terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Carnaval, a Alegria é o melhor remédio

No Carnaval do Rio,
Maria da Cova e Paulinho do Caixão
Da tristeza para a alegria

Fevereiro de 2008.
Carnaval do Rio de Janeiro.
Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Desfile das Escolas de Samba Cariocas.
Noite de Segunda-feira.
O G.R.E.S. Unidos da Tijuca e sua comunidade de amigos, moradores e trabalhadores do Morro do Borel, na Tijuca, Rua São Miguel esquina com Rua Conde de Bonfim, perto da Estrada Velha da Tijuca que leva até a Cascatinha, a Floresta da Tijuca, então, neste momento, inicia sua apresentação de carnaval para todo o Rio de Janeiro, o Brasil e o mundo inteiro.
No desfile, no meio da comunidade do Borel, lá estão a Porta-Bandeira Maria da Cova e o Mestre-Sala Paulinho do Caixão.
Eles estão ali para expulsar suas tristezas e frustrações, suas angústias e depressões, tentando transformar em alegria e felicidade estes poucos momentos de festa e folia, brincadeira e contentamento, como se quisessem apagar de suas vidas cotidianas um ano inteiro de trabalho, esforço e cansaço no Cemitério do Caju, onde trabalham como coveiros, vivendo diariamente em contato com enterros e velórios, sepulcros e sepulturas, naquele ambiente triste e solitário do tal Cemitério do Caju.
São moradores do Morro do Borel e trabalhadores do Cemitério do Caju.
Por isso desfilam na Unidos da Tijuca.
E aproveitam o carnaval do Rio para aumentar sua auto-estima e elevar o seu astral, porque acreditam que os foliões e carnavalescos, palhaços e mascarados com suas fantasias bonitas, engraçadas e pitorescas, fazem destes 4 dias anuais de alegria a sua maior felicidade e a sua melhor terapia e remédio contra os vícios e más ações, os desvios e aberrações, os erros e as faltas de cada dia, os desvirtuamentos e as más inclinações, os medos e as angústias, as tristezas cotidianas, os males da depressão, a violência diária, a morte e seus efeitos que rondam nossas casas, famílias e trabalhos, e todo o nosso ambiente social por nós vividos a cada momento nesta Cidade nem sempre tão Maravilhosa.
O Carnaval da Unidos da Tijuca é bom, mexe com o povo, anima a sua comunidade, sacode a Sapucaí.
Todos cantam, dançam e sambam, gritando bem alto o samba-enredo da escola.
E Maria da Cova e Paulinho do Caixão brincam e festejam bem animados, empolgados e entusiasmados. Contagiam a todos. Sua tristeza se converte em alegria. Em torno de si todos pulam e gritam, sambando como se estivessem realmente bem felizes, alegres e contentes. Então o riso se torna um alegre sorriso. E o sorriso vira uma contente gargalhada. O Samba evolui. O Povo canta. Todos agradecem. Felicidade
pois é fazer de cada momento uma eternidade. E para eles, sambistas e foliões, estes são momentos eternos, felizes, os quais determinam a elevação de seu quadro de saúde e ben-estar, aumentam seu astral e sua auto-estima, destróem moléstias e enfermidades, curam doenças, desaparecem com os vírus e as bactérias, construindo boas idéias e bons ideais, novos sonhos, desejos e esperanças, abrindo novas possibilidades, superando limites e libertando-se de prisões ideológicas e psicológicas, preconceitos e superstições, ilusões e fantasias.
Eles caem no samba e na real.
A Realidade mostra-se agora mais bonita e mais feliz, mais querida e mais desejosa de se viver, mais animada e empolgada, mais motivada e entusiasmada, com mais incentivo, mais alegre e mais contente.
Então eles agradecem mais uma vez.
Agradecem a Deus a alegria do samba e a felicidade do carnaval.
É a alegria da vida.
A Felicidade de se fazer de cada momento uma eternidade.
Que o Deus do Samba e o Senhor do Carnaval abençôe todos os alegres foliões e os felizes carnavalescos.
E faça dos contentes sambistas Maria da Cova e Paulinho do Caixão, duas pessoas felizes, alegres no trabalho do Cemitério e contentes na moradia do Borel.
Graças ao Carnaval.
Bendito seja Deus para sempre.

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