terça-feira, 8 de abril de 2008

O Mundo da Mente

O Mundo da Mente
Os Problemas da Razão
As Questões da Inteligência
As Interrogações da Consciência
Rio de Janeiro
Brasil
2008
Francisco da Glória

1. Se a cabeça está boa,
então tudo vai bem
A Boa saúde e o bem-estar de uma pessoa começa na cabeça, no seu juizo e bom-senso, no seu bom comportamento revelador de uma consciência positiva e de uma intenção otimista.
Em função de sua boa consciência o indivíduo constrói a sua vida, fugindo da loucura de seus sonhos imaginários, escapando de sua possível irrealidade e irracionalidade, destruindo seus preconceitos e superstições, criando as condições indispensáveis para a vivência de uma vida direita e de respeito, com liberdade responsável, com consciência social e coletiva, buscando então a felicidade de si e dos outros, e amando, respeitando e valorizando a Deus, o Senhor, em sua realidade prática cotidiana.
Consciente, racional e inteligente, o ser humano em geral desenvolve em seu dia-a-dia atividades, operações e exercícios mentais, corporais e espirituais que visam o bem que faz e a paz que procura viver, a prática do amor e o amor à vida, experimentando assim uma realidade comprometida com a fraternidade e a solidariedade, a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, tudo isto, enfim, reflexo de uma cabeça boa e do bem cuja bondade manifesta o desejo e a necessodade de construir uma sociedade pacífica, ordeira, disciplinada e organizada onde todos e cada um vivam e pratiquem a cultura da vida, positiva e otimista, sempre alegre, feliz e contente.
Se a cabeça é saudável, o seu ambiente é agradável e amigável.
Se possui boas idéias e bons ideais, todos a sua volta crescem, progridem e evoluem.
Se tem respeito pessoal e responsabilidade social e ambiental, então é uma luz no caminho de muitos que estão ao seu redor.
Sua luz interior é uma força exterior, animando a alguns, motivando a muitos e incentivando a todos.
Iluminando e fortalecendo seus companheiros de caminhada, produz as boas coisas da vida, o bem e a paz em primeiro lugar.
De bem com a vida, glorifica a Deus, o Senhor, por seus favores, benefícios e maravilhas operadas no meio de nós.
Logo, se a cabeça vai bem, então tudo vai bem.
A Família vai bem.
O Trabalho vai bem.
A Escola vai bem.
A Igreja vai bem.
O Hospital vai bem.
Ser bom e fazer o bem – eis o reflexo de Deus no meio de nós.

2. Inteligência Plural Multifuncional
Atividades múltiplas, pluralidade de tarefas, projetos empreendedores, planos de trabalho, esforços de serviço, empenhos multiplicadores de exercícios físicos, mentais e espirituais, variedade de funções, cargos diversos, várias operações estratégicas, planejamentos operacionais, organização de eventos e acontecimentos, logística empresarial, comercial e industrial, disciplina racional, ordenamento de experiências, racionalidade prática e teórica, consciência ativa, mente multiplicadora de tempos e momentos, movimento permanente de trabalho diversificado, variedade simultânea de serviços – eis, enfim, a Inteligência Plural Multifuncional,
É uma característica do mundo moderno.
Novidade do tempo atual.
Com diversas funções e cargos variados, trabalhos simultâneos e tarefas múltiplas, o homem e a mulher contemporâneos experimentam uma nova consciência operacional, uma nova racionalidade prática, uma nova inteligência plural, uma nova mentalidade cultural.
Exigências de novos tempos.
Apelos de novas situações reais, atuais e históricas.
Necessidades naturais, culturais, sociais e ambientais.
Desejos de vida plena, cheia e abundante.
Muito ocupada e bastante preocupada – eis a humanidade de hoje, em todos os tempos, momentos e lugares, locais, regionais e globais.
É um dos reflexos do fenômeno da globalização, da explosão do conhecimento, da exigência de uma nova moralidade ética, de uma nova espiritualidade dinâmica e ativa cujo empenho de ação e esforço de oração movimentam a experiência real cotidiana de todas as sociedades modernas.
Todos têm pressa, tudo anda muito rápido, o tempo está em falta, urgências de trabalhos e emergências de atividades superam os limites do espaço, ultrapassam as necessidades da natureza, transcendem os desejos humanos e naturais, elevam-se acima das culturas das sociedades emergentes e desenvolvidas, e em desenvolvimento.
Aqui e agora, o momento é hoje, o tempo e o lugar acontecem atualmente, dentro de uma realidade em mudança, modificando-se constantemente, movimentando-se permanentemente, tentando em alguns segundos e poucos minutos vencer o desafio da vida, seus obstáculos reais, suas barreiras históricas e cotidianas, seus limites de tempo e espaço, suas fronteiras físicas, geográficas e terrestres.
Vivendo nesse ambiente fértil de possibilidades, tudo se abre, se renova e se liberta, dentro e fora das áreas política, social, econômica e cultural, moral e espiritual, científica e tecnológica, artística e religiosa, histórica e filosófica.
Assim trabalha, se empenha e se esforça a Inteligência Plural Multifuncional.
Que Deus, o Senhor, seja louvado, bendito e glorificado por essa maravilha dos tempos atuais, que surgiu em favor do ser humano, oferecendo-lhe de verdade benefícios sem fim, recuperando-lhe a esperança por dias melhores, maiores oportunidades de trabalho e melhores condições e relações de trabalho, de vida, saúde e educação.
Portanto, bem-vinda maravilha de Deus, a Inteligência Plural Multifuncional.

3. Metamorfose Circunstancial
Terapia do Movimento
Sair da rotina e fugir da tradição, permanentemente, mobilizando-se, andando, caminhando, movimentando-se, locomovendo-se constantemente – eis o quadro azul de uma boa saúde pessoal e de um bem-estar coletivo.
Tal movimento circunstancial, que funciona de acordo com a situação ou circunstâncias inerentes às atividades de indivíduos e grupos sociais, favorece o coração e a circulação sanguinea de veias e artérias que nele entram e saem, melhora o funcionamento do cérebro, dos pulmões, dos rins e do intestino, ajudando na boa mobilização dentro do corpo humano de órgãos, sistemas e aparelhos, glândulas e hormônios, todos vitais para a sobrevivência e ótima qualidade de vida do ser humano em geral.
Além disso, a metamorfose circunstancial possibilita a ordem mental, a saúde física, como disse, a organização do pensamento, a apreensão do conhecimento, o equilíbrio emocional, o bem-estar espiritual e o bom exercício cotidiano de todas as nossas tarefas, trabalhos e atividades
relacionadas com nosso desempenho vocacional e profissional, dentro e fora da família, da escola e do trabalho, na rua ou em casa.
Saúde para todos e cada um.

4. Consciência Imunológica
O Estado de vida consciente em que vivemos imunes a ameaças, perigos e armadilhas de ordem ideológica e psicológica, afastados de elementos estranhos alheios a nós mesmos, isolados de inimigos destruidores da ordem mental e do equilíbrio emocional que nos envolve, lomge da confisão mental e de complicações irracionais,
fora de prisões preconceituosas e supersticiosas, tudo isto, enfim, que imuniza nossa consciência, garantindo a sua estabilidade mental e a sua segurança racional, a ordem da mente e o equilíbrio da razão, chamamos de Consciência Imunológica.
É a consciência segura, constante e estável, que assume um compromisso responsável com suas idéias e ideais fundamentalmente baseados no juizo e no bom-senso, no respeito pessoal e na responsabilidade social, na liberdade de si e dos outros, na felicidade individual e coletiva, na saúde interior e no bem-estar geral de toda a sociedade dentro da qual estamos inseridos neste mundo em que vivemos.
Imunologicamente constituida, a consciência humana transforma-se num círculo blindado contra o qual atacam seus inimigos estranhos , contrários e adversos ao seu universo interior, à sua realidade interna fortemente protegida e defendida por seus valores éticos e religiosos, por sua cultura educacional historicamente adquirida, por sua ideologia de pensamentos, sentimentos e comportamentos firmemente radicados em uma vida humana, natural e cultural onde certamente Deus, o Senhor, é o sentido da sua vida e a sua razão de viver.
Na verdade, nada nem ninguém consegue derrubar e destruir uma consciência imunologicamente construida.

5. Equilíbrio Emocional
O Círculo Espiritual da Consciência Real
e sua garantia de defesa e segurança imunológicas
Quando o ambiente social em que estamos é violento, mau, ruim, injusto e marginal, então acredito que o melhor caminho a tomar é fugir desse ambiente hostil e contrário, antitético e contraditório, e assim garantir nossa paz interior e nossa tranquilidade espiritual, nossa calma ambiental e nosso repouso mental, destruindo então a possibilidade de conflito e guerra entre o bem e o mal, salvando a nossa pele, libertando-nos de inimigos e adversários, e quaisquer elementos estranhos à nossa boa vida social, a qual devemos manter, segurar, garantir e defender a qualquer custo.
Em outras palavras, podemos dizer que deste modo nos tornamos imunes a qualquer hostilidade e contrariedade, defendendo-nos e garantindo nossa segurança imunológica, já que se formou em volta de nós o círculo defensor que nos garante seguramente nossa imunidade física, mental e espiritual, privilegiando pois nossa paz pessoal e tranquilidade interior, e afugentando e expulsando de nós toda e qualquer adversidade e contrariedade que venham a perturbar, intranquilizar, incomodar e desestabilizar nosso repouso tranquilo e nossa calma bonança de criança.
Devemos lutar e defender nossa paz interior.
Devemos afastar de nós os elementos contrários, estranhos e adversos à nossa tranquilidade espiritual e calma repousante.
Devemos trabalhar sempre mantendo, defendendo e garantindo constantemente nossa boa vida espiritual e nossa ótima tranquilidade interior.
Longe de nós a confusão mental e a complicação irracional, a falta de juizo e a ausência de bom-senso, os preconceitos maldosos e as superstições violentas!
Perto de nós as boas idéias e os bons amigos, as boas coisas da vida, a paz interior e a calma espiritual, e o repouso tranquilizante!
Que o Círculo Imunológico que envolve nossa Consciência Real nos proteja, garanta e defenda, colocando as graças e bênçãos de Deus, o Senhor, na nossa vida de cada dia, afastando-nos do mal e da violência que nos cercam, e aproximando-nos do bem que devemos fazer e da paz que devemos viver diante do meio-ambiente social, político, econômico e cultural onde estamos inseridos.
Que Deus nos ajude.

6. Liberdade
A Ética das possibilidades
Em diversas situações da realidade da vida cotidiana, somos levados intuitivamente de forma natural a buscar novas alternativas de valor, novas opções de trabalho e lazer, escolher o caminho mais viável, tendo em vista responder às perguntas mais urgentes, solucionar os problemas mais difíceis, importantes e intrigantes, decidir sentenças quase impossíveis de serem aceitas, entendidas e respeitadas. Estamos diante de um comportamento chamado pelos especialistas de ètica das possibilidades, ou seja, atitudes decisivas que devem ser tomadas em determinadas circunstâncias e exigem e requerem alta taxa de criatividade racional e imaginativa capaz de fazer escolhas corretas e encontrar soluções alternativas para definidos problemas da realidade do dia-a-dia da nossa vida.
Tal comportamento situacional se vê diante de um fluxo de possibilidades a partir de que as decisões podem ser tomadas, optando com intuição, racionalidade, imaginação e criatividade pela melhor alternativa então desejada, a melhor opção ali encontrada, a melhor escolha desde agora a mais importante e interessante.
Ética e razão neste momento trabalham juntas e unidas tentando encontrar a boa opção, a melhor resposta, a mais qualificada solução.
Essa realidade circunstancial revela-nos um dos pontos centrais que caracterizam a consciência humana perante os imperativos da natureza, diante das interrogações da realidade cotidiana, que, em certas ocasições, exige e deseja da criatura humana uma atitude respeitosa e responsável, racional e consciente, natural e criativa cujos resultados são a melhoria das relações humanas, o progresso dos trabalhos realizados, a evolução das condições e situações ambientais em que todos e cada um se acham de bem com a vida, em boas condições de saúde e trabalho, e em ótimos momentos de prazer, alegria e bem-estar.
A Ética das possibilidades nos caracteriza fundamentalmente como seres humanos, naturais e culturais, sociais, políticos e econômicos.
Somos na verdade um complexo de possibilidades.
Somos um fluxo de alternativas.
Somos um rico manancial de boas opções e ótimas escolhas.
Isso nos faz livres e responsáveis por nossos atos.
Tal é a nossa liberdade.
De fato, ética das possibilidades é um outro nome de liberdade.
Liberdade responsável.
Liberdade com respeito.
Liberdade com juizo e bom-senso.

7. A Imagem e seu Poder de Influência
Eu e os outros mantemos um relacionamento baseado em construção de imagens, que se originam a partir do poder de influência exercido por nós, pelo meu eu e pelos outros eus dos outros, resultando assim em uma interatividade, interdependência, compartilhamento de idéias e imagens, valores e intenções, símbolos e interesses, razões e experiências, teorias e práticas, emoções e atividades, exercícios mentais e concretos.
Dependemos uns dos outros.
Interagimos e compartilhamos interesses.
Em função desta realidade da experiência cotidiana, adquirimos com o tempo, de acordo com o momento, sob determinações da vivência temporal e histórica, conforme o lugar social e cultural, político e econômico, moral e religioso, em que nos inserimos, novas imagens sobre nós mesmos, criando, desde então, preconceitos e superstições, ideais e ideologias, teorias e discursos que vão afetar decisivamente nosso comportamento perante a sociedade onde nos encontramos neste mundo em que vivemos.
Nós somos eu e os outros.
Temos uma imagem sobre nós mesmos.
Eu sou assim, nós somos deste modo, os outros são daquela maneira.
Todos e cada um então constróem seus próprios mundos internos e externos, seus universos interiores e exteriores.
Somos imagem.
Nos imaginamos.
Nos representamos diante da sociedade, perante a mim e aos outros.
A Força desta imagem define o grau, o valor e o poder de influência que podemos apresentar socialmente.
Eu me imagino e imagino os outros.
Os outros se imaginam a si mesmos e imaginam a mim também, o que eu posso ser, o que eu represento para eles, qual o meu reflexo em sociedade.
A Imagem em si só pode existir a partir de uma relação: eu com os outros, eu comigo próprio, os outros comigo e os outros com eles mesmos.
Observa-se assim que a imagem é produto de uma relação necessária, resultado de uma situação real ou ideal interativa, consequência de circunstâncias sociais determinadas interdependentes, efeito de condições gerais e específicas cotidianas que compartilham símbolos, valores e interesses iguais ou diferentes.
Surge deste modo o poder de influência que podemos realmente exercer em sociedade, determinando e sendo determinados pela vida dos outros, condicionando pensamentos, sentimentos e comportamentos uns sobre os outros, definindo regras de conduta, estilos de moda, boas ou más atitudes, ótimas ou péssimas ações.
Neste momento, a ética ou a moralidade social entram em ação, chamando-nos à responsabilidade individual e coletiva, ao respeito pessoal, social e ambiental, às boas virtudes que devemos abraçar, ignorando e rejeitando de fato a violência e a maldade que possam então nos contaminar.
Eis pois o processo real, histórico e atual de construção da nossa imagem, seu valor, poder e importância diante da sociedade em que nos encontramos.

8. A Razão das Diferenças ou
a Racionalidade dos Detalhes
Observamos hoje em dia a imensa capacidade da inteligência humana de buscar, perscrutar, penetrar e abstrair os detalhes das coisas reais e as diferenças dos seres da realidade cotidiana, selecionando permanentemente o que lhe interessa conforme seus objetivos intencionais, o que permite ao homem e à mulher, como seres pensantes, racionais e inteligentes, obter melhores condições e relações de vida, saúde, trabalho e educação, no convívio diário com seus semelhantes, optando então pelas coisas boas da vida e rejeitando de fato o que lhe contraria e contradiz, realidade essa que revela a pessoa humana como verdadeira criatura de Deus, o Senhor.
Esse talento ou carisma especial da natureza humana possibilita-lhe um maior crescimento físico, mental e espiritual, progresso social ,político e econômico, evolução material e espiritual, e desenvolvimento de seu conhecimento específico e generalizado no interior de seu estado de vida e trabalho, na rua, com a família, exercendo suas atividades vocacionais e profissionais, e desempenhando operações que levem ao seu bem-estar pessoal, social, cultural e ambiental.
Somos diferentes.
Somos um complexo de detalhes e diferenças.
Somos o valor das pequenas coisas.
Com efeito, a natureza criada por Deus vive dos detalhes da vida cotidiana, convive com as diferenças do dia-a-dia e valoriza em seu meio as pequenas coisas, os seres miúdos e pequeninos, a simplicidade dos relacionamentos humanos, a humildade no convívio ético entre as pessoas e o fato de que na verdade somos dependentes, dependemos uns dos outros, somos interdependentes, precisamos das coisas e necessitamos satisfazer os nossos desejos humanos, naturais e culturais.
Tal qualidade natural do ser humano, cultural e historicamente desenvolvida, reflete o nosso estado de vida diante de nós mesmos, perante a Deus e quando nos encontramos na presença dos outros.
Pois então, já que possuimos esse dom do discernimento, ou a capacidade e a possibilidade de saber fazer a diferença e mergulhar nos detalhes da vida, descobrindo seus segredos e encontrando suas verdades, procuremos colocá-lo em prática, visto que deste modo contribuiremos para a felicidade da humanidade, construindo sua liberdade com responsabilidade e o respeito individual e coletivo que devemos ter na nossa relação diária, aqui e agora, uns com os outros, dentro de nossa sociedade humana presente, insistente e existente neste mundo temporal e histórico em que vivemos.
Que o Deus dos detalhes e o Senhor das diferenças ajude-nos de fato nesse desafio cotidiano, fazendo-nos lutar, nos esforçar e nos empenhar em prol da saúde pessoal, social e coletiva, e do bem-estar de todos e cada um.

9. Transcendência Mental
A Lógica das Tendências de Superação Dialética
O Ser humano em geral possui a tendência natural de se superar diante de seus limites, de se ultrapassar diante de suas barreiras e de se transcender diante de seus obstáculos.
Ele sempre supera seus limites reais da experiência cotidiana, tais como a doença, a moléstia e a enfermidade; o cansaço, a fadiga e o esgotamento mental; a prisão ideológica e a escravidão psicológica; a divisão de classes sociais, os preconceitos mentais e as superstições religiosas; os estigmas mentais, físicos e espirituais; as marcas registradas pela violência urbana, a maldada humana, a ruindade dos marginais e a exclusão social; as barreiras da injustiça social, política e econômica; os obstáculos da razão, as confusões mentais e as complicações da inteligência; a loucura da imaginação e sua inconsciência, irrealidade e irracionalidade; e, enfim, a realidade triste e angustiante da morte temporal.
E como ele consegue fazer isso ? Superar seus limites ? Ultrapassar suas barreiras ? E transcender seus obstáculos ?
Simplesmente, porque ele é uma criatura de Deus.
E por ser uma criatura de Deus, foi feito para o bem e não para o mal; deseja a paz e não a violência; procura ser bom e fazer o bem, e não aceita de jeito nenhum a maldade e a ruindade; cultiva sempre o amor e não o ódio; ama a vida e rejeita a morte; aprecia a justiça e ignora a injustiça; busca o direito e não a falsidade; quer a verdade e não a mentira; anseia por respeitar e ser respeitado; assume um compromisso responsável com a construção de sua liberdade e a liberdade dos outros; procura ser feliz e gosta da felicidade dos outros; age com juizo e bom-senso; cria as condições de saúde e bem-estar para si e para seus semelhantes.
Essa cultura da vida, do bem e da paz conjugada com sua mentalidade aberta, liberta, renovada e evolutiva, crescente e progressiva, desenvolve seus dons de Deus, seus talentos e carismas, anima, motiva e incentiva sua vocação e profissão, seu desejo de rezar e trabalhar permanentemente pelo bem-comum da sociedade, seu bem-estar pessoal, social, cultural e ambiental.
Tal é a sua transcendência mental.
Seu desejo de superação.
Seu esforço e empenho de se ultrapassar.
Sua necessidade natural e cultural, social, política e econômica de transcender seus limites temporais e históricos, suas fronteiras reais e atuais, seus bloqueios mentais e empecilhos à obtenção do conhecimento verdadeiramente possível, vencendo então igualmente a crise de valores éticos e a corrupção moral que se instalou no meio de nós, e ainda desenvolvendo seu potencial energético espiritual capaz de torná-lo vencedor de desafios e ganhador de combates, vitorioso nas batalhas da vida, guerreiro insuperável lutador que derrota seus inimigos e falsos amigos na guerra louca e violenta da experiência real cotidiana.
Essa a sua lógica do bem e a sua dialética da paz.
Lógica da vitória.
Dialética da não-violência.
Eis pois a tendência natural do ser humano que faz dele um vencedor na vida, apesar das contradições cotidianas, das adversidades temporais e das contrariedades históricas.
Tendência que certamente vem de Deus, o Senhor.
Daí seu otimismo na vida que o faz avançar, superar as barreiras e chegar à vitória dos bons resultados.
Daí seu pensamento positivo.
Simplesmente, um homem de fé, uma mulher de Deus.
Deus, o Senhor, é a sua explicação mais real, mais verdadeira e mais profunda.
Obrigado, Senhor.

10. Fenomenologia Transcendental
O Mundo da consciência e a consciência do mundo
A Consciência em si, de si e para si
O Processo de construção, consolidação e desenvolvimento
dos fenômenos da consciência humana e suas condições de possibilidade
1) Os fenômenos transcendentais da consciência humana
a) Os símbolos ou ocorrências simbólicas
b) As idéias ou fatos ideológicos
c) As imagens ou acontecimentos imaginários
d) As intenções(interesses) ou sintomas intencionais
e) Os valores ou efeitos valorativos
f) As vivências ou práticas vivenciais
2) O mundo consciente
3) A Consciência real
4) A Realidade nua (superar limites,
ultrapassar barreiras,
transcender obstáculos,
quebrar preconceitos,
destruir superstições,
gerar tendências,
criar possibilidades,
abrir a mente,
renovar a vida,
libertar-se de prisões)
O Trabalho de pesquisa em torno da Fenomenologia Transcendental da consciência humana revela-nos de que modo o pensamento se relaciona atualmente com a realidade cotidiana, construindo assim o conhecimento verdadeiramente possível.
De fato, o conhecimento acontece quando a razão e a experiência se encontram produzindo fenômenos transcendentais – porque ocorrem no interior da consciência - que descobrem a verdade fenomenal originando pois símbolos, idéias, imagens, valores, intenções e vivências realizadores e causadores do conteúdo substancial do conhecimento, do pensamento que o principia e do discernimento que o seleciona e qualifica.
Tal é o mundo da consciência que interage com o tempo real e a história atual dos acontecimentos humanos, naturais e culturais, sociais, políticos e econômicos, principiando o conhecimento verdadeiramente possível, originando idéias e ideais de progresso e desenvolvimento, possibilitando saúde individual e coletiva e bem-estar para as pessoas, determinando nosso comportamento ético, nossa qualidade e expectativa de vida, nossas ideologias teórico-práticas, nossa existência mental, corporal e espiritual, nossa espiritualidade humana e natural, geradoras de esperança para a humanidade, melhorias, créditos, favores e benefícios para a sociedade nacional e internacional, globalizando os recursos econômicos, pluralizando a reciprocidade política, universalizando as emergências sociais e coletivas, criando portanto deste modo as condições indispensáveis para um mundo mais justo e humano, direito e de respeito, verdadeiro e responsável, livre e feliz.
O Processo de construção dos fenômenos transcendentais da consciência humana e suas relações cotidianas com a realidade da experiência do dia-a-dia da nossa vida, como disse acima, produz o conhecimento humano, o pensamento que o define e o discernimento que o determina, suas verdadeiras possibilidades de obtenção do conteúdo essencial e da matéria substancial que o qualifica, seleciona e condiciona.
Outrossim, não devemos ignorar que nós seres humanos igualmente somos fenômenos transcendentais visto que nosso princípio, meio e fim se realizam na nossa consciência ligada, unida e casada perfeitamente com a realidade da experiência atual do dia-a-dia da nossa vida.

11. Mente Imanente
A Natureza real, momentânea e situacional das atividades humanas racionais circunstanciais distribuidoras de tarefas, trabalhos e serviços dentro das condições e relações temporais e históricas, locais, regionais e globais da vida diária cotidiana
No dia-a-dia da nossa vida, realizamos atividades e trabalhos e exercitamos tarefas e serviços cujo desempenho no tempo e espaço onde nos encontramos no cotidiano da nossa vida revela=nos de que modo a inteligência humana interage com a realidade, compartilhando com ela seus fenômenos mentais, adequando-se e acomodando-se às exigências, determinismos e condições naturais do tempo então vivido naquele momento e do lugar também experimentado naquela região material.
Com efeito, a razão humana é imanente, ou seja, está sujeita e depende dos condicionamentos, situações e momentos diários da realidade da vida cotidiana, de seus determinismos temporais, reais, atuais e históricos, de sua instabilidade de circunstâncias concretas, de sua prática de pensamentos, sentimentos e comportamentos experimentados.
Sim, o homem e a mulher têm uma natureza racional e histórica, real e mental, teórica e prática, inteligente e temporal, cerebral e experimental, a partir de que realiza a construção de sua vida diária, desenvolvendo o corpo, a mente e o espírito, evoluindo material e espiritualmente, progredindo na ética vivida, no conhecimento obtido e na espiritualidade que deve crescer em direção a Deus, o Senhor, sua imortalidade e eternidade, sua prática do bem e da bondade e sua vivência da paz e da concórdia, seu amor abraçado e sua vida capturada, sua luz das coisas verdadeiras e dos seres justos e direitos.
Praticando o direito e o respeito pessoal e interpessoal e assumindo um compromisso real e verdadeiro com a responsabilidade social, cultural e ambiental, vivendo com consciência política, emergência social e prosperidade econômica e financeira, façamos um engajamento radical com a Razão Imanente e sua vocação de temporalidade e historicidade nas quais ela articula suas funções básicas, desenvolve seus talentos fundamentais e vivencia seus exercícios mentais, suas atividades transcendentais e suas práticas sensatas e inteligentes da maneira mais correta e perfeita, favorendo assim o conjunto da humanidade com créditos e benefícios em que a fraternidade universal e a solidariedade social e coletiva falam mais alto e gritam mais forte.
Experimentemos diariamente as qualidades e benefícios de vida e trabalho que a Razão Imanente nos proporciona aqui e agora, e para sempre.
Graças a Deus.

12. A Administração da Consciência
Inteligência comandante ou Razão comandada ?
Quem comanda a minha consciência ?
Diz o ditado popular:”Na vida, vence quem é malandro,
ganha quem faz a cabeça”.
Fazer a cabeça dos outros deveria ser considerado um crime e uma violência social cuja punição por parte da justiça condenaria seus autores com muitos anos de cadeia e prisão pública.
Quem é o Comandante da minha consciência ?
Vozes que comandam a mim e aos outros: uma realidade histórica, real e atual, cotidiana, da experiência do dia-a-dia, presente nos lares e famílias, existente nos trabalhos, igrejas e hospícios, insistente em todas e quaisquer pessoas que um dia ou a qualquer hora venham a perder o juizo e o bom-senso, cair na irrealidade ou irracionalidade, na loucura da razão, na doença da mente, ou na demência da consciência.
Surge então um quadro-negro de doença mental, loucura irracional, irrealidade imaginária, fuga do cotidiano, ausência de relacionamentos humanos e sociais, isolamento e solidão, a depressão psicológica, doenças da mente fora da razão e ausentes do real, o fluxo imaginário de sonhos metafísicos, o sonho que se identifica com a realidade, a crise de valores éticos e religiosos, a falta de paradigmas de segurança e de modelos sustentadores da auto-estima e do alto-astral individual, social e coletivo, a inconsciência louca, doente e imaginária, o caos social, a confusão mental e a complicação irracional, a desordem física, mental e espiritual, a indisciplina moral e comportamental, a desorganização na ordem do pensamento, do conhecimento e do discernimento, a violência marginal, a exclusão e a marginalização social, a maldade gerenciadora de relações e condições de trabalho, a ruindade das pessoas, a corrupção moral e espiritual, a instabilidade emocional, a inconstância sentimental, a desordem ambiental, a crise de autoridade, o débito, a carência e a insuficiência imunológicas na vida de indivíduos e grupos sociais, comunidades e coletividades, a cultura do mal, da violência e da morte, a corrente teórico-prática de ideologias cuja mentalidade se identifica com o vazio espiritual e o nada existencial, a falta de responsabilidade e a ausência de respeito, o compromisso com a injustiça, a mentira, a covardia e a falsidade, a produção da burrice, da ignorância, da fome, da miséria e mendigos em nossas cidades urbanas e do interior, o atraso cultural, o prejuizo econômico, a dívida social e o não-engajamento político, a falta de Deus, a ignorância espiritual, e enfim a ausência de uma cultura renovadora e de uma mentalidade libertadora que abram de fato as portas do desenvolvimento, do crescimento econômico-financeiro, da evolução sócio-política, do progresso moral, cultural e espiritual.
Esse quadro-negro de situações, apresentado acima, é o reflexo real, certo e verdadeiro de uma razão que perdeu sua identidade e moralidade, de uma consciência que ignora o reto juizo e o bom-senso em si e nos outros, de uma mente louca, doente, irreal, irracional, imaginária e sonhadora, de uma inteligência inativa, cansada, paralítica, doente e incompleta.
O Problema na verdade é de comando.
Quem deve comandar minha vida e meus trabalhos e atividades, minhas relações e relacionamentos, meus compromissos e responsabilidades, e o respeito que eu devo possuir diante das pessoas ao meu redor, perante a Deus e dentro e fora de mim mesmo ?
Eu mesmo devo ser o comandante da minha vida.
Seguir sempre a minha consciência.
Agir sempre com juizo e bom-senso.
Ser realista e racional.
Usar minha inteligência em favor do bem e da paz.
Construir com generosidade a fraternidade e a solidariedade.
Fugir do mal, da violência e da morte.
Destruir meus preconceitos e superstições.
Criar em mim e nos outros uma nova cultura de vida e uma nova mentalidade onde o amor seja a tarefa mais importante a realizar.
E enfim lembrar-me sempre de Deus, o Senhor, a base fundamental de todas as boas virtudes da vida.

13. Consciência Global
e Razão Diferencial
Saber fazer a diferença e ter uma visão global da realidade são 2 momentos característicos da racionalidade humana, que assim orienta o comportamento de uma pessoa, descobrindo-lhe o conhecimento da verdade, discernindo-lhe os seres e as coisas entre si, desvelando-lhe as raízes dos acontecimentos reais, abstraindo-lhe as essências das aparências da realidade temporal e histórica, apreendendo-lhe o conteúdo substancial inserido nos fenômenos da consciência inteligível e da experiência sensível.
Globalidade e diferença fazem parte dos constituintes racionais da inteligência humana, o que contribui para a evolução mental, corporal e espiritual da humanidade, sua inserção local, regional e global no progresso dos povos e nações do mundo inteiro, sua abertura para novas tendências reais e novas possibilidades racionais, sua renovação interna e externa, e sua libertação autêntica de preconceitos e superstições, confusões mentais e complicações irracionais.
Com efeito, globalizar e diferenciar são mecanismos da inteligência pensante, discernente e cognoscente que nos ajudam a arrumar as nossas idéias, símbolos e valores, ordenando-lhes o conteúdo essencial, disciplinando-lhes sua estrutura sistêmica e organizando-lhes as vias lógicas e dialéticas que conduzem à obtenção do conhecimento verdadeiramente possível.
Devemos trabalhar sempre construindo a globalização da realidade, detalhando sua matéria real de conhecimento e fazendo bem a verdadeira diferença entre seu conteúdo bom e melhor e seus contrários maus e ruins.
Feito isso, caminhemos para a consolidação de uma sociedade mais livre, mais justa e mais feliz; de um universo mais virtuoso, crescente, progressivo e evolutivo material e espiritualmente; de uma natureza mais limpa e mais pura, mais respeitada e dignificada, mais venerada e humanizada; de uma realidade cotidiana mais fraterna e solidária, mais livre e responsável, onde o direito e o respeito sejam abraçados individual e coletivamente.
Sejamos sempre racionais e realistas, fazendo bem a diferença entre as coisas, detalhando suas autênticas possibilidades, a partir, é óbvio, de uma visão desta mesma realidade identificada com sua globalidade, universalidade, totalidade, integralidade, necessidade e absolutividade.

14. A Inteligência Imunológica Ambiental
A Estrutura Imunológica e o Sistema de Blindagem Automática Ambiental da Inteligência Pluridimensional
A Inteligência humana, naturalmente constituída e culturalmente desenvolvida, opera em várias dimensões da realidade cotidiana, produzindo automaticamente em torno de si um ambiente agradável e amigável, favorável e saudável, capaz de lhe proporcionar diariamente um bem-estar generalizado identificado com sua constante produção de boas idéias e bons ideais, boas virtudes e bons valores comportamentais, bons pensamentos e boas emoções sentimentais, boas intenções e boas ações, boas atitudes no convívio social e boas experiências de vida, bons projetos de trabalho e boas energias de saúde física, mental e espiritual.
Tal conjunto de boas teorias e boas práticas de comportamento social, político e econômico, natural e cultural, e também ambiental, onde se reflete a ótima qualidade de vida vivida e o ótimo estado de existência experimentada, chamamos de Inteligência Blindada Imunológica Ambiental tendo em vista sua atuação real em diversas dimensões de tempo e lugar da realidade da experiência cotidiana, propiciando-lhe de fato um ambiente de paz e concórdia, de saúde pessoal e interpessoal e bem-estar social e coletivo.
Essa a Inteligência Blindada Imunológica Ambiental.
Presente em todos os ambientes.
Atuante em todos os tempos e lugares.
Insistente nas diversas dimensões da realidade do dia-a-dia.
Sua Blindagem Automática Imunológica se deve ao fato de ser permanentemente protegida pelo bem que faz e pela paz que vive, defendida pela vida que ama e pelo amor que pratica, guardada pelo respeito que mantém e por sua atitude responsável em relação aos outros, diante de Deus, o Senhor, e perante o conjunto da sociedade humana cujos esforços, empenhos, trabalhos e atividades concorrem para a sua defesa, guarda e proteção, aqui e agora, no presente e no futuro da humanidade.
Sua advogada é a sociedade da qual faz parte.
Seu remédio é a vida.
Seu médico é o amor.
Seu fundamento é Deus, o Senhor.
Seus amigos são o bem e a paz.
Tal a sua Blindagem e a sua Imunidade.
Essa a sua estrutura de defesa.
Esse seu sistema de proteção.
Eis pois os seus seguranças da vida.
Os seus Anjos da Guarda.
A sua garantia de existência.
A sua base de sobrevivência.
Cultivemos pois então em nosso dia-a-dia a Inteligência Imunológica Ambiental, nossa blindagem contra os perigos e ameaças da vida, nossa segurança contra inimigos e estranhos adversários, nossa garantia de defesa contra as dificuldades e contrariedades da existência, nossa guarda e proteção contra a cultura da maldade e a mentalidade de violência espalhadas em volta de nós.
Que Deus, o Senhor, nos ajude e abençôe.

15. A Consciência Real
e a Lógica do Concreto
Existe uma racionalidade na realidade ?
Ocorre, no fluxo dos acontecimentos reais, atuais e históricos, uma inteligência interna, inerente à complexidade dos fatos concretos e cotidianos ?
Há uma mentalidade prática, imersa no dia a dia dos fenômenos sociais, políticos e econômicos, reveladores de uma razão experimental, uma consciência real, uma mente concreta ?
Acontece de fato dentro e fora das ocorrências materiais e espirituais da vida humana, natural e cultural, uma atividade cerebral, entrínseca a essa realidade, condicionadora das vivências diárias, das ocorrências cotidianas e dos exercícios mentais, corporais e espirituais das atividades humanas, no interior de sua história tradicional e contemporânea ?
Tal possibilidade chamamos de lógica do concreto.
Como se fosse possível à realidade da experiência cotidiana o fato de poder pensar, refletir e racionalizar seu mundo de realizações práticas e concretas, ter uma razão criadora de suas possibilidades caóticas, confusas e complicadas, todavia que refletem a insistência real de uma consciência geradora de acontecimentos históricos, fenômenos cotidianos ou ocorrências temporais e espaciais...
Essa razão inerente à realidade será a inteligência humana ?
Ou possivelmente uma racionalidade divina ?
Ou ainda uma mente espiritual, eterna e real, suprema e superior às contingências históricas e temporais da vida humana ?
Será algum princípio natural, fundamento da realidade, origem do cotidiano, raiz da história, produtor da natureza, gerador do universo ?
Realmente, a lógica do concreto é um fato real dentro e fora da história da humanidade, no interior e exterior de sua temporalidade, de sua existência eterna, além e aquém dos limites do tempo, inerente a sua espacialidade, entrínseca a sua realidade interna e externa.
Nós seres humanos estamos inseridos nessa realidade temporal e histórica, e eterna, e portanto pertencemos a essa lógica do concreto, estamos pois sujeitos aos seus condicionamentos naturais e culturais, aos seus determinismos reais e atuais, as suas definições de tempo, momento e lugar neste Planeta Terra, e além na eternidade.
Com efeito, graças a Deus, nós somos realmente lógicos e concretos.

16. Referências Comportamentais
A Base da Vida
Garantia de Segurança Existencial
Vivemos de referências.
Existimos a partir de Modelos de vida comportamental que nos dão segurança no cotidiano e garantem a nossa estabilidade vivencial.
Somos vivências que sobrevivem porque nos apoiamos em referências sociais, políticas e econômicas, naturais e culturais.
Nossas referências existenciais e cotidianas são a boa educação que tivemos na família; o repertório cultural que construimos até hoje; a mentalidade de vida que nos atrai que deve ser fundamentada no bem e na paz, no amor e na vida; o respeito que mantemos perante os outros; o compromisso responsável que assumimos na execução de nossos trabalhos e atividades; o uso do juizo e do bom-senso; o desejo da liberdade e o anseio pela felicidade, sentido da nossa vida e razão do nosso existir; o bem-estar social e coletivo que buscamos e a saúde pessoal pela qual lutamos diariamente; a justiça que praticamos e o direito que vivemos; o conhecimento da verdade que descobrimos quando em contato com a realidade; e, enfim, Deus, o Senhor, o fundamento da nossa vida de cada dia.
Essas são as nossas referências comportamentais, vivenciais e existenciais com as quais realizamos o processo de construção da nossa vida no tempo e na história, aqui e agora, no presente e no futuro da sociedade onde nos inserimos atualmente.
Tais referências de vida refletem a nossa ética de boas virtudes e boas atitudes que devemos assumir, o conhecimento adquirido até aqui e a espiritualidade natural que desenvolvemos para nos manter, nos sustentar diariamente, nos garantir contra os perigos, adversidades e contrariedades da vida, nos segurar e apoiar na existência, sobrevivendo assim diante da violência que nos cerca e o mal e a morte que nos rodeiam.
A fé em Deus é importante nessa hora.
Em Deus, nossas vivências são mais seguras, estáveis e pacíficas; com Ele, garantimos a nossa segurança cotidiana; sem Ele, nossas referências se complicam e se confundem, nossas vivências se perdem e se arruinam, nossas existências perdem a razão de ser, o sentido de viver e o significado de existir.
Eis portanto as nossas referências comportamentais.
Elas são de fato o segredo da vida e a chave do sucesso em nossos trabalhos, operações, exercícios e atividades do dia a dia de nossa experiência real cotidiana.
Na existência humana, nossas boas vivências são as nossas boas referências.
Tal deve ser o nosso bom comportamento nesta vida.

17. Consciência Eustática
e Razão Insofismática
Razão Insofismática é aquele estado mental de racionalidade que procura, do ponto-de-vista do conhecimento, a verdade das coisas, a lógica do pensamento, a certeza das idéias encontradas, a autenticidade lógica, retórica, argumentativa, dos símbolos e idéias criadas, ou seja, é a busca da verdade propriamente dita, rejeitando assim tudo o que é contrário a ela.
In-sofismático ( sem sofismas, sem erros, sem incertezas, sem falsidades, sem corrupção ).
Razão Insofismática é a razão autêntica, certa, correta, verdadeira, que anseia pela verdade em si.
Consciência Eustática é aquele estado mental de consciência, onde ocorre um movimento em favor dos fundamentos da verdade, os princípios da realidade, as origens do pensamento, as raízes do conhecimento, as fontes básicas das idéias constituídas na racionalidade pensante.
Insofismático é a busca da verdade, enquanto eustático é a busca dos fundamentos da verdade.
Eustático, na verdade, é o movimento profundo de descoberta dos fundamentos, princípios ou raízes do pensamento, dos sentimentos e dos comportamentos humanos.
Tal movimento fundamental caracteriza a consciência eustática, a consciência mais funda e mais profunda.

18. O Processo de Conscientização da Realidade
Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.

19. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade
A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
É possível sua realidade exterior ?
Ou tudo é interno, todos são interiores ?
Existe alguma coisa fora da consciência ?
Ou será que a consciência é a única realidade ?
Eu sou tudo e todos ?
Eu sou o pensamento ?
A Realidade é pensamento ?
A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
O Real é racional ?
O Racional é real ?
Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através do sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.

20. O Grande problema é não ter problemas
Movimente-se, não fique parado.
Ocupe-se, não fique preocupado.
Pergunte, questione, interrogue.
Faça de toda resposta uma nova pergunta.
Faça de toda solução um novo problema.
Porque o grande problema é não ter problemas.
Crie os problemas. Invente-os. Questione a vida.
Os problemas são necessários, vitais para o ser humano.
Os problemas movimentam a vida, motivam as pessoas, animam a existência, incentivam o bom-humor, elevam a auto-estima, possibilitam o alto-astral.
Os problemas nos fazem otimistas e positivos.
Os problemas geram trabalho, esforço para conseguir as coisas, empenho para realizar nossas atividades.
Os problemas exercitam nossa mente, nosso corpo e nosso espírito.
Os problemas aumentam a nossa fé em Deus.
Por isso, faça de cada coisa e cada serum novo problema.
Problematizando a vida, você será realmente livre e feliz, terá verdadeiramente saúde e bem-estar, agirá com juizo e bom-senso, perceberá como é importanteser responsável pelos seus atos, como é legal e bonito respeitar os outros, buscar o direito em suas atitudes, procurar a verdade em seus relacionamentos e igualmente praticar a justiça quando necessário.
Graças a Deus a vida é um problema.
E viver é tentar encontrar a resposta correta para esse problema.
Sim, abrace os problemas, não fuja deles, conviva com eles, mas não esqueça jamais de tentar dar-lhes uma resposta.

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