terça-feira, 27 de setembro de 2011

Madrugada

Madrugada

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Paulo e Raquel nesse momento se encontram no Hotel Amazonas, em Belo Horizonte, já quase 10 horas da noite.
Vão entrar na madrugada do amor.
Realmente, o amor é da madrugada; nela a eternidade vira um sonho azul-dourado; com ela os tempos são infinitos e os espaços bastante duradouros; por ela os casais dão a vida, namoram e paqueram sem parar, descobrindo o sexo mais quente e mais louco, mais desejoso e apaixonado; sem ela, o crepúsculo dos deuses, a cor mais bonita da existência, o doce de chocolate mais delicioso da humanidade, o delírio dos amantes, a loucura dos apaixonados, o fogo mais quente do Sol, a luz mais clara da lua, o paraíso das estrelas, o céu das flores e dos frutos proibidos da noite escura, o canto dos pássaros azuis e o perfume das rosas vermelhas, a verdade do macho e da fêmea, o farol da liberdade humana, a casa da felicidade natural, o momento das coisas em ordem, o lugar dos fogos e dos desejos mais vivos, o alimento dos sonhadores, a saúde dos que dormem, o bem-estar dos que ali trabalham, o verde da esperança dos que acreditam na realidade de seus anseios, a confiança dos que se amam, a fé dos otimistas e dos positivamente de bem com a vida, a alegria das boas coisas da vida, a paz em forma de silêncio, o bem que é bom... Sem ela, a vida perde o sentido e a existência a sua razão de ser.
Madrugada do Amor.
Paulo Roberto e Raquel de Oliveira se amam, se encaixam, se completam, se realizam, se satisfazem.
Ali, na Capital de Minas Gerais, fazem o lanche da madrugada, carregado com vinhos de Portugal e biscoitos salgados da Itália, recheados com um guaraná brasileiro de vez em quando e doces de coco para colorir o sabor do manjar dos amados e das amantes, que se juntam e se unem, se acasalam e se casam, para depois, ao despertar do amanhecer, cada qual voltar para seus compromissos diários e responsabilidades cotidianas, sublimando assim a perfeição do amor e a excelência do sexo, dons do Criador às suas criaturas, talentos e carismas do Autor da Vida àqueles e àquelas que se amam apaixonada e loucamente pelas madrugadas quentes incendiadas pelos desejos das paixões, aquecidas pelo pau no canal, abrasadas pelo ferro no buraco, acaloradas pela bengala na caverna e fermentadas e temperadas pelo canhão no caixote.
Madrugada de Fogo.

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Nessa madrugada linda dos amantes delirantes, perto das 10 da noite do dia 29 de Janeiro de 2009, quando se iniciou o encontro dos desejos, às portas do Carnaval, na Cidade de Minas, dentro do Hotel, quinta-feira, Paulo Roberto Vieira Júnior, 37 anos, engenheiro civil, e Raquel de Oliveira Mattos de Albuquerque, mais nova, 32 anos, professora de literatura brasileira, travaram então, entre pausas e silêncios alternados, um bate-papo informal, um diálogo livre de censuras prévias e ausente de fechaduras rotineiras e prisioneiras, um debate aberto e liberto de preconceitos, renovado por suas palavras criadoras e seus discursos ricos de beleza interior.
Paulo Júnior tomou a iniciativa e disse: “Minha flor, já são meia-noite e meia, e a madrugada vai esquentar para nós dois. Você hoje está linda, bela como sempre. Vamos tomar um banho juntos ?” Raquel de Albuquerque sorriu, e disse “sim” ao amante apaixonado. Foi um banho de luz regado com folhas de ouro e sabonetes de prata, de perfumes odorizantes e refrescantes e águas finas, genuínas e cristalinas, dentro de uma banheira rosada refletindo o Sol da madrugada que então iria acontecer para os dois namorados eternos, cheios de amor pra dar, com vontade de interagir em felicidade e compartilhar simultaneamente sua liberdade de fogo, repartindo ali e agora entre si o mesmo amor que os une, o mesmo desejo que produzem, a mesma loucura que geram e a mesma paixão que liberam mutuamente.

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“A Madrugada promete” falou Raquel, depois do banho de rosas e perfumes, dirigindo-se a Paulo que, sentado no sofá vermelho da sala, olhou para ela santamente, com toda sua imaculada pureza interior, o que deixou Raquel desejosa, cheia de tesão e de paixão, querendo logo se entregar ao corpo do seu amado que explodia de calor, estourava de desejo, e implodia de loucura de amor.
E não demorou.
Eram 1 hora e dezessete minutos da madrugada quando ambos, Paulo e Raquel foram para a cama quente de amor, dirigindo-se para o quarto à frente da sala, entregando-se então um ao outro, amando-se reciprocamente, sexualizando seus corpos santos e almas de fogo, ardendo juntos na mesma oferta de amor, servindo-se em um incêndio de brasas de pau duro pegando fogo e de útero como buraco quente pleno de sexualismo solar, onde o calor era mais quente que o fogo, o fogão se acendia esquentando o ambiente físico, mental e espiritual, tornando o lugar ali uma fornalha de amor, um inferno do amor de Deus em módulos humanos e naturais.
Madrugada santa e de brasas ardentes.

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Às 2h09min45seg, Paulo e Raquel eram duas brasas quentes de fogo de amor.
Na cama do hotel, o casal metia sem meter de tanto foder, fodia sem foder de tanto meter.
Como se amavam!
Amor louco e apaixonado, cheio de fogo e desejo, tesão e tentação, ambos malucos de tanto amar e sexualizar.
O Sexo então estava doido.
Ambos, Paulo da Brasa da Paixão, e Raquel, da Brasa do Desejo, vieram à Belo Horizonte para ali passar o Carnaval de Fevereiro de 2009, provenientes do Triângulo Mineiro, Ele, de Uberaba. e ela, de Uberlândia.
Nesse instante, pararam a relação sexual para tomar uma água e um cafezinho, mas depois retornaram.
Queriam meter toda a madrugada.
Ele, o Tesão de Raquel, e ela, a Tentação de Paulo.
Ele, a Paixão dela, e ela, o desejo dele.
Ela, a sua loucura de amor, e ele, o Canhão dela.
E seguiram na lei do encaixe, trepando a madrugada adentro, metendo loucamente e fodendo apaixonadamente, transformando a suíte do hotel em uma verdadeira escola de samba sexual, cujo carnaval de amor subia os mais altos níveis de temperatura de verão, e os mais altos graus de calor sexual, e os mais altos índices de incêndio infernal, tudo certamente aprovado pela lei natural, fruto do Amor de Deus.

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Por volta das 3 da madrugada, o telefone do quarto tocou, e receberam o aviso de que estava subindo mais um kit de lanche completo, enriquecido com Fogo Paulista e Conhaque de Alcatrão de São João da Barra, alguns salgadinhos e sobremesa de salada de frutas.
E, com o fogo do amor sexual aceso, bem temperado e bem fermentado, explodindo de desejos e paixões, seguiram no relacionamento amoroso, beijando-se com calor e abraçando-se loucamente, o tesão metendo na tentação, o desejo fodendo com a paixão, em um ambiente tranqüilo de quem se ama e em um clima calmo de quem tem a garantia segura de que sabiam o que estavam fazendo.
E o sexo continuava.
De repente, pausaram a relação quente.
Deitaram-se lado a lado, e conversavam sobre os problemas do dia a dia, os trabalhos que empreendiam, seus esforços por melhorar e subir na vida, seus empenhos e lutas por crescer, progredir e evoluir social, econômica e politicamente, dentro e fora de casa, na família e na rua, no emprego e na empresa em que exerciam suas atividades comerciais, pois ambos apesar de profissionais liberais, ele engenheiro e ela professora, eram comerciantes, cumpriam obrigações de compra e venda de seus produtos empresariais.
Paulo e Raquel consideravam a madrugada excelente momento para colocar as coisas em dia, os assuntos em ordem, a agenda mais equilibrada e organizada, a mente mais sadia, o corpo mais santo, e a alma e o espírito mais positivos e otimistas, de bem com a vida, na paz do silêncio que os envolvia, e no bem do amor que ali naquele momento praticavam, em circunstâncias loucas e quentes, em situação tal antecipadora do Carnaval que estava chegando.
E se amaram uma vez mais e melhor.

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No meio da madrugada, às 3h51min, respirando amor e sexo louco e apaixonado, Paulo e Raquel refletiam sobre a origem do sexo, de onde ele viria, aonde os levaria, qual o seu sentido e significado, diante da beleza da mulher e da coragem do homem em assumir comprometidos e responsavelmente um relacionamento sério e sincero, cujos frutos, efeitos e conseqüências obviamente seriam a felicidade do casal(o prazer sexual), a geração de uma família(queriam uns dois filhos pelo menos) e a continuidade da espécie humana, graças é claro à atividade sexual existente e insistente entre o homem e a mulher que se amam, produto impecável do grande amor de Deus por suas criaturas tão amadas.
Enquanto a reflexão cordial, racional e sentimental se desenrolava na cama de fogo e desejo do casal amante e amado, ambos retornavam à prática sexual, indo ao auge da sexualidade humana e natural, atingindo então o máximo de prazer e orgasmo, chocando-se com os limites do desejo e da paixão, enlouquecidos pelo ato sexual, malucos de tanto meter e foder.
Era uma madrugada diferente, especial para os dois que se amavam de verdade, surpreendente para os seus desejos loucos e original para a sua paixão amorosa.
Santa Madrugada do Amor.
Como Deus, o Senhor, devia estar feliz e contente nessa hora com as suas criaturas que ali manifestavam a ordem da natureza e a lei da criação, e o direito do universo, os quais Ele, o Senhor dos senhores e Deus dos deuses, criara para a felicidade eterna de seus filhos e filhas que se amam.

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Estava quase terminando a madrugada.
E às 4h37min53seg, ambos, Paulo Roberto e Raquel de Oliveira foram à exaustão, cansados de tanto amar, fatigados com tanto tesão, desejo, fogo e paixão, e esgotados por tanto meter e foder na loucura da maluquice do amor.
Decidiram então tomar mais um banho juntos, a fim de aliviar as tensões resultantes, libertar as prisões conseqüentes e renovar suas forças internas e externas agora enfraquecidas e já titubiantes, de modo a amanhecerem energizados, animados e motivados, em função de que dariam seguimento ao seu dia, talvez o dia mais feliz de suas vidas.
Sim, o amor é assim.
Ele é tesão que enlouquece e ao mesmo tempo a paz que enriquece.
Ele é o desejo mais puro e a paixão mais bela.
Ele, uma realidade sem sonhos.
Um fogo que queima pra valer.
O Fogão em pessoa.
O Incêndio mais quente.
As Brasas mais ardentes.
O Sol da Vida que tudo cria, tudo renova, tudo possibilita, tudo desenvolve.
De fato, o mais importante é o amor.

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Já amanhecendo, às 5 e meia, Paulo do Fogo e Raquel da Paixão, adormeceram, dormindo o sono dos justos, descansando o amor que trabalharam e repousando seus corpos e suas almas, fazendo a necessária terapia do sono, que acalma o nosso espírito e tranqüiliza a nossa existência. Nos dá saúde física e mental, e nos oferece bem-estar material e espiritual.
E amanheceu o dia seguinte.
O Dia feliz.
O Dia da Liberdade.
O Dia de Deus.
Fruto de uma Madrugada de Amor.
Conseqüência de um Sexo de Amor.
Efeito positivo do bem que é a paixão e da paz derivada do amor.
Parabéns, Paulo e Raquel!
Vocês salvaram a vida mais uma vez.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

EaD

EaD
Ensino a Distância

Uma oportunidade para todos
Uma alternativa para muitos
Uma necessidade para alguns

A Problemática Educacional real e atual brasileira e a emergência do EaD no tempo e na história das práticas pedagógicas em vigor neste país como solução urgente para as dificuldades de aprendizagem por parte da maioria de nossos estudantes

A crescente crise das aulas presenciais no contexto do ensino universitário no Brasil faz soar bem alto os problemas reais e atuais da Educação Brasileira contemporânea, para os quais contribuem efetivamente as mudanças velozes e repentinas de nossas sociedades, as contrariedades econômicas e financeiras de muitos grupos e indivíduos, a exclusão social e a marginalização política de grande parte dos estudantes ativos, o ativismo descontrolado e a cultura do descartável de grandes massas de populações, submetidas ao desequilíbrio moral e espiritual de seus líderes, partidos e elites, o que reflete profundamente nas orientações pedagógicas que todos os Profissionais da Educação anseiam por direcionar aos seus colegas de trabalho, funcionários de instituições públicas e privadas e é claro os alunos e alunas dos cursos superiores do Brasil.
Esses antagonismos culturais da sociedade brasileira e a necessidade de um novo e diferente olhar pedagógico sobre as questões educacionais e suas interrogações mais agudas entre outros sintomas de dificuldade nessa área fez surgir, como uma indispensável alternativa para o Brasil, o EaD, que não deve é óbvio substituir a presença do estudante em sala de aula todavia complementar os seus conhecimentos até então adquiridos, enriquecer as suas idéias e seus conteúdos carregados de repertório cultural e aperfeiçoar os modelos pedagógicos que no momento presente tratam desse assunto a nós peculiar.
Muitas vantagens encontramos no EaD tais como a autonomia do aluno, a liberdade de opções, a elevação de sua auto-estima, o seu esforço de superação tendo em vista metas e resultados a serem alcançados, a sua livre iniciativa em dirigir o seu próprio curso de capacitação profissional ou de graduação universitária, a alternativa de tempo e lugar para estudar, sem esquecer o compromisso social que deve ter com as regras do ensino e as normas da universidade às quais precisa obedecer se é que aspira por chegar ao fim da caminhada.
Sinceramente, não vejo débitos ou prejuízos para quem escolhe o EaD.
Parece até que a Didática fica mais inteligente, a programação das aulas mais racional, o exame das matérias e disciplinas disponíveis mais equilibrado.
Creio que o EaD é e será daqui por diante um imenso crédito para o Brasil.
Créditos como uma Pedagogia mais realista e atualizada para a Educação Brasileira, a conscientização do povo brasileiro para a importância do ensino online e via internet, a libertação de preconceitos culturais em relação às urgentes necessidades de renovação de nossos modelos educacionais, o discernimento das diferentes práticas pedagógicas, o progresso do país nesse setor ainda tão carente de verbas e recursos financeiros, a qualificação das aulas ministradas pelos professores, a dignificação do magistério e demais profissionais ligados a esse campo, a melhoria das condições e relações trabalhistas entre patrões e empregados, o maior desempenho dos estudantes na sociedade, o bom relacionamento social e familiar da parte dos envolvidos, e o ótimo comportamento ético e espiritual que se pode esperar de todos.
Certamente, o EaD vai dar certo no Brasil, como vem acontecendo em outras nações no mundo inteiro.
Somente a sabedoria do tempo mostrará para nós a verdadeira identidade do EaD no Brasil.
Enquanto isso, vamos lutando para que a Educação Brasileira nessa área tenha já os razoáveis e positivos resultados esperados.
Sem batalha, não se vence a guerra.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Em busca da Essência

Em busca da Essência

O Controle do Aparente impossibilita o Oculto

Vivemos de diferenças.
As diferenças mantêm relações.
As relações possibilitam a comunhão.
A comunhão leva à participação.
A participação produz a interatividade.
A interatividade conduz ao compartilhamento.
O Compartilhar gera a solidariedade.
É preciso tirar as cascas, para conhecer a doçura do abacaxi ou a gostosura da melancia.
Urge ficar sem as roupas, para vislumbrar a beleza da nossa nudez.
É necessário ignorar as aparências, para mergulhar na profundidade da essência.
É imprescindível fugir das exterioridades, para invadir a riqueza de nossa interioridade.
Assim é a vida.
Porque a beleza é interior, ultrapassa o aparente.
Porque a essência é a mais importante, embora tenhamos necessidade do corpo, das roupas e dos sapatos, da moda e do dinheiro, da política e do conhecimento, da filosofia e da ciência, da arte e da música.
Quero a substância de um maracujá, e não me preocuppo com suas cascas sem cheiro ou suas roupagens sem odor.
Quero o fundo de uma música, e não me ocupo muito com a letra do samba ou as palavras do jazz, ou os símbolos de uma orquestra ou as imagens do piano.
Anseio pelo mais profundo da alma, que me acalma espiritualmente, tranquiliza a minha consciência e faz repousar o meu corpo e a minha mente.
Desejo a paz do espírito, que ilumina minha inteligência, refaz as minhas forças e levanta as minhas energias, fortifica os meus ânimos e torna firme a minha esperança.
Vivemos em busca da Essência da realidade, do sentido das coisas, da razão da natureza e do universo, do significado dos seres e dos objetos que compõem a criação.
Por que se apegar ao aparente, se o mais fundo da vida está na vida interior ?
Por que depender do exterior, se a essência é a profundidade da consciência ?
Por que se aprisionar em sensibilidades, se o sucesso está na inteligência e o segredo da vida é mergulhar na imensidão dos mares e na gigantesca tsunâmi dos oceanos ?
Por que se deixar escravizar pela moda e o dinheiro, as ideologias e os partidos políticos, as normas sem disciplina e as regras sem organização, se a sociedade gosta da ordem e do respeito, da boa educação e do direito, da justiça e da verdade, da transparência e da autenticidade ?
A Vida é processo, dinâmica, mobilidade, o movimento em busca da Essência.
Se estamos vivendo a interioridade, a aparência é supérflua e contingente, um mero acidente de passagem, que vai e não volta mais, em favor das coisas absolutas e necessárias, ainda que as relatividades sejam importantes, o transitório seja cabível e o descartável algo de que fazemos uso sem nos deixar permanecer nele.
O Oculto grita mais aos nossos ouvidos internos.
A Essência fala mais alto.
A Substância é mais pacífica e repousante.
A Profundidade é mais calma e tranquila.
A Interioridade é o segredo do sucesso.
Por tudo isso, vale o sacrifício pela vida interior.
Tem mais sentido.
Mais razão de ser.
É mais fundamental.
É mais real e atual.
As aparências passam.
São descartáveis.
São provisórias.
Vão e não voltam mais.
A Essência fica.
Permanece.
É Eterna.
Absoluta.
Absolutamente necessária.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dialética

A Vida é uma Dialética

Muitas vezes em nossa vida diária através de uma idéia que surge em nossa mente construímos um mundo de possibilidades para a nossa existência, criamos novas realidades e diferentes experiências, produzimos ricos conteúdos de conhecimento de qualidade, como em um processo TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE, que denominamos de movimento dialético, onde um fenômeno que acontece no cotidiano é contraposto por outro, e este por sua vez sofre uma diversa contradição gerando então um fenômeno agora transformado, resumo dos contrários que o antecederam, produto das adversidades que o geraram.
Assim é a vida de cada dia e de cada noite.
Vivemos por meio de contradições, que se guerreiam umas com as outras, gerando novos contrários e diferentes realidades contraditórias cuja síntese é um perfeito universo de experiências que tendem para o bem que fazemos e para a paz que vivemos, visto que a nossa natureza é boa originalmente, porque vem de Deus, e tudo o que ela cria e propaga caminha para a nossa felicidade e bem-estar, desenvolvendo em nós, de nós e para nós, e por nós, a boa liberdade que se identifica com o direito e o respeito vividos, a responsabilidade em nossas atitudes e relacionamentos, o juízo e o bom-senso em nossas atividades, o nosso equilíbrio mental e emocional, o controle da nossa cabeça e o domínio de nós mesmos..
Portanto, através de contradições sempre novas e diferentes vamos construindo a vida, articulando outras realidades e condicionando diversas experiências fecundas e profundas, sempre nesse processo dialético em que uma palavra produz palavras que se contrariam que por seu lado geram outras palavras que se contradizem, permitindo ao final a síntese de uma ótima ideologia transformadora, que então modifica para melhor os nossos ambientes de vida, metamorfoseando o nosso cotidiano, dando-nos pois a possibilidade de uma vivência mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, mais livre e feliz, mais saudável e agradável.
Viver portanto é contradizer e contradizer-se, o que nos propicia novas atitudes perante a realidade, diferentes olhares sobre o cotidiano, outras posturas sociais diante dos problemas, gerando-nos uma vida de possibilidades múltiplas e de alternativas diversas, mais rica em conteúdo e mais perfeita na sua experiência de cada instante.
Somos dialéticos.
Por meio da dialética, o mundo se desenvolve, a vida se processa, a realidade progride, o ambiente evolui, e crescem as nossas melhorias sempre mais abertas e libertas, renovadas e restauradas, recuperadas e regeneradas, em um movimento perene de grandes descobertas que se concretizam e de gigantescas revelações que nos surpreendem a todo momento.
Dialetizando, a vida se constrói.
Ficamos mais ricos.
Nos tornamos mais perfeitos.
Aumenta a nossa qualidade de existência.
Superamos limites.
Ultrapassamos obstáculos.
Transcendemos as barreiras dos preconceitos mentais e das superstições religiosas.
Vivemos então a excelência de uma realidade humana, naturalmente constituída e culturalmente desenvolvida.
Metamorfoseamos assim as nossas experiências e situações diurnas e noturnas.
Nos transformamos para melhor.
De bem com a vida e em paz conosco mesmo, vamos gerando novas dialéticas e fazendo das contradições presentes que aqui e agora se processam pontes para a felicidade, ferramentas de renovação interior e exterior e instrumentos de libertação material e espiritual, física e mental.
Que Deus abençoe pois as nossas dialéticas cotidianas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Política

A Política da Vida

Ser político hoje em dia não é privilégio de algumas pessoas com certas ideologias na cabeça, ou de partidos com suas teorias e representações parciais e relativas, ou certos grupos e indivíduos com diferentes interesses entre si, ou variadas intenções com conteúdos divergentes, ou valores, virtudes e vivências manipuladores de opiniões, exploradores de diversas idéias e monopolizadores de assembléias legislativas e senados federais ou mesmo câmara de vereadores, sempre ao lado e fazendo o jogo político de prefeitos e governadores e até do presidente da república, ou ainda contrariando suas posições ideológicas e suas posturas políticas.
Também nós no momento presente da história real da humanidade podemos ser políticos ou fazer política, tomando iniciativas em prol do bem-comum da sociedade, procurando o bem de todos e de cada um, buscando a paz, a ordem e a concórdia entre as comunidades eleitoras de seus representantes na política partidária.
Ao defender os pobres e menos favorecidos e seus direitos civis e deveres e obrigações físicas ou jurídicas, ou ao promover boas e melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, lazer e transporte, cultura e esporte, ou ajudando em mutirões na construção de casas e imóveis para os trabalhadores, ou articulando uma nova e diferente economia de mercado sob as mãos ou não do Estado, ou do Município ou da Federação, ou lutando por mais emprego, mais moradia, infraestrutura de saneamento básico – como água e esgoto, luz e gás - para a população em geral, ou produzindo leis que dirijam os destinos da nação, ou julgando conflitos e tomando decisões ou decretando sentenças favoráveis a quem a justiça e o direito devem realmente beneficiar, ou executando tarefas e trabalhos, empenhos e esforços para a saúde e o bem-estar do povo e suas sociedades e demais comunidades, coletividades e pessoas que mereçam usufruir dos beneplácitos do Poder Público, ou toda vez que decidirmos ajudar alguém a melhorar de vida emergindo-o da pobreza para uma boa qualidade de vida e emancipando-o da miséria onde se instalava para uma outra e ótima expectativa de existência em que seus desejos sejam satisfeitos plenamente e suas necessidades realizadas integralmente, enfim, nessas situações diferentes e circunstâncias favoráveis ou não estaremos certamente sendo políticos ou fazendo política.
Sou político sempre que ajudo uma pessoa a melhorar de vida.
Faço política toda vez que procuro não só o bem de mim mesmo como ainda o bem dos outros.
Com a política e os políticos, todos crescem, progridem e evoluem.
Todos ganham e ninguém perde.
Todos vencem e ninguém é derrotado.
Que grandeza ser político!
Que alteza fazer política!
Política, a meu ver, é a arte das artes.
A Ciência mais importante.
A Ética mais interessante.
Podemos concluir com toda certeza que a partir do que vimos acima Deus, o Senhor, é o maior e melhor político de todos.
A Política não é só humana porém é divina também.
Não só as criaturas todavia até o Criador, Autor da Vida, é político igualmente.
Sua política é o amor, a fraternidade entre as pessoas e a solidariedade entre os povos.
Sua política é a generosidade gratuita.
Sua política é criar amigos que façam o bem e vivam a paz.
A Paz é a ordem.
O Bem é a Justiça.
Isso é Deus.
Isso é ser político.
Isso é fazer política.