quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sofística 3

Os Argumentos, um bom capital

Para os Sofistas do século IV a.C. em pleno regime pré-Pólis da constituição das Cidades Gregas como Atenas e suas circunvizinhas, as palavras valiam dinheiro e o grande capital era a medida de uma ótima defesa e apologia quando se defendiam os interesses de autoridades e governos fazendo-se uma gigantesca argumentação muitas vezes sem fundamento algum, sem princípios sustentáveis e sem raizes na própria filosofia comumente dita. Sua retórica era vazia e nadante, seus argumentos livres para "inventar" letras e discursos radicalmente inseguros, intranquilos e sem garantia alguma de base ideológica. A Sofística se desenvolvia por meio de grandes moedas, capitais e dinheiro que seguravam as idas e vindas desses Professores da Ginástica Sofística de idéias perambulantes e de teorias em movimento, articuladoras da apologia e da defesa de governos constituidos, autoridades competentes e empresários ricos capazes de oferecer garantias financeiras a esses mestres argumentadores que recebiam uma boa "grana" para advogar o aumento de impostos das Cidades, a elevação necessária do salário dos funcionários públicos, a cobrança de altas compensações econômicas pelos serviços oferecidos pelas Prefeituras e o incremento de obras financiadas pelo dinheiro dos mais poderosos. Assim, a Sofística concebia os argumentos como grandes mercadorias de troca quando então faziam intercâmbios de cultura com moedas de alto valor financeiro. Sim, a cultura e os conhecimentos valiam dinheiro. E deste modo os docentes da Sofística lucravam grandes capitais para a satisfação de seus desejos e a realização de suas necessidades. Assim cresceu esse novo modo de fazer filosofia. De letras livres, de palavras sem compromisso e de idéias mobilizantes. Eles mobilizavam as sociedades gregas.

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