segunda-feira, 28 de abril de 2008

Projetos Existenciais de Vida

Projetos de Vida

Apresentação

O Obetivo deste trabalho de pesquisa é apresentar Projetos de Vida, mostrá-los aos leitores e ao mesmo tempo animá-los, motivá-los e incentivá-los a produzir e desenvolver seus próprios projetos existenciais, os quais certamente contribuirão, como estes, para uma nova sociedade humana mais justa, fraterna e solidária, de bem com a vida, positiva e otimista, construtora do bem e da paz, criadora de boas condições de vida, saúde, trabalho e educação para seus membros, articuladores então de uma nova realidade cujo cotidiano se identifique com uma nova humanidade mais livre e mais feliz, com respeito pessoal e interpessoal e responsabilidade social, cultural e ambiental.
De fato esse é o desejo deste trabalho de pesquisa.
Produzir novos conteúdos de conhecimento a partir dos quais possa desenvolver novos projetos de vida que busquem uma nova realidade cotidiana para as nossas sociedades humanas atuais, reais e históricas, temporais e espaciais, locais, regionais e globais.
Que nosso desejo então se realize.
Matéria de conteúdo
de conhecimento de qualidade

1) Projeto Recomeçar

PROJETO
RECOMEÇAR

Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
O importante é recomeçar.
Se você caiu na tristeza, na angústia, no desespero, na depressão, no medo, na doença, na dúvida, no desemprego, no pecado, no erro, na falta... tente outra vez.
Com paciência, tudo é possível, tudo é realizável, tudo é alcançável.
Não se desespere, tenha esperança.
Não se entristeça, seja alegre.
Não se angustie, acorde para a vida.
A vida é boa e Deus é bom.
A vida é bondade e Deus é o bem.
Não desanime, não desista, não tenha medo... tente outra vez.
Seja paciente, contente e insistente.
Levante-se de novo e vá em frente.
Olhe para frente e para cima.
Deus o abençoará.
Tenha fé, acredite, creia em Deus, creia em você, creia nos outros, creia na vida.
A vida é boa.
A vida é bela.
A vida é ótima.
Pare, pense e tente outra vez.
Espere. Dê um tempo ao tempo. O tempo é um mestre. O mestre da vida.
Tenha paciência, a mãe das virtudes, a sabedoria de Deus, a vitória do homem e da mulher.
O importante é recomeçar.
Recomeçar sempre. Recomeçar a cada dia. Recomeçar em cada queda. Recomeçar sempre de novo. Recomeçar outra vez.
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
Confie no Senhor.
Acredite em Deus.
Creia na vida, na vitória da vida, na vitória do bem, na vitória da paz, na vitória da luz, na vitória do amor.
Seja um vitorioso.
Tenha paciência.
E recomece sempre de novo.
Deus o abençoará.
O Senhor lhe dará o Prêmio Eterno.
Lute. A luta continua.
Viva. A vida permanece.

2. Projeto Politizar
Cidadania Consciente, Emergente e Inteligente

Mobilização social, coletiva, popular e comunitária em torno de alternativas de ação e opções de escolha relativas à constituição da cidadania consciente, emergente e inteligente dentro da sociedade humana
O que é Politizar ?
Politizar é trabalhar ativamente na construção de uma sociedade do bem e da paz, através de mecanismos de conscientização popular, exercício da cidadania e atividades reivindicadoras de melhores condições de vida, saúde e trabalho para toda a população em geral residente em determinado país.
Politizar é abrir possibilidades, favorecer tendências, superar limites, destruir preconceitos e gerar oportunidades.
Politizar é buscar novidades, procurar alternativas, resolver problemas, tomar decisões e oferecer soluções.
Politizar é caminhar juntos e unidos em torno de um mesmo ideal identificado com comportamentos fraternos e solidários, sociais e coletivos, comunitários e integrados, interativos e compartilhados.
Politizar é assumir um compromisso responsável com o maior bem-estar da sociedade, sua saúde fisica, mental e espiritual, seu crescimento econômico, seu progresso social, cultural e ambiental, sua evolução política e seu desenvolvimento humano e natural com maior qualidade de vida para as pessoas.
Politizar é olhar diferente, visualizando um exercício político que leve em conta as reivindicações populares, as emergências sociais, os direitos e deveres humanos e suas obrigações, responsabilidades e compromissos com a prática da justiça e a vivência da paz.
Tal maneira nova de fazer política deve organizar os trabalhadores, juntar, unir e reunir os amigos, associar os moradores de comunidades locais, conscientizar as entidades populares, libertar os oprimidos, renovar sempre as tentativas e desejos de melhores condições de vida para todos e cada um, e maiores resultados provenientes da luta de cada dia, do esforço da sociedade e do empenho de todos os políticos que são cada um de nós.
Consequentemente, que os pobres tenham voz e vez, seus desejos satisfeitos e suas necessidades realizadas, seus direitos reconhecidos e seus deveres e obrigações aceitos, entendidos e compreendidos.
Que Deus nos ajude a realizar esse projeto.
Politizar, um direito de todos!

3. Projeto de Vida Espiritual

A seguir, apresentamos um caminho de vida espiritual que deve ser seguido por todos e cada um dos que amam a Deus, o Senhor. Eis o caminho da vida:
1) Amar a Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida
2) Gostar da vida.
3) Ser bom e fazer o bem.
4) Viver em paz.
5) Praticar o amor.
6) Procurar a luz do conhecimento da verdade.
7) Praticar a justiça.
8) Ser direito.
9) Amar a verdade.
10) Ter juízo e bom senso.
11) Respeitar os outros, a si mesmo e a Deus, o Senhor.
12) Ser responsável.
13) Trabalhar com alegria.
14) Fazer bem todas as coisas.
15) Comunicar-se com Deus, o Senhor, através da oração.
16) Desejar ser livre e feliz.
17) Buscar a saúde pessoal e o bem-estar dos outros.
18) Amar a Eternidade.
19) Superar limites.
20)Ultrapassar barreiras.
21)Transcender obstáculos.
22)Afastar-se de preconceitos e superstições.
23)Seguir a natureza.
24)Movimentar-se sempre.
25)Seja você o médico de você mesmo.
26)Que os alimentos sejam os seus remédios.
27)Procure crescer, progredir e evoluir sempre.
28)Respeite as diferenças.
29)Valorize os detalhes.
30)Dê valor às pequenas coisas.
31)Não seja lento, mas paciente. Ande devagar. Devagar se vai longe. Seja como a tartaruga.
32)Evite gorduras e açúcares.
33)Beba bastante água.
34)Seja racional.
35)Seja realista.
36)Favoreça as tendências.
37)Caminhe com as possibilidades.
38)Desenvolva a fraternidade, a solidariedade e a generosidade.
39)Ajude os pobres.
40)Ame as mulheres
41)Valorize as crianças
42)Respeite os idosos e os mais velhos, os aposentados e pensionistas do INSS.
43)Compreenda os jovens e a juventude em geral.
44)Abra-se ao novo e à novidade.
45)Renove-se sempre interior e exteriormente.
46)Liberte-se da confusão mental e de complicações irracionais.
47)Ame o silêncio.
48)Estabeleça uma hierarquia de valores na sua vida.
49)Seja um Criador de Amigos.
50)Se você caiu, então páre um pouco,
tenha paciência, e recomece tudo de novo.
O importante é sempre recomeçar.
51)Em função de Deus, o Senhor, viva a sua vida, fazendo o bem a todos e a cada um, e convivendo em paz uns com os outros.
Este é o Projeto de Vida Espiritual, o caminho da vida, para quem quer ser livre e feliz eternamente.

4. Projeto de um homem bom que só faz o bem

Ser responsável por seus atos
Respeitar os outros, a si mesmo e a Deus, o Senhor
Ter juizo e bom-senso
Buscar a liberdade e a felicidade
Procurar a sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Trabalhar com alegria
Fazer bem todas as coisas
Amar o silêncio
Criar amigos
Valorizar os pobres, simples e humildes
Amar as mulheres
Respeitar os mais velhos, idosos, aposentados e pensionistas do INSS
Gostar das crianças
Compreender a juventude
Ter paciência
Andar, caminhar, movimentar-se sempre
Respeitar e compreender os limites da natureza humana
Conhecer a verdade
Praticar a justiça
Ser direito
Amar a vida
Praticar o amor
Ser bom e fazer o bem
Viver em paz
Procurar o conhecimento verdadeiramente possível
Estabelecer uma hierarquia de valores na sua vida
Propagar, difundir e publicar as boas idéias
Agir bem eticamente
Amar, respeitar e valorizar a Deus, o Senhor, na sua vida
Dar valor às pequenas coisas
Respeitar as diferenças
Valorizar os pequenos detalhes
Discernir a sua vocação
Fortalecer a sua profissão
Animar, motivar e incentivar os companheiros
Ajudar a ajudar
Viver generosamente, com fraternidade e solidariedade
Comunicar-se
Conversar com Deus, o Senhor, através da oração
Ser realista
Informar-se (jornais e revistas, rádio e televisão)
Valorizar a ciência e a tecnologia
Realizar atividades físicas, mentais, culturais e espirituais, artísticas e esportivas
Praticar exercícios corporais
Crescer, progredir e evoluir
Desenvolver uma consciência ambiental e práticas ecológicas
Seguir a natureza
Favorecer o equilíbrio alimentar
Procurar ser você o médico de si mesmo
Buscar nos bons alimentos o seu remédio
Beber bastante água
Fugir das gorduras e dos açúcares
Educar-se bem para o conhecimento, a ética e a espiritualidade
Amar a Deus, o Senhor
Superar limites
Ultrapassar barreiras
Transcender obstáculos
Favorecer tendências
Criar possibilidades
Fugir de preconceitos e superstições
Afastar-se da confusão mental e de complicações irracionais
Ignorar o mal e a violência
Construir boas virtudes e destruir vícios comportamentais
Trabalhar em favor da cultura da vida e do amor
Valorizar o seu ponto-de-vista pessoal
Ter visão global e diferencial
Ter responsabilidade social e ambiental
Buscar a novidade
Amar a Eternidade

5. Projeto de uma vida em silêncio

5.1. Tempo de Silêncio
Hoje, é o dia do silêncio,
dia do vazio,
dia do nada,
dia de nadar nadando no nada nadante.
É preciso nadar,
esvaziar-se,
silenciar,
entregar-se,
abandonar-se no silêncio solitário da solidão.
Então, neste momento, encontrei Deus, o Senhor.
Sozinho,
na solidão,
no silêncio,
no vazio,
no deserto,
no nada, felizmente, fiz meu encontro com Deus, o Senhor.
Escuto a voz do Senhor Deus: é de paz que Ele fala
é do bem que Ele surge,
é na luz que Ele vive,
é com o amor que Ele trabalha,
é pela vida que Ele zela.
No silêncio, o vazio e o nada fizeram-se deserto e solidão:
- Deus apareceu,
o Senhor aconteceu.
Eis que agora meu vazio se encheu.
Meu ser tornou-se plenitude,
ganhei altitude nos céus de Deus
Sim, é tempo de silêncio.
Tempo de Deus..
5.2. O Discurso do Silêncio
Escuto a voz de Alguém dentro e fora de mim.
Alguém fala,
vive,
existe e insiste,
caminha e se movimenta aquém e além de mim, no interior de mim.
Alguém é linguagem de vida,
caminhada existente,
movimento insistente.
Alguém falante,
vivente,
energético,
caminhante,
insistente,
existente.
O Silêncio fala: eis o pensamento.
O Silêncio fala de Alguém: pensamento do pensamento.
Pensando em Alguém, o silêncio se faz vida, energia, movimento, eternidade.
Refletindo sobre Alguém, no silêncio em mim, de mim e para mim, penso no eterno, na eternidade da vida, no movimento eterno do ser vivente que agora está em mim.
Ele, o fundamento da vida,
o princípio do amor,
a raiz da paz,
a origem da luz,
a fonte do bem.
Alguém justo, direito e verdadeiro.
Alguém livre e feliz, respeitoso e responsável, saudável e educado, bom, a bondade em pessoa, consciente e contente.
A voz do silêncio se faz ouvir.
É de paz que Ele fala.
É do bem que Ele vive.
É na luz que Ele está.
Ele, Deus e Senhor.
5.3. A Árvore do Silêncio
Na construção do silêncio, vários momentos são percorridos, tais como:
A Raiz do Silêncio é a Graça de Deus, o Senhor.
O Tronco do Silêncio é o Amor.
O Caule do Silêncio é a Vida.
As Folhas do Silêncio são a Paz e a Ordem.
As Flores do Silêncio são a Reflexão e a Paciência.
Os Frutos do Silêncio são o Bem e o Discernimento.
5.4. Terapia do Silêncio
A Cura pela presença da ausência
Silenciar não é sinal de omissão.
Silenciar pode ser uma necessidade momentânea de reagir contra o mal e a violência.
Silenciar possivelmente é a necessidade de manter-se bem consigo mesmo e em paz com os outros.
Silenciar pode ser um instante de oração onde a criatura se eleva diante de Deus, o Senhor.
Silenciar pode ser também um estado de dor ou sofrimento.
Silenciar pode ser ainda um tempo de loucura, ausência de consciência ou falta de juizo.
Silenciar pode ser igualmente a vontade de manter-se distante de brigas, guerras e confusões.
Silenciar é antes um desejo e uma necessidade.
Desejo do bem e necessidade de paz.

5.5. Uma Mente em Silêncio
Silêncio é um estado de ordem mental, física e espiritual, vida disciplinada e organização das idéias, do pensamento refletido, do conhecimento adquirido e do discernimento almejado.
Silêncio é a paz vivida e o bem praticado, o amor querido e a vida desejada, a condição para a luz, a base da justiça, o princípio do direito e o fundamento da verdade.
Silêncio é o lugar do planejamento de uma vida, do projeto de um trabalho, da preparação de uma tarefa, do condicionamento de uma atividade e do exercício de uma função.
Uma mente em silêncio – eis o ambiente propício para um sonho ser realizado, um desejo ser praticado, um pensamento ser experimentado e uma vida ser trabalhada no presente e no futuro, aqui e agora, dentro e fora da realidade cotidiana, no dia-a-dia da nossa vida.
Uma razão silenciosa pensa mais e reflete melhor.
Uma atividade silenciosa produz mais e se qualifica melhor.
Um trabalho silencioso é cheio de virtudes, impõe respeito e mantém a responsabilidade, favorece a liberdade e se encontra com a felicidade, abraça o juízo e o bom-senso, tem saúde e bem-estar, é bondoso e pacífico, luminoso, vivo e amante, justo, direito e verdadeiro.
Uma inteligência em silêncio é capaz de grandes momentos e altos empreendimentos, boas projeções de vida e ótimas chances e oportunidades de se dar bem na realidade diária da nossa existência cotidiana.
Silêncio, como disse acima, é a ordem da paz, a paz espiritual, a calma da alma, a tranquilidade do espírito, o repouso do corpo, o descanso de uma vida de trabalho, a disciplina da consciência e a organização dos exercícios e atividades do dia-a-dia.
Uma mente em silêncio – eis a ordem da nossa casa, um ambiente arrumado e com jeito de uma paz que se vive e de um bem que se pratica, de um amor que se deseja e de uma vida que ilumina a todos e a cada um dos que estão ao seu redor.
Deus habita no silêncio.

6. Projeto de uma realidade sem sonhos

6.1. O Sonho e a Realidade
Pensamento e Realidade não são a mesma coisa.
Pensar, sonhar, imaginar: eis a realidade da racionalidade.
A Realidade, pois, pode estar no munfo das idéias ou no mundo da experiência.
Realidade pensante e realidade concreta.
Realidade teórica e realidade prática.
Realidade inteligível e realidade sensível.
Realidade ideal e realidade experiencial.
Como vemos, existem 2 tipos de realidade:
o sujeito e o objeto,
as idéias e as coisas,
o ser e o ente,
a essência e a aparência,
a substância e o acidente,
o interior e o exterior,
a consciência e a práxis,
o eu e o outro,
a razão e a sensação,
a inteligência e os sentidos,
em mim e sem mim,
dentro de mim e fora de mim,
nós e os outros,
a insistência e a existência,
a história e os fatos,
os atos e os acontecimentos,
o interno e o externo,
o aquém e o além,
o tempo e o espaço.
O Sonho é não fazer a diferença,
é não fazer o discernimento,
é não fazer o esclarecimento.
O Sonho é a mistura,
a confusão,
a complicação.
Misturar a teoria com a prática,
confundir o sujeito com o objeto,
complicar a essência com a aparência.
Sonhar é a não realidade,
a fantasia,
a imaginação,
o pensamento imaginário,
a loucura e a desrazão.
Quando dormimos e sonhamos: eis a loucura do ser,
a loucura da mente,
a loucura da razão.
O Sonho é o nosso estado de loucura,
a nossa experiência de demência,
a nossa existência doente.
O Sonho é o mal do espírito,
a doença da alma,
a moléstia irracional,
a enfermidade da irracionalidade.
O Sonho é a falta de juizo,
a carência de bom-senso,
a presença da ausência,
o vazio e o nada,
. alguém que não é ninguém.
O Sonho existe sem existir,
existe sem ser,
existe sem acontecer.
O Sonho é a loucura,
a irracionalidade,
a desrazão,
a ausência de juizo,
a falta de bom-senso.
O Sonho é as trevas,
a noite,
a morte,
a escuridão,
a maldição,
a desgraça,
a perdição.
O Sonho é o pensamento louco,
a razão doida,
a inteligência maluca.
O Sonho é a realidade irreal,
a realidade da loucura,
a loucura da realidade.
Vamos realizar sem sonhar,
descansar sem dormir,
repousar sem imaginar qua a luz vai acabar
O Sonhador não é realista.
O Realista não é sonhador.
6.2. O Poder da Imaginação
A Loucura dos Sonhos Metafísicos
Imaginar é apresentar imagens a si mesmo, e sobre elas criar sonhos e fantasias, um mundo imaginário que foge à realidade cotidiana. Tal mundo imaginário se pensa e se cria a si mesmo, descobrindo novas imagens a partir de imagens antigas. Deste modo, crescendo e se desenvolvendo, a imaginação imagina-se, cria-se, constrói-se, articula-se por imagens umas sobre as outras, levando a pessoa humana a sonhar incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária, ao ponto de ela ser atraída ao fechamento, aprisionando-se dentro de si própria. Com efeito, a imaginação nos prende, escraviza e aprisiona, obstruindo nossas idéias e pensamentos, obscurecendo a nossa consciência e alienando-nos do dia-a-dia da nossa vida.
Imaginar é um perigo!
Aberta a imaginação, ela nos faz sonhar, enlouquecendo a nossa vida.
As imagens apresentadas e representadas na mente do homem e da mulher, de fato, produzem o processo de enlouquecimento da humanidade, que sonha com símbolos imaginários, recriando-os e reproduzindo-os continuamente no interior de seus pensamentos alheios à realidade.
Na verdade, o poder da imaginação parece escapar aos limites da natureza humana, que, perdendo o controle sobre si, é superada por suas forças imaginárias, ultrapassada por suas tendências loucas e enlouquecedoras, que transcendem as delimitações da consciência, tornando-a alheia a si, outra dentro de si, isolando-se do real e fugindo dos parâmetros racionais, onde deve prevalecer o juizo e o bom-senso.
Certamente, então, perde-se a consciência, o juizo e o bom-senso, vivendo-se assim a loucura irracional, a desrazão inconsciente e a demência imaginária, as quais afugentam-nos da cotidianeidade, da realidade diária da nossa vida pessoal e social.
O Imaginário é metafísico, está além e aquém da matéria real.
Imaginar é possibilitar o sonho,
a loucura,
a demência,
a inconsciência,
a irracionalidade,
a irrealidade.
Devemos cortar o mal pela raiz.
Não deixar a árvore crescer.
É perigoso imaginar e imaginar-se!
6.3. Imaginação – A Razão Louca
O Irreal e o Irracional
O Mundo da Imaginação é imprevisível visto que é feito de irrealidades, irracionalidades, sonhos, loucuras, demências, pensamentos loucos, utopias, fantasias, seres imaginários, coisas inconscientes, previsões irrealizáveis, profecias inexplicáveis, enfim, um mundo da loucura dos sonhos imaginários.
Imaginar aleatoriamente pensamentos loucos, enlouquecendo a razão com sonhos irreais e irrealizáveis, vivendo-se então a desRazão demente e inconsciente, tal situação imaginária corresponde à realidade irreal e à razão irracional onde se sonha com seres incríveis e fantásticos e coisas espetaculares e extraordináruas, originando um mundo louco e sonhador, ausente do cotidiano e fora da realidade do dia-a-dia da nossa vida.
Esse estado de loucura, sonho e imaginação, irrealidade e irracionalidade, caracteriza o mundo da imaginação.
É um mundo do nada e do vazio, da falta e da ausência, que ignora o real e o racional, o juizo e o bom-senso, criador de impossibilidades.
Ele existe sem existir, é um real irreal, um racional irracional.
A Imaginação ou a Razão Louca invade universos estranhos, percorre estradas fantásticas e imaginárias, caminha por desertos secos e instáveis, inconstantes e transitórios, provisórios e perecíveis cuja expressão máxima é a loucura dos sonhos imaginários.
6.4. A Loucura dos Sonhos Imaginários
ou
a Realidade da Razão Consciente
Qual o seu caminho ?
A Paz ou a Violência ?
A Bondade ou a Maldade ?
O Bem ou o Mal ?
A Luz ou as Trevas ?
O Amor ou o Ódio ?
A Vida ou a Morte ?
O Direito ou o Errado ?
A Justiça ou a Injustiça ?
A Verdade ou a Falsidade ?
A Realidade ou os Sonhos ?
A Consciência ou a Loucura ?
A Razão ou a Imaginação ?
Deus ou o Diabo ?

6.5. O Processo de Conscientização da Realidade
Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.

6.6. O Mundo da consciência e a consciência do mundo
A Consciência em si, de si e para si
O Processo de construção, consolidação e desenvolvimento
dos fenômenos da consciência humana e suas condições de possibilidade
1) Os fenômenos da consciência humana
a) Os símbolos ou ocorrências simbólicas
b) As idéias ou fatos ideológicos
c) As imagens ou acontecimentos imaginários
d) As intenções(interesses) ou sintomas intencionais
e) Os valores ou efeitos valorativos
f) As vivências ou práticas vivenciais
2) O mundo consciente
3) A Consciência real
4) A Realidade nua (superar limites,
ultrapassar barreiras,
transcender obstáculos,
quebrar preconceitos,
destruir superstições,
gerar tendências,
criar possibilidades,
abrir a mente,
renovar a vida,
libertar-se de prisões)
6.7. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade
A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
É possível sua realidade exterior ?
Ou tudo é interno, todos são interiores ?
Existe alguma coisa fora da consciência ?
Ou será que a consciência é a única realidade ?
Eu sou tudo e todos ?
Eu sou o pensamento ?
A Realidade é pensamento ?
A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
O Real é racional ?
O Racional é real ?
Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através do sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.
6.8. A Consciência Real
Quando a consciência humana e a realidade prática cotidiana se encontram, interagem entre si, compartilhando seus caracteres próprios, desde então estamos diante da Consciência Real que significa o desaparecimento dos sonhos, a destruição da loucura e a fuga do imaginário, o abraço da racionalidade com a realidade, da consciência com a experiência, convivendo-se assim com um ambiente de juizo e bom-senso, sem fantasias loucas e imagináris, sem sonhos metafísicos, assumindo-se de fato um compromisso responsável com a realidade do dia-a-dia e seus momentos sociais, políticos, econômicos e culturais.
A Consciência real é dinâmica, prática, experimental, ativa, atuante, comprometida e responsável.
Sua realidade é consciente, racional, equilibrada, emocionalmente ordenada, disciplinada e organizada, lógica, mentalmente estruturada, inteligivelmente sistematizada, metodologicamente orientada, produzindo permanentemente novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. É criadora de novas idéias e novos conhecimentos. Abraça a ética do bem e da paz. Desenvolve uma espiritualidade voltada para a construção do bem social, o bem coletivo, o bem comunitário onde a fraternidade, a solidariedade e a generosidade são os frutos resultantes de uma sociedade pacífica, ordeira e organizada. Graças a Deus a humanidade hoje caminha para essa realidade, a realidade consciente, ou a Consciência Real.
6.9. O Mundo da Imaginação
Um mundo sem tempo e sem lugar
Um mundo sem chão e sem teto
Um mundo sem portas e sem janelas
Quando estamos no universo imaginativo-imaginário, na verdade, todas as nossas garantias somem e todas as nossas seguranças desaparecem. Vivemos sem viver. Existimos sem existir, O Nada e o vazio acontecem. A Falta e a ausência aparecem. Estamos num mundo de demências e aparências. Os fatos acontecem incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária. É o espetáculo da loucura. O show dos sonhos. A Festa dos loucos. Pois nele não há tempo nem lugar. Não há teto nem chão.Não há portas nem janelas. Eis a irrealidade. Eis a irracionalidade. Eis a inconsciência. Eis a presença da ausência.
A Consciência Real, como vimos acima, é o contrário de tudo isso.
Além disso, esse universo de produções loucas, sonhadoras e imaginárias têm como consequência um comportamento violento, mau e ruim, identificado com a divisão e a exclusão, a solidão e marginalização, a opressão, a depressão e a repressão.
De tudo isso, concluimos que atualmente as sociedades humanas em geral, no mundo inteiro, experimentam um processo relativo e parcial de enlouquecimento existencial.
A Sociedade está enlouquecendo.
O Futuro do mundo será o Hospício do Pinel ???
6.10. O Futuro é o Hospício ???
Caminhamos para o Pinel ???
O Mundo realmente está ficando maluco ???
De um lado, sim.
Por outro lado, não.
Eu ainda acredito em Deus, o Senhor.
Eu ainda creio no bom juizo e no bom-senso das pessoas.
Eu ainda espero no respeito e na responsabilidade que as pessoas devem ter.
Eu ainda mantendo as devidas esperanças em uma sociedade do bem e da paz, do amor e da vida.
Eu ainda tenho fé.
Eu ainda acredito no homem e na mulher.
Eu ainda creio em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, que, apesar de tudo e de todos, ainda conduz a história, guia os acontecimentos da realidade cotidiana, orienta o destino dos Povos e Nações, produz a realidade da razão consciente, a Consciência Real, e ignora totalmente a loucura dos sonhos metafísicos e imaginários.
Eu ainda acredito em mim e nos outros.
Eu ainda creio em nós.
Deus existe.
a história, guia os acontecimentos da realidade cotidiana, orienta o destino dos Povos e Nações, produz a realidade da razão consciente, a Consciência Real, e ignora totalmente a loucura dos sonhos metafísicos e imaginários.
Eu ainda acredito em mim e nos outros.
Eu ainda creio em nós.
Deus existe.
6.11. O Poder da Maluquice da Cabeça
A Maluquice tem poder.
A Maluquice gera a violência,
produz a maldade,
cria a confusão mental.
A Maluquice, ou a perda do juizo e da consciência, é responsável pela doença social que atinge indivíduos e grupos humanos, alheios à realidade cotidiana, longe de sua consciência racional, ignorando assim o dia-a-dia da vida, sobretudo hoje em nossa sociedade atual.
Atualmente, em nossa sociedade doentia, assistimos a um processo de enlouquecimento individual e coletivo, onde na família, no trabalho ou na escola as pessoas se violentam e violentam os outros, se maldizem e maldizem os outros, se amaldiçoam e amaldiçoam os outros, são más e ruins consigo mesmas e com os outros, produzindo então um estado de vida, cujas condições favorecem a cultura da morte, loucos enlouquecendo-se uns aos outros, mortos matando-se uns aos outros, violentos violentando-se uns aos outros. Em consequência, o mal-estar social, político, econômico e cultural, instalou-se em nossa sociedade, tornando-a doente, vítima de sua própria loucura, sua violência, maldades e ruindades. Vemos assim o crescimento da fome, da pobreza e da miséria, nas ruas, nos morros e nas favelas, fazendo explodir as cidades urbanas, fruto também das migrações do campo e do interior.
A Loucura fixou-se, instalou-se e estabeleceu-se entre nós, na sociedade contemporânea, afetando populações inteiras, que lutam para viver, conviver, sob-viver e sobre-viver no interior de tal processo enlouquecedor, para o qual contribuem ainda o desemprego, a marginalização, a ausência de trabalho e a falta de atividades.
O Poder da Loucura está no meio de nós.
O que fazer ? Para onde fugir ? Como escapar de suas conseqüências trágicas, alarmantes e desastrosas, perniciosas, corruptoras e destruidoras ?
6.12. Aberração Psicológica
Costinha, Zé Pereira e Juracy
O Trio Elétrico do Hospício do Pinel
No hospital de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, todo santo dia era dia de quebra-quebra e pancadaria, sangue e violência, maldade e ruindade, doentes, médicos, enfermeiros e funcionários em confusão geral, excluindo-se uns aos outros, abraçando a guerra interna e rejeitando a paz e a concórdia em um ambiente hostil, contrário ao bem e ao amor, totalmente adverso e antitético, contraditório, refletindo fundamentalmente o estado de saúde então reinante naquele local: aberração psicológica, desvio de comportamento, alienação e fuga da realidade, loucura metafísica, prática reveladora da vivência dos sonhos imaginários irreais, irracionais e inconscientes, falta de juízo e bom-senso, ausência de mútuo respeito e recíproca irresponsabilidade moral, social e comportamental, marginalização real e exclusão social, império da maldade e da violência generalizada.
Tal o quadro-negro e doentio, louco e marginal, então ali encontrado todos os dias, noites e madrugadas, mostrando-nos realmente que a saúde de uma pessoa se inicia na sua cabeça, na sua consciência boa ou má, na sua razão louca ou saudável, na sua inteligência clara e distinta ou confusa e complicada, na sua mente sadia ou doente e enferma.
Assim acontecia diariamente a chamada aberração psicológica, com seus traumas e desvios, neuroses e psicoses, preconceitos e superstições, confusões e complicações, violências e maldades, marginalidades e loucuras, sonhos e imaginários, irrealidades e irracionalidades, inconsciências e alienações.
Nesse meio-ambiente confuso e complicado, doentio e malicioso, mau e violento, marginal e excludente, se achavam Costinha, um doente mental cujo sonho era comprar a Europa, a América e a África; Zé Pereira cujo trabalho era comprar e vender dinheiro em todas as suas farmácias, padarias e botequins do Brasil; e ainda Juracy, o grande líder e chefe dos malucos cuja atividade era, como todos já sabiam, armar, planejar e concretizar a bagunça e a palhaçada, a confusão e a violência, o quebra-quebra e a pancadaria, dentro e fora do Hospício do Pinel de Jacarepaguá. Formavam eles o Trio Elétrico do Hospício
Esse Trio Elétrico do Pinel, na verdade, era a alegria dos malucos, pois eles é quem animavam, motivavam e incentivavam a todos e cada um dos enfermos, distribuindo alegria e felicidade, elevando sua auto-estima, gerando no ambiente alto-astral geral, ficando todos enfim, no final das contas, felizes, alegres e contentes.
Era deste modo que Juracy, Costinha e Zé Pereira ajudavam a todos a vencer a solidão e o isolamento, e ganhar a batalha medicinal e hospitalar contra a depressão e a aberração psicológicas.
ospício do Pinel
6.13. Dormindo e Sonhando
O Sonho da loucura do ser
A Loucura da imaginação irreal
Imaginação louca e irreal,
irracional e inconsciente,
doente e insensata
O Sono da madrugada, quando dormimos depois de um dia de trabalho, nos revela o estado doentio do ser, do pensamento e da existência humanas.
Esse estado doentio se identifica com a inconsciência de nossos sonhos, suas fantasias irreais e suas irracionalidades imaginárias.
Tal é a loucura do ser,
a moléstia do pensamento,
a demência da existência.
Homem e mulher, quando estão dormindo, experimentam um mundo irreal de incríveis fantasias extraordinárias.
Irrealidade – ausência do real – que significa fuga do cotidiano, falta de racionalidade, carência de consciência, identificação com o imaginário, a loucura dos sonhos metafísicos.
Irracionalidade – ausência de razão – que representa nosso estado doentio de falta de juizo e bom-senso.
Inconsciência – ausência de consciência – que reflete a enfermidade louca e fora de si de nossa inteligência, seus pensamentos irreais e ausentes do dia a dia da nossa vida, seu ser irracional que sofre então da síndrome da desrazão imaginária e de sua existência distante, longe de nós, afastada de nosso convívio diário, vivendo a loucura do sono da morte e dos sonhos irrealizáveis sem desejos e sem esperanças.
Eis pois o sentido dos sonhos.
O significado da loucura do ser.
A razão de nossos pensamentos imaginários.
O reflexo de nossa existência irreal e irracional, sem ciência e sem consciência, sem juizo e sem bom-senso, burra e insensata, maldosa e violenta, ignorante e mentirosa.
Por isso, sejamos sempre realistas.
Viver a realidade da experiência concreta cotidiana é a chave do sucesso de nossos bons trabalhos e boas atividades e o segredo de uma vida orientada pela cultura do bem e da bondade e pela mentalidade da paz e da não-violência.
A realidade é a nossa salvação.
Que o Senhor Deus nos ajude e abençôe.
6.14. A Imaginação Patológica
O estado doentio de um
raciocínio baseado em hipóteses
"Eu acho", "quem sabe", "pode ser", "talvez", "é possível" são expressões hipotéticas reveladoras de uma mente doente cuja imaginação doentia vive um círculo vicioso capaz de gerar raciocínios incertos e duvidosos que não chegam a lugar nenhum. Pensa-se hipoteticamente, fazendo-se curvas de opinião sem fundamento algum, o que reflete a desrazão irreal, uma realidade irracional, imaginando-se tal realidade ao mesmo tempo em que se ignora a realidade mesma como ela é. Então, o inconsciente fala mais alto, o imaginário grita mais forte, o sonho torna-se real, a irrealidade acontece e a irracionalidade se manifesta através das palavras que se apresentam.
Tal é a imaginação patológica.
Ignora-se a experiência real dos fatos concretos.
Vive-se em um mundo de ilusões e fantasias.
Sonhos incríveis, fantásticos e extraordinários.
Pois então sejamos realistas.
Fujamos das hipóteses.
Realmente práticos e concretos, experimentaremos uma mente sadia, uma razão saudável e agradável, uma inteligência lógica, coerente e sem erros, uma consciência reta onde o bom juizo e o bom-senso são os seus melhores amigos.
Realistas, teremos mais saúde e bem-estar maior e melhor.

7. A Cons-Ciência Eustática e a Razão Insofismática
Projeto de Investigação Científica para Síntese e
Análise do Conhecimento verdadeiramente possível

Razão Insofismática é aquela que na busca da verdade do conhecimento possível se compromete com sua autenticidade lógica, sua transparência racional e sua luminosidade realmente verdadeira.
Cons-Ciência Eustática é aquela que procura os fundamentos da verdade, os princípios do conhecimento, o sentido do pensamento, as raízes da existência real, racional e intencional.
A Racionalidade Eustática e Insofismática possibilita, articula e desenvolve uma nova metodologia de investigação científica, sintetizando e analisando o conteúdo do conhecimento verdadeiramente possível.
Ela torna clara e viável os limites, tendências e possibilidade do conhecimento e sua responsabilidade hermenêutica, discursiva e interpretativa, produzindo assim novas idéias e novos ideais que objetivam alcançar a luz da ciência eustática e insofismática.
Ela pois é uma Racionalidade iluminadora de novos conteúdos, de novas essências do pensamento, de novas produções do conhecimento, ignorando mentiras e falsidades ideológicas, erros e faltas psicológicas, aberrações científicas e ilusões filosóficas.
Ela, a Verdade Racional mais funda e mais profunda, quando então Verdade e Racionalidade se encontram e se identificam, somadas com a Realidade prática cotidiana, juntas e unidas produzem o verdadeiro conhecimento possível, capaz de ser apreendido e abstraido pela Inteligência Pensante.
Surge deste modo um novo método filosófico e uma nova metodologia científica cujos critérios de investigalçao real, racional e intencional aprofundam o pensamento, detalhando a compreensão do conhecimento, mergulhando nas diferenças da abordagem fundamentalmente descobridora de novas certezas, novas verdades, novos conhecimentos verdadeiramente possíveis.
Por conseguinte, tal Ciência Eustática e sua Racionalidade Insofismática trabalham detalhando as diferenças possibilitadoras do verdadeiro conhecimento, fundando suas verdades e aprofundando sua análise cuja descoberta é a novidade de um conteúdo essencial pensante e pensado tendo em vista fazer a abertura da consciência a novas possibilidades, superando seus limites e renovando suas tendências lógicas e dialéticas, construindo a partir de então uma nova mentalidade cultural e libertando-se de preconceitos irracionais e ilusões e superstições irreais.
A Razão Eustática e Insofismática operam trabalhando os exercícios do pensamento cujas atividades pensantes e pensadas fundamentam a construção do verdadeiro conhecimento humano, natural e cultural.
Este o Projeto Real, Racional e Intencional de uma Cons-Ciência Fundamental e
de uma Racionalidade logica e dialeticamente investigativa.
Tal é seu objetivo final.
Encontrar a Verdade comprometida verdadeiramente com sua Realidade Cotidiana e sua Racionalidade Fundamental.

8. Projeto Filosofar

9. Projeto de um novo modelo de Ciência

10. Projeto de uma existência em movimento

11. Projeto de um caminho de paciência

12. Projeto de uma ética do respeito e da responsabilidade

13. Projeto de uma Pedagogia das Diferenças

14. Projeto de uma Sociedade sem remédios

15. Projeto de uma Filosofia do Futuro

16. Projeto de uma racionalidade consciente baseada no juizo e no bom-senso

17. Projeto de uma espiritualidade natural

18. Projeto de uma eternidade livre e feliz

19. Projeto de exercício da atividade política tendo como fundamento radical o conhecimento qualificado adquirido, o comportamento ético manifestado no respeito pessoal e interpessoal e na responsabilidade social e ambiental e a espiritualidade natural onde Deus, o Senhor, é a pessoa mais importante aqui e agora, e além na eternidade

20. Projeto educacional para o homem de hoje
Paidéia – A Formação do homem grego

Na Grécia antiga, em seus primeiros séculos a.C., a formação do homem grego obedecia a um contexto histórico bem determinado, definido principalmente ora por sua tradição cultural ora pelo tempo e lugar vividos por seus cidadãos.
A Paidéia surge então em meio a um fluxo cultural bastante problemático, no qual se perguntava sobretudo qual seria o papel do homem dentro do Cosmos, diante de Zeus e os demais deuses mitológicos, perante às forças da natureza,
à frente da democracia ateniense e outras cidades gregas, no interior da ética e da política, da moral e do social, do comércio e da economia em geral, da própria Mitologia Grega, e, com destaque peculiar, de sua racionalidade ordenadora do caos, de sua capacidade de organizar o conhecimento, estruturar a lógica e a metafísica, sistematizar o pensamento filosófico até então consumado.
Interrogando-se e tentando responder a essas questões fundamentais, o cidadão grego construiu a Paidéia: Projeto de educação voltado para a formação cultural do homem grego.
A partir de agora, os gregos seriam chamados de humanistas, justamente porque em função do homem – do homem grego - conceberiam a natureza e o universo, a religião e a filosofia, a arte e a ciência, a moral(ética) e a história.
E por causa do homem, a razão inteligente se constituirá no padrão grego por excelência, a partir de que a ordem, a democracia e a filosofia assumirão um compromisso responsável com a liberdade e a felicidade humana local, regional e global, agora e futuramente.
O que valeu para os gregos de outrora, igualmente tem valor para a humanidade de hoje.

21. Projeto de uma Consciência Eustática
e de uma Razão Insofismática

Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.

Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.

Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.

22. Projeto de uma vida sem preconceitos

A possibilidade de viver sem preconceitos e superstições, sem obstáculos mentais e barreiras ideológicas e psicológicas, sem confusão de idéias e complicações irreais e irracionais, sem sonhos metafísicos e loucuras inconscientes e imaginárias
- eis uma realidade em construção para a qual contribuem eficazmente as seguintes 16 vias comportamentais encontradas na experiência real cotidiana:
1) Amar a vida de cada dia
2) Praticar o amor, a fraternidade e a solidariedade
3) Fazer o bem a todos e cada um
4) Viver em paz uns com os outros
5) Procurar a luz do conhecimento da verdade
6) Praticar a justiça social e coletiva
7) Abraçar o direito e manter o respeito
8) Ser responsável pelos seus atos
9) Ter juizo e usar o bom-senso
10) Buscar a liberdade e desejar a felicidade
11) Favorecer a sua saúde e o bem-estar dos outros
12) Trabalhar com alegria
13) Fazer bem todas as coisas
14) Fugir da maldade e da violência
15) Lutar pela cultura do bem e da bondade
16) Abrir um tempo e lugar para Deus, o Senhor, em sua vida
A prática vivencial dessas 16 vias de comportamento humano e natural possibilita de fato aqui e agora uma vida sem preconceitos.

Finalização

Animados, motivados e incentivados por esta nova abordagem deste trabalho de pesquisa, caiamos na real e ponhamos em prática nossos projetos de vida guardados dentro de nós mesmos, articulando as condições indispensáveis para que eles possam surgir, produzir-se e desenvolver-se, colaborando deste modo com todos e cada um para o movimento construtor de uma nova realidade humana, como disse, mais justa, mais fraterna e mais solidária.
Projetemos nossa vida.
E realizemos tais projetos.
Eles são importantes para todos nós, visto que podem salvar vidas, curar doenças e libertar-nos da escravidão dos preconceitos e superstições, e ainda proporcionar novas condições e relações de vida e trabalho, abrindo assim as portas da liberdade feliz para todos os cidadãos do mundo inteiro, não só de nossas cidades ou país.
Da teoria para a prática – eis a nossa missão a partir de agora.

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