de conhecimentos e idéias, sentimentos e experiências, valores e virtudes, princípios e normas de vida pessoal e social. É a racionalidade humana e natural aquela que tem a vocação de arrumar a casa, endireitar as coisas, colocar no devido lugar o cotidiano da nossa vida de cada dia, noite e madrugada. Assim é a vida. O caos reina com a ordem. A disciplina procura ajeitar as complicações das mentes e das emoções e fazer nascer o sol da boa ética e da boa espiritualidade. O Império da confusão cede lugar à organização das idéias desenvolvida pela mente humana desejosa por liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Deste modo, acontece a história dos homens e das mulheres. Convivemos com contrários. Estamos entre o dia de sol e a noite das trevas da realidade humana. Nesse intervalo, ocorrem as mudanças e as transformações do tempo que caminham para a eternidade. Somos metamorfoses ambulantes. 10 O Lema de Lavoisier “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” parece ser uma realidade em nosso meio histórico e temporal, muitas vezes marcado por sintomas de causa e efeito, ou por situações de acaso, ou por circunstâncias onde a surpresa dos fenômenos e o indeterminismo dos fatos e a indefinição dos acontecimentos tornam possível o movimento real e sempre atual de passagem de uma consciência obscurecida para uma mente sadia e luminosa, confirmando o contexto segundo o qual a realidade cotidiana sempre evolui, progride saindo de condições de pobreza e miséria espiritual para um clima de boas virtudes praticadas, riqueza de conteúdos de conhecimento, qualidade de vida sustentável, excelência de atitudes que buscam a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, refletindo assim o ambiente globalizado em que vivemos, o que como disse faz-nos superar a ignorância do saber e mergulhar em ações de repertório cultural elevado, ultrapassar momentos de fraqueza e medo e se situar em instantes de coragem, força e energia psicológica e social, e ainda transcender as barreiras de valores ultrapassados e princípios antigos e tradicionais e procurar outras, novas e diferentes orientações para uma boa vida social e familiar, onde todos se acham em paz com suas consciências e de bem com a vida. Tal migração de uma consciência escura para uma razão de luz caracteriza o processo histórico em que vivemos. O Tempo é progresso mental e espiritual dentro de uma realidade sempre transformadora, em mudança permanente ainda que com elos de estabilidade nas áreas política, social e econômica, e mesmo cultural. A Vida nos demonstra ser estabilidade e crescimento. Tal a razão da temporalidade. O Sentido da historicidade. Essa a metamorfose e suas metas e resultados em um universo de migrações contínuas, onde as normas também mudam e as raizes da inteligência igualmente sofrem os efeitos das transformações da realidade. O Cotidiano se desenvolve assim. Na clareza depois de um contexto de instabilidades, transtornos mentais e distúrbios emocionais. A Realidade se processa de modo que o progresso seja das trevas para a luz. 11 O Processo histórico da realidade humana e natural cotidiana, como vimos acima, é feito a partir da realização dos desejos de homens e mulheres envolvidos com seus trabalhos e famílias, lazeres e entretenimentos, atividades sociais e políticas, econômicas e culturais, e da satisfação de suas necessidades básicas naturais, elementos que possibilitam a dinâmica das sociedades, o movimento de grupos e indivíduos, a mobilidade de comunidades, que buscam o seu progresso físico, mental e espiritual, a sua evolução em todas as áreas do conhecimento humano, o desenvolvimento de seus sentimentos e experiências construtores de saúde coletiva e bem-estar social, da fraternidade entre os povos e da solidariedade entre as nações, da interatividade de conteúdos de saber e compartilhamento de suas riquezas culturais, sobretudo no campo científico e tecnológico, na arte e no esporte, e em outras regiões da consciência humana e seus derivados morais e religiosos, ambientes de formação e informação, culturas e mentalidades surgidas a partir da geração de carismas e talentos, da criatividade de vocações e profissões liberais e demais serviços da sociedade. Deste modo, a história e o tempo da humanidade se produzem por desejos e necessidades, motores do desenvolvimento, matrizes produtoras da metamorfose das populações e sua gente interessada em qualidade de vida, riqueza de conteúdo e excelência de virtudes. Assim caminha a humanidade. Desta maneira, crescem os humanos e suas ações de bem-comum dentro de suas comunidades e sociedades. A Vida é progresso. 12 Do nascimento à morte a vida se processa, e nesse intervalo a humanidade caminha, o mundo evolui, o tempo e a história se desenvolvem, as sociedades progridem assumindo um compromisso responsável com a saúde de seus cidadãos e o bem-estar e o bem-comum de seus grupos, indivíduos e comunidades. Nesse meio, muitos talentos surgem para fazer a diferença no cotidiano, ou diversos carismas aparecem para definir os acontecimentos da realidade, neles determinando suas visões de homem e de mulher, de Deus, de natureza e de universo, seus pontos de vista transformadores para melhor das estruturas sociais e políticas, econômicas e culturais, e suas interpretações positivas e otimistas que fazem o crescimento das gentes, povos e nações do mundo inteiro, e assim a realidade de todos os dias e todas as noites vai se tornando mais dinâmica e globalizada, vendo-se possuida pelo movimento de metamorfose constante de seus cotidianos, produzindo na existência humana temporal e eterna mais qualidade de vida para as pessoas, mais riqueza de conteúdo cultural para as sociedades e mais excelência de virtudes para os cidadãos e cidadãs interessados em uma boa ética e espiritualidade natural, responsáveis fundamentalmente pela boa vida e ótima historicidade daqueles e daquelas que sustentam suas famílias e trabalhos, organizam suas atividades e comportamentos, disciplinam suas experiências de cada dia e de toda noite, e ordenam suas consciências e experiências de auto-estima elevada, ótimo astral, positividade e otimismo, condições de uma história de sucesso, prosperidade e crédito para todos e cada um. Nesse ínterim, a criatividade de quase todos contribui para a felicidade geral de todas as sociedades, isto em nome da liberdade, portal de construção de uma realidade de sorriso e alegria universais. Nesse processo, vocações se fazem e profissões se realizam. Cada qual favorece o bom cotidiano em que vivemos. 13 O Trabalho humano e seu poder de transformação para melhor da realidade cotidiana constitui um dos grandes sentidos da história e do tempo dos homens e das mulheres, a razão do progresso dos povos, o otimismo das sociedades que evoluem no corpo, na mente e no espírito, o equilíbrio das pessoas que fazem do seu desenvolvimento o caminho para a saúde individual e coletiva, e o bem-estar das comunidades, e o bem-comum de toda a coletividade. É o trabalho que intervém no crescimento da cidadania, na luta pelos direitos humanos, na busca por mais dignidade interpessoal, mais qualidade de vida social, riqueza de conteúdo cultural e excelência de virtudes éticas e espirituais. O Trabalho modifica a natureza, transforma o universo, interfere na positiva metamorfose da criação. Com ele, a ciência, a arte e o esporte, a tecnologia e a informática, o computador e a internet, o rádio e a televisão, o dia a dia convertido em coisas boas e fenômenos de ótima qualidade política e econômica, enfim, a vida mudada para o bem e a paz por meio da atividade empenhante e do esforço humano em trabalhar com alegria, fazer tudo direito e realizar bem todas as circunstâncias antes sonho mas agora realidade. O Trabalho é o fundamento da temporalidade e o princípio da historicidade. Sem ele, nada é possível, tudo é inútil e sem significado algum. A Vida é trabalho. Trabalhar é existir. Somos atividade. 14 O Processo humano de viver se faz a partir da estrutura familiar onde o cidadão ou cidadã de determinada sociedade aprende e apreende os princípios éticos e espirituais e os valores morais e sociais orientadores de sua trajetória dentro da realidade cotidiana, lugar e tempo em que constrói sua existência baseada no bem que deve fazer e na paz que precisa praticar a fim de que possa estar em harmonia com seu convívio no interior de uma realidade em mudança permanente, de transformações constantes e de metamorfoses locais, regionais e globais. Assim, através da família, a pessoa humana gera sua jornada cotidiana, produz suas idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências ideológicas e psicológicas, sociais e culturais, políticas e econômicas, o que reflete o seu papel no tempo e a sua função na história dos homens e mulheres deste mundo em que vivemos real e atualmente. Com a família, somos educados para a vida, aprendemos o direito e o respeito, crescemos com responsabilidade social, cultural e ambiental. Sem a família, faltam-nos as raizes da existência, as normas de uma vida onde a liberdade deve ser o fundamento da felicidade. De fato, a família é a base de uma sociedade ordeira e pacífica, livre e feliz, equilibrada e sensata, alegre e otimista, caminho para uma humanidade de bem com a vida e em paz com sua consciência. Na família, a nossa estabilidade, segurança e tranquilidade. Nela, Deus se faz, tem voz e tem vez. Por ela, a vida, a paz e a ordem, o amor e o bem, a bondade e a concórdia, a convergência e a unidade, e a consciência de que estamos bem, tudo pode dar certo, e a certeza da vitória sobre as fontes da violência e da agressividade em nosso entorno. A Família nos garante e nos sustenta historicamente, no tempo e para a eternidade. 15 No tempo, entre o dia da Vida e a noite da Morte, os acontecimentos e os fenômenos da realidade cotidiana se manifestam ora misturados com a claridade das consciências ora confusos com o discernimento dos espíritos humanos. Nesse jogo de indefinições físicas e mentais, faz-se igualmente a indeterminação dos ambientes sociais, dos contextos político-partidários, das estruturas econômicas em desequilíbrio e das culturas e mentalidades geradas sem a sensatez da racionalidade e o otimismo das pessoas que vivem em sociedade. Assim ocorrem entre nós o desejo de ordenar todas as coisas e a necessidade de impor limites à história a fim de garantir a voz da natureza que tudo comanda e o grito do universo pedindo socorro diante do império da dúvida e da incerteza que muitas vezes quer abalar a estabilidade das comunidades, grupos e indivíduos interessados em paz espiritual, disciplina social e organização de suas consciências e experiências cotidianas. Nasce assim a imprescindível aspiração por uma ética e uma espiritualidade baseadas na concórdia de princípios e convergência de valores que possam orientar os humanos e terrestres no caminho de uma vida mais fraterna e solidária, ordeira e pacífica, otimista e equilibrada, saudável e agradável. Como vemos, ao lado dos transtornos psicológicos e dos distúrbios ideológicos aparecem a consciência humana que tudo organiza, a sua racionalidade disciplinadora de suas atitudes e a sua inteligência que ordena o caos que ora foi instalado. Nesse binômio de controvérsias, faz-se a história e se caminha para a eternidade mais além. 16 Entre a vida e a morte vivemos uma grande jornada cotidiana onde se alternam a realidade do bem e os fenômenos do mal, e essa dupla característica alternada nos revela o que somos e o que temos de mais próprio em nossa natureza humana e social, definindo-nos como seres alternados em que reinam ora a violência de grupos e indivíduos ora imperam a bondade de alguns e a fraternidade de muitos ou a solidariedade de quase todos. Nessa caminhada de momentos bons e instantes ruins, acontece o nosso dia a dia, e se propaga uma atmosfera reveladora da nossa existência humana e natural: temos de um lado a cultura da maldade e de outro a mentalidade de paz e otimismo, de alegria e bem-estar, o que nos caracteriza como pessoas humanas, uma vez tomadas pela agressividade ora condicionadas por circunstâncias positivas onde a convergência de pontos de vista se contrapõe à discordância de opiniões, refletindo-nos os 2 lados da vida, geradores de cidadãos e cidadãs de respeito e responsáveis, e de outro a marginalidade, a bandidagem e a corrupção social, moral e espiritual. De fato, somos essas 2 situações: violência e bondade, maldade e paz, ódio e amor, trevas e luz. Tal estado de vida nos faz viver socialmente, disputando um lugar na sociedade, buscando altenativas de existência capazes de satisfazer ora os nossos deejos de boa saúde física e mental, material e espiritual, ora apontando-nos o caminho contrário: a estrada da maldição. Essa a vida humana, o intervalo entre o viver e o morrer de todos e cada um de nós. 17 Nesse intervalo de tempo e do tempo que chamamos de história cotidiana, do nascimento até a morte, acontecem muitas coisas, diversos fatos se manifestam e os fenômenos da realidade do dia a dia nos dizem que a vida está sempre sendo produzida, em um processo permanente e progressivo de construção de boas idéias, virtudes e experiências onde a nossa criatividade trabalha bastante, nossos dons, talentos e carismas possibilitam ações fraternas e solidárias, nossa vocação se identifica em gerar grandes oportunidades para todos, boas alternativas de vida e trabalho para muitos e excelentes possibilidades de saúde física e mental e bem-estar material e espiritual, o que é feito algumas vezes por obras do acaso, ou em uma atitude de neutralidade perante os problemas, conflitos e dificuldades na rua, na família e no emprego, ou em atividades indefinidas sem planejamentos ou sem projetos de ação, ou em comportamentos indeterminados quando o silêncio fala mais alto que as palavras, vivemos escondidos de gigantescas preocupações ou assumamos um compromisso com uma vivência racional e inteligente, encaminhadora de nossos bons programas cotidianos em que o bem que fazemos e a paz que vivemos precisam superar as ameaças, os riscos e os perigos que o mal nos apresenta constantemente, desenvolvendo então atitudes construtivas, eliminando a violência de nosso meio e ignorando a agressividade nossa e alheia, tendo em vista a experiência de uma vida onde Deus tenha voz e vez na nossa realidade diária e noturna, a bondade das pessoas nos alcancem com seus exemplos de vida e nossas atividades possam se identificar com uma prática consciente, livre e virtuosa, progredindo na geração de uma boa ética e espiritualidade natural, evoluindo na criação de opções de vida agradáveis e saudáveis, contribuindo assim para que nossas comunidades e as sociedades de que fazemos parte cresçam equilibradas e otimistas, produzindo valores e princípios bem orientadores de nossas ações de toda hora. Sim, o tempo é o lugar das diferenças. E as diferenças fazem a história. Somos diferentes e não iguais uns aos outros. 18 A Realidade temporal e social de nossas sociedades históricas é feita de detalhes e diferenças que trazem à luz as contradições nas relações humanas e naturais, motor do desenvolvimento e raiz da dialética que move os humanos em busca de melhores condições de saúde e bem-estar para os seus, interferindo na melhoria de seu meio social e familiar, político e econômico, cultural e ambiental, transformando assim sonhos em realidade, definindo saudáveis e agradáveis disposições comportamentais daqueles e daquelas que tornam o convívio de comunidades e grupos uma evolução das sociedades, configurando modos e estilos de vida que abraçam a justiça social e a saúde individual e coletiva. De fato, as contradições mobilizam as sociedades, as necessidades movimentam os humanos e as diferenças e novidades mudam para melhor o nosso cotidiano, feito de detalhes e sua dialética de metamorfoses ambulantes. Caminhamos dialeticamente. As contrariedades nos mobilizam e realizam o processo do tempo e da história. Nesse intervalo, a vida acontece todos os dias, noites e madrugadas, a cada hora, minuto e segundo. 19 As diferenças fazem a história de todos os dias, nos revelando que somos construção de detalhes, geração de fenômenos sociais e familiares, produção de idéias e conhecimentos que fundamentam nossos atos e atividades, articulando os fatos de todas as horas, fazendo com que os acontecimentos sejam dialéticos, movidos por contradições internas, determinantes do jogo do tempo e sua temporalidade, dos modelos de história e sua historicidade. E se as diferenças definem a historicidade, por um lado, de outro as contrariedades são produtoras das ações transformadoras, mudando para melhor ou pior nosso destino na sociedade. Como se vê, somos diferenças, somos detalhes que se chocam, somos diversidades e adversidades que se contrariam para assim constituir nossos comportamentos individuais e coletivos, modificando as estruturas e sistemas das comunidades intervindo então no progresso ou regresso da humanidade. De fato, o bem e o mal existem, por isso temos evolução ou não desenvolvimento, cultura e contracultura, definições que refletem nosso estar no mundo e nosso jeito de interferir no dia a dia das pessoas, de grupos e sociedades plurais, polivalentes e multifuncionais. De forma diferencial e dialética intervimos nos acontecimentos, produzimos o movimento das sociedades ao construir e desconstruir nossos desejos e anseios, ansiedades e necessidades. Deste modo fazemos história.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

História das Diferenças

História das Diferenças Nos primórdios da cultura ocidental, a PAIDÉIA, modelo de educação e formação do homem grego, se propunha a ordenar o caos das sociedades então espalhadas pelos continentes ora conhecidos, disciplinar a confusão de culturas e tradições, costumes e mentalidades, que se chocavam umas com as outras, e organizar os seus valores éticos e espirituais, as suas normas sociais, culturais e ambientais, os seus princípios de mente, de corpo e de espírito, e suas raízes históricas e geográficas, seus contextos cotidianos e seus ambientes de realidade carregada das controvérsias humanas e naturais, de conflitos entre pessoas, de dificuldades entre grupos e indivíduos e seu convívio nas ruas e em casas, nas famílias e nos trabalhos, nos campos e nas cidades, de problemas, novidades e diferenças de comportamento, de consciência individual e coletiva, de experiências de contrários e das adversidades que a própria vida nos coloca, visto que a condição humana estabelece limites à natureza e consolida fronteiras ao universo sem limitações físicas, pois o espaço é sem fim, o tempo é eterno e a história convive com suas finitudes materiais ao mesmo tempo que apela para as infinitudes do pensamento além, longe das definições do conhecimento possível e distante das determinações morais e religiosas, científicas e tecnológicas, artísticas e filosóficas, impostas por nossa existência de bloqueios psicológicos e de barreiras ideológicas, para depois, mais tarde, racionalizar todo esse repertório de interpretações gerais, tornar inteligíveis os processos de obtenção do saber, e gerir intencionalmente os destinos da espécie humana e seus contatos e efeitos na realidade de cada dia e de toda noite, e das madrugadas experimentadas pelo conjunto da humanidade. Observa-se aqui e agora que a racionalidade combate a desrazão, o bom-senso luta contra a insensatez e o nosso juizo das coisas batalha enfrentando as oposições de uma mente provavelmente desequilibrada, transtornada em si mesma, e cheia de distúrbios oriundos de uma irracionalidade sem fundamentos e de uma irrealidade sem sustentação na consciência dos homens e das mulheres que fazem a história e encaminham para si e os outros as metas de seus caprichos e os objetivos de seus arbítrios vestidos talvez de uma inteligência produtora de conteúdos sensatos, em nome da razão projetora e planejadora de idéias e ideologias, símbolos e imagens, valores e princípios, sons e linguagens de vídeo e de cinema. É nesse clima de interpretações paradoxas que se faz a história da humanidade. O Processo Crítico e Dialético da Formação da Consciência do Homem e da Mulher na História da Humanidade A Vida é feita de diferenças. No decorrer da história, desde o tempo antigo até os dias atuais, o sujeito sempre contracenou com o objeto, a luz com as trevas, o feijão com o arroz, a realidade com a racionalidade, a essência com a aparência, a paz com a violência, o amor com o ódio, a vida com a morte, o certo com o errado, o bem com o mal, o direito com a falsidade, o vício com a virtude, a ordem com o caos, o homem com a mulher, o boi com a vaca, a flor com o fruto, o oxigênio com o gás carbônico, Deus com o diabo, a noite com o dia, o verão com o inverno, o novo com o antigo e assim por diante. As diferenças nos uniam e nos separavam, nos assemelhavam e nos contradiziam uns com os outros. Tudo sempre foi diferença. Todos sempre foram novidades que surgiam, contrários que nos dividiam, surpresas que nos maravilhavam, adversidades que nos dialetizavam, contradições que isolavam a bondade da maldade, o preto do branco, o galo da galinha, a graça do pecado, o fino do grosso, o grande do pequeno, o maior do menor, a presença da ausência, o cheio do vazio, o tudo do nada, o absoluto do relativo, o necessário do contingente, a substância do acidente, sempre refletindo para todos nós, habitantes do Planeta Globo, que a natureza e o universo, a existência humana e divina, viviam de contrários, ou de detalhes diferentes, de coisas miúdas em contraste com seres graúdos, até que assim compreendêssemos a realidade cotidiana como ela é, sempre foi e assim o será eternamente. Sim, não somos iguais, mas diferentes. E a história da consciência humana sempre revelou essa alteridade de princípios e contrariedade de valores, que juntos ou separados passaram a constituir o conhecimento para o qual o pensamento se une à realidade, desnudando pois a verdade das idéias concebidas em contato com a experiência cotidiana. Justamente essa transparência do contexto real e atual em que vivemos hoje, aqui e agora, faz-nos entender que a realidade vivida é construida a partir das diferenças conscientemente adquiridas, ambientalmente praticadas e eticamente possuidas, originando pois as relações humanas e sociais, a interatividade de comunidades e o compartilhamento de conteúdos físicos, mentais e espirituais. Nesse intercâmbio de atividades comuns, os relacionamentos se aproximam ou não, as atitudes se convergem ou não, e as experiências se fazem concordantes ou assumem um compromisso com a violência das ações e a agressividade de comportamentos várias vezes insensatos e desequilibrados, aumentando ainda mais o abismo entre as partes opostas, causando mal estar nas sociedades divididas pelo erro de seus agentes comunitários que deveriam antes construir do que destruir, criar condições de liberdade ou situações de felicidade e não simplesmente produzir a escravidão patológica ou a prisão de consciências subordinadas umas às outras. Em tal estado dialético de posições, gera-se a realidade e produz-se o cotidiano. A História é dialética. Fundamentos da Interpretação A Realidade é única. Todavia, a interpretação da realidade é variada, múltipla e polivalente. Sua hermenêutica mostra que os pontos de vista das pessoas podem convergir ou se distanciar, concordar ou se afastar, o que significa que a vida é relação, relação de opostos, de contrários que produzem a economia dos povos e a riqueza ou pobreza das nações, sua cultura excelente ou miserável, sua política de alternativas diversas, suas sociedades articuladas em instituições e entidades governamentais ou não, propriedades privadas ou organizações públicas, sociais e coletivas, seus negócios produzidos com austeridade absoluta ou com a relatividade das ações morais, seu complexo de arte, lazer e esporte, e demais atividades recreativas, geradas tendo em vista a saúde dos indivíduos e o bem-comum das comunidades e o bem-estar geral da humanidade. Assim funciona a realidade cotidiana. Seu fluxo de possibilidades é dinâmico e ativo, seu complexo de boas tendências segue a lógica do progresso econômico e financeiro, a emergência social, cultural e ambiental, a emancipação ética, política e espiritual, o desenvolvimento dos recursos que satisfazem os nossos desejos naturais e realizam as nossas necessidades humanas, a evolução da consciência segundo a viabilidade da produção de conteúdos de conhecimento de qualidade, de experiências de crescimento em valores positivos, princípios de vida estáveis, normas sociais consistentes e raizes existenciais seguras que possam garantir a magnitude de uma vida onde seus direitos sejam compreendidos e respeitados, e seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades cumpridos com sabedoria de vida de quem luta paraser alguém na vida, e fazer da liberdade a sua condição de felicidade. Esses fenômenos interpretativos demonstram que a consciência humana evolui hermeneuticamente, de acordo com os contextos reais e atuais do tempo e da história e segundo os parâmetros transcendentais de sua realidade em si, de si, por si e para si. Somos pontos de vista diferentes e até contrários, semelhantes ou antagônicos, construtores dos símbolos da história de todos os tempos e lugares, organizadores do cotidiano que vivemos, disciplinadores de nossa racionalidade real e ordenadores da vida praticada em sociedade. Somos intérpretes de uma realidade em mudança, que se transforma para melhor ou pior, dependendo da metamorfose operada em nossa consciência de valores bem ou mal orientados e de princípios bem ou mal vividos. Depende de nós o progresso. Depende fundamentalmente do Fundamento de nós o destino bom de nossas vidas materiais e espirituais. As Sínteses transformam a realidade Recordo-me de Hegel, filósofo da era moderna, contemporâneo de Karl Marx e Engels, fundadores do Partido Comunista de 1848, em plena crise industrial na Inglaterra, que dissera então que a vida é uma dialética, que se inicia com uma Tese, contraposta por uma Antítese, que, ao final das contas, seria resumida por uma Síntese, fenômenos da realidade cotidiana, que constituem os fatos históricos, determinam o comportamento das sociedades, interferem na iniciativa de grupos e indivíduos que se relacionam e mantêm atitudes de convívio social e político, econômico e cultural, definem suas consciências e seus conteúdos em forma de conhecimento, ética e espiritualidade, intervêm no destino dos povos, no presente e futuro da natureza e do universo, e estabelecem a lógica do cotidiano cujo sentido é o movimento de contradições internas que fazem os acontecimentos da vida de cada hora, de todo momento e de alguns instantes. Sim, somos dialéticos. Eis o que torna possível as diferenças da realidade e os detalhes do cotidiano. Eis o que mobiliza a infra-estrutura das nações e seus efeitos econômicos, científicos, políticos e tecnológicos, sociais e culturais, configurando assim a racionalidade das comunidades que compõem as localidadese regionalidades, e globalidades, em que se insere o conjunto da humanidade. Com efeito, sintetizados nossas ações a cada minuto, e as transformamos em novas e diferentes teses e antíteses, que, por sua vez, serão outras sínteses a mais, o que reflete o dinamismo do cotidiano, seus opostos que interagem, seus contrários que se contagiam uns aos outros, englobando em si idéias e ideais em conflito, ideologias e partidos em oposição, simbologias e imagens problemáticas, princípios e valores que se chocam para produzir melhorias no ambiente vivido ou condições piores ainda de sobrevivência. É onde surgem as atitudes ecléticas que de tudo e em todos retiram sempre algo de bom e que certamente fará bem ao contexto temporal das sociedades, então globalizadas, que realizam intercâmbios culturais, que efetizam entre si o troca-troca de idéias e conhecimentos, que inventam posturas éticas complicadas ou geram posições espiritualizadas em acordo com a saúde do Planeta e o bem-estar das populações mundiais. Sim, a tendência, diante de toda essa panafernália dialética. É que sejamos ecléticos. Talvez sejamos ecléticos por natureza. A Essência do Cotidiano A Experiência do dia a dia da nossa vida nos revela que os fenômenos da realidade cotidiana estão permanentemente em choque produzindo conflitos e aberrações em que o bem e o mal se debatem, duelam um com o outro, se confrontam mutuamente, disputando um lugar ao sol, um jeito diferente de se fazerem presentes na vida da humanidade e seu ambiente de família e trabalho, de rua e supermercado, de restaurante e shopping, de convívio social e cultural, político e econômico. De fato, a contradição é a marca registrada da vida cotidiana. Nela, a paz das pessoas combate com a violência das ruas, o bem que se faz batalha contra a cultura da morte e da maldade, os apelos de vida em abundância fazem uma guerra constante em face da pobreza e da miséria de muitos, o amor de grupos e indivíduos e suas práticas generosas de fraternidade e solidariedade lutam contrariando as forças do ódio e do egoísmo e da mentalidade que prega a prisão ideológica e a escravidão psicológica das pessoas, o direito e o respeito contradizem as experiências de hipocrisia, falsidade e ausência de transparência ética e espiritual, a ordem e a justiça social controlam a confusão das consciências e as adversidades da experiência diária e noturna, o desejo de liberdade que aumenta as oportunidades de vida e dilata as possibilidades de trabalho contrapõe-se às limitações físicas, mentais e espirituais dos seres humanos, a busca da felicidade pessoal e coletiva parece dominar os contrários de quem faz da tristeza e da angústia, do medo e do pânico, da aflição e do desespero as suas únicas alternativas de existência e quem sabe as respostas mais reais e atuais do povo das ruas e das famílias em casa na sua procura por ser alguém no meio da sociedade, a saúde individual e o bem-estar das gentes aspiram por superar as doenças biológicas, as moléstias sociais e as enfermidades materiais e espirituais, cultivando a bondade que constrói e criando novas e diferentes opções de bem viver a vida em comunidade, e assim por diante. Eis pois o cotidiano, ferido pelas balas perdidas de policiais duelando com bandidos, machucado pelos assaltos a banco promovidos por traficantes, adoecido pelos seqüestros-relâmpagos de pessoas de bem e trabalhadoras, cego pelo tráfico de drogas e a corrupção moral de grande parte da coletividade, e escravo da violência que mata e da agressividade que ignora o bem alheio e a sua paz tão indispensável, a calma da sua alma e a sua tranqüilidade espiritual. Assim é o contexto real e atual, temporal e histórico da realidade de cada dia vivida por nós aqui e agora. Eis então que surge alguém que decide mexer nessa máquina de produzir contradições, intervir em seu processo enlouquecedor das consciências e interferir a favor do bem ou do mal tendo em vista gerar o movimento em prol ou não do bem-estar da humanidade e do bem-comum da sociedade, para isso escolhendo o caminho da liberdade que constrói a verdadeira felicidade das pessoas diminuindo os riscos de uma experiência negativa e pessimista de quem faz da maldade o sentido da sua vida e da violência a razão do seu existir. Sim, a realidade está aí, aqui e ali querendo de nós uma decisiva intervenção capaz ou de melhorar as suas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação, ou de piorar as suas situações dialéticas de vida e as suas circunstâncias críticas de existência, deixando pois por nossa conta o caminho da felicidade ou não da sociedade em que vivemos neste mundo em mudança contínua e em processo aberto de construção de novas e diferentes possibilidades de progresso material e espiritual, e de evolução física e mental. A Opção é nossa. Cabe a nós interferir bem ou não nesse processo. Os resultados de nossas escolhas decidirão o destino do cotidiano das pessoas com quem compartilhamos os direitos e deveres de cidadania no interior dessa sociedade complexa cujo fluxo de experiências negativas e positivas, pessimistas e otimistas, devem nos fazer refletir e decidir pelo melhor caminho de vida, a boa via da salvação e a estrada libertadora de nossas misérias sociais e culturais. Só depende de nós crescer ou não. Que Deus nos ajude a encontrar a melhor solução nesse caso. Ou o caminho do desenvolvimento sustentável. Ou o atraso e o regresso de uma ética comprometida com a cultura da morte e a mentalidade da violência e da maldade. Que Deus nos oriente nessa hora. A Vida é uma Dialética Muitas vezes em nossa vida diária através de uma idéia que surge em nossa mente construímos um mundo de possibilidades para a nossa existência, criamos novas realidades e diferentes experiências, produzimos ricos conteúdos de conhecimento de qualidade, como em um processo TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE, que denominamos de movimento dialético, onde um fenômeno que acontece no cotidiano é contraposto por outro, e este por sua vez sofre uma diversa contradição gerando então um fenômeno agora transformado, resumo dos contrários que o antecederam, produto das adversidades que o geraram. Assim é a vida de cada dia e de cada noite. Vivemos por meio de contradições, que se guerreiam umas com as outras, gerando novos contrários e diferentes realidades contraditórias cuja síntese é um perfeito universo de experiências que tendem para o bem que fazemos e para a paz que vivemos, visto que a nossa natureza é boa originalmente, porque vem de Deus, e tudo o que ela cria e propaga caminha para a nossa felicidade e bem-estar, desenvolvendo em nós, de nós e para nós, e por nós, a boa liberdade que se identifica com o direito e o respeito vividos, a responsabilidade em nossas atitudes e relacionamentos, o juízo e o bom-senso em nossas atividades, o nosso equilíbrio mental e emocional, o controle da nossa cabeça e o domínio de nós mesmos.. Portanto, através de contradições sempre novas e diferentes vamos construindo a vida, articulando outras realidades e condicionando diversas experiências fecundas e profundas, sempre nesse processo dialético em que uma palavra produz palavras que se contrariam que por seu lado geram outras palavras que se contradizem, permitindo ao final a síntese de uma ótima ideologia transformadora, que então modifica para melhor os nossos ambientes de vida, metamorfoseando o nosso cotidiano, dando-nos pois a possibilidade de uma vivência mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, mais livre e feliz, mais saudável e agradável. Viver portanto é contradizer e contradizer-se, o que nos propicia novas atitudes perante a realidade, diferentes olhares sobre o cotidiano, outras posturas sociais diante dos problemas, gerando-nos uma vida de possibilidades múltiplas e de alternativas diversas, mais rica em conteúdo e mais perfeita na sua experiência de cada instante. Somos dialéticos. Por meio da dialética, o mundo se desenvolve, a vida se processa, a realidade progride, o ambiente evolui, e crescem as nossas melhorias sempre mais abertas e libertas, renovadas e restauradas, recuperadas e regeneradas, em um movimento perene de grandes descobertas que se concretizam e de gigantescas revelações que nos surpreendem a todo momento. Dialetizando, a vida se constrói. Ficamos mais ricos. Nos tornamos mais perfeitos. Aumenta a nossa qualidade de existência. Superamos limites. Ultrapassamos obstáculos. Transcendemos as barreiras dos preconceitos mentais e das superstições religiosas. Vivemos então a excelência de uma realidade humana, naturalmente constituída e culturalmente desenvolvida. Metamorfoseamos assim as nossas experiências e situações diurnas e noturnas. Nos transformamos para melhor. De bem com a vida e em paz conosco mesmo, vamos gerando novas dialéticas e fazendo das contradições presentes que aqui e agora se processam pontes para a felicidade, ferramentas de renovação interior e exterior e instrumentos de libertação material e espiritual, física e mental. Que Deus abençoe pois as nossas dialéticas cotidianas. A Pedagogia das Possibilidades Parece que a vida e a história, seus fatos do dia a dia e seus acontecimentos de cada instante e de todo momento, refletem a Pedagogia Humana e sua busca por novas alternativas de aprendizagem e constituição de idéias e conhecimentos e diferentes possibilidades de ação e intervenção no mundo social e político, econômico e cultural, científico e tecnológico, artístico e filosófico, moral e religioso, recreativo e esportivo, de tal forma que nesse processo interativo e de compartilhamento de conteúdos de saber e de poder, outros intercâmbios se realizam, grandes criações se fazem e diversas produções de linguagem, de culturas polivalentes e mentalidades múltiplas se multiplicam somando-se ao tradicionmal repertório de discutidos obtidos até aqui e agora, o que viabiliza a construção positiva e otimista da caminhada temporal de gigantescas interferências noi destino dos povos, definindo suas atitudes no meio em que vivem e determinando suas atividades no contexto de suas experiências de geração de boa saúde social e institucional e bem-estar das nações emergentes, desenvolvidas e em vias de progresso material e espiritual. Assim caminha a história. Os homens e as mulheres constroem na realidade diária e noturna um universo de boas tendências, de alternativas novas de evolução física, mental e espiritual, e de possibilidades diferentes todavia geradoras de qualidade de vida para as suas sociedades e demais comunidades locais, regionais e globais, além de enriquecer seu campo de produção de princípios nobres e de valores excelentes, capazes de oferecer à consciência humana uma luz orientadora das suas práticas virtuosas em seu dia a dia, que ainda lhe favorece com os benepláticos de Deus, o Autor da Vida e Senhor da História, ajudando-se ao crescimento ordenado, disciplinado e organizado de toda estrutura humana e seu sistema de créditos sem fim, de benefícios cada vez maiores e melhores que o progresso lhe dá, e que são constituintes da ótima fase que atravessa sempre o processo evolutivo da humanidade. Somos possibilidades. Somos alternativas de movimento construtor de conteúdos ricos para uma humanidade sempre esperançosa por dias melhores para a sua gente, os quais revelam o bom espírito que conduz o desenvolvimento sustentável que caracteriza a caminhada humana até aqui e agora. Consolidar essa realidade positiva é tarefa responsável dos trabalhadores que fazem a diferença na história, constroem a sua estrada de possibilidades novas e diferentes. Deste modo, evolui a cultura humana e progride a sua mentalidade natural e cultural. Produzem-se assim as diferenças do tempo que geram o progresso da história. Nas diferenças, evoluimos. A Construção das Tendências As interferências dos agentes humanos dentro da realidade determinam as tendências boas ou más do presente e futuro da humanidade, tendo em vista que esse processo de construção das tendências, alternativas e possibilidades da história dos homens e das mulheres obedecem aos princípios de uma consciência bem ou mal conduzida, aos valores de uma racionalidade bem ou mal orientada, às normas pessoais e sociais de uma inteligência bem ou mal articulada e às raizes éticas, cognitivas e espirituais que definem a boa ou má conduta dos seres humanos e as consequências de suas práticas reais ou irreais, racionais ou irracionais, conscientes ou inconscientes no contexto social do tempo e dos ambientes históricos onde intervêm as luzes da subjetividade e as forças de uma objetividade identificadas com a saúde de suas comunidades e o bem-estar de seus povos. Nessa direção, caminham os processos humanos que fazem a história evolutiva do conjunto das sociedades, constituindo a sua mobilidade ambiental e articulando o destino de seus movimentos culturais e políticos, suas emergências sociais e econômicas e suas emancipações éticas e espirituais. Em tal caminhada construtora de boas perspectivas de progresso, o tempo se cria e a história se faz, a realidade produz e se produz e o cotidiano fica feliz observando o otimismo das pessoas que circulam nas ruas, que vão e voltam do trabalho, que beijam e abraçam diariamente suas famílias, que se relacionam em botequins e supermercados, que fazem intercâmbios culturais em modo de amizades que se ajudam umas às outras, que interagem em restaurantes e shoppings, que compartilham seus conteúdos e experiências de ser e ter, de saber e poder. De fato, as tendências da história, boas ou más, reverenciam a boa ou péssima orientação de seus ideais, articulados pelos homens e mulheres, que mexem com as metas e os resultados de seus comportamentos sociais, de suas relações interativas e de suas posturas mentais e posições psicológicas, responsáveis pelo destino dos fatos e pelas consequências que os acontecimentos determinam aqui e agora. Conscientemente ou não as pessoas, grupos e indivíduos ditam e interferem nas regras do tempo e nas raizes dos fenômenos históricos, direcionando as suas experiências, definindo os seus objetivos e produzindo seus efeitos na realidade cotidiana. Assim, real ou imaginariamente, se pode intervir no destino dos povos, criar as condições boas ou más de suas atividades, determinar a sua conduta no ambiente vivido, dirigir o seu comportar-se na sociedade e definir as suas ações burras ou inteligências que fazem os fatos ocorrrerem positiva ou negativamente. Por isso mesmo, ora convivemos no dia a dia com a violência das balas perdidas e a agressividade de cidadãos transtornados por distúrbios de sua consciência ora assistimos o bem que as pessoas fazem e a paz e a concórdia em que elas vivem, a fraternidade das gentes e sua solidariedade com os problemas, conflitos e dificuldades de muitas comunidades em situações de risco ou inseguras com a instabilidade das ruas, a contradição de polícias e bandidos, a discordância de opiniões contrárias e a divergência de pontos de vista que, em choque, estragam o bom convívio social e destroem amizades antigas ou amores passados, relações outrora sinceras e honestas e interatividades anteriormente bem articuladas e bem orientadas. Tendências constroem os acontecimentos. Tendemos para o bem ou para o mal. Superação de limites Ao se debruçar sobre a realidade cotidiana a inteligência humana a interpreta e assim acontece a história. Nesse contexto hermenêutico de pontos de vista construidos com fundamentação, os travamentos ocorrem com frequência, os preconceitos aparecem para bloquear a consciência e as superstições se acham no direito de penetrar na racionalidade da vida, constituindo pois um universo de representações mentais identificadas com as tradições dos homens, seus costumes morais e seus exercícios espirituais, seus ambientais sociais e políticos muitas vezes ultrapassados, seus meios econômicos e financeiros já superados e suas vias culturais então sofrendo com as barreiras do imaginário transformado em transtornos físicos e mentais e distúrbios de ordem psicológicae ideológica, material e espiritual. Diante desses impecilhos mentais, a racionalidade humana procura superar tais limites da representação, interferindo nas possibilidades do dia a dia e intervindo em seu destino social, definindo pois as regras de conduta das sociedades de aqui e agora e determinando as suas práticas e experiências no contato que os cidadãos fazem uns com os outros, mexendo portanto com o convívio das comunidades cujo fim pode ser a boa saúde individual e coletiva ou o mal-estar pessoal e grupal, tendo em vista que os princípios e valores que viabilizam a boa ou má orientação dos sujeitos que acontecem na realidade, podem ou não estar desvirtuados de suas funções, ignorar suas metas e resultados, e se tornar indiferentes aos objetivos reais e atuais a que se propõe quando buscar apropriar-se de seu campo de idéias transformadas em realidade, de ideologias e culturas que se mudam em cotidiano, de mentalidades que se convertem para o dia a dia das pessoas que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que vivemos. Pois bem. Enquanto os fenômenos da realidade acontecem, a consciência humana produz a história, a partir das diferenças constituidas em sua racionalidade e que interferem ou não no destino dos povos e no bem-estar da humanidade. Ao superar esses limites da razão, o homem e a mulher intervêm no processo histórico da realidade, transformam ou não o cotidiano para melhor, produzem uma verdadeira metamorfose de transparências, que definem o curso das experiências e condicionam o destino das nações. Na transcendência de palavras gastas e de paradigmas insuficientes, de idéias que não servem mais e de símbolos e imagens aparentemente inúteis e sem função mental e social, se gera a história, a história das interpretações que visam entender e interferir no processo comportamental da realidade cotidiana. Assim ocorre a história. Feita de diferenças. Diferenças interpretadas. Todavia, que definem a realidade e determinam nossas atitudes conscientes ou não, subjetivas e objetivas. Ultrapassar as fronteiras da razão Dentro de um contexto social, político e econômico onde os temporais da vida e as tempestades da existência são seguidos pela bonança dos tempos e as temperanças da história, a racionalidade produz a vida e a realidade superando seus próprios preconceitos e superstições, ultrapassando os limites da consciência e da experiência e transcendendo as fronteiras de uma inteligência que às vezes se deixa aprisionar pelas definições das palavras e pelos determinismos de culturas e mentalidades ainda escravas de gerações passadas, de costumes e tradições ultrapassadas, de vivências sujeitas à linguagem gasta, padrões de vida que não valem mais, estigmas sociais velhos e que não estão disponíveis mais para solucionar os grandes problemas da humanidade como a sexualidade, a ideologia política, a emergência social de comunidades, a emancipação ética e espiritual de povos inteiros, o trafico de drogas e entorpecentes, o desemprego, a fome e a miséria, a violência e a migração urbana e rural, os conflitos familiares, as doenças incuráveis como o câncer e a aids, os distúrbios mentais e emocionais de grupos e indivíduos, o analfabetismo das imensas massas populares locais, regionais e globais, a má educação, saúde insuficiente e transporte ineficaz, enfim, tais fronteiras do campo da realidade cotidiana, e do conhecimento e da ética, e da espiritualidade, fazem com que a razão humana busque a diferença geradora de novas alternativas e diversas possibilidades de solução para tais dificuldades, turbulências e enfermidades da vida dos campos e das cidades. Procurar a diferença torna possível a superação desses limites, faz o progresso avançar e o equilíbrio dos povos e nações se torna mais alegre e otimista, viabilizando para todos e cada um uma opção de desenvolvimento sustentável capaz de fazer evoluir a estrutura ecológica do Planeta e suas oportunidades de crescimento social, cultural e ambiental em todos os sentidos da realidade humana e natural. Nesse desejo por diferenças e novidades, mudanças e metamorfoses culturais está a chave do sucesso das sociedades e o segredo da felicidade de sua gente. Precisamos sempre fazer a diferença. O Novo nos espera. Transcender as experiências vividas No cotidiano, as pessoas optam por novidades e diferenças, que superam as experiências, costumes e tradições vividas até aqui, transportando-se para situações originais e circunstâncias profundas, manifestando-se assim como a realidade é construida, a partir de princípios estabelecidos e consolidados com o tempo, e de valores éticos e espirituais, orientadores de suas práticas sociais e políticas, condutores de suas economias, culturas e mentalidades, o que significa que através desses fenômenos mentais e emocionais intervêm na história humana, tornam o progresso viável para quase todos, caminham sempre que possível equilibrados e otimistas, pois este é o motor da finitude, encaminhador do desenvolvimento de grupos e indivíduos, comunidades e sociedades, povos e nações, transformando para melhor assim nossos cotidianos de vida e existência, interferindo para o bem e a paz dessa gente, definidor de sua história, gestor de seus empreendimentos, administrador de seus empenhos e esforços por um universo mais livre e feliz. Deste modo, crescem os cidadãos e cidadãs do mundo inteiro, e fazem portanto evoluir as suas consciências e experiências de bem e de paz. A História é evolutiva. Não anda para trás nem para baixo. Ao contrário, vai sempre em frente e para cima, cada vez com mais dignidade humana e qualidade de vida, na luta por seus direitos e no cumprimento de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades. Desta maneira, gera condições sociais elevadas para suas populações, uma política de valores agregados que só fazem o bem às suas sociedades, uma economia de desenvolvimento onde sobressaem grande quantidade e qualidade de empregos e trabalhos, e a produção de culturas alternativas, de possibilidades de auto-estima para todos e de oportunidades de subida dos degraus positivos das tendências que a humanidade tem de construir ambientes de paz e de concórdia, e contextos de bem e de bondade para todos e cada um. A Força do Bem constrói a história e o Poder da Paz equilibra as realidades e define os seus cotidianos. Assim se processa a conjuntura da humanidade. O Otimismo, o sorriso e a alegria nos empurram para adiante. O Bem faz a história ainda que o mal algumas vezes seja o senhor das situações. A Lógica do Cotidiano A Realidade do dia a dia, plena de conflitos e dificuldades, problemas e turbulências, violências e contrariedades, também tem lugar para a bondade das pessoas, a ordem da sociedade, a paz dos espíritos, a disciplina das mentes, a calma dos indivíduos, a organização das idéias e a tranqüilidade das experiências de amor e vida, geradoras de atitudes fraternas e comportamentos solidários, produtoras de amigos e construidoras de ações generosas em favor das comunidades e grupos que fazem a humanidade. Parece que há uma ordem no cotidiano. Uma lógica do concreto. Uma racionalidade prática. Em outras palavras, o bem convive com o mal, depois das tempestades vêm as bonanças, após as contradições surgem a harmonia da natureza e a sintonia do universo, o caos cede lugar à ordem, as instabilidades diárias e noturnas caminham juntas com a convergência dos pensamentos, a estabilidade da política, o otimismo da economia, o equilíbrio social e o bom-senso produtor de culturas de bem com a vida e de mentalidades cuja consciência aprova a saúde dos homens e das mulheres e o bem-estar das coletividades. De fato, existe uma lógica na experiência cotidiana. Momentos de confusão mental e social convivem com instantes de tranqüilidade das consciências positivas. Situações de fome, miséria, desemprego e desgraça alheias estão ao lado da riqueza da minoria, da beleza das mulheres e da grandeza da criação de Deus. São circunstâncias indefinidas, essas que compõem o estado de vida da sociedade em que nos encontramos. Uma realidade indeterminada, que aceita a ordem do bem e a paz das racionalidades e dos corações ao mesmo tempo que tolera a agressividade da maioria, a intolerância religiosa, o preconceito racista, a ignorância de muitos e a pobreza de grandes populações. Convivemos com o bem das idéias que constroem e com o mal das violências que destroem a vida, o ser e a existência. Em torno de nós, o sorriso das crianças e a bandidagem que rouba e assalta no dia a dia da nossa vida. Ao nosso lado, a sabedoria e a experiência dos mais velhos e a corrupção das drogas e a irreverência dos traficantes e marginais de nossos morros e favelas. Em nosso entorno, a alegria e o entusiasmo dos jovens que namoram e paqueram as suas garotas e a falta de respeito aos homens direitos e responsáveis e às mulheres bonitas que dão sentido à vida e razão à existência. Em nossa estrada cotidiana, o conflito das ruas, a bagunça dos meninos que brincam, a seriedade dos homens que trabalham, o sorriso das donas de casa e mães de família, a turbulência dos supermercados, os debates no jornaleiro, o bate-papo no botequim, o aperto de mão na padaria, a compra de remédios na farmácia, a conversa com o patrão, o beijo nas garotas e o abraço dos amigos. Essa a lógica do dia a dia. Onde tudo é indefinido. Onde todos se encontram misturados com o amor e o ódio. Onde a vida desordenada respeita a disciplina da racionalidade que organiza todas as coisas. Onde o reino da instabilidade aceita o império da ordem do ser, pensar e existir. Tem lugar até para Deus. O Fundamento de todos os fundamentos. Tal a ordem do concreto. A Lógica do cotidiano. A Organização das experiências e dos conhecimentos possíveis, e dos sentimentos prováveis e das atitudes cheias de respeito e equilíbrio. Eis o cotidiano. E sua lógica de tendências convergentes e de possibilidades que se distanciam. É a realidade do dia a dia. Na escola, o estudo e as brigas de colegas de turmas diferentes. No hospital, o doente que sofre e o médico que não comparece ao trabalho. Na igreja, o padre que celebra a missa e o povo que xinga o sacerdote que cobra um dízimo alto da assembléia dos fiéis. Na empresa, o chefe que manda embora o seu funcionário bastante competente. Na indústria, a disponibilidade dos empregados e a ausência de respeito dos donos da fábrica. No comércio, a falta de boas condições de trabalho e o péssimo salário dos trabalhadores. Na família, a boa educação dos pais e os filhos e filhas que os ignoram e são indiferentes diante dos bons conselhos da mãe e da firme disciplina do pai. Em tudo, pois, a contradição das circunstâncias, a dialética das consciências e a crítica a quem não reconhece os direitos humanos de quem quer que seja. Em todos, o respeito e a irreverência, o compromisso e a preguiça, o trabalho e a violência, a ordem e a turbulência, a paz e a confusão, a bondade e a agressividade. O Cotidiano aceita tudo e respeita a todos. Compreende a maioria e tolera a minoria. Nele, o bem e o mal. Qual a sua opção ? Tal a sua lógica concreta. Qual a sua escolha ? Essa a sua vida real e atual. Qual a sua alternativa ? A Articulação da Linguagem Sabe-se atualmente que história é interpretação, e, portanto, diversificada, embora a realidade dos fatos seja única e absoluta. Igualmente, interpretar alguma coisa ou acontecimento exige o uso de imagens sobre esse cotidiano, que se transformam quase sempre na linguagem das palavras, dos sons e dos vídeos convertidos em rádio, cinema e televisão, jornal e revista, livro e periódico. Tal linguagem interpretativa da estrutura real e atual do contexto temporal cotidiano deve ser articulada, a fim de favorecer pontos de vista novos e diferentes de diversos historiadsores, visões da realidade e da sociedade bastante variadas, olhares sobre o mundo e suas ocorrências muito profundas, possibilitando assim uma reflexão positiva sobre os elementos constituintes da história que se faz aqui e agora, do passado para o futuro passando pelo presente. Esse jogo de palavras e símbolos, que fazem a linguagem interpretativa dos fatos, é um fenômeno da consciência real, racionalizadora das experiências vividas e apreendedora das possibilidades concretas desses ambientes temporais, caracterizando pois a história humana como uma natural reflexão acerca da realidade, tornando a escrita e outras expressões linguísticas a essência mesmo da temporalidade, a lógica correta da finitude e a abstração inteligente das ocorrências políticas e sociais, culturais e financeiras, metamorfoseadas então em história. Sendo assim, o fato histórico, apesar do seu realismo inegável, só é entendido como acontecimento temporal quando abstraido pela racionalidade que o muda em instrumento de comunicação para todos e cada um ou em ferramenta de apreensão de suas ambiências factuais e contextos práticos. Logo, as experiências históricas, embora reais e atuais, só podem ser inteligíveis quando a consciência humana racionaliza a sua potencialidade temporal, seus graus de finitude mundana e seus ambientes de cultura em geral interagida e compartilhada entre todos a partir de conteúdos de conhecimento de qualidade, que são os significantes responsáveis pelo significado da história. Em outras palavras, a história é discurso, não só realidade. A História é palavra, não apenas fato. A História é a imagem consciente que fazemos dos acontecimentos mudada muitas vezes em escrita, ou som, ou vídeo, ou fotografia. A História não é apenas prática, é igualmente imagem. A Negociação dos Detalhes É importante sempre enfatizar que a história que construimos é mais interpretação do que realidade, é mais racionalidade do que experiência, é mais inteligência do que concretude. Isso porque embora os fenômenos aconteçam, sua compreensão é representativa e simbólica, ocorre mais na mente do que na prática. Sim, não podemos negar a realidade das ocorrências, todavia o que chamamos de história é algo que acontece apenas na consciência humana, a qual a entende como coisa simbólica ou ente representativo, transformados em idéias e palavras que significam a realidade e seus acontecimentos fenomenais. Assim, a história que fazemos é mais psicológica do que real. Pois sua área de trabalho é interpretativa, segue as orientações cognitivas e discernentes do historiador, que dá a ela conotações que salientam seu ponto de vista pessoal, seu repertório de saber e sentimentos acumulados com o tempo, sua educação familiar recebida, seu conjunto de idéias e normas, princípios e valores orientadores de sua perspectiva em relação à realidade que se transforma a cada momento e a todo instante, sua cultura regional e sua mentalidade local, seu ambiente de família e trabalho, enfim, seu mundo de significados e significantes que tornam original sua obra criadora de estórias e de história, segundo a sua visão da realidade e a interpretação que tem dos seres e das coisas que compõem o cotidiano. Deste modo, os detalhes que conectam os acontecimentos, transforma-os em reflexos que fazem caminhar os fenômenos, tornando-os as diferenças que movimentam a realidade e a consciência que temos dessa realidade. A Realidade existe, mas a história é a consciência dessa realidade. As Crises que movimentam os humanos Quando a dor começa a nos consumir, o mundo parece se fechar para nós, as coisas se tornam obscuras, sofremos com a aparente falta de alternativas, as consciências se vêm perturbadas e transtornadas, um universo de distúrbios mentais e emocionais invadem o nosso ser, pensar e existir, o ambiente em que vivemos nos ignora, somos rejeitados em nosso convívio diário e noturno, as opções não existem, nos transformamos em uma rua sem saida, somos excluidos de nossas atividades cotidianas, a cruz nos persegue, não há médicos nem remédios para a nossa cura interior, as mentalidades se chocam e se contradizem, as culturas se abalam e passam a viver em uma dialética interminável, criticam-se os pontos de vista das pessoas, as posturas sociais e as ideologias políticas, confundem-se os partidos e complicam-se as diferentes visões da realidade, as tradições e os velhos costumes bloqueiam a novidade a nossa frente e as surpresas que mexem com a história, a vida se faz um calvário permanente, nossos sacrifícios são em vão e não servem para nada, nossos trabalhos e afazeres não têm sentido nem razão de ser, são inúteis os nossos empenhos e estranhos os nossos esforços, ficamos esquisitos pois a sensação de indiferença toma conta dentro e fora de nós, ficamos céticos diante da realidade, nossas certezas se tornam relativas e as verdades deixam de ser absolutas e necessárias, o vazio toma-nos por inteiro e o nada é a nossa única estrada de existência, ficamos indefinidos em nossas atitudes e indeterminados em nossos comportamentos, o bom-senso se faz ausente e a lucidez se afasta de nós, ficamos insensatos perante os acontecimentos e o cotidiano fica irreal e irracional, nossos sentimentos se tornam ocos, as idéias se ofuscam e apaga tudo na nossa cabeça, enfim, nesses instantes de tristeza e abandono, de angústia e aflição, de medo e pânico, de negativismo e pessimismo, de desespero e solidão, as crises ocorrem com grande frequência e a solução é a mudança de inteligência e a metamorfose de nosso jeito de ser, buscar a novidade que transforma e a mobilidade que nos salva da rotina e do passado, cair na real e fazer do presente um caminho de equilíbrio e otimismo, uma viasaudável e agradável de qualidade de vida e riqueza de conhecimentos, excelência ética e espiritual, saúde material e bem-estar no corpo, na mente e no espírito. Assim é a história. Os Fatos são únicos todavia a sua interpretação é motivo de crise que nos sacode por dentro e nos movimenta por fora. Nessas ocorrências temporais de mudanças sociais e instabilidades institucionais, de indefinições econômicas e financeiras e de indeterminismos políticos, faz-se a vida, o tempo e a história. Nas crises, os gigantescos fenômenos cotidianos, os homens grandes, e quando as mulheres fazem a diferença. Nelas, o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações, a superação das racionalidades e a ultrapassagem das experiências e suas circunstâncias de família e trabalho, saúde e educação. Com elas, as situações crescem e evoluem as respostas para as suas turbulências muitas vezes irreparáveis. Sem elas, a história não caminha, não se processam o bem-comum e o bem-estar da humanidade. Delas dependem o sucesso das sociedades humanas. Elas são o motor do tempo e o sentido da história. As crises são imprescindíveis. Necessárias mesmo. As Transformações e seu processo evolutivo A História é a interpretação dos fatos ou a manifestação da consciência humana no tempo através dos acontecimentos da realidade cotidiana, que são gerados e geridos por essa racionalidade em contato com a experiência, ou a intervenção da inteligência nos fenômenos reais e atuais que atravessam a permanência das sociedades no decorrer das ocorrências do meio em que vivem. Assim, os fatos como disse acima são uma realidade única porém a história é a sua interpretação temporal ou a conscientização de seus reflexos na vida de cada dia e de toda noite. Constrói-se portanto a vida e a sociedade por meio da interferência humana nos contextos sociais e nos ambientes políticos, nas mentalidades culturais e nas culturas econômicas e financeiras de populações inteiras ou de comunidades locais, regionais e globais. Tal construção é na verdade é óbvio evolutiva tendo em vista a melhoria da qualidade de vida das pessoas, o progresso da saúde dos povos e o desenvolvimento do bem-comum e do bem-estar de suas sociedades, proporcionados certamente pelas pesquisas científicas e as inovações tecnológicas, as articulações artísticas e as produções filosóficas, além é claro dos princípios morais e religiosos e dos valores éticos e espirituais, das normas sociais e ambientais e das raizes ideológicas e psicológicas, que favorecem o crescimento sadio das nações do mundo inteiro, orientando-as sempre no caminho do bem e da paz e na estrada da bondade e da concórdia, fonte da fraternidade universal e base da solidariedade integral entre pessoas, grupos e indivíduos de todo o Globo Terrestre. De fato, as transformações presentes e futuras oriundas das crises passadas possibilitam o processo propagador de vida de qualidade e rica de conteúdo em termos de saúde mental e física, material e espiritual, para todo o conjunto da humanidade. Isso revela igualmente que a realidade dos acontecimentos faz com que a consciência dos homens e das mulheres interprete-os a sua maneira, qualificando-os ou não segundo as ferramentas hermenêuticas da inteligência humana, determinando se esses fatos são positivos ou negativos para o destino das gentes e dos povos do Planeta. Por conseguinte, não pegamos nem tocamos a história sensivelmente. A História é feita de diferenças, que, por sua vez, são interpretações oferecidas pela racionalidade humana para se compreender o fluxo dos acontecimentos e o complexo do cotidiano. Com efeito, existem várias histórias sobre uma mesma realidade, porque diversos são os pontos de vista e diferentes são as visões de mundo e de sociedade interpretadores desse real de cada dia e de toda noite e de muitas madrugadas. A Interpretação faz as diferenças, e com as diferenças compreendemos a realidade, que se faz inteligível para o homem ao mesmo tempo que é sensível como os fatos e empírica como os acontecimentos. As Metamorfoses Temporais Mudar para melhor, eis o processo da vida e da história dos homens e das mulheres. Somos mudança, transformação, metamorfose. Mudamos com o objetivo de progredir material e espiritualmente, evoluir física e mentalmente, nos desenvolvermos política e eticamente, social e economicamente, cultural e artisticamente, filosofica e cientificamente, tecnica e tecnologicamente, esportiva e recreativamente. Mudamos para crescer. Crescer com responsabilidade, compromisso e respeito. Crescer para o bem e a paz das pessoas. Crescer com sustentabilidade enfatizando o lado social das comunidades e a reverência ao meio-ambiente. Crescer para a frente e para cima. Crescer com a humanidade rumo a Deus. Crescer positivamente. Assim é a caminhada humana sobre a Terra que se estende por todo o universo infinito da realidade eterna. Cada vez mais e melhor, a cada ano, mês, dia, hora, minuto e segundo, somos maiores e melhores. Tal a tendência do tempo e a realidade da história. A Vida se processa eternamente, ultrapassando as fronteiras temporais e os limites do cotidiano, superando as definições dos fatos e as determinações dos acontecimentos, transcendendo inclusive as possibilidades do aqui e agora, para mergulhar no universo infinito de eternas realizações junto ao ambiente humano e divino da eternidade. Não paramos na morte. A História nos parece eterna, porque seus fenômenos estão conectados com a vida das consciências cujos princípios são permanentes e cujos valores são absolutos. Sim, somos eternos. A História humana continua nos espaços infinitos do tempo eterno. Porque somos criaturas de Deus cujo domínio é exercido sobre nós e todos. Portanto, a história dos homens e das mulheres se transforma para além do tempo, e mergulha suas metamorfoses no oceano da eternidade. Somos metamorfoses em pessoa. Historicidade: um processo em mudança para melhor Observando a história das civilizações humanas desde seus primórdios até os tempos de hoje conclui-se facilmente que seu processo temporal sempre foi positivo, seus momentos decorreram com o otimismo de uma vida em constante mutabilidade para melhor, seus instantes se identificaram com as mudanças construidas em função da saúde e bem-estar dos homens e das mulheres que os constituiram, as situações vividas corresponderam a uma mentalidade de prosperidade entre os povos e a uma cultura de sucesso entre as nações, as circunstâncias experimentadas foram geradas com finalidades de progresso material e espiritual, de evolução física e mental, de crescimento cada vez mais e melhor concordando com a unidade entre meio-ambiente e desenvolvimento sustentável, onde a convergência de políticas públicas e sociais, de realismo financeiro e cultural, inovação científica e tecnológica, novas e diferentes produções artísticas e filosóficas, cooperaram para uma consciência maior e melhor do conjunto da humanidade com respeito aos seus direitos humanos e conquistas sociais e ambientais, determinando seu grau de liberdade geradora de outras tendências e possibilidades para todos e cada um e definindo gradativamente sua postura relativa à construção da paz e da fraternidade universal e solidariedade entre todos os humanos e terrestres. Assim produziu-se até aqui e agora uma humanidade mais justa e amiga, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, mais humana e digna, com mais qualidade de vida, com mais riqueza de conteúdo e com mais excelência de virtudes. Os humanos ficaram mais pertos de Deus. Colaboraram efetivamente para isso as diferenças regionais e ambientais, as ideologias de grupos e indivíduos, os pontos de vista das pessoas e a visão concreta de uma realidade sempre em metamorfose ambulante. Construiram-se pois deste modo as sociedades de hoje. Otimistas, graças a Deus As diferenças fazem a história. E o otimismo produz essas diferenças, responsáveis pelo dinamismo da vida e o movimento das sociedades, o progresso dos povos e o desenvolvimento das nações, a evolução das consciências e o crescimento das alternativas de liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Somos otimistas em relação ao cotidiano da nossa existência de cada dia e de toda noite. Tal otimismo é o motor da realidade que nos cerca, que nos empurra para a frente e para o alto, fazendo as mudanças do tempo e as metamorfoses da história. Assim se processa a vida cotidiana. Deste modo, se alimentam os negócios, se fazem os intercâmbios culturais, interagem as pessoas entre si, compartilhando uns com os outros os seus conteúdos ricos de conhecimentos e valores, trocando moedas e realizando atividades mútuas e experimentando ações recíprocas e atitudes polivalentes. Crescem então a consciência da história e a busca por liberdade. Tal o caminho da felicidade real. Juntos, os humanos e os terrestres, constroem suas vidas a partir do otimismo, a alavanca do progresso, da boa saúde e do bem-estar, e do bem-comum das comunidades locais, regionais e globais que constituem a humanidade. Otimistas, geram boas condições de vida e trabalho para todos e cada um. Positivos, produzem diferentes e novas opções de emprego, de atividades emancipadoras, de práticas emergentes, que fazem o sucesso das pessoas, grupos e indivíduos interessados nos créditos, favores e benefícios que a prosperidade pode alcançar. Desta maneira, faz-se a vida real, as sociedades pluralistas, as organizações sociais e institucionais, os beneplácitos políticos, as riquezas econômicas e os lucros financeiros, a multifuncionalidade das culturas em ascensão e das mentalidades que fazem da vida a ponte para a qualidade e a excelência de uma existência rica em conteúdo. Caminhamos assim. Tal a nossa felicidade temporal que se estende por toda a história do além, da transcendência e da eternidade. O Otimismo continua na imortalidade. O Discurso das Diferenças No campo da realidade cotidiana, as diferenças se fazem e os detalhes da experiência constituem a vida e a sociedade, causando progresso para a humanidade, a partir da alteridade entre o bem e o mal, a paz e a violência, o direito e a falsidade, a verdade e a mentira, a justiça e a injustiça, o sujeito e o objeto, o dia e a noite, o ser e o ente, a essência e a aparência, a substância e o acidente, o certo e o errado, o doente e o saudável, a bondade e a maldade, Deus e o diabo, as alturas e os abismos, e assim por diante. Esse jogo de diversidades e adversidades fazem a história dos homens e das mulheres. Sua dialética constrói as mudanças no tempo e os movimentos sociais, as ideologias políticas e o mercado financeiro, os repertórios culturais ricos em conteúdo, a dimensão da ética e da espiritualidade fértil em qualidade de vida e de virtudes, a profundidade da filosofia e a grandeza da ciência e da tecnologia, a beleza da arte e da música, a fecundidade de notícias e reportagens no rádio e na televisão, as novidades e descobertas na internet e na informática, a globalização e o mundo que caminha de forma nômade, gerando realidades descartáveis e ambientes onde as culturas e mentalidades são produzidas em função da saúde social e coletiva e do bem-estar das populações. Esse processo dinâmico de transformações relativas para melhor caracteriza o movimento histórico, sempre crescente e evolutivo, de acordo com a consciência humana que faz da liberdade a sua porta de felicidade. As diferenças nos tornam felizes. Sua dialética tem como consequência otimista o bem e a paz dos povos e nações do mundo inteiro. As contradições dão razão e sentido ao processo histórico. Vivemos de contrários. Somos diferença. Desejos e Necessidades A História das sociedades humanas, desde seus princípios mais distantes, do nomadismo para o sedentarismo, e vice-versa, tem sido um movimento de desejos, interesses e necessidades, produtores do trabalho do homem e da mulher, de suas atividades na política e na economia, de seus esforços por um mundo melhor e mais fraterno e solidário, mais justo e pacífico, de seus empenhos por mais saúde interpessoal e bem-estar social e coletivo para as populações destes povos e nações e suas comunidades locais, regionais e globais, de suas ações culturais e ambientais, de sua organização das consciências, do ordenamento da realidade cotidiana e da disciplina de autoridades, líderes e representantes da sociedade responsáveis pela construção de uma humanidade feliz cujo fundamento seja a liberdade com responsabilidade, o direito com respeito, a boa educação com a paz interior, o otimismo de uma vida e existência voltadas para a geração de alegria nos ambientes de todos os dias e noites, definindo o sorriso aberto das pessoas, comprometidas com um universo centrado na boa espiritualidade, em qualidade de vida e trabalho, em bons conteúdos de conhecimento, sentimento e relacionamento, e em ótima excelência de virtudes éticas, motivados por uma racionalidade equilibrada, pela sensatez da inteligência, e pelo bom juizo das coisas e bom-senso de atitudes sem violência e agressividade. Esse tempo e momentos vividos até hoje, constituem a mobilidade das sociedades, a dinâmica dos trabalhos desenvolvidos e o processo criador de outras, novas e diferentes tendências e possibilidades, alternativas de vida polivalente, pluralista e multifuncional, engajada no sucesso de seus grupos e indivíduos e na prosperidade de seus talentos e carismas, vocações e profissões. Assim tem sido a história dos povos. O Trabalho Humano Através do trabalho e seus esforços por um mundo maior e melhor faz-se a história, produz-se o cotidiano, constrói-se o tempo e modifica-se a realidade, gerando em seu entorno boas condições de vida, saúde e educação, excelentes níveis de cidadania, etica e espiritualidade, graus elevados de dignidade humana e direitos sociais, mais qualidade de vida e grandeza de conteúdo cultural, político e ideológico, abertura financeira e bom orçamento econômico, o que contribui eficazmente para uma sociedade de bem com a vida e de paz com sua consciência, livre e feliz, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, concordante e convergente, otimista e equilibrada. Por meio do trabalho humano, ocorrem as transformações para melhor da ciência e da tecnologia que mais tarde irão dignificar o dia a dia, qualificar seus ambientes de convívio e enriquecer seus contextos de luta e empenho por uma humanidade mais satisfeita com sua gente produtora de condições saudáveis e agradáveis de viver e existir. Assim, por ordem da labuta e da atividade transformadora do homem e da mulher se geram boas relações interpessoais, a razoável interatividade entre grupos e indivíduos, e o ótimo compartilhamento de produtos e matérias, programas e conteúdos entre comunidades locais, regionais e globais. Produz-se deste modo a temporalidade. Criam-se as raizes da felicidade humana material e espiritual, física e mental, emocional e psicológica, moral e social, política e ideológica, artística e filosófica, econômica e financeira, científica e tecnológica, ética e religiosa. Desta maneira, faz-se a intervenção humana na matéria e sua interferência no destino dos povos e populações inteiras. São os trabalhadores e trabalhadoras os responsáveis por uma sociedade de saúde entre seus membros, bem-estar entre seus cidadãos e bem-comum entre suas instituições e hierarquias. Tal é o movimento da historicidade. Trabalhando melhoramos a nossa família, a rua e o emprego. Os relacionamentos ficam ricos, as atitudes mais sensatas, a violência diminui e as pessoas se tornam menos agressivas. Então Deus é glorificado. O Senhor da história se alegra com suas criaturas. O Tempo diz “sim” ao seu Criador. Família, a base da sociedade No interior de um mundo globalizado como o nosso, onde as transformações acontecem tendencialmente para melhor, os movimentos sociais são constantes, as mudanças de consciência permanentes, e as experiências são voltadas sobretudo para o bem das pessoas, a construção de um mundo bom e de qualidade, mais saudável e agradável, a família humana e seus casais e herdeiros formam a fonte dos princípios e valores orientadores de uma vida cotidiana onde o trabalho é o motor das mudanças e seus esforços e empenhos a razão da busca por mais solidariedade e fraternidade entre grupos e indivíduos, comunidades e sociedades, todos desejosos por gerar ambientes de conteúdo social, psicológico e espiritual identificados com o bem-estar dos povos e a saúde das nações emergentes e desenvolvidas, configurando historicamente um quadro azul de esperança em que os humanos e terrestres procuram a felicidade a partir da produção de sua liberdade com responsabilidade, de seu direito com respeito, as raizes fundamentais de um contexto existencial rico em humanismo, justiça social e transparência de virtudes e atitudes, ações essas comprometidas com uma natureza limitada e um universo cheio de alternativas e possibilidades. Deste modo, por meio da estrutura familiar criam-se as bases de uma sociedade em ordem, pacífica e não violenta, desde que as normas sociais e de consciência que constituem essas famílias sejam sustentadas por uma realidade de estabilidade financeira, segurança espiritual e tranquilidade psicológica, equilíbrio mental e emocional e otimismo de vida. Como se observa, a sustentabilidade da família implica paz social, calma do corpo, da mente e do espírito, repouso da consciência em paz consigo mesma. Na família, as raizes de uma humanidade virtuosa, equilibrada e otimista. Educar para a vida A Construção da Liberdade Na família ou na escola, no meio-ambiente ou na realidade cotidiana, aprendemos a nos virar para a vida social, o exercício de nossa cidadania, a luta pelos direitos humanos, uma existência de qualidade e riqueza de conteúdo e excelência de virtudes, o trabalho construtor de nossa liberdade, condição de felicidade na política e na economia, na cultura e na sociedade, na arte e na música, na ciência e na tecnologia, no tempo e na história, na moral e na religião, na ética e na espiritualidade, em nossa filosofia de vida e nas ideologias que abraçamos onde manifestamos nossos pontos de vista e nossas visões da realidade, tudo isso um reflexo da nossa consciência maior e melhor da história, revelação do desenvolvimento paulatino de nossa liberdade nas idéias, sentimentos e conhecimentos, pensamentos e experiências, atitudes e relacionamentos, fruto de princípios bem estabelecidos e valores bem consolidados, orientadores necessários para o nosso contexto de vida e convívio com os outros, quando então geramos as possibilidades de uma humanidade mais livre, feliz e de bem com a vida, ordeira e pacífica, fraterna e solidária, saudável e agradável, comportamentos esses que devem ser fundamentados por uma vida de fé e oração a Deus, condição para o bom exercício de nossa liberdade, a busca de alternativas e oportunidades em nossas atividades diárias e noturnas, a realização de nossos desejos humanos e necessidades naturais, a satisfação de nossa vocação paraa vida e profissão nas áreas em que exercemos nossos empenhos e esforços, lutas e labutas por um mundo melhor, uma sociedade mais de qualidade humana, uma humanidade produtora de saúde e bem-estar para todos. Desse modo, educados para a vida de cada dia e de toda noite, construimos a nossa liberdade a partir de uma consciência maior e melhor de nossa natureza, temporalidade e historicidade, portas abertas para uma realidade feliz dentro de nossa sociedade. Porque somos livres quando assumimos e nos comprometemos responsavelmente com a consciência de nossa liberdade. Liberdade pois é a consciência da história. A Lei Natural, o Poder das Idéias e a Força da Consciência Desde as origens da humanidade, a partir dos povos do Oriente, como Egípcios, Fenícios e Mesopotâmios, e depois do Ocidente, a começar do Cristianismo e seu conteúdo Patrístico e Escolástico do Período Medieval, passando pela Modernidade das descobertas marítimas, o Mercantilismo, o Liberalismo Econômico, os primórdios da Ciência e da Tecnologia, com Galileu e Newton, depois invadindo territórios europeus e das Américas com o início da Revolução Francesa de 1789, e em seguida a construção das Ciências Humanas e Sociais como Biologia, a Física e a Química, a Sociologia e a Psicologia, até os nossos momentos atuais, as sociedades humanas vêm construindo virtudes elevadas, ricas em conteúdo cultural e social, ético e espiritual, ideológico e psicológico, o que contribui efetivamente para a formação de princípios e valores orientadores da vida humana, da boa convivência com a sociedade e o meio-ambiente, impondo grandes conquistas e realizações na política e na economia, geradoras de ordem social, estabilidade financeira e tranquilidade mental e emocional, ainda que isso não seja o contexto cotidiano de muitas nações no mundo inteiro no instante presente. Todavia, a história se faz assim, produzindo construções do conhecimento, de sentimentos e experiências que vão interferir nos destinos das comunidades humanas locais, regionais e globais. Deste modo, se faz o tempo, se realizam os trabalhos e esforços por um ambiente melhor para todos, se geram outras alternativas de emprego e ocupação física e mental, novas oportunidades de saber, fazer e poder, e diferentes possibilidades de satisfação dos desejos do homem e da mulher e suas necessidades naturais e culturais sobretudo. Isso revela a lei da natureza cósmica e antropológica, o poder das idéias de quem faz bem todas as coisas, age com direito e respeito, e se compromete verdadeira e eficazmente com compromissos responsáveis em benefício da fraternidade entre os indivíduos e a solidariedade entre grupos de concórdias operantes entre si ou de discórdias que intervêm em seu processo de boa índole moral e religiosa, ou também de convergências de pontos de vista e visões variadas da realidade ou mesmo de divergências em regiões da família, da rua e do trabalho. Tal o movimento histórico das sociedades humanas desde o Neandertal e o Australopteco, e hoje o Homo Sapiens. Assim caminha a humanidade. As diferenças fazem a história.