quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Filosofia das Águas

A Filosofia das Águas

Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
Como as águas, nossos pais são a nossa fonte de vida. Sentimos muito quando eles faltam. Mas nos felicitamos quando eles estão perto de nós.
Assim são as águas.
A Fonte da Vida.
Uma Fonte que se move constantemente.
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.

sábado, 23 de julho de 2011

Dialética

A Vida é uma Dialética

Muitas vezes em nossa vida diária através de uma idéia que surge em nossa mente construímos um mundo de possibilidades para a nossa existência, criamos novas realidades e diferentes experiências, produzimos ricos conteúdos de conhecimento de qualidade, como em um processo TESE – ANTÍTESE – SÍNTESE, que denominamos de movimento dialético, onde um fenômeno que acontece no cotidiano é contraposto por outro, e este por sua vez sofre uma diversa contradição gerando então um fenômeno agora transformado, resumo dos contrários que o antecederam, produto das adversidades que o geraram.
Assim é a vida de cada dia e de cada noite.
Vivemos por meio de contradições, que se guerreiam umas com as outras, gerando novos contrários e diferentes realidades contraditórias cuja síntese é um perfeito universo de experiências que tendem para o bem que fazemos e para a paz que vivemos, visto que a nossa natureza é boa originalmente, porque vem de Deus, e tudo o que ela cria e propaga caminha para a nossa felicidade e bem-estar, desenvolvendo em nós, de nós e para nós, e por nós, a boa liberdade que se identifica com o direito e o respeito vividos, a responsabilidade em nossas atitudes e relacionamentos, o juízo e o bom-senso em nossas atividades, o nosso equilíbrio mental e emocional, o controle da nossa cabeça e o domínio de nós mesmos..
Portanto, através de contradições sempre novas e diferentes vamos construindo a vida, articulando outras realidades e condicionando diversas experiências fecundas e profundas, sempre nesse processo dialético em que uma palavra produz palavras que se contrariam que por seu lado geram outras palavras que se contradizem, permitindo ao final a síntese de uma ótima ideologia transformadora, que então modifica para melhor os nossos ambientes de vida, metamorfoseando o nosso cotidiano, dando-nos pois a possibilidade de uma vivência mais ordeira e pacífica, mais fraterna e solidária, mais livre e feliz, mais saudável e agradável.
Viver portanto é contradizer e contradizer-se, o que nos propicia novas atitudes perante a realidade, diferentes olhares sobre o cotidiano, outras posturas sociais diante dos problemas, gerando-nos uma vida de possibilidades múltiplas e de alternativas diversas, mais rica em conteúdo e mais perfeita na sua experiência de cada instante.
Somos dialéticos.
Por meio da dialética, o mundo se desenvolve, a vida se processa, a realidade progride, o ambiente evolui, e crescem as nossas melhorias sempre mais abertas e libertas, renovadas e restauradas, recuperadas e regeneradas, em um movimento perene de grandes descobertas que se concretizam e de gigantescas revelações que nos surpreendem a todo momento.
Dialetizando, a vida se constrói.
Ficamos mais ricos.
Nos tornamos mais perfeitos.
Aumenta a nossa qualidade de existência.
Superamos limites.
Ultrapassamos obstáculos.
Transcendemos as barreiras dos preconceitos mentais e das superstições religiosas.
Vivemos então a excelência de uma realidade humana, naturalmente constituída e culturalmente desenvolvida.
Metamorfoseamos assim as nossas experiências e situações diurnas e noturnas.
Nos transformamos para melhor.
De bem com a vida e em paz conosco mesmo, vamos gerando novas dialéticas e fazendo das contradições presentes que aqui e agora se processam pontes para a felicidade, ferramentas de renovação interior e exterior e instrumentos de libertação material e espiritual, física e mental.
Que Deus abençoe pois as nossas dialéticas cotidianas.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pensando o Pensamento

Pensando o Pensamento

Quando começo a refletir sobre uma pessoa ou algum objeto ou coisa qualquer, ou definida situação da realidade ou circunstância momentânea do cotidiano da vida, idéias surgem na cabeça, formam-se conceitos e definições, brotam palavras e frases, sem querer, independente da minha vontade, dando início a uma meditação sobre esse tema ou assunto, quando então passa a trabalhar a racionalidade, articulando argumentações e produzindo ideologias ou determinadas teorias, de uma maneira lógica e ordenada, quando é claro utilizo o bom-senso das coisas e de modo equilibrado gero um texto mentalmente, leio-o e releio-o, consertando o conteúdo ativado e originando uma metodologia de pensamento onde o juizo racional concatena as letras, introduz a matéria consciente e finalmente concluo desenvolvendo minha autocrítica pessoal ao mesmo tempo que uso da dialética conceitual para criar conhecimento, fruto de um discernimento inteligente e que configuro como fazendo parte da minha contextura ideológica, conseguindo atingir o meu objetivo final que é a produção de uma idéia articulada e desenvolvida, a qual eu carrego de criatividade e de terminologias que qualificam o material pensado, enriquecem o conteúdo discernido, evoluindo então para a construção final e definitiva do fenômeno mental chamado idéia.
Como se vê, pensar é interpretar.
Raciocinando interpreto a siuação pensada, apresento o meu ponto de vista pessoal e a minha própria visão dessa coisa refletida.
Assim, o pensamento se cria, as idéias se articulam, faço a diferença entre as coisas refletidas e produzo então um texto mental, bem orientado pela capacidade argumentativa de levar ao fim o desenvolvimento do conteúdo pensado.
Então, o pensamento se volta para si mesmo, e reflete positivamente, cria outros, novos e diferentes conteúdos de conhecimento, para finalmente fazer existir na mina consciência reflexiva o material textual, consequência de minha atividade meditadora de letras, frases e idéias articuladas entre si, e desenvolvidas para enfim expressar um conteúdo temático cuja identidade une o pensamento com a experiência, a racionalidade com a prática cotidiana: eis então o conhecimento.
Tal a beleza da reflexão humana que através de idéias e palavras articuladas produz um grande conteúdo de conhecimento de qualidade, efeito do trabalho inteligente da mente humana reflexiva.
Deste modo, se gera o conhecimento.
Constitui-se pois então a idéia e seus efeitos cognitivos e discernentes, a própria ideologia formada e informada pela sua articulação própria, para a qual contribuiram decisivamente a reflexão e o conteúdo textual.
Desde agora o pensamento se faz conhecimento.
Através de uma interpretação lógica e personalizada surge a teoria ou a ideologia pensada.
A Razão é interpretativa e interpretadora dos dados da realidade da vida e do cotidiano.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Em busca da Essência

Em busca da Essência

O Controle do Aparente impossibilita o Oculto

Vivemos de diferenças.
As diferenças mantêm relações.
As relações possibilitam a comunhão.
A comunhão leva à participação.
A participação produz a interatividade.
A interatividade conduz ao compartilhamento.
O Compartilhar gera a solidariedade.
É preciso tirar as cascas, para conhecer a doçura do abacaxi ou a gostosura da melancia.
Urge ficar sem as roupas, para vislumbrar a beleza da nossa nudez.
É necessário ignorar as aparências, para mergulhar na profundidade da essência.
É imprescindível fugir das exterioridades, para invadir a riqueza de nossa interioridade.
Assim é a vida.
Porque a beleza é interior, ultrapassa o aparente.
Porque a essência é a mais importante, embora tenhamos necessidade do corpo, das roupas e dos sapatos, da moda e do dinheiro, da política e do conhecimento, da filosofia e da ciência, da arte e da música.
Quero a substância de um maracujá, e não me preocuppo com suas cascas sem cheiro ou suas roupagens sem odor.
Quero o fundo de uma música, e não me ocupo muito com a letra do samba ou as palavras do jazz, ou os símbolos de uma orquestra ou as imagens do piano.
Anseio pelo mais profundo da alma, que me acalma espiritualmente, tranquiliza a minha consciência e faz repousar o meu corpo e a minha mente.
Desejo a paz do espírito, que ilumina minha inteligência, refaz as minhas forças e levanta as minhas energias, fortifica os meus ânimos e torna firme a minha esperança.
Vivemos em busca da Essência da realidade, do sentido das coisas, da razão da natureza e do universo, do significado dos seres e dos objetos que compõem a criação.
Por que se apegar ao aparente, se o mais fundo da vida está na vida interior ?
Por que depender do exterior, se a essência é a profundidade da consciência ?
Por que se aprisionar em sensibilidades, se o sucesso está na inteligência e o segredo da vida é mergulhar na imensidão dos mares e na gigantesca tsunâmi dos oceanos ?
Por que se deixar escravizar pela moda e o dinheiro, as ideologias e os partidos políticos, as normas sem disciplina e as regras sem organização, se a sociedade gosta da ordem e do respeito, da boa educação e do direito, da justiça e da verdade, da transparência e da autenticidade ?
A Vida é processo, dinâmica, mobilidade, o movimento em busca da Essência.
Se estamos vivendo a interioridade, a aparência é supérflua e contingente, um mero acidente de passagem, que vai e não volta mais, em favor das coisas absolutas e necessárias, ainda que as relatividades sejam importantes, o transitório seja cabível e o descartável algo de que fazemos uso sem nos deixar permanecer nele.
O Oculto grita mais aos nossos ouvidos internos.
A Essência fala mais alto.
A Substância é mais pacífica e repousante.
A Profundidade é mais calma e tranquila.
A Interioridade é o segredo do sucesso.
Por tudo isso, vale o sacrifício pela vida interior.
Tem mais sentido.
Mais razão de ser.
É mais fundamental.
É mais real e atual.
As aparências passam.
São descartáveis.
São provisórias.
Vão e não voltam mais.
A Essência fica.
Permanece.
É Eterna.
Absoluta.
Absolutamente necessária.

sábado, 9 de julho de 2011

Saber Envelhecer

Saber Envelhecer
Da bengala para a cova

1. Idade dos Limites

Quando na rua converso com idosos, ou bato um papo legal com pessoas da terceira idade, ou troco idéias com aposentados e pensionistas do INSS, sempre costumo apreciar a sua sabedoria de vida e a sua grande experiência acumulada durante toda a sua trajetória de existência, o seu respeito às pessoas e o seu equilíbrio mental e emocional, o seu bom-senso das coisas e a riqueza de suas virtudes morais como a bondade e a paciência, a sua fé em Deus e o seu otimismo ainda que cercados por problemas, conflitos e dificuldades na rua ou na família, mesmo que impossibilitados por seus limites naturais e humanos ou doenças que lhes sobrevêm ou cansaços físicos e materiais, fadigas espirituais ou esgotamentos psicológicos, resultado de uma realidade absorvida pelo trabalho duradouro onde as fronteiras do tempo e as imposições de enfermidades ou o surpreendente encontro com a morte parecem as marcas registradas de uma velhice bem vivida em que o convívio com os seus produz estigmas inesquecíveis que fazem da saudade de quem parte uma oportunidade para fazer da lembrança uma porta de vida e esperança para os mais novos, desejosos de seguir o mesmo caminho dos mais velhos.
Esse o cardápio de uma boa velhice.
Onde a dignidade é a sua lei.
O Respeito a sua norma de vida.
O Equilíbrio a sua boa consciência e a sua verdadeira liberdade.
O Bom-senso a sua estrada de felicidade.
A Responsabilidade a garantia de uma existência final mais segura e tranquila.
A sua fé em Alguém Superior é a sua sustentabilidade cotidiana.
Os velhos, conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e obrigações, são para nós exemplos de vida e modelos de uma existência sensata onde identificamos a paz das virtudes equilibradas, o otimismo do sorriso de bem com a vida e a alegria de um dia a dia experimentado com a força de valores bem estabelecidos e a firmeza de princípios bem consolidados. Daí os velhinhos serem bem orientados, e serem bons orientadores das gerações mais jovens.
Esse o caminho de uma velhice feliz.
Nela, a paz reina e o impérío do bem é o seu registro na história.
Todo velhinho é bom.
Graças a Deus.

2. Diante dos contrários

Nesse tempo de limites onde a natureza impõe regras de conduta e maneiras de se comportar e relacionar, o velho convive com sofrimentos de toda espécie, suas dores parecem intermináveis, a possibilidade da morte o assusta e entristece, angustia e deprime, a enfermidade chega avisando-lhe que precisa se cuidar, abrir o olho, ficar esperto, ser malandro perante as adversidades, ter paciência com o perigo que o rodeia e procurar sempre enfrentar com coragem o risco de viver que passou a ser agora a vivência de então. Eis que está cansado de tudo e de todos, só deseja dormir, esquecer os problemas, afastar-se da família e dos amigos e conhecidos, tentar ignorar as doenças que surgem e fazer de suas moléstias advindas um paliativo que o conscientize das fronteiras desse momento terminal em que as dificuldades são tantas, os conflitos são muitos, as contradições numerosas, as incertezas o incomodam, as dúvidas o instabilizam causando-lhe confusão mental, distúrbios físicos, emocionais e psicológicos, transtornos morais, sociais e espirituais, o que o deixa parcialmente enfraquecido, esgotado na cabeça e cheio de fadigas na ordem do corpo e da alma, da mente e do espírito. Frente a frente com esses contrários de sua existência final deve buscar sempre o equilíbrio e a paciência, procurar ser positivo e otimista, repousar bastante, se puder fazer alguma atividade cotidianamente, conversar com os companheiros, admirar as mulheres, ocupar a mente e sair da rotina, caminhar com assiduidade, crescer em harmonia com a natureza e o universo, lembrar-se de Deus e fazer da oração o sentido da sua vida, realizar coisas boas e encontrar-se com o bem que deve fazer, viver em paz uns com os outros, ter tranquilidade em si e ser calmo nos relacionamentos, usar o bom-senso em suas ações do dia a dia e fazer do juizo a lei de sua hora terminal. Desta maneira, conviverá bem com seus opostos, se comprometerá com uma velhice de qualidade, respeitará seus limites naturais, devendo agir em função de um momento em que suas fraquezas o determinam e suas carências definem seu estar-no-mundo, exigindo dele parceria com os seus, a companhia de alguém que também o respeite e compreenda, tolere suas inconstâncias e ausência de normas, ajudando-o a viver esses instantes decisivos de sua história temporal. Assim, se preparará para uma eternidade feliz, mais além.

3. O Convívio com a adversidade

Em ambientes de família onde repousam seus pensamentos finais, suas limitações físicas, psicológicas e espirituais parecem mais vivas e reais, suas fronteiras com o tempo estão mais acesas, obedecendo a um ritmo de ação em que sobressaem muitas vezes o Mal de Parkinson ou a Doença de Alzheimer, o Diabetes e o Sedentarismo, Transtornos Cardiovasculares, Distúrbios no cérebro e no coração, o terror do AVC(Acidente Vascular Cerebral), Indefinições no metabolismo do açúcar e do colesterol, e sua atitude quase sempre lenta perante os fatos do dia a dia quando não consegue perceber muito bem a notícia sobre o acontecimento verificado, e suas interpretações dos fenômenos da realidade estão sujeitas à confusão mental, à falta de juizo em algumas atividades, à presença de comportamentos pessimistas em relação à vida de cada momento e sua quase sempre negatividade junto aos seus, os velhinhos se encontram sim abandonados à consciência de seus limites e empreendem atitudes nesse sentido, enfatizando a convivência com doenças em geral, sua expectativa acerca do mistério de sua idade avançada carregada de sintomas de desequilíbrio emocional quando é claro o cidadão da Terceira Idade padece de vazios psicológicos junto aos seus, não consegue agir com bom-senso em algumas situações, e seu domínio da realidade se vê fraco, débil, enfermo, sofrendo as consequências de seu encontro com a morte a qualquer instante, e assumindo o peso de um cotidiano que não respeita e valoriza muito os mais velhos, fruto de uma sociedade em crise de valores éticos bem consistentes e de princípios morais, sociais e religiosos ainda não tão bem consolidados na essência da temporalidade de uma idade em choque com suas gerações mais jovens, em conflito consigo mesma, com dificuldades também financeiras ou com problemas em sua interioridade exigindo das pessoas terminais uma postura de equilíbrio em que deve harmonizar os defeitos dos outros com suas carências afetivas, a imoralidade de alguns com suas posições tradicionais de visão de mundo e de sociedade, como que se identificando uma realidade de controvérsias entre os sujeitos dependentes dos os outros e sua ânsia por autonomia e independência social, psicológica e ideológica. Nesse processo de alteridades existenciais, de metamorfoses cotidianas e de transformações na sua maneira de pensar, sentir e agir, se encontra a chave de compreensão dos antagonismos de uma velhice praticamente sem fundamentos alguns quando seu único ponto de apoio e sua tábua de salvação são os filhos e os netos, o que gera no idoso um certo estresse biológico, aflição na mente, conflitos de consciência e instabilidade em sua prática de vida cotidiana, sofrendo então os males da intolerância interpessoal e do desrespeito intercambial, sem praticamente modificações no seu olhar sobre o mundo visto que interpreta a realidade de um modo certamente hostil, conflitante e desestabilizador, quando cai em briga com suas ausências junto às pessoas do seu convívio humano, familiar e social. Como se observa, o idoso parece se encontrar em um universo sem opções, em uma rua sem saída para seus problemas de todas as horas e em uma via de existência que não lhe dá alternativas de bondade, compreensão e amizade, concórdia e convergência. O velho se acha só diante de um mundo de disputas críticas e dialéticas e mesmo assim mergulha em um contexto que ele vê como salvação de sua vida perante essas turbulências do cotidiano. A sua resposta é a tristeza e a angústia em face de seus limites e a resignação psicológica em frente a um quadro negro de circunstâncias contraditórias. Sim, o velho quer se libertar mas não consegue. Então se entrega à vida que o leva para o que Deus quiser e as condições do tempo e da história possam ser os determinantes de sua trajetória existencial final. Seu desejo é sumir, sua realidade é a depressão e o seu instante é de dúvidas e incertezas mesmo que se segure ainda em fundamentos acumulados com o tempo. Deus é a sua única possibilidade de vida. Em seu íntimo, reza ao Senhor. E sua fé o carrega nas costas para ele não cair na incongruência sem lógica de uma existência sem dó e sem pena de suas criaturas. Só lhe resta o silêncio.

4. O importante é lutar

Então, em sua crise existencial e perante expectativas e apreensões de sua natureza, o velho pensa e reflete: “Podem os rios secarem, ou as rosas não mais soltarem seu perfume suave, ou os passarinhos deixarem de cantar, ou os homens pararem de trabalhar, ou as mulheres não mais amarem, namorarem e paquerarem, todavia não faltará o Fundamento de todos os fundamentos, a causa das atividades humanas e naturais, o princípio do amor e do sexo, a origem da natureza e do universo e sua criação de seres vivos e animados.
Podem estar ausentes as nossas forças de agir, ou as nossas motivações para trabalhar e estudar, ou as nossas energias para rezar e conversar com Deus, ou o nosso entusiasmo para brincar e dar um sorriso para as pessoas, ou os nossos ânimos não reagirem perante a violência da Cidade e a crueldade dos campos, ou não termos mais incentivo para viver e existir de uma maneira razoável, otimista e equilibrada, ainda assim as raizes do ser continuarão a existir, as fontes do pensamento permanecerão de pé e as bases de uma existência de qualidade e bom conteúdo serão ainda mais vivas pois são sustentadas por Aquele que é o Senhor das almas e o Deus dos espíritos, o Criador, o Autor da Vida.
Podem nossas lágrimas não mais chorarem, ou nossa alegria não mais se manifestar, ou nosso bom-senso ser incapaz de fazer o que sempre fez, ou o direito desaparecer de nossa realidade cotidiana, e os indivíduos não mais se tolerarem e respeitarem, mesmo assim a vida se eternizará nos bons princípios éticos e espirituais que cultivarmos em nossa consciência e nos grandes valores morais e sociais condutores de nossa liberdade, sustento de nossa felicidade aqui e agora, e mais além.
Podem as coisas da vida se fazerem violentas, ou quase todos perderem a cabeça com os males da sociedade, ou os distúrbios da mente afetarem nossas emoções, ou os transtornos da alma e as turbulências do corpo contaminarem nossa boa vontade de ajudar uns aos outros, ainda assim acreditarei em Deus, e continuarei lutando em defesa da vida e em favor do amor, advogando em benefício da justiça e creditando minhas ações em prol de uma realidade humana mais transparente, verdadeira e autêntica.
O importante é continuar lutando.
A Vitória pertence a Deus”.

5. Em busca de uma resposta

A Crise da Terceira Idade começa a se manifestar quando a vida do idoso passa a ser um constante questionamento, percorrendo os seus momentos de lucidez até chegar à perda de parcial consciência das coisas, saindo de interrogações sobre o seu passado e presente junto à família até se chocar com a irracionalidade de situações em que demonstra perda relativa da memória, inteligência frágil, insatisfação sentimental, confusão de idéias, complicações na sua saúde biológica e psicológica, conflitos com o seu meio social, isolamento e solidão, o que reflete certamente a sua ânsia por segurança física e mental, emocional e espiritual, seu desejo por uma existência de estabilidade e tranquilidade, a sua procura por respostas que acalmem sua indisposição alimentar, seus distúrbios da mente e seus transtornos do espírito. Nessas horas de instabilidade emocional, ele busca a Deus, quer se segurar em Alguém que seja sua tábua de salvação neste mundo real que o rejeita, ignora e exclui. Então, se achega aos seus familiares que percebem sua transição de uma vida consciente para uma realidade de inconsciência quando necessita de amparo, precisa do aconchego familiar, quer abraçar se possível a todos que lhe garantam força para caminhar e energia para sustentar sua realidade humana bastante enfraquecida, limitada na natureza, debilitada pela doença, quase que perdida psicossocialmente, parecendo-lhe indispensável uma companhia permanente que lhe dê carinho e atenção, segurança e estabilidade, calma e tranquilidade, repouso para o corpo e descanso para a alma. Ora, a presença dos amigos é importante, a ajuda dos parentes indispensável, a colaboração de todos é fundamental. O Velho está carente, só e precisa de alguém do seu lado. É a hora da verdadeira amizade. Sofrendo, vê que não pode ficar sozinho. Precisa de companhia.

6. O Fator Presencial

Ter alguém do seu lado, fazendo-lhe companhia, ajudando-o a fazer suas atividades diárias e noturnas, colaborando com seus afazeres domésticos ou dialogando com ele em suas horas de descanso e solidão, batendo um papo bem gostoso com quem fez da vida a sua sabedoria de existência, a sua escola de aprendizagem em termos de conhecimento e sentimento, o seu caminho de experiências agradáveis mas também tristes e angustiantes, a sua estrada carregada dos vazios do espírito e da plenitude de uma realidade humana bem vivida junto aos seus. O Velho na verdade certas horas deprimido ou depressivo não quer apenas pessoas perto dele todavia quando possível realizar ações que promovam sua auto-estima elevada, aumentem o seu astral diante de ambientes diversos e adversos, diferentes e contrários, exigindo dele equilíbrio de consciência e bom-senso ao encarar situações instáveis e incômodas muitas vezes, boa atitude de malandragem perante um mundo de contradições generalizadas onde os mais velhos sobram dentro da sociedade, são excluidos de seus contextos de esporte e lazer, jogos e entretenimento, ignorados quase sempre porque não têm a mesma energia de antes e não podem suportar tempos excessivos de atividade, ou ainda rejeitados até por amigos e familiares e parentes, os quais parecem não querer perder tempo com quem é inútil a seus olhos, desprezível para a sociedade que pensa em status quo acima da média ou que recusa sua participação e envolvimento em assuntos onde reinam a velocidade moderna, a rapidez dos trabalhos executados e a aceleração de gerações mais jovens interessadas em viver a vida sem necessitar se perturbar ou incomodar com a presença de pessoas da terceira idade. Entretanto, os velhos gostam de ser amados, respeitados e valorizados como todo e qualquer cidadão ou cidadã desta sociedade cheia de preconceitos e de não inclusões humanas e culturais. Nesse processo de inclusão aceito por alguns e de exclusão abraçado por outros, o idoso sofre, se vê solitário, precisando de ajuda, necessitado de alguém do seu lado que dialogue com ele, interaja com seus pensamentos e compartilhe de suas idéias, sentimentos e atitudes variadas, outras vezes controversas, porém que têm algo de rico e profundo para apresentar às pessoas de seu entorno, cooperando com sua obtenção de qualidade de vida e excelência de experiências ótimas de trabalho e vida que só os cidadãos e cidadãs aposentados e pensionistas do INSS podem nos oferecer de imediato. Os velhos apesar de seus limites naturais ou de suas enfermidades incômodas querem participar do debate acerca dos problemas da sociedade, dar a sua opinião em questões políticas e partidárias, apresentar soluções e dar a melhor resposta que pode caber nesse momento, manifestar seu ponto de vista pessoal sobre os fenômenos da realidade cotidiana certos que podem outrossim colaborar para um mundo melhor e para uma humanidade mais feliz do que é hoje. Os velhos conscientes ou não querem participar. Interessa-lhes comungar com a melhoria de qualidade de vida das pessoas que se encontram do seu lado e em torno de seus espaços terminais e de seus tempos onde o limite é a sua lei.

7. Quando chega a depressão

Ao constatar que suas seguranças estão abaladas, um quadro vermelho de instabilidades sociais e familiares, psicológicas e emocionais, mentais e espirituais, invade sua vida de limitações plurais, ou então a irritação o persegue, fica nervoso constantemente, perde a cabeça muitas horas, briga com seus familiares, a ira sobe as escadarias de uma existência agora confusa e perturbada, a raiva de todos parece ser seu único caminho de ação, a cólera mergulha em seu corpo e sua alma, discute sem querer, solta palavrões um atrás do outro, o conflito se acostumou a ser sua trajetória de realidade mais autêntica, vive um dia a dia de problemas e dificuldades, desde então, o velho cai no fundo do poço do espírito, entra no abismo de um ambiente hostil e de contradições permanentes, deseja só ficar deitado e dormir eternamente, não possui forças para se levantar, não tem ânimo para reagir, passa a conviver com a depressão patológica, responsável por sua vida de altos e baixos, de quedas e subidas, de créditos e débitos, de ascensão e buraco mais fundo, o que lhe deixa triste e angustiado, sem energias para dar a volta por cima, carente de amor e isolado de todos, pois seus limites subiram a sua cabeça confusa e as fronteiras do tempo parecem lhe dizer que a morte ronda seus espaços de existência final. Anseia por morrer. Não quer mais saber de nada. Está cansado da vida e esgotado mentalmente. A Fadiga o deixa caido, e inicia o esquecimento de si mesmo e dos outros, já que sua memória está fraca e sua inteligência não funciona mais como deveria. Só quer dormir. Perde toda iniciativa. Não vê motivação para viver e existir. Parece vegetar. A Inconsciência o visita diariamente. Luta pela razão, ainda quer a lucidez, mas seus limites parecem mais fortes, a doença toma conta de sua natureza e a enfermidade o deixa no chão, caido na rua de casa, ou perdido em uma consciência que não mais faz a diferença entre as coisas. Quer a morte. Eis a sua íúnica estrada opcional nesses instantes de fronteiras indefinidas e de contornos indeterminados. Está à margem do último suspiro. A respiração fica frágil e só tem um anseio: a morte.

8. O Caos em pessoa

A partir do 60, 70 e 80 anos quando o idoso já aposentado, permanecendo ou não no mercado de trabalho, ou desenvolvendo atividades como estudos de informática, trabalhos na internet, participação em eventos esportivos, artísticos e musicais, ou vendo televisão em casa ou ouvindo rádio em seu apartamento, ou assumindo amores e romantismos com companheiras de sua idade, convivendo com as gerações mais novas em shows e espetáculos de dança, lazer e entretenimento, ele observa que, apesar de todas essas ações e atitudes, onde descansa ou não, ele constata, entende e reconhece que sua vida de cada dia, noite e madrugada virou um caos, as coisas não funcionam mais como antes, as ocupações desapareceram, os amigos se distanciaram, a família já começa a olhá-lo com outros olhos, os parentes o excluem de seu cotidiano na rua ou em seu lar, os conhecidos nem se lembram mais dele, e sua memória agora, fraca e debilitada, doente e frágil, parece não mais recordar a riqueza de suas experiências e a beleza do seu passado, a sábia prática de vida em que o saber das idéias e o poder de suas ações interferiam na vida das pessoas ou interviam para ajudar a resolver problemas da sociedade, solucionar dificuldades em sua existência pessoal e de grupo, social ou financeira, ou ainda bem administrar conflitos de uma cidade agressiva, violenta entre si, que faz da cultura da morte e de uma mentalidade do mal o sentido de seus ambientes hostis e a razão de seus contextos contraditórios onde reinam o desequilíbrio mental e emocional, a irracionalidade das consciências e a insensatez de quem não gosta da vida e vive a perseguir, incomodar e admoestar quem faz de sua realidade viva uma oportunidade para namorar e paquerar, trabalhar e articular atitudes em prol do progresso de suas comunidades fazendo evoluir suas inteligências na construção de boa saúde e bem-estar para todos e cada um. Diante desse caos interior de consequências externas, ele quase sempre perde a cabeça, adquire enfermidades terminais, seu colestoral negativo aumenta e o diabetes o faz um cidadão cansado, deprimido e problemático, tornando-se então um obstáculo para todos e uma barreira inquietante para os seus. Nessas horas depressivas, pensa na morte, enfrenta os desafios de uma velhice incontrolável, sofre com os preconceitos de seus familiares, vive a rejeição de quem deveria compreendê-lo e ajudá-lo a superar essa crise final de uma terceira idade de transtornos de todo tipo e cujo modelo de distúrbios agora frequentes estão a derrubá-lo frequentemente ao ponto de ao se deitar na cama, querer dormir para sempre, não mais desejar acordar. Caótico, o velho se esgota, cansa de viver e a fadiga é a sua única norma de vida cotidiana. Uma realidade crítica e dialética que só quem a experimenta sabe de seus infortúnios, aflições e desesperos, tristezas e angústias em jogo. O Velho quer morrer. Não atrapalhar mais a vida de ninguém. Não ser mais incômodo para as pessoas. Então precisa de orientação psicológica e espiritual para não afundar no fundo do poço. Que Deus o ajude. A Fé é importante nesses instantes derradeiros.

9. Em nome da Memória

A Lembrança do passado também é uma forma de viver a vida quando o cidadão ou cidadã da terceira idade recorda suas experiências positivas e negativas em sua trajetória cotidiana ao longo do tempo desde o nascimento até esses dias atuais ou suas práticas de cada dia, noite e madrugada otimistas e pessimistas refletindo tudo isso junto aos seus, contando-lhes histórias antigas, vivências interessantes e importantes maneiras com que soube encarar a vida diária convivendo com opostos, fazendo o bem e o mal, cultivando saberes, sentimentos e emoções ou agindo com violência em circunstâncias em que era necessária a agressividade, como ainda os momentos agradáveis e desagradáveis no trabalho e em casa, na paquera com as mulheres ou na construção de amizades sinceras ou de amigos que se foram e não voltam mais. É a hora da saudade. Saudade dos velhos tempos de criança e adolescência, dos namoros quentes e apaixonados da juventude e de uma maturidade cujo ápice é esses instantes de reflexão e compartilhamento com amigos, parentes e familiares. Hoje, ele vê a saúde indo embora, desaparecer os seus conhecidos, o amor não existe mais, e sexo é coisa que aposentado jamais viverá pois em condições terminais só lhe resta o silêncio dos justos, ou a sobriedade das pessoas direitas ou a transparência de quem viveu a vida com autenticidade, interagindo com todos, buscando o bem e realizando coisas boas com tudo e com todos. Tal recordação lhe faz bem, é um modo de passar o tempo saboreando virtudes elevadas e conteúdos de conhecimento de qualidade como garantia de bom exemplo para os mais jovens, oferecendo-lhes sua tradição de bons hábitos e costumes excelentes, riqueza de vida espiritual feita com profundidade, sinceridade e honestidade. “Olha, o velho tá indo embora. A gente se reencontra na eternidade”.

10. Problemas generalizados

Chegado esse tempo terminal o velho parece cabisbaixo porque ninguém liga para ele ou lhe dá atenção, a família o ignora e é desprezado por quase todos que se achegam a ele, ridicularizado muitas vezes diante dos filhos e netos, sofrendo o peso da idade e um mundo de dúvidas e incertezas que inquietam e desestabilizam seu coração cansado, sua mente esgotada e seu espírito fadigado, quando um complexto de transtornos invadem seu corpo e sua alma, distúrbios aumentam e se avolumam afligindo sua realidade interior, tirando-lhe o sossego e causando-lhe insatisfação emocional, fraqueza psicológica e carência afetiva e social, o que o faz se isolar do seu meio e mergulhar em um estado profundo de solidão e depressão tornando seu contexto de saúde abalado, desanimado e problemático. E eis que então apela aos deuses, se segura em tábuas de salvação, se agarra em mitos, ídolos e personagens da história a fim de que possam garantir-lhe a segurança pessoal, tranquilizar a sua alma e estabilizar a sua consciência cercada de um ambiente de hostilidades e contrariedades, desanimando-o perante o cotidiano, tornando-o um amigo da cama onde se atira diariamente em um sono fundo capaz de derrubá-lo se ele vacilar com seu instante de instabilidade física. Ora, nesses momentos de abismo espiritual, o idoso talvez se veja afundando no poço da existência, pois se encontra sozinho e sem quem lhe faça companhia ou lhe dê a cortesia constante de um abraço apertado e um beijo motivador. Sente a falta de alguém. Precisa de uma presença ao seu lado. Ocorre que nessa hora ele se segura na mão de Deus, sua única resposta para seus questionamentos permanentes, sua única solução para seus problemas, sua única saída de frente para tantas interrogações do dia a dia. Só sua fé em Alguém Superior torna sua realidade viva capaz de prosseguir na estrada e se entusiasmar novamente por um caminho de existência de qualidade de conteúdo material e espiritual. Pensando assim, dorme tranquilo, já que Deus é sua segurança, tranquilidade e estabilidade. Tal clima de situações finais faz-lhe um ser pacífico, calmo em sua alma e em repouso no corpo e no espírito. O Velho dorme em paz.

11. Problemas e Soluções

No dia a dia da família, junto a parentes, amigos e conhecidos, o cidadão ou cidadã da terceira idade sente o tempo passar, a vida mudar, o mundo se transformar, a sociedade voltar-se para coisas antigas ao mesmo tempo que avança à procura da modernidade, sustentando uma convivência social muitas vezes marcada pela violência e a maldade das pessoas ainda que a solidariedade impere quase sempre como alternativa de uma ordem feliz dentro do convívio humano. Olhando tudo isso, o velho vê os problemas a sua volta e busca respostas para tantas perguntas e soluções para inúmeras dificuldades, conflitos internos e contradições no meio em que vive com seus familiares. Doenças da terceira idade como o Mal de Parkinson, o Diabetes, o Colesterol Alto, a Doença de Alzheimer, o Tabagismo exacerbado, o Alcoolismo exagerado, Doenças Coronárias, Cânceres em geral, a Hipertensão Arterial, a Obesidade, o Sedentarismo, o AVC(Acidente Vascular Cerebral) são incômodos e inquietações que devem ser superados com um pouco de paciência, otimismo de vida, sorriso no rosto, alegria de viver, equilíbrio mental e emocional, bom-senso das coisas, fuga da rotina, um sono tranquilo, exercícios físicos como corrida e caminhada e ginástica, alimentação regular, saudável e sensata, lazer e entretenimento, ocupação da mente com trabalhos possíveis de fazer, orações a Deus, boas obras, o cultivo de uma vida fraterna e solidária, o respeito às pessoas, a atitude responsável perante os fatos, ações de justiça, ótimos conselhos para a juventude, enfim, toda uma série de resoluções fundamentais para a ultrapassagem de transtornos da consciência e distúrbios da experiência, assumindo então uma vivência de qualidade e de riqueza de conteúdo cultural, psicológico e espiritual, o que torna sua realidade problemática um pouco mais sustentável quando o bem que faz e a paz e a tranquilidade com que leva o seu cotidiano podem torná-lo uma pessoa agradável mesmo que alguns o considerem um chato e rabujento, nojento e mal educado. O que importa é que o idoso viva bem em si a sua vida, tenha a sua auto-estima elevada, esteja de bom astral, animado e entusiasta, motivando seu ambiente e incentivando seu contexto de existência diária e noturna a ser mais bonito de encarar, mais alegre e positivo, vivido com qualidade sustentável. Então, o velho se vê bem. Parece que algo melhorou com essa outra, nova e diferente visão da realidade. Mais calmo, segue o seu caminho.

12. O Instante Final

Nos últimos momentos terminais quando a doença já está complicada e generalizada, os problemas de saúde se multiplicam, a família não sabe mais o que fazer, os amigos e conhecidos se distanciam, então surge a hora da internação, e o hospital de emergência recebe o idoso e o leva logo para a UTI tendo em vista seu quadro imunológico estar alterado e enfraquecido, sua aparência é débil, e necessita imediatamente de soro fisiológico, remédios e injeções que ajudem a modificar para melhor aquela situação de dificuldades numerosas e contrariedades inquietantes. Ora, a tensão é grande e a pressão familiar questiona as mais avançadas tecnologias da medicina moderna ansiosa que está por ver um final positivo para esse cidadão ou cidadã cansado da vida, esgotado mentalmente e fadigado no corpo e na alma, no limite da existência temporal, uma história que tem a marca registrada da depressão patológica e distúrbios da consciência e problemas de razão e coração, transtornos no comportamento, no caráter instável e na personalidade trabalhada praticamente com a irracionalidade de uma inteligência sujeita às fronteiras doentias do tempo e submetida aos caprichos maléficos de um ambiente social muito preconceituoso com as pessoas da terceira idade. Internado, o velho vive seus dias terminais. A Morte está por perto querendo arrebatá-lo para junto de Deus a fim de que ele repouse para sempre de suas fadigas e trabalhos, empenhos e esforços por um mundo melhor, de suas atividades agora evaporadas, todavia que trazem a sabedoria da experiência de quem fez da vida um louvor a Deus, um caminho de bondade e compreensão, tolerância e paciência, concórdia e convergência. Então, a hora final. O Fim de uma realidade pessoal sujeita às condições da história mas que a partir de agora se joga e se abre aos braços do Criador, Autor da Vida, para que Ele abençôe esse sujeito de idade avançada, refém de enfermidades diversas, limitado na natureza e incluido entre aqueles que fazem do seu fim temporal a porta da liberdade, rumo à felicidade completa no paraiso da eternidade. Sim, são os minutos derradeiros de alguém que deu valor à vida e respeitou a ordem da natureza, foi disciplinado na sociedade e se organizou e se preparou para que esses últimos segundos de sua vida não o surpreendessem, e chegassem com a Carta do Céu dizendo-lhe o Senhor nosso Deus:”Seja bem-vindo à Casa de Deus. A Felicidade eterna o espera. Viva desde agora de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Seus amigos e parentes querem festejar a sua presença entre nós.”

13. O Equilíbrio Vital

O ideal é que o idoso chegue aos 70, 80 anos com relativo equilíbrio e juizo de consciência. Entretanto, a realidade muitas vezes não é essa, visto que inúmeros casos de velhice apresentam tendências do desequilíbrio e insensatez, quando a irracionalidade supera a inteligência e a imaginação patológica substitui a mente sensata, o que caracteriza, como hoje sabemos, um dos fenômenos do Mal de Alzhieimer, onde a dificuldade de memória leva a pessoa da terceira idade a um certo estado vegetativo quando a sua consciência das coisas e o bom-senso da realidade sofrem abalos culminando com a perda quase total da racionalidade humana. Então, junto a essa desmemorização, ocorrem moléstias diversas e enfermidades variadas, o diabetes se eleva e o colesterol sobe, a hipertensão arterial assusta, e doenças diferentes começam a se manifestar no corpo do velho, ora carregado de problemas psicossociais, dificuldades financeiras e conflitos com a família, parentes e amigos. Falta-lhe o equilíbrio necessário. A Sensatez de quem está de bem com a vida e em paz com sua consciência. Problemático, o cidadão ou cidadã aposentado ou pensionista do INSS altera sua rotina diária, dorme excessivamente, a depressão bate a sua porta e males complicados parecem atingir suas funções orgânicas, a sua atividade celular e sanguínea, e seus órgãos e aparelhos do corpo se sentem debilitados por causa do baixo astral e da fraca auto-estima que ocupa a vida terminal dessa pessoa idosa. Ora, o velho talvez esteja perdendo o juizo. E se arrasta para tentar viver seus momentos finais. Sua bengala é a sua companheira fiel e a cova mais a frente a sua parceira de despedida desse mundo que não gosta dos velhos.

14. A Fé nos garante e segura

É admirável observar no idoso o que sua fé em Deus é capaz de realizar de positivo em sua vida de cada dia e de toda noite quando perante as adversidades e os contrários de sua existência cotidiana ele supera os obstáculos construidos por seus limites naturais e transcende as barreiras promovidas por suas fronteiras racionais e sentimentais, ultrapassando então o risco de doenças quase incuráveis, o perigo do diabetes e do colesterol alto, a turbulência gerada pelos conflitos com parentes, amigos e familiares, os transtornos mentais provocados pelos acontecimentos diários e os distúrbios de consciência determinados por suas crises morais e sociais, suas instabilidades ideológicas e psicológicas, suas inconstâncias no dormir, trabalhar e deitar novamente, e suas indefinições em suas práticas e atividades de lazer e entretenimento como jogar cartas de baralho, disputar xadrez com os colegas ou fazer uma partida de dominó para sair da rotina e enfrentar o dia a dia com mais alegria e cabeça no lugar, otimismo e um sorriso para as pessoas. Então, o velho costuma se aborrecer por causa de suas limitações físicas e mentais, se choca com os pontos de vista diferentes e contraditórios que lhe aparecem de vez em quando, e briga, e solta palavrões e xinga a mãe do outro como que querendo afastar de si na base do grito todas as suas depressões patológicas ou não, todos os seus traumas psicossociais e todas as frustrações que lhe perseguem momentaneamente uma vez ou outra. Assim, se segura em sua fé transcendente e se garante abraçando a mão de Deus, que o tranquiliza diante dos aborrecimentos, o acalma no corpo e na alma, o faz descansar com o sono dos justos e lhe dá o repouso vitorioso de quem fez da vida um louvor ao seu Senhor. Eis que o cidadão ou cidadã da terceira idade dorme em paz. A Paz que só Deus pode nos dar. Ele, a nossa Tábua de Salvação nas horas do aperto, nos instantes de risco e nos momentos de perigo. O Velho deste modo dorme sorrindo. E diz: ”Deus é bom. Estou em paz”.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Intervalo

Intervalo
Entre a Luz e as Trevas

1

A Realidade humana de hoje, aqui e agora, muitas vezes pode deixar de ser real e constituir-se em Templo do Imaginário, assumir compromissos com a irrealidade da consciência e com a irracionalidade da experiência. Nesse Intervalo, entre o real e o racional, entre a luz e as trevas, entre o bem e o mal, entre a paz e a guerra, entre a verdade e a mentira, entre o sonho e a realidade, entre o chão e o teto, entre as portas e as janelas, acontece o nosso cotidiano, o processo da vida, a formação das nossas idéias e conhecimentos, a manifestação dos nossos sentimentos mais profundos e transparentes, o reflexo de nossa mente aparentemente patológica mas que na verdade procura mostrar-se autêntica, identificada com a possibilidade da sua liberdade, produtora de felicidade. Tal processo de criação da vida de cada momento e de todo instante encontra raizes no confronto dialético entre o real e o imaginário, o cotidiano e a nossa estrutura psicológica, viabilizador das idéias que se produzem para o bem ou para o mal, das práticas humanas e seus comportamentos éticos e espirituais, de suas atividades científicas e tecnológicas, de suas ações artísticas e filosóficas, de suas experiências morais e religiosas, de suas atitudes temporais e históricas, políticas e econômicas, sociais e culturais e ambientais. Assim se produz a vida. Através desse intercâmbio paradoxal entre consciência e realidade, sua interatividade ora romântica ou sentimental ora ideal ou reflexiva ora concreta e experiencial. É a dialética da realidade cotidiana. Esse Intervalo onde ocorrem nossos trabalhos de cada hora, nossos conflitos de família, nossas ausências no convívio com as pessoas, nossas dificuldades de bom relacionamento, enfim, os nossos problemas de mente, de corpo e de espírito. Sim, porque a vida é o Intervalo, o movimento de viver, o processo de existir. Com essa mobilidade frequente, faz-se a história de cada instante, o tempo se produz caminhando sempre para a frente e para o alto, de modo progressivo, evoluindo a todo passo, crescendo de acordo com os minutos e segundos que transcorrem, se desenvolvendo para o bem-estar de toda a humanidade, de suas comunidades, grupos e indivíduos locais, regionais e globais. De fato, esse Intervalo em que se verifica a complexidade da vida e o fluxo da história, é a constituição da superação de si mesmo, da ultrapassagem constante de preconceitos e superstições e da transcendência também do tempo para enfim mergulhar no ambiente da eternidade, da vida após a morte, onde se continua para sempre o movimento dos seres e das coisas em direção do Infinito, que é Deus. Deus é o Motor desse processo. Somos consequência disso. Somos efeitos de sua intervenção na história das nossas consciências e das experiências da nossa realidade urbana e rural, psicológica e social, imanente e transcendental. Somos Intervalo.

2

Entre o nascimento e a morte a vida se processa, o mundo é construido visando o bem e a paz da humanidade, a realidade se cria em meio a problemas os mais diversos de ordem psicológica ou cotidiana, real ou imaginária, de acordo com os parâmetros de um ambiente político conturbado carregado de tendências variadas, de um contexto econômico às vezes otimista ou bastante turbulento, de um clima cultural fecundo e profundo que tem necessidade da criatividade humana, de seus talentos originais e de seus carismas inovadores, de seus pontos de vista cognoscentes e discernentes, que fazendo a diferença entre os seres e as coisas produz o tempo das mudanças permanentes e dos movimentos transformadores para melhor de situações aparentemente cabisbaixas e deprimidas, tristes e angustiantes, tornando-as então renovadas interna e exteriormente, libertas dos preconceitos de uma sociedade ainda prisioneira de superstições morais e religiosas, desequilibradas socialmente, de indefinições ecológicas e ambientais, de insustentáveis paradigmas que sustentam a cultura da morte, do mal e da violência, devendo ser combatida em nome do bem e da bondade das pessoas que continuam a cultivar a paz e a concórdia em seus relacionamentos e atitudes. Assim se processa a realidade. Cada vez e melhor aumenta a conscientização das populações e sua iniciativa de libertação de prisões psico-sociais, de transtornos físicos e mentais e de distúrbios materiais e espirituais. De fato, a realidade cotidiana é tendencialmente progressiva, caminha evoluindo em todos os sentidos da vida humana, cresce sem parar, e se desenvolve de modo a garantir a saúde e o bem-estar, e a felicidade das comunidades que integram essas sociedades emergentes, em ascensão social e política constante, emancipando-se pacientemente no nível econômico e financeiro, cultural e ambiental. Sim, caminhamos sempre crescendo por dentro e fora. Tal o sentido da vida e a razão da existência. Nessa mobilização evolutiva, vamos superando conflitos, ultrapassando obstáculos que o cotidiano nos impõe seja na família, na rua ou no trabalho, transcendendo limites e dificuldades, mergulhando pois em um universo de bondade próprio do ser humano como tal. Esse otimismo que atravessa o decorrer da história é responsável pela auto-estima dos grupos e indivíduos que constroem positivamente a realidade humana de forma local, regional e global. Nesse intervalo de ocorrências luminosas, o homem e a mulher vão vencendo o lado obscuro do cotidiano, criando as condições indispensáveis para a sua vitória sobre a maldade de alguns e a agressividade de outros. Com efeito, o mundo real tem em sua estrada cotidiana uma perspectiva positiva, que conduz o progresso dos povos e o bem-estar das nações ainda que em meio à miséria e à fome de muitos, à ignorância de grande parte de sujeitos, o que muitas vezes os faz ignorar o seu dever de guiar o tempo e sustentar a história, talvez porque bloqueados em seu repertório cultural de conhecimentos carentes de conteúdos de qualidade, de ética comportamental inferior à necessária e de uma espiritualidade que deveria se comportar como o gerente de suas possibilidades, alternativas e oportunidades reais e atuais. Mesmo assim, continuamos evoluindo das trevas em direção à luz.

3

Feito de altos e baixos, de conquistas de sucesso e de depressões sociais e psicológicas, de boas coisas que se produzem e de conflitos gerados com agressividade, de equilíbrios que conduzem trabalhos grandiosos e de carências de sensatez na hora de decidir oportunidades e apresentar possibilidades, o processo humano e natural de viver precisa de uma boa racionalidade que guie com bom-senso atitudes e sentimentos que afetam o convívio de grupos e indivíduos interessados na busca de alternativas de saúde pessoal e bem-estar coletivo para as suas comunidades emergentes, inseridas em sociedades que progridem para a criação de felicidade para seus habitantes, a partir da procura da liberdade, responsável por sua intervenção nos destinos de povos inteiros e interferência em seus empenhos e esforços por uma humanidade mais igualitária, fraterna e solidária, onde todos possam ter voz e vez, cada um caminhe com segurança e estabilidade nesta vida de mudanças contínuas e metamorfoses permanentes, em função da qual a noite das turbulências cotidianas convive com o despertar para a novidade de uma atividade engendradora de progresso para os seus, otimismo que dá esperança de realizações novas e diferentes identificadas com a possibilidade de crescimento para as suas populações, o que significa mais garantias de qualidade de vida para as pessoas, excelência de ações éticas e espirituais, resultando em ambientes férteis capazes de propiciar mais abertura de iniciativas para seus integrantes, renovação de suas tendências de melhoria convivencial e libertação de bloqueios físicos e mentais que são barreiras para o perfeito desenvolvimento de nações interessadas na ótima satisfação de seus desejos por uma existência melhor, produtiva e de aspectos positivos como a construção do respeito mútuo entre seus cidadãos e da responsabilidade social, cultural e ambiental entre seus conterrâneos, moradores e trabalhadores, constituintes de um contexto humano mais carregado das boas qualidades promotoras de condições de vida e trabalho, saúde e educação mais digna, mais vital e mais generosa para todos e cada um. Nesse movimento de construção de novas e diferentes realidades em ascensão, em termos de política partidária, economia de mercado, sociedades emergentes e culturas e mentalidades voltadas para a não-violência e a preferência por uma ética de bondade e concórdia entre seus cidadãos, produz-se o cotidiano, define-se o Intervalo de um existir que se processa entre instantes de guerra urbana e rural e momentos de paz e cidadania entre os componentes dessas sociedades em transformação permanente para melhor, essa aliás a razão de tal mobilidade humana em direção à obtenção da realização de seus sonhos e à satisfação de seus desejos e necessidades humanas, naturais e culturais. Nesse Intervalo, portanto misturam-se bons projetos de vida e a crise de modelos insustentáveis para a produção de uma sociedade mais equilibrada e otimista, de bem com a vida e em paz com a sua consciência.

4

Os momentos de crise no decorrer da história da humanidade têm provocado as reformas necessárias que fazem progredir os humanos, as transformações políticas substanciais para a ascensão e a emergência de sociedades em desenvolvimento, as revoluções científicas e tecnológicas responsáveis pela evolução de comunidades inteiras no campo das idéias e conhecimentos, as metamorfoses sociais, culturais e ambientais que tornam a vida mais renovada e diferente, comprometida com o bem-estar dos cidadãos e a saúde espiritual, física e mental de povos imersos nessa era de globalização das massas populares, interatividade de nações diversas e compartilhamento de suas relações de trabalho e conteúdos de relacionamento mais dignos de viver e que representam o caminho para o crescimento econômico e financeiro das populações mundiais interessadas na qualidade de vida de sua gente e em conduzir dignidade e excelência ética para seus integrantes, aqueles que buscam superar ações agressivas e atitudes violentas em nome de uma existência de ótimas condições de vida e trabalho, saúde e educação, ultrapassar igualmente seus limites ideológicos e suas fronteiras psicológicas que por várias vezes se tornam obstáculos à transcendência de seus próprios preconceitos morais e superstições religiosas, barreiras à emancipação de grupos e indivíduos que possuem a intenção de subir as escadarias do progresso material e espiritual, com consciência elevada e experiência de conduta condizente com suas aspirações de sucesso na vida e no trabalho aqui e agora de forma local, regional e global. Nessa explosão de movimentos emergentes e mudanças em ascensão que caracterizam o processo humano de viver, está a chave da felicidade do conjunto da humanidade, que faz da liberdade a estrada desses instantes felizes que tem a frente, no presente e no futuro.

5

As definições do tempo e os determinismos da história, sua finitude natural e seus contextos ambientais e culturais onde acontecem as intervenções divinas e humanas, convivem com o lado doentio da vida e seu quadro patológico de doenças físicas, mentais e espirituais, enfermidades de ordem psicológica e ideológica, moléstias que atingem o real e o imaginário do ser humano como tal, ao mesmo tempo que caminha construindo as coisas boas da vida, tornando o processo humano de viver e existir mais otimista e equilibrado, mais alegre e sensato, mais livre e feliz, ordeiro e pacífico, fraterno e solidário, amigo e contente. De fato, o movimento da vida é dialético e aceita a divergência de opiniões e situações controversas e a discordância de circunstâncias que ora pregam as tristezas e as angústias da existência ora geram condições de vida e trabalho, que favorecem o bem-estar das pessoas e sua saúde mental e emocional, corporal e espiritual, refletindo deste modo que o convívio humano e seus efeitos naturais e culturais convergem no que têm de positivo e se contrariam quando o bem e o mal se encontram, a paz rural e urbana se choca com a violência individual e a agressividade de grupos interessados em espalhar pela sociedade a cultura do mal e da morte contra a qual se processa a mentalidade de pessoas que advogam as causas do bem e da bondade e defendem o valor da vida e seus aspectos otimistas que coincidem com a boa vida de comunidades inteiras e a paz vivida por sociedades em transformação constante, construtoras do progresso material e da evolução espiritual da humanidade, feliz porque seus integrantes, apesas das turbulências cotidianas, ainda buscam por realizar atividades em prol da boa qualidade de vida das pessoas, da sua riqueza de conteúdos éticos a partir de que produzem uma convivência humana mais salutar, agradável e favorável às boas iniciativas de engendramento de instantes libertadores de patologias que lhes são adversas, renovadoras de seu interior e exterior e que se vêem abertas a um grande número de possibilidades, alternativas e oportunidades de trabalho, de bons relacionamentos e de ótimas atitudes que interagem umas com as outras, compartilhando suas riquezas e conteúdos de qualidade no conhecimento, nos sentimentos adquiridos, nas experiências produzidas, onde os valores de vida e suas raizes naturais e culturais, seus princípios de existência e suas normas sociais, ambientais e culturais se identificam com as boas coisas que a vida tem e a paz construida em suas consciências de existir saudável. Sim, a vida é dialética.

6

O que faz a vida acontecer é a exigência real e psicológica de satisfazer os nossos desejos humanos e realizar as nossas necessidades naturais, o que dá origem ao trabalho e aos nossos esforços e empenhos por produzir conteúdos de conhecimento, ética e espiritualidade, além de matérias de cultura e economia, política e sociedade, constituindo assim o nosso universo de relações e interatividades, intercâmbios interpessoais e compartilhamento de idéias e ideais, valores e princípios, orientadores das nossas ações sociais, das nossas intervenções na realidade cotidiana, de nossas interferências no destino de quem vive ao nosso lado e em torno de nós e depende de nossas iniciativas em prol do bem-comum da sociedade, em favor da saúde das pessoas e em benefício do bem-estar de nossos parentes, amigos e familiares. Deste modo, construimos o nosso cotidiano, definimos as nossas atitudes e determinamos o nosso convívio diário e noturno e o nosso comportamento e sentimentos uns em relação aos outros. Desde então, nos tornamos responsáveis pelo processo humano no qual colocamos nossas mediações individuais e coletivas, gerando sociedades de bem e de paz, em luta constante contra a violência urbana e rural, a agressividade de muitos e as balas perdidas resultantes do confronto entre policiais e bandidos nos campos e nas cidades. Desta maneira pois se faz a vida, o cotidiano e a existência, com momentos que ora advogam as luzes do discernimento da consciência positiva ora defendem o apagão das mentes e dos espíritos, fazendo-nos conviver diariamente com o dia que nos oferece esperanças de vida e saúde e com a noite da depressão quando passam a nos persaeguir as contradições da natureza e as turbulências do universo em forma de doenças e enfermidades em geral, o desemprego que nos assusta, os distúrbios mentais e emocionais e os transtornos de um dia a dia carregado de problemas familiares, dificuldades financeiras e conflitos na rua e no trabalho. Mas assim é a vida. Esse movimento dialético onde a luz convive com as trevas, a paz duela com a violência e o bem e a bondade se confrontam com a discordância dos relacionamentos e a divergência de atitudes. Desse jeito se faz o nosso cotidiano: de paz e guerra.

7

Os movimentos sociais, as transformações políticas e econômicas, as inovações culturais, científicas e tecnológicas, os eventos esportivos como as Copas do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos, os shows e espetáculos artísticos e musicais, de dança e teatro, as redes de comunicação via rádio e televisão transmitindo noticiários e reportagens do mundo inteiro, a teia virtual da internet conectando todos e cada um entre si, as greves e as passeatas mobilizadoras das sociedades, a dinâmica da juventude e dos trabalhadores em geral reivindicando direitos humanos e sociais, o trabalho móvel de comunidades inteiras lutando por melhores condições de vida e trabalho, saúde e educação, para todos e cada um, enfim, toda essa metamorfose ideológica de realidades concretas mexendo com a conjuntura da humanidade, ilumina os ambientes e fortalece os contextos de vida onde acontecem as mudanças para melhor na história dos homens e das mulheres, aquecem as economias ainda vacilantes e fazem mergulhar em uma onda de sustentabilidade social e ambiental todos os grupos humanos interessados em qualidade de vida para seus projetos de existência, em riqueza de conteúdo para seus conhecimentos acumulados com o tempo, e em excelência de virtudes para seus programas de ética e espiritualidade baseados no respeito mútuo e na responsabilidade recíproca, o que na verdade colabora para a dissipação das trevas no meio das sociedades, que então progridem com o novo e diferente sol que passa a brilhar em suas realidades cotidianas fazendo melhorias em suas regiões de vida buscando pois outras alternativas de trabalho, novas oportunidades de emprego e diferentes possibilidades de atividades que ajudem a tornar melhor suas situações de vida e existência, sempre à procura de circunstâncias favoráveis ao seu crescimento e desenvolvimento mental, físico e espiritual. A Evolução dos povos e nações do Globo Terrestre ressalta essa passagem das trevas para a luz em que se envolvem os humanos e terrestres em busca de uma vida melhor para todos. A História caminha. E o tempo evolui.

8

É de certo modo tranquilizador o fato de sabermos que somos permanentemente mudança de estado de vida, transformação de momentos, metamorfose de instantes cotidianos. Ora passamos do medo para a coragem, da tristeza para a alegria, do ódio para o amor, do pessimismo para o otimismo, do mal para o bem, da escuridão para a luz do sol de cada dia. Somos mudança. A História e o tempo são esse processo metamórfico onde percorremos vários estados de vida e de morte, diversas situações de equilíbrio e inconstância, diferentes circunstâncias de consciência e imaginação, o que faz movimentar a sociedade, evoluir os povos e desenvolver as nações no mundo inteiro. Parece mesmo de fato que fomos feitos para a mudança. Somos a cada momento e a todo instante transformados para melhor em outros , novos e diferentes homens e mulheres. Assim caminha a humanidade. Tal o progresso humano e natural de comunidades em vias de crescimento material e espiritual, físico e mental, emocional e sentimental. Avançamos a cada hora, minuto e segundo modificando as nossas condições de vida e trabalho, saúde e educação, transporte e moradia, cultura e lazer, arte e esporte, sempre criando novas e diferentes possibilidades de melhoria de nossas relações com o mundo e a vida, de oportunidades de emprego e de outras tendências positivas para a nossa jornada cotidiana de sucessos, créditos e prosperidade. Progredimos. Somos melhores a cada instante. Evoluimos a todo momento. Tal realidade afeta a nossa consciência de valores e princípios bem estabelecidos e bem consolidados com o tempo. Parece que vamos adiante nos orientando mais e melhor para a vida e a realidade de toda hora. Resolvemos melhor os nossos problemas. Damos soluções mais sensatas para as nossas dificuldades. Os conflitos do dia a dia começam a ser superados com saúde mental e o bom-senso das coisas. Não mais perdemos a cabeça como outrora. Estamos mais equilibrados. Tal estado de consciência transformada e transformadora de atividades cotidianas nos faz agentes de uma história que se faz melhor a cada minuto. A todo segundo evoluimos para melhor.

9

Em meio a um cotidiano onde as coisas se misturam, os fenômenos do dia a dia parecem confundidos, os acontecimentos diários e noturnos se vêem desordenados, os ambientes desorganizados e a vida de todos e cada um notadamente sem disciplina ética e espiritual, surge então, como uma herança nos deixada pelos gregos da Antiguidade clássica, a razão humana com a missão de ordenar o caos da existência, disciplinar a inteligência e organizar a nossa realidade de conhecimentos e idéias, sentimentos e experiências, valores e virtudes, princípios e normas de vida pessoal e social. É a racionalidade humana e natural aquela que tem a vocação de arrumar a casa, endireitar as coisas, colocar no devido lugar o cotidiano da nossa vida de cada dia, noite e madrugada. Assim é a vida. O caos reina com a ordem. A disciplina procura ajeitar as complicações das mentes e das emoções e fazer nascer o sol da boa ética e da boa espiritualidade. O Império da confusão cede lugar à organização das idéias desenvolvida pela mente humana desejosa por liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Deste modo, acontece a história dos homens e das mulheres. Convivemos com contrários. Estamos entre o dia de sol e a noite das trevas da realidade humana. Nesse intervalo, ocorrem as mudanças e as transformações do tempo que caminham para a eternidade. Somos metamorfoses ambulantes.

10

O Lema de Lavoisier “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” parece ser uma realidade em nosso meio histórico e temporal, muitas vezes marcado por sintomas de causa e efeito, ou por situações de acaso, ou por circunstâncias onde a surpresa dos fenômenos e o indeterminismo dos fatos e a indefinição dos acontecimentos tornam possível o movimento real e sempre atual de passagem de uma consciência obscurecida para uma mente sadia e luminosa, confirmando o contexto segundo o qual a realidade cotidiana sempre evolui, progride saindo de condições de pobreza e miséria espiritual para um clima de boas virtudes praticadas, riqueza de conteúdos de conhecimento, qualidade de vida sustentável, excelência de atitudes que buscam a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, refletindo assim o ambiente globalizado em que vivemos, o que como disse faz-nos superar a ignorância do saber e mergulhar em ações de repertório cultural elevado, ultrapassar momentos de fraqueza e medo e se situar em instantes de coragem, força e energia psicológica e social, e ainda transcender as barreiras de valores ultrapassados e princípios antigos e tradicionais e procurar outras, novas e diferentes orientações para uma boa vida social e familiar, onde todos se acham em paz com suas consciências e de bem com a vida. Tal migração de uma consciência escura para uma razão de luz caracteriza o processo histórico em que vivemos. O Tempo é progresso mental e espiritual dentro de uma realidade sempre transformadora, em mudança permanente ainda que com elos de estabilidade nas áreas política, social e econômica, e mesmo cultural. A Vida nos demonstra ser estabilidade e crescimento. Tal a razão da temporalidade. O Sentido da historicidade. Essa a metamorfose e suas metas e resultados em um universo de migrações contínuas, onde as normas também mudam e as raizes da inteligência igualmente sofrem os efeitos das transformações da realidade. O Cotidiano se desenvolve assim. Na clareza depois de um contexto de instabilidades, transtornos mentais e distúrbios emocionais. A Realidade se processa de modo que o progresso seja das trevas para a luz.

11

O Processo histórico da realidade humana e natural cotidiana, como vimos acima, é feito a partir da realização dos desejos de homens e mulheres envolvidos com seus trabalhos e famílias, lazeres e entretenimentos, atividades sociais e políticas, econômicas e culturais, e da satisfação de suas necessidades básicas naturais, elementos que possibilitam a dinâmica das sociedades, o movimento de grupos e indivíduos, a mobilidade de comunidades, que buscam o seu progresso físico, mental e espiritual, a sua evolução em todas as áreas do conhecimento humano, o desenvolvimento de seus sentimentos e experiências construtores de saúde coletiva e bem-estar social, da fraternidade entre os povos e da solidariedade entre as nações, da interatividade de conteúdos de saber e compartilhamento de suas riquezas culturais, sobretudo no campo científico e tecnológico, na arte e no esporte, e em outras regiões da consciência humana e seus derivados morais e religiosos, ambientes de formação e informação, culturas e mentalidades surgidas a partir da geração de carismas e talentos, da criatividade de vocações e profissões liberais e demais serviços da sociedade. Deste modo, a história e o tempo da humanidade se produzem por desejos e necessidades, motores do desenvolvimento, matrizes produtoras da metamorfose das populações e sua gente interessada em qualidade de vida, riqueza de conteúdo e excelência de virtudes. Assim caminha a humanidade. Desta maneira, crescem os humanos e suas ações de bem-comum dentro de suas comunidades e sociedades. A Vida é progresso.

12

Do nascimento à morte a vida se processa, e nesse intervalo a humanidade caminha, o mundo evolui, o tempo e a história se desenvolvem, as sociedades progridem assumindo um compromisso responsável com a saúde de seus cidadãos e o bem-estar e o bem-comum de seus grupos, indivíduos e comunidades. Nesse meio, muitos talentos surgem para fazer a diferença no cotidiano, ou diversos carismas aparecem para definir os acontecimentos da realidade, neles determinando suas visões de homem e de mulher, de Deus, de natureza e de universo, seus pontos de vista transformadores para melhor das estruturas sociais e políticas, econômicas e culturais, e suas interpretações positivas e otimistas que fazem o crescimento das gentes, povos e nações do mundo inteiro, e assim a realidade de todos os dias e todas as noites vai se tornando mais dinâmica e globalizada, vendo-se possuida pelo movimento de metamorfose constante de seus cotidianos, produzindo na existência humana temporal e eterna mais qualidade de vida para as pessoas, mais riqueza de conteúdo cultural para as sociedades e mais excelência de virtudes para os cidadãos e cidadãs interessados em uma boa ética e espiritualidade natural, responsáveis fundamentalmente pela boa vida e ótima historicidade daqueles e daquelas que sustentam suas famílias e trabalhos, organizam suas atividades e comportamentos, disciplinam suas experiências de cada dia e de toda noite, e ordenam suas consciências e experiências de auto-estima elevada, ótimo astral, positividade e otimismo, condições de uma história de sucesso, prosperidade e crédito para todos e cada um. Nesse ínterim, a criatividade de quase todos contribui para a felicidade geral de todas as sociedades, isto em nome da liberdade, portal de construção de uma realidade de sorriso e alegria universais. Nesse processo, vocações se fazem e profissões se realizam. Cada qual favorece o bom cotidiano em que vivemos.

13

O Trabalho humano e seu poder de transformação para melhor da realidade cotidiana constitui um dos grandes sentidos da história e do tempo dos homens e das mulheres, a razão do progresso dos povos, o otimismo das sociedades que evoluem no corpo, na mente e no espírito, o equilíbrio das pessoas que fazem do seu desenvolvimento o caminho para a saúde individual e coletiva, e o bem-estar das comunidades, e o bem-comum de toda a coletividade. É o trabalho que intervém no crescimento da cidadania, na luta pelos direitos humanos, na busca por mais dignidade interpessoal, mais qualidade de vida social, riqueza de conteúdo cultural e excelência de virtudes éticas e espirituais. O Trabalho modifica a natureza, transforma o universo, interfere na positiva metamorfose da criação. Com ele, a ciência, a arte e o esporte, a tecnologia e a informática, o computador e a internet, o rádio e a televisão, o dia a dia convertido em coisas boas e fenômenos de ótima qualidade política e econômica, enfim, a vida mudada para o bem e a paz por meio da atividade empenhante e do esforço humano em trabalhar com alegria, fazer tudo direito e realizar bem todas as circunstâncias antes sonho mas agora realidade. O Trabalho é o fundamento da temporalidade e o princípio da historicidade. Sem ele, nada é possível, tudo é inútil e sem significado algum. A Vida é trabalho. Trabalhar é existir. Somos atividade.

14

O Processo humano de viver se faz a partir da estrutura familiar onde o cidadão ou cidadã de determinada sociedade aprende e apreende os princípios éticos e espirituais e os valores morais e sociais orientadores de sua trajetória dentro da realidade cotidiana, lugar e tempo em que constrói sua existência baseada no bem que deve fazer e na paz que precisa praticar a fim de que possa estar em harmonia com seu convívio no interior de uma realidade em mudança permanente, de transformações constantes e de metamorfoses locais, regionais e globais. Assim, através da família, a pessoa humana gera sua jornada cotidiana, produz suas idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências ideológicas e psicológicas, sociais e culturais, políticas e econômicas, o que reflete o seu papel no tempo e a sua função na história dos homens e mulheres deste mundo em que vivemos real e atualmente. Com a família, somos educados para a vida, aprendemos o direito e o respeito, crescemos com responsabilidade social, cultural e ambiental. Sem a família, faltam-nos as raizes da existência, as normas de uma vida onde a liberdade deve ser o fundamento da felicidade. De fato, a família é a base de uma sociedade ordeira e pacífica, livre e feliz, equilibrada e sensata, alegre e otimista, caminho para uma humanidade de bem com a vida e em paz com sua consciência. Na família, a nossa estabilidade, segurança e tranquilidade. Nela, Deus se faz, tem voz e tem vez. Por ela, a vida, a paz e a ordem, o amor e o bem, a bondade e a concórdia, a convergência e a unidade, e a consciência de que estamos bem, tudo pode dar certo, e a certeza da vitória sobre as fontes da violência e da agressividade em nosso entorno. A Família nos garante e nos sustenta historicamente, no tempo e para a eternidade.

15

No tempo, entre o dia da Vida e a noite da Morte, os acontecimentos e os fenômenos da realidade cotidiana se manifestam ora misturados com a claridade das consciências ora confusos com o discernimento dos espíritos humanos. Nesse jogo de indefinições físicas e mentais, faz-se igualmente a indeterminação dos ambientes sociais, dos contextos político-partidários, das estruturas econômicas em desequilíbrio e das culturas e mentalidades geradas sem a sensatez da racionalidade e o otimismo das pessoas que vivem em sociedade. Assim ocorrem entre nós o desejo de ordenar todas as coisas e a necessidade de impor limites à história a fim de garantir a voz da natureza que tudo comanda e o grito do universo pedindo socorro diante do império da dúvida e da incerteza que muitas vezes quer abalar a estabilidade das comunidades, grupos e indivíduos interessados em paz espiritual, disciplina social e organização de suas consciências e experiências cotidianas. Nasce assim a imprescindível aspiração por uma ética e uma espiritualidade baseadas na concórdia de princípios e convergência de valores que possam orientar os humanos e terrestres no caminho de uma vida mais fraterna e solidária, ordeira e pacífica, otimista e equilibrada, saudável e agradável. Como vemos, ao lado dos transtornos psicológicos e dos distúrbios ideológicos aparecem a consciência humana que tudo organiza, a sua racionalidade disciplinadora de suas atitudes e a sua inteligência que ordena o caos que ora foi instalado. Nesse binômio de controvérsias, faz-se a história e se caminha para a eternidade mais além.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Segredos do Amor

Segredos do Amor
Detalhes das relações entre o homem e a mulher

Elas preferem os homens insinuantes

Em questões de amor e sexo, as garotas gostam daqueles homens insinuantes, que tomam a iniciativa da abordagem, lançam os fundamentos da paquera e fazem começar um namoro esperançoso, quente e apaixonado, visto que elas gostam de ser amadas e desejadas, tratadas com carinho e respeito, consideradas importantes para o relacionamento onde devem reinar o sentimento profundo, a relação acalorada, o amor mútuo, a responsabilidade recíproca, o direito e o respeito entre os dois, o bom-senso compreendedor dos problemas, conflitos e dificuldades da relação, o equilíbrio mental e emocional, virtudes positivas como o otimismo, a alegria e o sorriso, portas abertas para um universo de boas tendências, excelentes oportunidades e inúmeras possibilidades.

Mulheres em crise, ou na pista, ou andando de avião

Quando o assunto é o amor, encontramos meninas em crise romântica, aquelas que não conseguem namorado de jeito nenhum, até lutam por arranjar uma paquera legal, ou alguém bacana que as respeite e valorize; ou então, estão na pista, no meio da estrada da vida, ao longo da avenida do cotidiano, dando para qualquer um, se oferecendo para o primeiro que aparecer, como que querendo arrebentar com tudo e com todos, criar uma situação de liberdade em que os acessos são constantes, as relações são numerosas, os desejos são quentes e atraentes, as paixões são gostosas e maravilhosas; ou ainda aquelas que vivem voando no interior da realidade, sonhando alto, iludidas com a viabilidade de aparecer alguém a qualquer instante, ou algum príncipe encantado que satisfaça seus desejos e necessidades, ou mesmo qualquer imperador do Japão que realize seus interesses e intenções, ou quem sabe um rei do paraíso capaz de lhes proporcionar uma paixão delirante, um romance fascinante, um amor impossível, ou até uma interação mais séria, comprometida e responsável. Essas mulheres gostam de ser amadas. E fazem isso para encontrar um grande amor.

Lindas, Quentes e Jovens

Parece que no sexo feminino constatamos que não existem mulheres velhas, mas todas sem exceção são jovens, carregam no espírito uma juventude eterna, o que torna o relacionamento mais alegre, otimista e sorridente, de aspectos positivos que dão ênfase à saúde do casal e seu bem-estar psicossocial, físico e espiritual; igualmente, as garotas em geral são bonitas, não há meninas feias, que possam assustar os seus parceiros de cama e companheiros de caminhada; do mesmo modo, toda mulher é fogão, incendeia no amor e no sexo, é brasa ardente de desejo e paixão, é incêndio de tesão até o ponto máximo do encaixe sexual que é o orgasmo, fruto do prazer e amor dos dois depois de uns instantes de intensa e extensa relação. Esses dados e informações acerca da realidade da mulher contribui eficazmente para que o convívio humano seja fecundo e profundo, autêntico e transparente, livre e verdadeiro, respeitoso e responsável, vital e saudável, agradável e admirável. Eis um grande conteúdo de relacionamento que torna ambos os parceiros ricos em amor e vida, animados para a interação ardente onde compartilham entre si seus corpos quentes e suas almas incendiantes, suas mentes abrasantes e seus espíritos inflamados. Nessa conexão acalorada de amor e sexo, ganham os dois, e vencem a natureza e a sociedade, agora cheia de romantismo, garantia de sucesso nos empreendimentos e trabalhos, ações e atividades voltadas para o bem-comum da humanidade e bem-estar de indivíduos e grupos, comunidades e coletividades. E nesse íntimo envolvimento Deus é glorificado e o mundo fica mais livre e feliz, ordeiro e pacífico, fraterno e solidário. É a vitória do bem sobre o mal, da cultura da paz sobre a mentalidade violenta e agressiva. Em tal equilíbrio de amor, desejo e paixão, o bom-senso do casal reina sobre os transtornos mentais e emocionais e os distúrbios físicos, psicológicos e espirituais. É a vitória da vida.

Tenho crédito ?

Outro dia, cheguei na padaria da esquina da minha rua, na Tijuca, para fazer um lanche, beber um café e comer um salgado, quando perguntei para a Marli, funcionária daquela loja comercial: “Marli, tenho crédito ?
Posso manter ainda a esperança ? Tenho um lugar no seu coração em brasas ? Posso continuar na fila ainda que seja no último lugar da fila ?” E a resposta da Marli, uma jovem garota de 26 anos, linda e esperta, romântica como eu, carinhosa, educada e inteligente, e muito trabalhadora, foi a seguinte: “Jorjão, estou de olho em você. Vou te pegar Jorjão.” Observei que aqueles poucos instantes de abordagem fez-nos, eu e a Marli, ficarmos incendiados, em um calor de quase 100 graus, pegando fogo mesmo, eu na minha bengala quente do paraíso, e ela no seu buraco quente cheio de amor pra dar. Nos amamos há muito tempo. Sinto que a Marli cresce comigo em paixão, desejo e loucura. O Tesão é grande. O Calor é imenso. A energia é de arrebentar, fazer explodir nossos sentimentos e corações ansiosos por amor e sexo. Marli vive me paquerando, e eu a qualquer momento vou fazer um gol de placa nela, ou um gol de bicicleta ou de cabeça pra nenhuma mulher botar defeito. É linda a Marli. Somos tremendamente apaixonados um pelo outro. Essa relação de amor fez-me refletir como as mulheres gostam de ser conquistadas e desejadas, amadas e enlouquecidas por um romance sincero e autêntico, por um amor verdadeiro e transparente. Marli a cada dia, noite e madrugada, está a toda hora, minuto e seguro, mais bonita, rejuvenesceu até depois que nos conhecemos, se animou bastante para a vida e o trabalho, e suas atitudes me revelam uma menina agora mais tranqüila, segura e estável, como não ocorrera antes. É verdade. Quando o amor é profundo e criativo, quente e apaixonado, as mulheres se entregam, se abrem mesmo para um namoro legal e bacana, onde os parceiros vão fundo em um relacionamento de boas tendências e cheio de possibilidades e alternativas. Somos românticos por natureza. Deus é grande.

8 de Março
Dia Internacional da Mulher

Hoje, ao celebrarmos o Dia da Mulher, recordamos aquela que é a essência do amor, a beleza da vida, a riqueza do homem, a grandeza de Deus, o perfume da realidade, a jóia do coração romântico, a pérola do relacionamento vivo, o sentimento em forma de talento, o sorriso da graça, a alegria sensível, o otimismo sempre de plantão, a parceira de cama e companheira de caminhada, a profissional do sexo, a mãe preocupada com seus filhos, a noiva pronta para casar, a namorada eterna, a paquera de todo fim de semana, a esposa dedicada ao marido, a viúva sempre ansiosa por recomeçar a vida, a solteira em busca do seu príncipe encantado, a desquitada que não desiste de amar, a divorciada que ainda não perdeu as esperanças do amor, a jovem estudante que procura ser alguém na vida, a menina inteligente e educada que deseja um lugar ao sol, a garota trabalhadora que luta pela vida, a idosa doente sobre a cama de um hospital, a professora criativa que produz conteúdos de conhecimento, a advogada que batalha pela defesa de seu cliente, a engenheira geradora de obras de arte, a juíza solícita que trabalha em favor do direito e da justiça, a mecânica de automóveis que conserta o carro do freguês, a dona de casa que socorre a sua família, a empresária que constrói o capital de seus funcionários, a comerciante que compra e vende para sobreviver, a trabalhadora operária construtora de tijolos que fazem o edifício, enfim, a fêmea que no cotidiano da vida combate em benefício da sociedade do bem e da paz.
Assim é a mulher.
Pequena ou grande, mulata ou morena, poderosa ou humilde, compreensiva quase sempre, perfeita de vez em quando, excelente uma vez ou outra, rica ou pobre, patroa ou empregada, chefe ou subordinada, ela está sempre na moda, com seu jeito simples de viver, com seu modo elegante de se comportar, com sua maneira esperta de se relacionar, driblando os problemas da vida para encontrar soluções corretas para as dificuldades e conflitos do seu dia a dia, vencendo a guerra da violência urbana ao optar pela bondade de seus atos, a boa educação com o semelhante, o respeito ao próximo, equilibrada e sensata quase sempre, responsável e comprometida com uma sociedade justa e fraterna, pacífica e solidária, que encontra na fé em Deus a força para não desanimar e o ânimo para ajudar os outros, garantindo assim a sua consciência de liberdades conquistadas, de direitos adquiridos e de deveres a serem cumpridos.
Mulher cidadã.
Mulher com dignidade.
Mulher com qualidade de vida.
Mulher que trabalha incessantemente pelo bem da humanidade e pela paz em sua casa e pelo bem-estar da sua família.
Mulher amada ou amante.
Mulher que assume com seriedade os esforços por uma sociedade mais livre e feliz, ordeira e tranqüila, calma e em paz.
Sim, hoje é o dia delas.
Mulheres apaixonadas.
Mulheres lutadoras.
Mulheres trabalhadoras.
Mulheres profissionais.
Mulheres maternais.
Mulheres namoradeiras.
Mulheres cujo desejo é a loucura da paixão.
Nesse dia delas,
convoco as Gabrielas,
as Manuelas e as Rafaelas,
para comerem comigo um doce de chocolate e um suco de laranja em homenagem àquelas que dão sentido às nossas vidas e razão às nossas existências de cada dia e de toda noite.
Parabéns, mulheres!
Com vocês, aprendi a viver, trabalho com alegria e descanso com tranqüilidade.
Sem vocês, não há ordem nem paz em nosso dia a dia.
Vocês são como o sol.
Iluminam nossas madrugadas.
Esquentam nossos ambientes.
Aquecem os nossos trabalhos.
Fortalecem os nossos desejos.
Abençoam os nossos lares.
E glorificam a Deus cotidianamente.
Vocês, o farol da minha vida.
A Paz que eu gosto de ter.
O Bem que me traz a verdadeira felicidade.
Obrigado, Senhor, pelas mulheres de hoje, de ontem e de amanhã, vivas e falecidas, no céu ou na Terra.
Hoje, elas sobem mais um degrau na escadaria da vida.
O Degrau da consciência de que podem intervir na realidade em favor da paz na sociedade.
Interferir na conquista da liberdade para si e para os outros.
Podem escolher o melhor caminho.
O Caminho do Bem.
Só assim a paz será possível.
E elas são da paz.
E do bem também.
Graças a Deus.

Direitos e Deveres Sexuais do homem e da mulher

1. Sexo com amor
2. Sexo com amor entre o homem e a mulher que se amam
3. Assim, o sexo é natural, legal, humano, direito e legítimo
4. Sexo vem do amor
O Amor vem de Deus
Logo, o sexo com amor vem de Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, o Deus do Amor, o Deus do Sexo
5. Sexo com amor, portanto, é humano e também divino
6. Sexo com amor entre o homem e a mulher que se amam é, pois, aprovado por Deus, o Senhor
7. O Amor conduz ao desejo sexual
8. O desejo conduz à prática sexual
9. A prática conduz ao prazer sexual
10. O prazer conduz ao orgasmo sexual
11. Sexo com amor e respeitosamente
12. Sexo com amor e responsavelmente
13. Sexo com juízo e bom-senso
14. Sexo unicamente com amor apenas entre o homem e a mulher que se amam
15. Sexo com amor leva à felicidade do casal (homem x mulher/macho x fêmea): o prazer (orgasmo sexual)
16. Sexo com amor ajuda na constituição de uma família (filhos e netos): reprodução humana e continuação da espécie
17. O homossexualismo (gays) é contra a natureza, a natureza humana (lei natural), lei de Deus, porque é desumano, contrário ao perfeito amor existente entre o homem e a mulher

Estes são os 17 direitos e deveres sexuais do homem e da mulher que se amam.
Praticá-los: eis o sentido da vida.
Vivê-los:eis o segredo da verdadeira felicidade humana.
Observá-los:eis a boa saúde e o bem-estar do homem e da mulher que se amam, neste mundo histórico e presente temporal, e, além, na eternidade.

Bendito seja o Deus do Sexo para sempre.

Em defesa da mulher

Se eu tivesse um dia de escolher entre a verdade e a mulher, eu acho que certamente eu optaria pela mulher.
Porque a mulher é mais verdadeira do que a própria verdade.
A Mulher é a verdade do homem.
A Verdade da Vida.
A Verdade da criação de Deus.
A Verdade da natureza e do universo.
Com a mulher, a verdade se restabelece, pois ela junto com o homem são a ordem da sociedade, o bem da humanidade e a paz dentro de qualquer realidade.
Ela, com seu jeito de ser, sua maneira de viver e se comportar, seu modo de encarar a vida e a existência, possibilita ao seu homem, seu macho de verdade, parceiro de cama e companheiro de estrada, a harmonia da família, a beleza da sexualidade, a grandeza de Deus e a riqueza de uma vida de trabalho e de luta de onde se tira o pão nosso de cada dia.
Sim, ela é a verdade pura, genuína e cristalina da vida que se vive, do ambiente em que trabalhamos diariamente, do tempo e da história cujo sentido é o amor e o sexo entre o homem e a mulher que se amam.
De fato, ela é mais verdadeira do que a verdade.
Porque a partir dela unida ao homem se reordena a temporalidade, se consegue disciplinar o comportamento social e cultural, político e econômico, se obtém a organização dos conhecimentos apreendidos, se racionalizam as experiências cotidianas, condicionando então entre nós o bem e a paz de que precisamos para a nossa felicidade completa, a fraternidade e a solidariedade que nos faz ser amigos das pessoas e generosos com os pobres e menos favorecidos.
Com efeito, a presença da mulher em quaisquer situações de vida dentro do contexto real em que vivemos no dia a dia da nossa vida, é sinal de comunhão entre grupos e indivíduos, de sintonia entre consciências e práticas, de harmonia entre os seres e as coisas com que lidamos durante o dia e a noite.
Sinto que a insistência da mulher na vida diária nos causa tranqüilidade na alma e calma interior, porque o seu corpo feminino e o seu espírito sempre jovem nos dá a sensação – pelo menos eu observo isso – de que Deus está vivo no meio de nós, já que a pessoa da fêmea contagia o ambiente masculino e toca o coração dos machos, através do seu romantismo natural, da sua sensibilidade cordial e do seu sentimento musical.
Sim, ela é aquela música que nos faz bem, aquele livro que enriquece a nossa mente, aquele relógio que bem administra o nosso tempo, aquele rádio que atualiza as notícias que temos necessidade de saber, aquela televisão que torna alegres diante da tristeza, sorridentes perante o desespero e otimistas quando o mal-estar se apresenta e as angústias e aflições se instalam em nosso meio familiar ou de trabalho.
Ela também é aquele computador que através da internet nos conecta com o mundo inteiro.
Pois ela é sempre sensível e interativa, global e universal, dinâmica e trabalhadora embora muitas vezes sofredora, comunicadora perfeita, a excelente atriz que gostamos de ver, a boa profissional com que sempre queremos trabalhar, a vocacionada para o amor, a beleza sexual, o prazer de viver e o orgasmo mais feliz que podemos gerenciar.
Parece que a mulher é completa, ou se completa com o homem.
Todavia, ela é verdadeira, mais transparente do que o homem, mais autêntica que seus inimigos e adversários.
Adoro ouvir os conselhos de uma mulher, sobretudo quando ela tem a esperança da criança, a juventude da vida e a maturidade do sexo.
Ela, sempre linda aos meus olhos, seja ela nova ou velha, pequena ou grande, rica ou pobre, feia ou bonita, quente ou fria, fogão ou geladeira, apaixonada ou louca, desejosa ou amorosa, sexualista ou sexualizadora, professora de sexo ou não na teoria ou na prática...
Porque toda mulher é a verdade do homem.
Mais verdadeira que as outras verdades que existem e insistem na sociedade dos homens.
Ela, a verdade de Deus.

Meu Primeiro Beijo

O Nome dela era Mara

Foi a noite mais feliz da minha vida.
Ela, Mara Rodrigues, 18 anos, estudante como eu do Luther King, moradora na Rua Barão de Iguatemi, na Praça da Bandeira, que gostava de andar de bicicleta e grande freqüentadora do Clube América na Tijuca onde praticava natação e mergulho nas águas cristalinas da piscina daquele espaço americano.
Começou a partir de então uma ótima relação de amor.
Antes, ligava todo dia pra ela, marcando encontros no América, e ela dizia sempre “sim” para mim, respondendo indo de maiô preto ao nosso encontro apaixonado de todo final de semana, sobretudo aos sábados pela manhã, naquela referida piscina bastante assediada pelos moradores e trabalhadores tijucanos.
Em um final de tarde, quarta-feira, por volta das 18 horas, início da noite, saímos juntos eu e ela do Luther King, aquele colégio bacana entre o Estácio e a Praça da Bandeira, e voltando para nossas casas, senti o meu coração apertar, correr apressado e quase explodir de tanta emoção e alegria, pois estava ao lado da mulher da minha vida, a minha garota predileta, a minha menina preferida, a jovem estudante que vinha encantando a minha alma há muito tempo, fazendo e virando a minha cabeça, e fascinando o meu corpo já quente, incendiado de amor, tornando o meu espírito também jovem enlouquecido por ela, apaixonado pelo seu jeito de ser, sua maneira de agir e seu modo de se comportar, com sua sensibilidade feminina transformando o nosso romance no sentimento mais bonito que um homem e uma mulher podem possuir.
E, de repente, paramos no meio da rua, na esquina da Rua do Matoso com a Barão de Iguatemi, ali mesmo na Praça da Bandeira, e nos olhamos fixamente, e surgiu então o desejo do olhar, e nos amamos e nos abraçamos, apaixonados um pelo outro, e finalmente nos beijamos enlouquecidamente, ao ponto de viajarmos na imaginação e esquecermos o local onde nos achávamos naquele instante, naquele momento eterno, a partir do qual o nosso amor jamais acabou, apesar de hoje estarmos separados.
Foi o nosso primeiro beijo.
Nossos lábios pegando fogo se chocaram pela primeira vez.
Foi um choque de amor, de desejo e de paixão, na loucura mais completa de um namoro construído com o tempo e de uma paquera concluída com sucesso.
Mara estava feliz.
E eu talvez mais feliz que ela.
Depois desse encontro de paixão e loucura, de amor e desejo, seguimos cada qual o seu caminho, e mais tarde outros beijos aconteceram, todavia não nos casamos, fazendo a começar de agora do nosso amor quente e apaixonado um namoro eterno cuja paquera era constante e se tornou permanente pelas ruas e avenidas da Cidade do Rio de Janeiro, em todas as vezes em que nos encontrávamos.
Nos amamos até hoje.
Daquele beijo inicial, cresceu o nosso relacionamento amoroso e se consolidou entre nós aquela paixão louca que nos envolvia, e que nos tirava do sério, e que nos alienava da realidade, e que nos fazia sonhar com um paraíso quase impossível de ser gerado, e que nos mergulhava profundamente no céu mais lindo de amor entre um gato carioca e uma garota do Rio.
Saudades daquele primeiro beijo.
Que teve de tudo: sacanagem e safadeza, sujeira e porcaria, palavrão e coisas obscenas, paixão e loucura, amor e desejo, sexo bucal e encaixe sentimental.
Mas foi o nosso primeiro beijo de amor verdadeiro.
Um beijo abençoado por Deus.
Depois que conheci Mara, minha vida então entrou em ordem, disciplinei a minha consciência e organizei os meus relacionamentos e comportamentos.
A simples presença de uma mulher no meu dia a dia, acalmou o meu coração, tranqüilizou o meu espírito, trouxe paz e harmonia ao meu corpo e à minha alma.
Parece que nesse instante Deus veio morar comigo e habitar a minha existência.
A Lei Natural se inseriu em meu ambiente social e cultural, político e econômico, e carregou a minha vida de paz interior, ordem mental, física e espiritual, sossego emocional, disciplina ética e comportamental, e organização das minhas idéias, sentimentos e conhecimentos.
Conheci a paz na minha vida.
Mais tarde, surgiram outras mulheres, novos beijos e diferentes paixões, consolidando de vez em mim a ordem interior, o equilíbrio mental e emocional, o bom-senso nas atitudes e a boa consciência nos bons valores abraçados, nas boas virtudes praticadas e nas boas vivências experimentadas.
Graças às mulheres, Deus entrou em minha vida cotidiana, a calma invadiu a minha alma e a tranqüilidade penetrou o meu coração, fiquei em paz comigo mesmo e de bem com a vida, de bem com todos e cada um que se aproximaram de mim até hoje.
Obrigado, Senhor, pela Mara, pelo nosso primeiro beijo, e pelas mulheres presentes em minha vida.
Hoje, sou um homem feliz.

O mais importante é o amor

Em muitas ocasiões do dia adia, os trabalhos e atividades parecem querer sufocar o amor de um casal, seu romance profundo e real, seu relacionamento cheio de boas virtudes e bons princípios, boas atitudes e afazeres que qualificam a interatividade ente o homem e a mulher que se amam, se respeitam e se valorizam. Todavia, é preciso que nessas horas de crise na relação, de transtornos na vida a dois e de distúrbios no casamento e na vida de marido e mulher e filhos, prevaleça o amor, o romance dos eternos namoros, a constante paquera entre um macho e uma fêmea. Tudo pelo amor. O mais importante é o coração e o sentimento que os liga e une, de onde deve sair a salvação desse compartilhamento de idéias e valores, pensamentos e experiências diferentes e até contrárias. O mais importante é o amor.

A Mulher-Chocolate

Hoje, na Tijuca, eu conheci a Mulher-Chocolate.
Ela é carioca.
Trabalha no Restaurante Ravelle, bem no Largo da Segunda-feira.
É alta, mais mulata do que morena, de cabelos pretos, bem queimadinha de sol, como chocolate...
Seu rosto é sereno, seus cabelos negros-dourados, seu pescoço é macio, seu corpo é quente como a brasa de fogo em dia de calor, seus pés são doces, leves e suaves como os de toda mulher bonita, perfumada e carinhosa, educada e inteligente, brincalhona e trabalhadora, respeitosa e responsável, amiga e generosa, fraterna e solidária, ordeira e pacífica, saudável e otimista em relação ao cotidiano, alegre no seu dia a dia, feliz por saber que os homens a atraem, a observam com atenção e a paqueram com quase perfeição.
É a Mulher-Chocolate.
Ela usa brincos azuis de ouro, colares brancos como a neve, sobrancelhas escuras pelo lápis feminista, olhos verdes e fundos como o oceano das águas, nariz arredondado pedindo carinho, boca com batom vermelho forte a chamar seus parceiros para a cama, desodorante cheiroso que nos torna atraídos por ela, perfume alemão que a deixa bela como as pérolas preciosas, linda como o rubi e bonita como as areias claras das praias do Rio.
Ela tem um jeito tranqüilo de ser combinando com seu casaco de pele marron que utiliza comumente para as noites de frio.
Ela utiliza calças compridas pretas quase sempre, que se aliam às suas blusas azuis e vermelhas que ela normalmente veste a fim de sobressair nas ruas e avenidas do bairro como se fossem as passarelas de moda dos dias de sol cariocas.
Com seus óculos escuros pode enxergar os seus amados sem que eles a vejam.
Na sua bolsa de couro vermelho esconde os seus objetos de prazer, as suas coisas íntimas e os seus documentos exóticos, que encantam os seus namorados - que são muitos –
e fascinam os garotos que se apaixonam por ela.
Tem 37 anos.
Nos seus sapatos de salto alto vermelhos, o segredo de sua elegância, o encanto de sua beleza e o fascínio de seu modo educado de caminhar, calma como o equilíbrio da alma, racional como o bom-senso do espírito, cordial como as suas mãos cheias de carinho para dar, e espiritual capaz de controlar bem a sua mente e as suas emoções e dominar-se a si mesma.
Como garçonete da Ravelle, onde trabalha, Jaqueline – eis o nome dela – serve bem os fregueses com o devido respeito de uma profissional bem vivida e bem sucedida.
Então, ao tomar uma água e um cafezinho na mesa do restaurante convidei-a para sair comigo à noite.
E ela respondeu-me que “sim” dando-me o seu telefone de casa para marcar a hora que ela chegaria para receber-me em seu apartamento na Praça Saens Pena.
E foi a noite mais linda da minha vida.
Porque não só nos amamos como também atravessamos a madrugada fazendo sexo um com o outro.
Ao amanhecer, cada qual voltou ao seu dia normal.
E nos apaixonamos como ninguém.
E assim o somos até esse momento de aqui e agora.
Eis a Mulher-Chocolate.
Razão da minha vida e sentido do meu ser.
A Glória de Deus no meio de nós.

A Esculhambada

Eis a mulher em constante turbulência sentimental, em crise no amor, sempre criticada pelo marido ou namorado, que leva bronca e esporro a toda hora, minuto e segundo, sempre em busca de um romance mas nunca satisfeita com o que encontra pela frente, odiada pelos seus parceiros de cama e companheiros de caminhada, em permanente dialética espiritual, sempre a procura de uma paixão que dê certo, desejando homens carinhosos que a ajudem a se encontrar no sexo, querida por alguns todavia rejeitada pela maioria, ignorada nos encontros com amigos e amigas, excluída da roda de música e dança, onde os eventos, shows e espetáculos a convidam para um novo e diferente amor, porém encontra obstáculos dentro de si mesma, por ser constantemente deixada de fora no convívio com os machos, os seus homens desejados entretanto que não correspondem ao seu amor, já que ela é preconceituosa e sofre os transtornos de uma relação que outrora não deu certo mas que agora ela anseia e sonha por acertar. Essa é a mulher esculhambada. Cheia de distúrbios no amor, indefinida em seus ideais e indeterminada nos romances que assume vez ou outra. É a mulher problemática.

Romantismo

A Vida,
um eterno Romance

Em meio a tantas dificuldades, problemas e contrariedades do dia a dia, sentimos a necessidade humana e o desejo natural de colocar amor e paixão em nossas atividades, atitudes e relacionamentos cotidianos, o que transforma a nossa existência diária em um eterno Romance onde o amor entre o homem e a mulher e suas conseqüências sexuais se tornam a base da ordem na sociedade, o fundamento do nosso bom comportamento social e cultural, político e econômico, o princípio do nosso otimismo e bem-estar, a origem da nossa alegria e felicidade, a causa do nosso contentamento no convívio real e atual que mantemos todos os dias e todas as noites uns com os outros, revelando assim que ser apaixonado pela vida é o verdadeiro segredo da felicidade e a autêntica chave do bem pessoal e social, que nos atinge, e nos faz praticantes da fraternidade universal e da solidariedade entre os povos.
Sim, a vida é essencialmente romântica ainda que cercada pelo realismo das experiências cotidianas, em que podemos sempre tomar uma água e um cafezinho no botequim da esquina, ou ir ao shopping do bairro para fazer as compras do final do mês, ou almoçar e jantar no melhor restaurante da praça, ou comprar pão e leite para os nossos filhos na primeira padaria que encontramos, ou adquirir nossos jornais e revistas para sabermos as notícias diárias, ou encomendar na farmácia adiante os remédios de que precisamos para melhorar a nossa saúde física, mental e espiritual.
Devemos mesmo perante as contradições do dia a dia e as controvérsias da realidade temporal, plena de trabalhos pra fazer e cheia de contatos com a família, parentes e amigos, em casa ou na rua, fazer da nossa vida histórica e eterna um verdadeiro Romance de Amor, onde realizamos concretamente a metamorfose de nossos egos, e passamos a viver não só para nós como também para os outros, permitindo-nos obter a partir de então uma visão mais social e coletiva da humanidade, a partir é claro do amor apaixonado de um homem por uma mulher, garantia da felicidade social e ambiental, e sustento da nossa saúde corporal, mental e espiritual.
De fato, somos românticos por natureza, o que dá à vida de todos os dias uma maior animação para viver e existir, mais sucesso nos trabalhos desenvolvidos, boas relações com as pessoas de nossa convivência, ótimas oportunidades de crescimento sentimental, grandes possibilidades de criação de idéias e produção de novos e diferentes conhecimentos, favorecendo assim as nossas tendências reais de maior amizade entre grupos e indivíduos, mais generosidade em nossos relacionamentos, e gigantesco compromisso de respeito aos outros e responsabilidade em nossas ações de cada dia.
Graças a esse estilo romântico de viver, podemos gozar verdadeiramente de saúde pessoal e bem-estar coletivo, o que nos faz pessoas felizes umas em relação às outras, fruto da liberdade do amor construtor do bem e da paz em nossas comunidades locais, regionais e globais.
Somos felizes no amor.
E tal felicidade se propaga por todas as estruturas sociais, melhorando as nossas condições econômicas e financeiras, as nossas atividades sociais e políticas, e as nossas relações culturais, éticas e ambientais.
Com efeito, o milagre do amor apaixonado torna os homens mais corajosos e as mulheres mais belas no dia a dia da nossa vida.
Isso porque Deus, o Senhor, é igualmente romântico, e fez do romantismo a base da vida e o fundamento da existência.
Somos naturalmente românticos.
Pois o amor é eterno e a paixão é para sempre.

Mulher-Terremoto

Quando o homem se encontra com uma mulher, ou sua esposa, paquera de ocasião ou namorada de agora, e vai para a cama com ela, esta o arrasa na cama, o enlouquece sexualmente, faz-se uma tsunâmi em sua vida de amor e sexo, e como um terremoto que destrói tudo e arrasa com todos, ela, a mulher terremoto, a campeã de sexo, totalmente elétrica na cama, que deixa seu parceiro doido e sem jeito, apaixonado e pleno de tesão, que a leva ao desejo puro e ao orgasmo maluco, que revoluciona sua vida sexual e a transforma na cama em um incêndio de paixão, a loucura sexual mais completa, o amor eletrônico que se torna a guerra dos sexos, onde o homem é arrasado pela mulher, e a mulher explode de orgasmo louco e apaixonado, se entrega totalmente ao seu macho na cama, se abre para ele integralmente, que então a penetra artisticamente, com seu pau de fogo dentro do útero quentíssimo dela, seu ferro de aço que encaixa terrivelmente com seu buraco maluco de amor, sua bengala de ouro colocada colocantemente em sua caverna de prata. É a loucura total, que só a mulher terremoto sabe proporcionar ao homem que a ama.

A Encalhada

Essa é toda garota, jovem menina ou mulher experimentada ou não que não consegue homem em sua vida de sentimentos profundos, amores fecundos e sexo fundo, que não se dá bem com paqueras ou namorados, mas insistente no amor ainda que a vida lhe negue esse privilégio de ser amada, respeitada e valorizada por machos que a aceitem, a comprrendam e tolerem seus erros, faltas e defeitos. Essa é a mulher encalhada. Que não consegue um novo amor por muito tempo. Todavia deseja apaixonar-se, ligar-se a um parceiro,encontrar um companheiro que a ajude a superar seus problemas românticos, suas dificuldades no amor e seus conflitos sexuais. A Mulher encalhada nada e nada, mas quase sempre morre na praia. Porém é insistente, luta por seu amor, mesmo que esse amor demore a chegar. É a mulher teimosa, romântica, mas que sofre as contradições da vida, que não lhe deixa amar e se apaixonar tão rapidamente.

Garota-Furacão

Quando ela passa no meio da rua sua caminhada elegante, charmosa e atraente revoluciona os homens, que a olham cheios de desejo, loucura e paixão. Dizem que ela é um furacão na cama. Seu sexo é maluco. Suas investidas e ataques são enlouquecedores, deixando os parceiros carregados de tesão, prontos para encaixar com ela, sempre nas noites e madrugadas do amor em que ela está bastante animada, entusiasmada com a vida e apaixonada por seus companheiros de estrada. Ela nunca fica na defesa. É a Mulher-Furacão. Porque ela simplesmente é uma guerra sexual permitindo que os que transam com ela cheguem ao orgasmo rapidamente tal a maluquice que ela apronta na cama do amor, quando ela endoidece com seus colegas de trabalho sexual. Ela é linda, jovem e quente. Chama-se Claudete. Passeia, mora e trabalha nas avenidas da Tijuca, levando loucura e paixão aos homens que namoram com ela e a paqueram apaixonadamente. Fala-se que ela é a terceira guerra mundial entre nós tal a sua loucura na cama. Seu prazer é endoidar os homens. Gosta de sexo maluco. É a paixão dos tijucanos da Praça Saens Pena. Um beijo, Claudete.

O Mecânico do Amor

Menina, chama o Mecânico!

Jovem Mulher, tenho chance na sua vida, tenho crédito junto a você, sou candidato a um lugar no seu coração, posso ficar na fila esperando uma vaga no seu corpo pegando fogo, posso ainda manter a esperança ?
Te pergunto, garota, nesta manhã: você dormiu bem, sonhou comigo, caiu da cama, sua cama tá quebrada ?
Então, chama o Mecânico. Serviço completo. Trabalho gratuito.
Na Mecânica do amor, eu conserto qualquer mulher, eu endireito qualquer garota, eu coloco no lugar qualquer menina. Sou o Mecânico do amor. Resolvo problemas de amor e sexo, na teoria e na prática, com garantia de sucesso, ensinando em minha oficina os segredos da sexualidade humana e natural, abençoada por Deus e bonita por natureza, linda como as flores da primavera e bela como os cantos macios dos pássaros azuis.
Em minha oficina, damos solução para conflitos no coração, dificuldades de relacionamento, relações em crise, contradições sentimentais, adversidades românticas, distúrbios de carinhos insatisfeitos e transtornos de paixões inseguras, instáveis e incompletas.
Nosso trabalho é ajudar a mulher a ser feliz, em todos os setores de sua vida, sobretudo a área sentimental, o lado romântico de casais em briga, de namorados que não se entendem, de paqueras mal realizadas e de convívios sexuais turbulentos, que precisam de um macete de amor ou de um detalhe sexualizante que possam consertar esses bloqueios da relação amorosa, dissipar todas as dúvidas e incertezas em relação a boa construção de um amor seguro com consequências sexuais avivantes, animadoras e entusiastas para a vida dos parceiros de cama e companheiros de caminhada.
Portanto, garotas, quando o problema é amor e sexo, chamem o Mecânico da Oficina Romântica da Internet: resolvemos qualquer questão sexual.
Nosso serviço é completo: orientação sexual na teoria e na prática.
Pois então: o que você está esperando ? Chamem os Mecânicos do Amor.
Nossa Oficina está sempre aberta, 24 horas por dia.
Consultem-nos.
Consertos do amor e soluções sexuais, é com a gente.
Garotas, Meninas, Jovens Mulheres: chamem o Mecânico!

Paquera
Do olhar para o beijo

Um bom começo de namoro se constrói a partir de uma paquera bem feita, rica de conteúdos sentimentais e plena de matérias do coração, gerando no casal que se encontra olhares mútuos que se completam, e se alimentam do desejo do corpo e da paixão da alma, até que possam se beijar enlouquecidamente acumulando entre si créditos sexuais, qualidade no amor recíproco, interação de mentes e pontos de vista ainda que diferentes e contrários, diversos e adversos. Sim, na verdade, paquerar uma menina e conquistar uma garota é algo que envolve a categoria do macho, que articula de todo jeito o modo de trazer para si a mulher desejada, atraindo-a para seu corpo cheio de tesão, pegando fogo perto e longe dela, chamando-a sempre ao seu encontro, ficando pertinho dela em todos os instantes, em quaisquer circunstâncias, sob qualquer condição. Namorar é uma arte. E o artista do amor que produz assim um relacionamento transitório ou duradouro tem o segredo de ao olhar para ela, e piscar seus olhar em sua direção, envolvê-la em seus braços e cobri-la de beijos ardentes, desejosos e apaixonados, loucos por transformá-la na Mulher da Loucura do Prazer quando então com ela vive noites de chegar ao orgasmo ou torná-la apta a receber sua bengala de prata, seu pau duro de bronze ou seu ferro de ouro maciço, a maior aspiração que ela tem naquele momento de orgia sexual e bacanal do prazer. Nessas horas de paixão e loucura, em que ambos incendeiam por todos os lados, dá-se o auge da paquera e o maior ponto máximo do namoro. Desde ali, se fazem um casal eternamente apaixonado, prontos para diversas madrugadas de amor, fecundos na relação bilateral onde o ferro e o buraco quente se encontram, o canhão penetra aquele útero pegando fogo sem parar. Nesses minutos e segundos eternos, a loucura é imensa e o amor gigante, o sexo perde a razão e o desejo se torna a plenitude do prazer, o orgasmo vital, loucura dos deuses e suas deusas, paixão dos amantes e suas amadas, desejo de encontro fundamentalmente necessário do casal que se ama, se respeita e se valoriza substancialmente. Desde então, vão à essência da sexualidade metamorfoseada em situações de loucura total onde os ânimos se alteram, os corpos viram brasas de aço puro e os espíritos atingem a abundância da paixão, resultado de uma noite de amor em que o romantismo prevalece, a amizade é sincera e o juízo é compreensível mesmo que no desenlace das posições sexuais assumidas e diante de ambas as posturas enlouquecidas impere a violência dos desejos ou a insensatez da paixão desordenada. Assim, uma paquera de qualidade se inicia com olhares profundos e beijos alucinantes e se concretiza em atitudes sexuais elevadas, refletindo a excelência do relacionamento e a riqueza das ações compartilhadas e o gesto de interatividade bem fundo no interior dos parceiros, companheiros do amor e sexo. Uma relação tão quente e bonita assim tende a não acabar, e permanecer eternamente, para além da morte temporal e mergulhar no oceano da eternidade. Amar é uma arte.

A Ordem do Amor

Em nossos trabalhos diários e em nossos relacionamentos cotidianos, nos contatos com a família e os colegas do emprego, na participação de debates na escola e em encontros com pessoas na rua e no supermercado, nas conversas de botequim e nos bate-papos na padaria e no jornaleiro, observamos como a boa sexualidade – o amor entre o homem e a mulher - é fator de ordem interior, condição de paz e tranqüilidade dentro e fora de nós, elemento de equilíbrio da mente e das emoções e bom-senso em nossas atitudes de cada dia, de disciplina moral e organização de nossas idéias e conhecimentos, porque, em tais circunstâncias onde o afeto é importante, o desejo se faz presente e a paixão se torna constante em nossas vidas, temos calma na alma, repousamos bem o nosso corpo, dormimos melhor, controlamos mais as nossas adversidades e dominamos otimamente as nossas atividades cerebrais, os nossos exercícios mentais e as nossas operações de ordem ética e espiritual.
Quando o amor entre o homem e a mulher vai bem, tudo se ordena, tudo se acalma, tudo se pacifica, tudo se equilibra, tudo repousa.
Parece então que o ambiente a nossa volta acompanha o nosso interior, a natureza descansa e o universo sorri para nós.
É como se uma força interna comandasse o nosso destino e uma energia divina contagiasse as nossas relações, determinasse o clima em torno de nós e definisse as nossas ações em prol da coletividade, fazendo nascer e brotar ao nosso lado a fraternidade entre as pessoas e a solidariedade entre grupos e indivíduos.
Em nosso entorno respira-se a paz interior, o bem e a bondade, a boa amizade e a feliz generosidade.
Quando estamos bem com o nosso parceiro de cama e companheiro de caminhada, o mundo atua em nosso favor, a vida nos credita imensos benefícios, Deus mais uma vez sorri para nós.
Então, o amor ordena todas as coisas, tranqüiliza tudo e a todos, faz-nos trabalhar com alegria e viver em repouso permanente.
Fazemos bem todas as coisas.
Tudo caminha direito e vivemos com respeito.
A Justiça habita no meio de nós.
Somos mais transparentes com as pessoas.
A Verdade se coloca ao nosso lado.
A Felicidade se põe em nosso meio.
É a ordem do amor.
É o jeito que a boa sexualidade encontra para nos tornar felizes, de bem com a vida e em paz conosco mesmo.
É a maneira do amor atuar, regularizando todas as coisas e regulamentando os nossos atos a favor do bem das pessoas.
Graças ao amor entre o homem e a mulher.
Essas são as conseqüências de um bom convívio entre as duas partes, os ótimos efeitos de um bom relacionamento em que a felicidade se constrói na dependência entre um e outro, no intercâmbio de boas idéias, na interatividade de valores bem aceitos e de virtudes bem praticadas, no compartilhamento de conhecimentos e vivências que melhoram, enriquecem, fazem crescer e aperfeiçoam a vida dos dois.
É fundamental que um homem ame uma mulher, e que uma mulher se apaixone por um homem.
É o sentido da vida e a razão da existência.
Eis a lei natural criada por Deus para que sejamos felizes aqui e na eternidade.
Da ordem desse amor construído todos os dias e todas as noites dependem o nosso bom dia de hoje, o nosso bom cafezinho no botequim, as nossas boas compras no shopping ou no supermercado, as nossas boas aulas na universidade, as nossas boas orações na igreja, a nossa boa saúde mental, física e espiritual, e o nosso bem-estar material, emocional e existencial.
Desse modo, o nosso ambiente estará bem se o nosso amor estiver em harmonia, se vivermos constantemente apaixonados pela vida e a natureza, o ser e o universo, o pensamento e a existência.
Portanto, graças ao amor entre o homem e a mulher.
Deus quis assim.

Apaixonar-se...

Na vida de cada dia, vivemos de paixões...
Apaixonar-se é o sentido da vida.
Nos apaixonamos pelo nosso trabalho de cada momento...
Nos apaixonamos por mulheres...
Nos apaixonamos pela ginástica, pelo futebol no Maracanã, pelo carnaval na Marquês de Sapucaí...
Nos apaixonamos pela vida de todo instante...
Nos apaixonamos pela família que nos protege...
Nos apaixonamos pelo dinheiro que nos sustenta...
Nos apaixonamos pela política que manifesta as nossas ideologias...
Nos apaixonamos pelo sexo que nos realiza e satisfaz...
Nos apaixonamos pelas idéias que produzimos e pelos conhecimentos que compartilhamos...
Nos apaixonamos pelos pobres que ajudamos...
Nos apaixonamos pelas garotas que namoramos e pelas meninas que paqueramos...
Nos apaixonamos por Deus, que fundamenta o nosso ser, pensar e existir...
Nos apaixonamos pela rua em movimento em seu vai e vem de casa para o trabalho e vice-versa...
Nos apaixonamos pela beleza da natureza e pelas maravilhas do universo...
Nos apaixonamos pelos amigos com quem repartimos os nossos interesses, problemas e dificuldades...
Nos apaixonamos pelas crianças e seu sorriso de esperança...
Nos apaixonamos pelos jovens e seu sonho real...
Nos apaixonamos pelos idosos e mais velhos com quem aprendemos a sabedoria da vida e a experiência da existência...
Nos apaixonamos, enfim, pelas nossas gatas cariocas, mais quentes que o sol, mais brilhantes que a luz, mais cheirosas que o perfume...
Nos apaixonamos pelas nossas belas panteras cor de rosa cujo desejo de amor é a paixão mais louca que um homem pode ter...
Nos apaixonamos pelas nossas fêmeas desejadas e apaixonadas, que na loucura do orgasmo nos fazem os machos mais felizes do mundo...
Nos apaixonamos pelas nossas jovens mulheres cujas brasas quentes de amor incendeiam o fogo da nossa paixão e a loucura do nosso desejo...
Assim é a vida.
Não dá pra viver sem paixão.
Não dá pra não ser apaixonado por alguém ou por alguma coisa.
Vivemos de paixões.
A Vida é uma paixão.
E estaremos sempre vivos, de bem com a vida, fazendo o bem e vivendo em paz, quando estivermos realmente sempre apaixonados.
Tal é a razão da existência.
Tal o sentido da vida.
Apaixonar-se...
Eis a energia da vida e a força do amor.
Eis o sentimento mais fundo do ser humano.
Eis o coração de um homem e de uma mulher que se atraem um pelo outro.
Eis a mulher sensível e o homem sentimental.
Unidos pela paixão, a loucura do amor.
Unidos pelo mútuo relacionamento.
Unidos pelo desejo de serem felizes.
Assim é a paixão.
Um desejo louco, um sentimento profundo, a sensibilidade mais funda.
Assim é o coração.
O tempo do desejo e o lugar dos apaixonados.
Assim é a vida.
Uma eterna paixão.

Dia do Amante
(26 de Junho)

Tenho dentro de mim que nós, homens e mulheres, não fomos feitos para viver sozinhos, todavia fazer do amor a nossa relação mais forte, o nosso intercâmbio mais vivo, a nossa interação mais completa e o nosso compartilhamento mais desejoso e mais apaixonado.
E que esse amor quente se transforme não em um casamento religioso onde os relacionamentos se identificam com a geladeira da cozinha ou com o cemitério do caju, pois são frios e mortos, baseiam-se em papéis assinados e registros civis, têm na aparência a sua lei maior e na hipocrisia a sua imagem mais autêntica.
Não.
O Amor tem que ser eterno, feito de namoro e paixão, realizado com paquera e desejo, isso de uma maneira duradoura, sem fim, sem limites e sem obstáculos a impedir a sua consumação onde então esse amor se torna doce e macio, leve e suave.
Em outras palavras, mais importante é namorar e paquerar, e fazer do casamento um namoro eterno e uma paquera infinita.
Sem as burocracias sem sentimento e sem as burguesias sem coração.
É aí que surgem os amantes, ou melhor, o amante e a amada. Ou o amado e a amante.
Porque os amantes surgem de um desejo do olhar.
Do desejo de amor desse olhar penetrante que envolve a ambos, macho e fêmea, produz-se o namoro.
Do namoro acontece a paquera.
Da paquera vem o compromisso.
Do compromisso o respeito.
Do respeito a responsabilidade.
Da responsabilidade a liberdade.
Da liberdade a felicidade.
Então, a felicidade se torna eterna.
Assim se constituem e se consolidam os amantes.
Ele e ela, juntos e unidos, fazem do amor mútuo a ordem interior e o direito interno, que estabilizam a relação amorosa, fundamentada pois na lei natural como que dizendo que neste momento a natureza aprova tal relacionamento e que o Princípio dessa natureza humana, o Criador, o Autor da Vida, Deus e Senhor, confirma esse engajamento, para o qual contribuem o crédito da sociedade, a amizade de parentes e amigos, e a solidariedade de todos que no mesmo nível de amor conferem a esse encaixe sexual os beneplácitos de quem igualmente vive esse compromisso de amor.
Desse modo nascem os amantes.
Nascem para serem eternos.
Nascem para encaixar um com o outra para sempre.
Nesse encaixe de amor, produzir a sexualidade humana e natural cujos frutos são o prazer e o orgasmo sexual, a felicidade do casal, a origem da família, e uma herança geradora de favores e benefícios que atingem toda a humanidade.
Neste dia do amante, ou da amada, celebramos a lei do amor, a sua ordem interior e o seu direito interno.
Porque no amor, e na vida do amante e da amada, o mais importante é a região do coração e a experiência de duas consciências que se completam, e a prática de dois corpos que se enriquecem, e a atitude de duas almas que se aperfeiçoam, fazendo da beleza do amor a grandeza de uma vida comprometida com a própria vida, cujo sustento é a natureza alicerçada no Senhor nosso Deus.
Hoje, o grande amante e a bela amada festejam a vitória do amor.
A Vitória do desejo e da paixão.
A Vitória do sentimento mais puro e mais profundo.
A Vitória da sensibilidade da mulher e da coragem do homem em assumirem um compromisso responsável, o qual encontra no respeito recíproco e no direito natural a chave para o seu sucesso matrimonial.
Pois no respeito se acha a base da ordem e do diálogo.
E no direito natural se percebe a garantia de que a natureza absolve tal relação e que Deus aprova esse relacionamento amoroso.
Fundamentado nesses princípios éticos e espirituais, o amor se faz, o bem se realiza e a paz se conquista, e a vida se torna a grande vencedora ainda que os trabalhos e os sofrimentos do dia a dia, as dificuldades e as contrariedades do cotidiano, os problemas de relacionamento e as contradições de comportamento estejam presentes e insistentes até a morte.
Que o coração do amante e o sentimento da amada contribuam verdadeiramente para a felicidade do casal, a alegria da família e o bem-estar da sociedade.
Feliz dia dos amantes para todos!