quarta-feira, 30 de março de 2011

Palavras de Vida

Palavras de Vida
A Realidade Cotidiana
Uma luz no seu Caminho

1. Recomeçar

Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
O importante é recomeçar.
Se você caiu na tristeza, na angústia, no desespero, na depressão, no medo, na doença, na dúvida, no desemprego, no pecado, no erro, na falta... tente outra vez.
Com paciência, tudo é possível, tudo é realizável, tudo é alcançável.
Não se desespere, tenha esperança.
Não se entristeça, seja alegre.
Não se angustie, acorde para a vida.
A vida é boa e Deus é bom.
A vida é bondade e Deus é o bem.
Não desanime, não desista, não tenha medo... tente outra vez.
Seja paciente, contente e insistente.
Levante-se de novo e vá em frente.
Olhe para frente e para cima.
Deus o abençoará.
Tenha fé, acredite, creia em Deus, creia em você, creia nos outros, creia na vida.
A vida é boa.
A vida é bela.
A vida é ótima.
Páre, pense e tente outra vez.
Espere. Dê um tempo ao tempo. O tempo é um mestre. O mestre da vida.
Tenha paciência, a mãe das virtudes, a sabedoria de Deus, a vitória do homem e da mulher.
O importante é recomeçar.
Recomeçar sempre. Recomeçar a cada dia. Recomeçar em cada queda. Recomeçar sempre de novo. Recomeçar outra vez.
Se você caiu, então páre um pouco, tenha paciência e recomece tudo de novo.
Confie no Senhor.
Acredite em Deus.
Creia na vida, na vitória da vida, na vitória do bem, na vitória da paz, na vitória da luz, na vitória do amor.
Seja um vitorioso.
Tenha paciência.
E recomece sempre de novo.
Deus o abençoará.
O Senhor lhe dará o Prêmio Eterno.
Lute. A luta continua.
Viva. A vida permanece.

2. O Grande problema
é não ter problemas

Movimente-se, não fique parado.
Ocupe-se, não fique preocupado.
Pergunte, questione, interrogue.
Faça de toda resposta uma nova pergunta.
Faça de toda solução um novo problema.
Porque o grande problema é não ter problemas.
Crie os problemas. Invente-os. Questione a vida.
Os problemas são necessários, vitais para o ser humano.
Os problemas movimentam a vida, motivam as pessoas, animam a existência, incentivam o bom-humor, elevam a auto-estima, possibilitam o alto-astral.
Os problemas nos fazem otimistas e positivos.
Os problemas geram trabalho, esforço para conseguir as coisas, empenho para realizar nossas atividades.
Os problemas exercitam nossa mente, nosso corpo e nosso espírito.
Os problemas aumentam a nossa fé em Deus.
Por isso, faça de cada coisa e cada serum novo problema.
Problematizando a vida, você será realmente livre e feliz, terá verdadeiramente saúde e bem-estar, agirá com juizo e bom-senso, perceberá como é importanteser responsável pelos seus atos, como é legal e bonito respeitar os outros, buscar o direito em suas atitudes, procurar a verdade em seus relacionamentos e igualmente praticar a justiça quando necessário.
Graças a Deus a vida é um problema.
E viver é tentar encontrar a resposta correta para esse problema.
Sim, abrace os problemas, não fuja deles, conviva com eles, mas não esqueça jamais de tentar dar-lhes uma resposta.

3. Se a cabeça está boa,
então tudo vai bem

A Boa saúde e o bem-estar de uma pessoa começa na cabeça, no seu juizo e bom-senso, no seu bom comportamento revelador de uma consciência positiva e de uma intenção otimista.
Em função de sua boa consciência o indivíduo constrói a sua vida, fugindo da loucura de seus sonhos imaginários, escapando de sua possível irrealidade e irracionalidade, destruindo seus preconceitos e superstições, criando as condições indispensáveis para a vivência de uma vida direita e de respeito, com liberdade responsável, com consciência social e coletiva, buscando então a felicidade de si e dos outros, e amando, respeitando e valorizando a Deus, o Senhor, em sua realidade prática cotidiana.
Consciente, racional e inteligente, o ser humano em geral desenvolve em seu dia-a-dia atividades, operações e exercícios mentais, corporais e espirituais que visam o bem que faz e a paz que procura viver, a prática do amor e o amor à vida, experimentando assim uma realidade comprometida com a fraternidade e a solidariedade, a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, tudo isto, enfim, reflexo de uma cabeça boa e do bem cuja bondade manifesta o desejo e a necessodade de construir uma sociedade pacífica, ordeira, disciplinada e organizada onde todos e cada um vivam e pratiquem a cultura da vida, positiva e otimista, sempre alegre, feliz e contente.
Se a cabeça é saudável, o seu ambiente é agradável e amigável.
Se possui boas idéias e bons ideais, todos a sua volta crescem, progridem e evoluem.
Se tem respeito pessoal e responsabilidade social e ambiental, então é uma luz no caminho de muitos que estão ao seu redor.
Sua luz interior é uma força exterior, animando a alguns, motivando a muitos e incentivando a todos.
Iluminando e fortalecendo seus companheiros de caminhada, produz as boas coisas da vida, o bem e a paz em primeiro lugar.
De bem com a vida, glorifica a Deus, o Senhor, por seus favores, benefícios e maravilhas operadas no meio de nós.
Logo, se a cabeça vai bem, então tudo vai bem.
A Família vai bem.
O Trabalho vai bem.
A Escola vai bem.
A Igreja vai bem.
O Hospital vai bem.
Ser bom e fazer o bem – eis o reflexo de Deus no meio de nós.

4. Experiência
A Escola da Vida

Na antiga sabedoria chinesa, muitos séculos a.C., Comfúcio, fundador do Confucionismo, dizia em seus ensinamentos: “ A experiência é a escola da vida. Devemos aprender com os mais velhos. Devemos amar, respeitar e valorizar os mais velhos...”
Hoje, no cotidiano da nossa vida, quando eu me encontro e me deparo com os idosos, aposentados e pensionistas do INSS, velhinhos e velhinhas do dia-a-dia, me lembro da sabedoria de Confúcio e da sabedoria de minha mãe, Pensionista do INSS, dona Glória da Conceição Rodrigues Gomes, Mulher do Couto, Camponesa, Portuguesa com certeza..
Com efeito, dialogar com os mais velhos, durante 15 minutos, vale mais do que 3 horas dentro de uma faculdade, fazendo qualquer curso de graduação, ou pós-graduação, mestrado ou doutorado. É uma experiência humana, divina e maravilhosa.Você aprende tudo e de tudo, de tudo um pouco. O Idoso é uma verdadeira universidade em pessoa. Um bom conselheiro espiritual. Um mestre nas virtudes. Um solucionador de problemas. Um questionador da realidade. Um profeta de Deus. Grande administrador do dia-a-dia. Um bom professor do cotidiano das ruas. Ele está no botequim, no supermercado, na farmácia, no jornaleiro, na padaria, na rua, no ônibus, no metrô, na família, no trabalho, na escola, na rua, em qualquer lugar lugar, em qualquer tempo ou momento da nossa vida.
Na saúde ou na educação, na família ou no trabalho, nas tristezas e angústias, nos problemas e dificuldades, nas controvérsias e contrariedades, no dia-a-dia da nossa vida, e sobretudo no final da vida, na hora da doença ou da morte, lembremo-nos dos mais velhos, senhores e senhoras de idade: eles e elas, presença de Deus na nossa vida. Por isso, justamente por isso, respeitemos os mais velhos, não os desprezemos nem façamos mal a eles ou elas, porque amanhã os mais velhos seremos nós. E nós gostamos de ser ouvidos, amados, respeitados e valorizados. Deus, o Senhor, abençoe os mais velhos.

5. Raios de Sol

Enquanto houver luz sempre haverá vida.
Existe vida no meio de nós porque o Sol continua a brilhar todos os dias, em todos os tempos e em todos os lugares.
Somos como raios de luz do Sol, iluminando o nosso ambiente de família e trabalho com as coisas boas da vida, como por exemplo o beijo na namorada sempre que a encontramos, o abraço nos amigos quando nos deparamos com eles, o carinho e a atenção com a esposa e os filhos em casa, o conselho animador para um colega de trabalho, o gesto de bondade com a doente no hospital, a generosidade com os pobres da rua, a solidariedade com quem tem necessidade da nossa ajuda de vez em quando, a atitude fraterna diante de quem está triste ou desanimado, aflito ou desesperado, dar a mão a quem precisa, colaborar com o bem-estar da sociedade em que nos inserimos atualmente, cooperar com grupos de ajuda em eventos e campanhas em prol do bem-comum da humanidade, o respeito devido a quem quer que seja, as ações justas e pacíficas para o bem de todos e cada um de nosso convívio cotidiano, a oração junto a Deus a fim de favorecer parentes, amigos e familiares, as boas idéias e conhecimentos que compartilhamos uns com os outros, as ótimas experiências que nos faz interagir e beneficiar pessoas de nossa intimidade ou não, a melhoria de nossas condições e relações de vida e trabalho, saúde e educação, a transparência ética e espiritual em nossos comportamentos e relacionamentos, o bem que fazemos e a paz que vivemos socialmente, as nossas atividades políticas que fazem bem à comunidade, a nossa consciência ambiental e as nossas práticas culturais que ajudam o mundo a ser mais livre e feliz, justo e fraterno, ordeiro e pacífico, amigo e generoso, solidário e contente, alegre e otimista, equilibrado e racional, cordial e contente.
Enquanto houver essa luz que ilumina e fortalece a todos a vida sempre sorrirá, será feliz e otimista, alegre e contente.
Esses raios de Sol devem encontrar em nós uma alternativa de seguimento e fidelidade capaz de tornar possível a permanência dessa luz entre nós.
Sim, nós precisamos ser esses raios de Sol.
Assumir essa condição luminosa, esse reflexo do Sol, essa luz brilhante que direciona para o bem e a paz o caminho dos homens e das mulheres deste Planeta Global, o que certamente contagiará a todos, proporcionando-lhes mais felicidade pessoal e coletiva, tornando-nos pessoas também de luz, raios de Sol, raios da bondade do Criador e luzes de bem para todos os que precisam de uma força para vencer e de uma energia para caminhar.
Enquanto houver luz a vida permanecerá, crescerá e evoluirá fazendo a felicidade de todos.
Por isso, sejamos luz e não trevas para os outros.
Sejamos os raios desse Sol humano e divino, natural e espiritual.
Rejeitemos a violência.
Não abracemos a maldade nem a agressividade.
Sejamos do dia, e não da noite.
Enquanto houver Sol, e os raios desse Sol, poderemos ser felizes aqui e além, no céu e na terra, no tempo e na eternidade.
Só nos basta o compromisso de ser luz para os outros, ser raios de Sol levantando os caídos e deprimidos, erguendo os medrosos e aflitos, animando os tristes e angustiados, encorajando os doentes e desesperados.
Feito esse compromisso com o Sol, o Autor da Vida, poderemos gozar da verdadeira felicidade eterna unidos à sociedade do bem e à humanidade da paz.
E seremos felizes.

6. Seja Otimista

Na Vida, tenha sempre otimismo, sobretudo nas horas de contradição, nos momentos de dificuldade e nos instantes de adversidade.
Seja bom com as pessoas.
Crie novos amigos.
Sorria sempre.
Seja alegre em seus ambientes de família e trabalho.
Seja feliz fazendo os outros felizes.
Seja contente espalhando o bem e a paz na sociedade.
Construa sempre, ao invés de destruir.
Seja criativo em suas obras.
Produza boas idéias.
Gere bons conhecimentos.
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas.
Seja interativo.
Compartilhe com os outros os seus problemas e os seus pontos de vista.
Colabore com o bem-estar da humanidade.
Coopere com a saúde ambiental e ecológica do Planeta.
Seja fraterno e solidário, amigo e generoso com quem quer que seja, em quaisquer situações de vida e em todas as circunstâncias de existência.
Ame, respeite e valorize a Deus, a si mesmo e aos outros também.
Namore e paquere as mulheres.
Brinque como as crianças.
Entusiasme-se como os jovens.
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos.
Respeite para ser respeitado.
Seja responsável por seus atos.
Tenha sempre equilíbrio e bom-senso.
Seja livre dando condições de liberdade para os outros.
Tenha juízo sempre.
Seja uma pessoa de fé.
Faça da oração o sentido da sua vida.
Acredite em Deus e confie no Senhor.

7. O Equilibrista

Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, no início da década de 80, conheci um cidadão brasileiro famoso por ser conselheiro espiritual de muitas pessoas daquela região mineira. Chamavam-no de o Equilibrista, por suas atitudes sóbrias, seu bom-senso na resolução de conflitos e distúrbios sociais e interpessoais, seu comportamento sensato na direção de grupos e indivíduos, seu controle mental e emocional diante dos problemas da realidade cotidiana, seu domínio do ego perante os relacionamentos com que mantinha com os seus amigos e parentes, colegas de trabalho e familiares dentro de casa.
Seu nome era Paulo Feijó de Oliveira Albuquerque, que com seus quase 50 anos de vida e longa experiência em solução de controvérsias e resposta positiva e otimista a muitas perguntas inquietantes, questionadoras das boas ações humanas, das virtudes mais importantes vigentes na sociedade, dos valores das consciências tidas como seguras, confiáveis e de crédito reconhecido por todos, e das vivências de quem aparentemente agia como se fosse a pessoa mais importante do mundo, de prática exemplar em seu ambiente de existência e de experiência tão virtuosa que não deixava erros em sua conduta exteriormente excelente, quase perfeita em relação a todos com os quais convivia diariamente.
Paulo Feijó, conhecido como o Equilibrista, vivia entre o certo e o errado, o bem e o mal, o óbvio e a diferença, o bom e o ruim, o gostoso e o amargo, o belo e o feio, o falso e o verdadeiro, assumindo pois em seu dia a dia um comportamento que se dizia equilibrado, visto que a todos tinha uma palavra amiga, um conselho espiritual razoável, uma orientação psicológica inteligente, a sensatez de um direcionamento mental bem racional, o bom-senso de uma consciência que decidia sempre em favor do bem e da paz, levava todos a ser bons e amigos das pessoas, propagando assim a bondade da relações e a concórdia das amizades sinceras e honestas, a saúde física, mental e espiritual baseada na alegria de viver, no otimismo de quem sabe o que quer, do sorriso nos lábios de quem sempre feliz e contente com a vida espalhava ao seu lado e ao seu redor a generosidade que tudo salva, a fraternidade que tudo liberta e a solidariedade que tudo ajuda, o que eliminava em ambientes contrários a violência das atitudes e a maldade de ações adversas entre si, contribuindo na verdade para um mundo mais feliz, uma sociedade mais ordeira e pacífica e uma humanidade decididamente mais fraterna e solidária entre si.
Paulo Feijó assim com seu equilíbrio de vida e bom-senso de existência consertava o desregramento cotidiano de famílias inteiras e de comunidades numerosas, ajudando-as de fato a viverem de bem com a vida e em paz consigo mesmas, através de operações reais onde se sublinhava o bem que devemos fazer às pessoas, a bondade nos relacionamentos, e a amizade e a concórdia de quem faz dos amigos que cria o segredo do tempo e da história e a chave da felicidade, a partir de ações em que se destacavam a busca da liberdade social e individual, o respeito mútuo e a responsabilidade no convívio entre grupos e comunidades.
Assim era Paulo Feijó, o bom mineiro.
O Equilibrista.
Que administrava bem a sua imaginação diante da loucura dos vizinhos, que se perdiam na violência cotidiana, discutindo com amigos e familiares, brigando constantemente com adversários, confusos em suas cabeças, de comportamentos complicados e doentios, revelando as anomalias de uma patologia psicológica bastante grave.
No entanto, Paulo Feijó sempre mantinha o equilíbrio necessário ao seu bom comportamento cotidiano, usando o seu bom juízo e bom-senso para resolver conflitos, consertar os maus relacionamentos em torno de si, solucionar as contradições diárias e noturnas que invadiam o seu ambiente de boas maneiras e grandes atitudes, e responder assim de modo inteligente às perguntas da vida moderna, aos questionamentos de sua época e às interrogações de seu momento presente.
Eis Paulo Feijó, o Equilibrista, com o seu bom-senso razoável solucionador dos problemas mais graves e angustiantes do dia a dia tais como brigas de namorados, conflitos familiares, choques de casais, desordens mentais e emocionais, indisciplina moral e espiritual, desemprego e falta de trabalho, distúrbios sexuais, desorganização das idéias e do pensamento, conhecimentos inadequados e ausência de discernimento para se fazer a devida diferença entre as coisas.
Com seu exemplo de vida, o Equilibrista me ensinou hoje a viver bem a vida, construindo a paz ao meu lado e propagando a cultura da bondade em meu dia a dia como forma de combater a maldade das pessoas e a violência da sociedade.
Também eu aqui e agora busco sempre o equilíbrio em meus momentos de família e trabalho e em meus instantes de rua e de supermercado, no diálogo com conhecidos e na boa amizade com indivíduos que encontro pelo caminho.
Obrigado, Senhor, por Paulo Feijó, o Equilibrista.

8. A Filosofia das Águas

Hoje, saí do Rio de Janeiro, ultrapassei a Baía de Guanabara e mergulhei fundo no Oceano Pacífico, tentando descobrir o segredo das águas, o sentido de suas ondas do mar e o significado de seu movimento contínuo, que nasce nos altos das montanhas, percorre os rios e lagoas desta vida e desemboca nas regiões frias e quentes das bacias hidrográficas do mundo inteiro, e finalmente depositando-se nos bancos lacustres, marítimos e oceânicos das águas universais cujas profundezas abrigam a vida marinha, seres nadantes, animais mergulhadores e plantas aquáticas.
E nesse vai e vem das águas globais, desvelei que os mares são caminheiros e os oceanos são caminhantes.
Sim, as águas sempre caminham...
São levadas pelos ventos, aquecidas pelo sol, esperadas pelas praias...
Banham os homens, lavam os alimentos, cozinham nossa comida, higienizam nossos corpos, geram a nossa energia, movimentam a eletricidade, fazem circular barcos e geladeiras, transportam nosso sangue, veias e artérias, nos dão saúde mental, física e espiritual, energizam computadores e telefones, carregam rádios e televisões, mobilizam fábricas e indústrias, matam a nossa sede de cada dia, refrescam o nosso rosto, aliviam as nossas dores, animam as nossas forças, motivam os nossos trabalhos, incentivam as nossas atividades cotidianas, entusiasmam os nossos exercícios do corpo, da mente e do espírito...
De fato, as águas estão sempre em movimento...
Foi então que eu conclui que a vida tem uma razão de ser que nos é revelada pelas águas finas, divinas, genuinas e cristalinas de nossas riachos dos campos e das cidades: o movimento.
Como as águas, nós somos movimento.
Como a natureza, nós somos mudança.
Como o universo, nós somos mobilidade.
Até quando repousamos, estamos nos mexendo.
Mesmo parados, estamos operando a dinâmica nômade do movimento, uns em relação aos outros.
Sim, somos nômades como as águas.
Não fomos feitos para o sedentarismo.
Por isso, gostamos de ginástica.
Adoramos carnaval.
Somos fanáticos por futebol.
Somos esportistas por natureza.
Porque como as águas somos naturais.
Tal é a filosofia das águas.
A Filosofia do movimento.
O Movimento da mudança.
A Mudança que renova, restaura, regenera, recupera, resgata, remove, reinicia, recomeça sempre...
Seguir o curso das águas é caminhar sempre.
Somos andarilhos.
Andamos, caminhamos, nos locomovemos constantemente.
Esse é o sentido da vida.
Tal é a razão da existência.
Eis o segredo das águas.
Nem Deus escapou à filosofia das águas.
Porque Deus essencialmente é movimento, desenvolvimento, progresso, evolução, crescimento...
Mudamos sempre para melhor.
Deus quis assim.

9. A Escola das Tartarugas

Muito real e atual hoje, a Escola das Tartarugas tem uma Pedagogia de ensino-aprendizagem baseada no cultivo do silêncio interior, na vivência da paciência diante do sofrimento e na experiência original de fazer do movimento físico, mental e espiritual o fundamento de um comportamento saudável e de bem com a vida, o que traduz, todos esses 3 segmentos da vida moderna, a necessidade do mundo contemporâneo em resolver os seus problemas cotidianos imediatos, perante pois o barulho das sociedades aqui e agora, os limites das doenças e as fronteiras das enfermidades que nos perseguem no momento presente e a tendência de vida sedentária que atormenta hoje muitas pessoas sobretudo os idosos e mais velhos, condicionando de certa maneira algumas moléstias características da ausência de mobilidade tais como o AVC(Acidente Vascular Cerebral), a hipertensão arterial, a má circulação sanguínea, transtornos no coração e demais órgãos, sistemas e aparelhos do corpo humano.
De fato, com o silêncio, ordenamos a nossa mente, disciplinamos a nossa vida racional e emocional e organizamos as nossas idéias e conhecimentos, conquistamos também a paz espiritual indispensável nos instantes atuais, e ficamos bem internamente e em torno de nós, no ambiente vivido diariamente.
Com a paciência, sobremaneira na hora da dor e dos contrários da vida, controlamos os nossos desejos, anseios e paixões, dominamos as nossas aflições, pânicos e desesperos, administramos melhor o nosso corpo e a nossa alma, e regularizamos bem as nossas atividades dentro de casa e nas circunstâncias de trabalho, ou ainda nas situações de conflito na família ou nas adversidades na rua e no supermercado.
Ser paciente nos ajuda a regulamentar o equilíbrio e o bom-senso com que devemos gerenciar todas as coisas.
Com o movimento constante no dia a dia, realizamos maravilhosamente os nossos desejos e satisfazemos bem as nossas necessidades, trabalhamos com mais alegria e fazemos bem todas as coisas, nos animamos para os nossos exercícios cotidianos seja trabalhando, estudando, arrumando o apartamento, fazendo compras no shopping do bairro, almoçando no restaurante da esquina, ou indo à praia e ao cinema com a nossa namorada, ou mesmo passeando com os amigos em alguma viagem ao interior do Brasil.
Assim vivem as tartarugas.
Em seu vai e vem diário e noturno das areias da praia para as águas do oceano, e vice-versa, elas experimentam o silêncio de quem observa atentamente a realidade a sua volta, a paciência de quem caminhando devagar sabe bem o que está fazendo e o movimento permanente de quem gosta de viver e fazer da vida uma dinâmica nômade onde as mudanças são necessárias para sair da rotina e a mobilidade é indispensável para se fugir da paralisia de quem já desistiu da vida e transforma a sua cultura de morte no sentido de sua experiência de todos os dias.
Por isso, as tartarugas vivem muitos anos.
Sua existência tem qualidade de vida.
Sua experiência tem a sabedoria do tempo.
Seu caminhar tem a perfeição da eternidade.
Tal a Pedagogia das Tartarugas.
Indispensável nos dias de hoje.
Necessária diante da confusão e do barulho dos campos e das cidades.
Vital para quem deseja ser livre com os seus e feliz cotidianamente.
Sejamos pois como as tartarugas.
Que assim se protegem contra os perigos do mundo e se defendem das ameaças da sociedade moderna.
As tartarugas na verdade têm o senso de Deus.
Parecem divinas na sua caminhada de todos os dias.
Caminham em silêncio e pacientemente.
Que bacana o mundo das tartarugas!
Com elas, temos muito que aprender.
Aprender a viver.

10. Viva a diferença!

Se o seu dia a dia vai mal, então semeie o bem e seja bom com as pessoas.
Seja diferente!
Se no seu local de trabalho ou no seu ambiente de família, todos lhe são adversos ou contrariam você, ou discordam da sua maneira de viver e se comportar, então crie as condições necessárias para que a paz e a concórdia reinem ao seu lado e em torno de você.
Seja diferente!
Diante da tristeza e da angústia, seja alegre e contente.
Seja diferente!
Perante a maldade e a violência cotidianas, ilumine e fortaleça os outros.
Seja diferente!
Se o clima está pesado com a doença e a enfermidade em sua volta, então sorria para as pessoas, anime os desanimados, motive os deprimidos, incentive os aflitos e perturbados, console os desesperados e se aproxime de quem está aparentemente infeliz.
Seja diferente!
Se na sua frente só há destruição e tragédia, briga e confusão, então gere amor e amizade, construa o direito e a justiça, pratique o respeito e a responsabilidade, produza o equilíbrio, o juízo e o bom-senso.
Seja diferente!
Na falta de fé, acredite em Deus.
Na dúvida e incerteza, confie no Senhor.
Na insegurança e instabilidade, seja firme fazendo o bem e seja forte construindo a paz.
Seja diferente!
Se o mal-estar invade a sua alma e a sua casa, tenha calma e espalhe a tranqüilidade, gere um ambiente seguro e confiante em si e em seu círculo de amigos.
Seja diferente!
Construa ao invés de destruir.
Em meio à divisão entre grupos e indivíduos, seja amigo e generoso, fraterno e solidário.
Se o orgulho e o egoísmo prevalecem, prefira a o amor e a humildade.
Se os complicados confundem, use a simplicidade para iluminar e a inteligência para fazer a diferença entre as coisas.
Seja diferente!
Seja luz onde existe a escuridão.
Seja alegria onde invadir a tristeza.
Seja entusiasmo onde houver a fraqueza.
Seja corajoso onde insistir a covardia.
Seja amor e vida onde imperam o ódio e a morte.
Seja bom quando fazem o mal.
Gere bem diante dos seus contrários e adversários.
Faça o jogo do bem diante do mal.
Utilize a malandragem do bem nessa hora.
Seja diferente!
Você não é obrigado a ser feio e ruim, por isso escolha ser bom e bonito.
Troque o seu pessimismo pelo otimismo de quem está de bem com a vida, e o seu negativismo pelo pensamento positivo de quem curte com prazer e alegria as boas coisas que a vida tem.
Eleve a sua auto-estima e elimine o seu baixo-astral.
Seja diferente!
Seja amigo da verdade e inimigo da mentira.
Procure a liberdade onde só há escravidão.
Busque a felicidade sempre e a guerra jamais.
Construa saúde perante a doença que lhe ameaça.
Arrisque no bem que você constrói e na paz que você vive, quando os conflitos forem fabricados e as contradições forem industrializadas.
Que Deus o ajude quando a maldade lhe perseguir e a violência desejar estragar a sua vida.
Deus existe.
Mas o mal também.
Seja diferente!

11. A Cultura do Descartável

Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.

12. A Bagunceira

A Vida é uma Criança
Criança gosta de brincar
Da brincadeira surge a bagunça
Com a bagunça, a casa fica desarrumada
Nasce o desejo da ordem
Com a ordem, se disciplinam as coisas
Através da disciplina, se organiza tudo e todos
A Dança da esperança é a bonança da criança
Vivemos de sonhos
Sonhos que devem se realizar
O Ciclo natural da história:
Bagunça e ordem
Trabalho e descanso
Movimento e repouso
Mobilidade e constância
Dinâmica e permanência
Operação e estabilidade
O Mundo é lógica e dialética
Ordem e caos
Regra e confusão
Norma e complicação
Direito e falsidade
Verdade e mentira
Justiça e injustiça
A Natureza possui as suas leis
As suas leis são os seus limites
Seus limites são o equilíbrio
O Equilíbrio é o bom-senso
Bom-senso é autocontrole
Autocontrole é autodomínio
O Bom juízo é algo natural
O Universo é infinito
Seu princípio é eterno
Eterno é o seu Organizador
A Vida,
uma Eterna Bagunceira,
que bagunça tudo para depois ordenar.
Assim são os fatos históricos,
acontecimentos desordenados em sua origem
para depois serem disciplinados pela racionalidade humana e organizados pela consciência inteligente do ser vivo criado por Deus.
Vivemos de possibilidades,
que interferem na realidade cotidiana e intervêm no destino dos povos.
Nossa existência humana,
natural e cultural,
social e política,
econômica e financeira,
é definida pelo bem ou pelo mal,
opções que devem ser feitas por nós.
No equilíbrio da natureza e no bom-senso da mente humana
se encontram o segredo do sucesso e a chave da felicidade.
O Bom caminho da vida
nos indica o sorriso como cura de nossos males,
a alegria como remédio de nosso mal-estar
e o otimismo como o melhor médico para a nossa saúde física, mental e espiritual.
Quando somos amigos das pessoas,
fraternos com os necessitados,
solidários com quem precisa de nós
e generosos com os fracos e pobres,
a vida então se coloca ao nosso lado
e Deus nos abençoa com inúmeros favores e benefícios sem fim.
No silêncio,
a bagunça se transforma em ordem.
Com a paciência,
dominamos nossas adversidades.
Se os contrários nos afligem,
ou se as contradições nos amedrontam,
ou se os antagonismos nos causam pânico,
ou se a violência e a morte se apresentam à nossa porta,
então tenhamos fé,
rezemos,
e confiemos em Deus,
e acreditemos no Senhor.
A Vida é assim:
o bem ou o mal que devemos escolher.
A Paz ou a guerra
que devemos optar.
O Amor ou o ódio
que devemos preferenciar.
Como meninos que brincam
ou garotos que bagunçam,
vivemos de sonhos e esperanças,
dançamos a música da felicidade e da bonança
ou nos entregamos à cultura da morte ou à mentalidade da violência.
A Vida é feita de escolhas
porque nosso desejo é a nossa liberdade,
e somos livres optando pelo bem ou pelo mal.
Sabemos o bom caminho
mas somos nós que devemos fazer a boa caminhada.
Deus nos dá as condições,
todavia a liberdade é nossa.
Não basta caminhar,
é preciso ter as condições de caminhar.
Sim, necessitamos de Alguém que nos faça caminhar.
Precisamos de um Primeiro Motor.
Somos movimento,
a natureza nos direciona
e a razão faz o discernimento
nos colocando no caminho certo.
Precisamos de regras,
porém necessitamos igualmente de bagunça
para fazer as regras.
Tal a sabedoria da vida:
entre ordens e bagunças
construímos a existência,
fazemos a história
e criamos a boa eternidade.
Esse foi o jeito que Deus encontrou para nos trazer felicidade.
Felicidade, que é fruto da liberdade.

13. Um Bom Caminho
para 2011

Ame a vida
Pratique o amor
Ande na luz do conhecimento da verdade
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Pratique a justiça
Seja uma pessoa direita
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha juízo e use o bom-senso
Controle a sua mente
Domine-se a si mesmo
Mantenha o seu equilíbrio mental e emocional
Guarde-se, segure o seu temperamento e garanta a sua paz interior
Busque a liberdade
Procure a felicidade
Deseje sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros
Busque o equilíbrio alimentar
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Seja você mesmo o médico de si mesmo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Abra-se a novas possibilidades
Favoreça as boas tendências
Renove-se interior e exteriormente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Seja realista
Mantenha a calma diante dos problemas
e a tranqüilidade na hora das decisões
Cultive o silêncio
Tenha paciência
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Respeite as diferenças
Observe os pequenos detalhes
Valorize as pequenas coisas
Busque sempre a novidade permanente
Saia da rotina
Progrida material e espiritualmente
Evolua física e mentalmente
Cresça econômica e financeiramente
Procure emergir social, cultural e ambientalmente
Busque a sua emancipação ética e política
Use sempre a sua criatividade
Ative seus dons, talentos e carismas
Queira sempre sua satisfação vocacional e sua realização profissional
Produza boas idéias e bons conhecimentos
Use o discernimento para fazer a diferença entre as coisas
Fundamente a sua opinião
Desenvolva o seu ponto de vista pessoal
Ordene a sua mente
Discipline a sua razão
Organize os seus conhecimentos
Seja transparente em suas atitudes
Supere os seus limites sempre que possível
Ultrapasse as suas barreiras psicológicas e ideológicas
Transcenda os seus obstáculos mentais, corporais e espirituais
Namore e paquere sempre que puder
Ame sua mãe, seu pai e sua família
Procure sempre construir e jamais destruir
Seja otimista
Pense sempre positivamente
Aumente o seu astral
Eleve a sua auto-estima
Aprecie as coisas boas que a vida tem
Ajude os pobres e menos favorecidos
Brinque e sorria sempre como as crianças
Entusiasme-se com os jovens
Ame as mulheres
Aprenda com a sabedoria e a experiência dos mais velhos
Seja consciente de seus deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades
Lute por seus direitos
Defenda seus desejos e necessidades
Trabalhe com alegria
Faça bem todas as coisas
Oriente-se pelas boas virtudes que você pratica
Siga os bons valores da sua consciência
Faça das suas vivências a experiência mais fundamental da realidade
Alegre os tristes
Anime os desanimados
Motive os deprimidos
Incentive os angustiados
Propague a bondade e a concórdia
Seja novo e busque a novidade
Sorrir é o nosso melhor remédio
A Alegria cura os nossos males
Seja feliz fazendo os outros felizes
Seja livre dando condições de liberdade para os outros
Tenha fé em Deus
Faça da oração o sentido da sua vida
Ame a eternidade
Acredite em Deus e confie no Senhor



14. 8 de Março
Dia Internacional da Mulher

Hoje, ao celebrarmos o Dia da Mulher, recordamos aquela que é a essência do amor, a beleza da vida, a riqueza do homem, a grandeza de Deus, o perfume da realidade, a jóia do coração romântico, a pérola do relacionamento vivo, o sentimento em forma de talento, o sorriso da graça, a alegria sensível, o otimismo sempre de plantão, a parceira de cama e companheira de caminhada, a profissional do sexo, a mãe preocupada com seus filhos, a noiva pronta para casar, a namorada eterna, a paquera de todo fim de semana, a esposa dedicada ao marido, a viúva sempre ansiosa por recomeçar a vida, a solteira em busca do seu príncipe encantado, a desquitada que não desiste de amar, a divorciada que ainda não perdeu as esperanças do amor, a jovem estudante que procura ser alguém na vida, a menina inteligente e educada que deseja um lugar ao sol, a garota trabalhadora que luta pela vida, a idosa doente sobre a cama de um hospital, a professora criativa que produz conteúdos de conhecimento, a advogada que batalha pela defesa de seu cliente, a engenheira geradora de obras de arte, a juíza solícita que trabalha em favor do direito e da justiça, a mecânica de automóveis que conserta o carro do freguês, a dona de casa que socorre a sua família, a empresária que constrói o capital de seus funcionários, a comerciante que compra e vende para sobreviver, a trabalhadora operária construtora de tijolos que fazem o edifício, enfim, a fêmea que no cotidiano da vida combate em benefício da sociedade do bem e da paz.
Assim é a mulher.
Pequena ou grande, mulata ou morena, poderosa ou humilde, compreensiva quase sempre, perfeita de vez em quando, excelente uma vez ou outra, rica ou pobre, patroa ou empregada, chefe ou subordinada, ela está sempre na moda, com seu jeito simples de viver, com seu modo elegante de se comportar, com sua maneira esperta de se relacionar, driblando os problemas da vida para encontrar soluções corretas para as dificuldades e conflitos do seu dia a dia, vencendo a guerra da violência urbana ao optar pela bondade de seus atos, a boa educação com o semelhante, o respeito ao próximo, equilibrada e sensata quase sempre, responsável e comprometida com uma sociedade justa e fraterna, pacífica e solidária, que encontra na fé em Deus a força para não desanimar e o ânimo para ajudar os outros, garantindo assim a sua consciência de liberdades conquistadas, de direitos adquiridos e de deveres a serem cumpridos.
Mulher cidadã.
Mulher com dignidade.
Mulher com qualidade de vida.
Mulher que trabalha incessantemente pelo bem da humanidade e pela paz em sua casa e pelo bem-estar da sua família.
Mulher amada ou amante.
Mulher que assume com seriedade os esforços por uma sociedade mais livre e feliz, ordeira e tranqüila, calma e em paz.
Sim, hoje é o dia delas.
Mulheres apaixonadas.
Mulheres lutadoras.
Mulheres trabalhadoras.
Mulheres profissionais.
Mulheres maternais.
Mulheres namoradeiras.
Mulheres cujo desejo é a loucura da paixão.
Nesse dia delas,
convoco as Gabrielas,
as Manuelas e as Rafaelas,
para comerem comigo um doce de chocolate e um suco de laranja em homenagem àquelas que dão sentido às nossas vidas e razão às nossas existências de cada dia e de toda noite.
Parabéns, mulheres!
Com vocês, aprendi a viver, trabalho com alegria e descanso com tranqüilidade.
Sem vocês, não há ordem nem paz em nosso dia a dia.
Vocês são como o sol.
Iluminam nossas madrugadas.
Esquentam nossos ambientes.
Aquecem os nossos trabalhos.
Fortalecem os nossos desejos.
Abençoam os nossos lares.
E glorificam a Deus cotidianamente.
Vocês, o farol da minha vida.
A Paz que eu gosto de ter.
O Bem que me traz a verdadeira felicidade.
Obrigado, Senhor, pelas mulheres de hoje, de ontem e de amanhã, vivas e falecidas, no céu ou na Terra.
Hoje, elas sobem mais um degrau na escadaria da vida.
O Degrau da consciência de que podem intervir na realidade em favor da paz na sociedade.
Interferir na conquista da liberdade para si e para os outros.
Podem escolher o melhor caminho.
O Caminho do Bem.
Só assim a paz será possível.
E elas são da paz.
E do bem também.
Graças a Deus.

15. Manter acesa a chama

Do mesmo modo que o Criador todos os dias acende o fogo do Sol para iluminar a existência e fortalecer a nossa caminhada cotidiana, dando energia aos nossos trabalhos e afazeres, assim também nós devemos manter acesa a chama da vida que esquenta em nós, continuar otimistas em relação à realidade que nos cerca, permanecer animados em nossos relacionamentos diários e noturnos, nos motivar todos os instantes para as nossas ações no trabalho, na rua e na família, entusiasmados nos negócios e atividades que fazemos, e incentivados pelo Espírito da Vida a construirmos um mundo de mais liberdade para todos, de justiça e fraternidade, de ordem e progresso, de saúde individual e bem-estar coletivo, ajudando assim a sustentabilidade do nosso Planeta, o desenvolvimento das sociedades locais, regionais e globais, a responsabilidade social e ambiental de empresas e indústrias junto à população em seu entorno, o respeito entre as pessoas, a prática da solidariedade mútua e a experiência de cooperação recíproca entre indivíduos, grupos e comunidades de diferentes ambientes, culturas e mentalidades.
É preciso que estejamos sempre acesos, alegres e otimistas, animados e entusiasmados, espalhando pelo mundo ao nosso redor a energia do amor e da vida que geram atitudes de bem social e pessoal, produzindo outras e novas oportunidades de emprego, possibilidade de ótimos comportamentos em sociedade, de boas tendências no campo da ética e da espiritualidade quando o equilíbrio mental e emocional passa a ser a regra do bom convívio humano, natural e cultural, a norma das boas relações e o princípio de valores bem elevados com qualidade de vida, riqueza de conteúdo e excelência de virtudes.
Urge estarmos acesos.
Animados.
Sem afrouxar.
De bem com a vida.
Ignorando a violência.
Em paz com as nossas consciências.
Esquecendo a agressividade.
Otimistas.
Sem desanimar.
Alegres.
Sem cair na tristeza e na depressão.
Sorridentes.
Sem perder o juizo.
Felizes fazendo os outros felizes.
Sem cair no pessimismo.
Gerando paz e virtude em torno de nós.
Sem ser negativos.
Assim a vida sempre vencerá.
E nós com ela.
Deus será glorificado.
E todos respirarão a brisa leve inspirada pelo Sol de todas as manhãs.
Não haverá mais noite.
Os dias serão de luz.
A Luz do bem e da paz.
Continuemos quentes.
Permaneçamos acesos.
A Vida precisa de nós.

16. Em busca de um Tesouro

No cotidiano da realidade da rua, de nossa família e do trabalho de todo dia, vivemos transformando sonhos em situações reais, à procura de melhorias para a nossa existência de cada hora, minuto e segundo, em busca daquele Tesouro escondido no fundo de nosso coração, ou daquela Jóia valiosa em forma de ouro ou prata, rubi ou esmeralda, ou daquela Pérola preciosa capaz de nos enriquecer materialmente, e assim realizar os nossos desejos vitais e satisfazer as nossas necessidades humanas e naturais. Então, nos tornamos Mineiros, que, com o Mapa da Mina, cavamos a terra, tentando encontrar o buraco negro que nos levará ao Rico Tesouro escondido nesse campo fecundo e profundo que é a nossa consciência de vida e o nosso coração de sentimentos apaixonantes. Quem sabe esse Tesouro Gigante seja Deus, ou algo muito importante para nós, ou uma mulher bastante especial, ou um amigo de bons conselhos para nos dar. Ou ainda nos fazemos Garimpeiros, que, com a pá na areia, invadimos o campo e mergulhamos nessa região de pedras preciosas, a fim de garantir o nosso pão de cada dia, o pagamento do aluguel e do condomínio, a gasolina do nosso carro, o ingresso no Maracanã no próximo domingo, o bilhete da Loteca que nos daria possivelmente milhões de reais, a entrada na arquibancada da Marquês de Sapucaí no carnaval do ano que vem ou o meu filme de cinema no fim de semana que vem aí. Ou também nos transformamos em Relojoeiros de classe média, que anseiam por guardar com segurança absoluta as jóias e relógios de sua loja de comércio, como que assim sustentar as famílias que os acolhem, fazer o pagamento de taxas e impostos imprescindíveis para que o seu dia a dia seja equilibrado, racionalmente ordenado e distribuido, e emocionalmente bem vivido e experimentado. Sim, vivemos em busca. Somos processo, movimento, mobilização comportamental em torno de algo que nos satisfaça ou de Alguém que nos realize vocacional e profissionalmente, alguma coisa que nos interesse tanto ao ponto de nos fazer esquecer de tudo e de todos para conseguir alcançá-la, torná-la propriedade nossa, fazê-la parte integrante de nossa vida diária e noturna. Buscamos na verdade o que é bom para nós e o que nos faz bem. Buscamos a Bondade Suprema e o Bem Superior. Buscamos o que é bom nas coisas e nos acontecimentos de todos os dias, o bem em cada ser e pensamento que surgem dentro e fora de nós. Buscamos esse Tesouro escondido em nós, essa Jóia que mais vale que o ouro, essa Pérola mais rica que a prata e mais importante que o rubi e mais interessante que a esmeralda. Buscamos... estamos em busca... Ao encontrá-Lo, deixamos tudo e todos para comprá-Lo e adquiri-Lo para nós. Essa Jóia, Pérola ou Tesouro certamente como disse é Deus, ou uma grande Mulher, ou um Amigo muito importante. Ou uma Moradia hoje tão necessária, ou um emprego gigante que nos dê um ótimo salário todo final do mês, ou uma vaga na Universidade, ou uma boa idéia que surgiu de repente. De fato, estamos em busca... Talvez a busca seja mais importante que o encontro. Quem sabe o movimento valha mais que o repouso e a posse. Ora, é isso mesmo! O Verdadeiro Tesouro é a busca. A Jóia mais valiosa é a caminhada. A Pedra mais preciosa é a nossa mobilização à procura do que é maior e melhor para nós. É verdade. O nosso Prêmio é a luta para encontrar o Tesouro, o esforço para achar a Jóia, o empenho para conquistar a Pérola. Assim é a vida. Quando buscamos a Deus o tempo inteiro, o trabalho em encontrá-Lo tem mais valor do que apropriá-Lo. Porque Deus não é nem será jamais propriedade de ninguém. Mas Ele se faz Propriedade e Tesouro, Jóia e Pérola, de quem O busca esforçadamente. De quem caminha. De quem se movimenta. De quem se mobiliza. Sim, Deus é busca e não encontro. E é assim justamente que O encontramos. Ele é o Movimento que caminha... Ele é o Motor que sustenta a mobilidade... Ele é o Fundamento... A Garantia do caminho... O Princípio e não o fim da estrada... Pois então continuemos buscando, caminhando, nos movimentando, nos mobilizando... Deus é isso.

17. Dia do Amigo
(20 de Julho)

Que bom ser amigo e que
maravilhoso ter amigos!

Amigo não é um tesouro,
porque ele vale mais do que o ouro.
Amigo perfuma mais do que a rosa,
porque ele é uma pérola bem preciosa.
Amigo é sempre uma necessidade,
sempre pronto a nos ajudar em qualquer realidade.
Amigo é humano dentro do nosso cotidiano.
Amigo é divino, o cristalino dos nossos olhos, sem o qual tudo é catarata, tudo nos parece obscuro e embaçado, como que faltando uma luz para clarear a nossa consciência.
Amigo é da vida a essência e não a aparência sem transparência.
Amigo é sempre verdadeiro para conosco.
Aquela pessoa autêntica em quem a gente confia e se entrega, a quem abrimos os nossos segredos e de quem esperamos a palavra certa na hora mais incerta, o conselho legal ainda que estejamos diante de um grande carnaval, a atitude corajosa que nos tira do sufoco, que nos livra do obstáculo, que endireita as nossas veredas.
Amigo é aquele cara bacana que todo dia nos cumprimenta mesmo que a gente não o aceite nem o compreenda, porque ele vai além do aparente, sempre contente, e que nos diz sempre alegremente: “Bom dia, garota” ou “Boa noite, seu doutor”.
Amigo é coisa rara.
Temos muitos conhecidos, mas poucos amigos.
Os conhecidos só aparecem no dia da festa, nos momentos alegres, ou nos instantes de felicidade.
Amigo não.
Amigo está presente na dor ou na alegria, na tristeza ou no contentamento, no sofrimento ou no júbilo, na discórdia ou na concórdia.
Amigo é mais, é sempre mais, é muito mais que mais...
Amigo vai além das aparências.
Amigo enxerga o nosso coração.
Amigo sente as nossas necessidades.
Amigo ajuda quando é preciso.
Amigo é sempre uma luz no nosso caminho.
Amigo é sempre uma força a nos levantar.
Amigo é sempre “sim” para nós.
Não sabe dizer “não”.
Só sabe ajudar.
Não sabe fazer outra coisa.
Porque Deus está com ele, por isso ele coopera conosco e colabora com quem é amigo da gente.
Amigo é leal, cordial, sincero, honesto, verdadeiro, justo, uma pessoa direita, que sempre nos respeita, e nos orienta no caminho correto.
Que bom ser amigo das pessoas!
A gente só tem a ganhar.
Que maravilhoso ter muitos amigos!
A gente só cresce, progride e evolui.
Que gostosa é a amizade de quem nos ama, nos respeita e nos dá valor!
A gente parece a felicidade em pessoa, a pessoa mais feliz do mundo.
Quão belos são os amigos!
Quem não tem amigo,
faz da vida um inferno.
Quem possui amigos,
a vida se torna um céu e a amizade um paraíso.
Amigo nos fala ao coração.
Suas palavras são facadas de alegria.
Seus gestos são caminhos de felicidade.
Sua alegria nos faz contente também.
E quem melhor do que Deus para ser o nosso maior e melhor amigo ?
Deus é mais do que um amigo.
É O Amigo.

18. O Rio da Vida

A Vida é como um Rio, que passa e não volta mais...
Suas águas se movimentam sempre para a frente, em direção ao Oceano, e por elas navegam pescadores e viajantes, seguindo o ritmo da existência, pescando peixes bons e ruins, para fazer comércio ou servir de alimento para si e suas famílias.
No cotidiano da realidade, também nos encontramos muitas vezes dentro de um Rio, que ora nos leva para horizontes benignos e virtuosos, ora nos direciona para locais onde reinam o perigo, o risco de viver, os vícios das pessoas e a violência de alguns.
Igualmente, ainda que o mundo passe e a realidade seja veloz e corra depressa, precisamos de águas que permaneçam, de valores que fiquem e de princípios que dêem estabilidade e boa vida às nossas atitudes, ações e relações, e comportamentos no dia a dia.
Nesses Rios da Vida, encontramos pessoas boas que nos ajudam a percorrer as águas da existência com paz e calma, tranquilidade na alma e repouso no corpo.
Também os Rios da Realidade nos ensinam a continuar pescando, navegando sem parar, construindo a vida com os peixes bons que encontramos e ao mesmo tempo ignorando os peixes inúteis, que não servem para nada e não nos ajudam em nada.
Somos como os bons pescadores – ou deveríamos ser – que voltam felizes para suas casas depois de uma boa pescaria. Satisfeitos por serem do Rio e realizados porque a vida lhes deu o sustento de cada dia, o alimento necessário, que faz bem a si e aos seus.
Somos como os bons peixes, que alimentam a vida e a família dos pescadores, ajudando-os a manter viva a chama da vida, trabalharem com alegria e viverem as suas realidades de maneira feliz e otimista, alegre e contente, sempre soltando um sorriso vivo para as pessoas ao seu lado e em torno de si.
Assim é a vida.
É como um Rio que passa e não volta mais...
Só ficam o bem que fazemos, as boas experiências que fizemos e as boas práticas que estabelecemos e consolidamos no convívio uns com os outros.
Assim somos nós.
Pescadores da vida.
Peixes que alimentam o cotidiano.
Navegantes que tornam felizes a vida dos outros que caminham conosco.
Somos caminhantes.
Porque a vida é o Rio que caminha.
E nós a caminhada de suas águas ora tranquilas ora turbulentas.
O mais importante é saber viver bem o momento, sabendo que ele não volta mais.
Viver bem o instante de aqui e agora, a fim de colhermos os bons frutos que Deus um dia nos dará por termos feito bem todas as coisas, vivido com alegria essa vida, construindo sorriso e otimismo a nossa volta.
Porque a vida passa, mas o bem que fazemos fica.
Porque o mundo passa, mas bondade de nossas ações continua para sempre.
Assim é o dia a dia.
Cabe a nós vivê-lo bem.
O Resto é consequência.
Mas não se esqueça: a Vida não tem volta.

19. Preciso de um Reboque

Muitas vezes, em determinadas circunstâncias da vida cotidiana de todos os dias, noites e madrugadas, precisamos de Alguém que nos socorra em nossas necessidades, ou de uma pessoa que carregue e compartilhe conosco os nossos problemas diários e noturnos, ou de um indivíduo que suporte as nossas dificuldades e conflitos do dia a dia, ou de um cidadão que nos ajude na hora do aperto, nos instantes de risco e nos momentos de perigo. Precisamos de um Reboque. Que resolva nossas necessidades e colabore conosco em nossas dependências. Às vezes esse Reboque é o pai de família que nos dá dinheiro para as compras no Supermercado, ou que leve os nossos filhos para a escola, ou encaminhe um amigo ou parente para a emergência de um hospital, ou que nos dê a mão quando o carro enguiça ou necessitamos de obras em nossa casa. Nesses intervalos, o Reboque sempre aparece para nos dar um socorro, nos levar uma ajuda ou carregar os nossos pesos pesados de cada dia e de toda noite. No incômodo da doença, lá está o Reboque fazendo alguma coisa por nós. É ele que nos ajuda a fazer o enterro de um familiar, coopera conosco quando surgem dívidas ou atrasam o aluguel ou o condomínio. Tem sempre um dinheiro para nos dar ou emprestar. Ele pode ser um primo da família, ou um amigo de diversos anos, ou uma namorada que gosta muito de nós, ou um colega de trabalho que entende nossas contrariedades e compreende nossas contradições quase sempre aparentemente sem solução, mas que com o Reboque sempre se encontra a resposta adequada, ou a saída para a interrogação, ou a solução para a questão. O Reboque é assim. Sempre pronto para nos ajudar. Sempre aliviando as nossas dores, socorrendo-nos no que for preciso, carregando nossos fardos e pesadelos de todo minuto e segundo. Todavia, quando o Reboque nos falta, ou desaparece de repente de nossa vista, ou evapora de nosso cotidiano, ou some de uma vez por todas de nossa realidade diária, então o mundo parece cair, tudo tem sintomas de acabar, todos se afligem, se desesperam e se amedrontam. Cadê o nosso Reboque ? Onde está a nossa tábua de salvação ? Onde se encontra a nossa providência para os casos de depressão e tristeza, de moléstia e enfermidade, de necessidades materiais e espirituais de todos os dias ? Pois é. Como nos faz falta um Reboque! Que, na vida, possamos ser Reboque para os outros. Porém, também nós precisamos de um Reboque de vez em quando ainda que possamos superar por nós mesmos todos os problemas que nos chegam, ou ultrapassar os limites da nossa natureza, ou vencer os contrários da nossa existência, ou transcender as fronteiras que quase continuamente as enfermidades nos impõem. Apesar de tudo, vale ser Reboque para os outros. Ficamos felizes ajudando as outras pessoas. Entretanto, que todos os que dependem de nós compreendam também as nossas fraquezas e dificuldades, e que saibam que não somos deuses nem seres eternos neste mundo em que vivemos. Um dia, a casa cai. Nossas forças desaparecem. E então precisamos de outros Reboques para nos substituir.
Que Deus nos dê essa graça.
Que nunca nos falte um Reboque durante a vida.
E que nós igualmente sejamos também Reboque para os outros.
Porque a vida é um Reboque.

20. Dia de todas as Mães
(Domingo de Maio)

Todas as vezes que eu me lembro de minha mãe, já falecida, recordo os bons momentos de minha infância e juventude.
Nela, eu sempre encontrava o carinho e o acolhimento de quem respeita os seus filhos, compreende os seus problemas e os ajuda a resolver as suas dificuldades do dia a dia.
Com ela, repartia o meu salário de trabalhador e professor do ensino médio no Estado do Rio de Janeiro.
Sem ela, não há calma na minha alma nem paz no meu espírito.
Ela era tudo para mim.
A Mulher responsável pelas coisas de casa.
A Mulher que me aconselhava na hora das contradições da minha vida.
A Mulher que entendia os meus limites e aceitava a minha natureza pobre e fraca, muitas vezes envolvida pelas adversidades da sociedade e pelos transtornos do meio em que vivíamos.
Ela era a companheira que me levava para a escola estudar ou para o hospital quando eu tinha necessidade.
Ela me dava dinheiro para a merenda escolar e ia comigo para as festas juninas do Colégio.
Quando ela ia à feira na rua vizinha, sempre me trazia um riquinho, um presente ou um doce ou alguma coisa que pudesse me alegrar e alimentar, a mim e aos seus outros filhos e filhas.
Ela achava dinheiro na rua, e assim comprava para nós umas bananas no final da feira ou umas tangerinas para saciar o nosso desejo por frutas que têm vitamina C.
Na Tijuca ou no Rio Comprido, e na Praça da Bandeira, cuidava dos filhos e filhas com o amor de mãe interessada sempre na nossa boa saúde e ótimo bem-estar físico, mental e espiritual.
Conosco, freqüentava os botequins da vida, as padarias com seus sonhos e pizzas, as farmácias do melhoral e do xarope vick vaporouge, as missas das igrejas perto de nós, sempre ao mesmo tempo nos dando um conselho para a nossa caminhada cotidiana, um alerta diante dos perigos das ruas e uma chamada de atenção quando cometíamos alguma falta grave ou erro de conduta.
Mas ela era Mãe.
Mãe sempre bem intencionada.
Que nos dava bons exemplos de vida.
Mãe sofredora e trabalhadora.
Mãe atenta aos nossos desejos e solícita perante as nossas necessidades.
Ela fazia tudo por nós.
Quase tudo.
O Impossível ela entregava a Deus.
Mulher de oração e espiritualmente firme e forte.
Gostava de Deus.
Pôs os seus filhos e filhas no caminho do Senhor.
Cumpriu a sua obrigação.
Fez o seu dever de gerar e educar os seus herdeiros para a vida.
Não os aprisionou nem os escravizou, como se quisesse guardá-los só para si.
Ao contrário, quando maiores, entregou-os à vida, e deixou que a vida os levasse, como canta o Zeca Pagodinho, certa de que Deus estaria com eles e elas, os ajudaria e abençoaria sempre nesta vida.
O nome dela era Glória.
Glória da Conceição.
Como ela, assim são as Mães, todas as Mães, sem exceção, vivas e falecidas.
Na vida, elas são a luz mais brilhante que o Sol.
Elas são o amor mais quente que o fogo.
Elas têm o dom de bem educar para a vida.
Elas são o perfume mais agradável do Céu.
A Jóia mais valiosa.
A Pérola mais preciosa.
O Tesouro mais rico que podemos ter.
O Pedaço de ouro que ainda resta em nós.
O Canto macio dos passarinhos.
O Doce aroma das rosas e das violetas.
O Suave beijo que só elas sabem oferecer para os seus.
O Abraço carinhoso.
A Acolhida de quem ama de verdade.
Uma mulher sem preconceitos.
Assim é toda Mãe.
Uma mulher verdadeira e autêntica.
Uma mulher que tem a transparência do espelho que ilumina o nosso rosto e o nosso corpo com seu brilho incomparável.
Ela é Mãe, mulher e nada mais.
É a música mais perfeita do paraíso.
Rica em virtudes.
Bela como a Flor .
Grande como o Oceano, porém mais pequena que a bola de gude.
Ela pode ser um giz miúdo aos olhos dos outros.
Todavia, para mim ela é uma gigante dentro do lar, a Rainha do apartamento, a Dona da casa, a Mestra da Cozinha, a Doutora do coração que sabe qual é o melhor remédio para seus filhos e filhas.
As Mães são assim.
Mais elegantes que a prata.
Mais charmosas que as margaridas.
Mais bonitas que o verde das matas e o oxigênio das florestas.
Elas são lindas.
Lindas porque além de mães elas têm um carinho especial por Deus, que as faz ainda mais importantes do que são.
Interessante.
Por que toda mãe gosta de Deus ?
Talvez porque elas foram feitas pelo Senhor para serem o Deus de seus filhos e filhas.
Deus no Céu e a mãe na Terra.
E como deusas do amor são perfeitas no seu lado humano de cuidar bem da sua herança.
Eis o que é Mãe.
Porque têm respeito e fazem tudo direito visando sempre o bem-estar da sua família.
Porque são quase perfeitas já que possuem seus problemas pessoais e suas dificuldades familiares.
Porque zelam por seus maridos, pais dos seus entes queridos.
Porque rezam.
Rezam todos os dias e todas as noites.
Por isso tudo, Deus é a Mãe na Terra.
Ninguém como a mãe sabe o que é Deus.
Deus não é Mãe.
A Mãe não é Deus.
Mas ambos são o reflexo de um e da outra.
Mãe é isso.
É a única coisa que ela sabe ser.
Não sabe ser outra coisa.

21. Dia de todos os Pais
(Domingo de Agosto)

Pai quer dizer Genitor de vida, Princípio de ser, Origem de coisas, Fundamento de criaturas, Base de gente, Sustento de um povo.
Não é fácil ser pai.
Não é pra qualquer um.
Porque pai não só produz os filhos junto com a mãe, todavia é o responsável por aquele(a) que produz, comprometido com a sua saúde e educação, defensor de sua vida e garantia de sua subsistência, pelo menos nos primeiros passos da criança, na sua adolescência estudantil, até chegar a sua idade adulta, quando então o verdadeiro pai entrega à vida e à sociedade o destino de sua geração e o desfecho de sua herança.
Pai é aquele que sabe o que deve fazer em relação a seus filhos e filhas.
Pai tem a obrigação de ensinar à sua prole o caminho da vida, as boas coisas da existência, os problemas que acontecem na realidade, os desafios que oferecem o cotidiano, e ainda dar-lhe esperança de viver, razões para existir e sentido para a sua nova personalidade cujo caráter será formado antes de tudo e de todos em casa, na família, e mais tarde na escola, na rua e no ambiente social em que se insere atualmente.
Pai tem o dever de sustentar seus meninos, torná-los garotos estudiosos e brincalhões, e depois jovens adultos engajados no presente e futuro da humanidade, a partir da sociedade em que se incluem diariamente, à qual precisam lhe oferecer o seu equilíbrio mental e emocional, o seu juízo reto e o bom-senso das coisas, o controle de suas mentes e o domínio de si mesmos, princípios esses que o pai e a mãe devem infiltrar na consciência de seus herdeiros e no comportamento de seus frutos humanos e naturais.
Pai muitas vezes é duro com o filho, é severo com a garota, é áspero com o menino, é amargo com a mulher, porém tenho certeza que ele o faz pensando no bem de sua família, na felicidade de sua gente, no bem-estar de sua casa.
Mas não basta ser pai.
Tem que participar.
Participar da vida familiar.
Participar das reuniões da escola, da saúde de seus filhos, do dinheiro necessário para mantê-los, do lazer indispensável aos domingos, do esporte quando se faz preciso, brincar com eles sempre que puder, enfim, educá-los para a vida, para depois a vida se encarregar deles e ensiná-los a ser gente, dar-lhes um trabalho para se sustentarem, oferecer-lhes estabilidade de emprego se possível, abrir-lhes a estrada do casamento e da família, indicar-lhes a realização profissional e a satisfação de sua vocação humana, natural e cultural, consolidando então a sua criatividade própria, e os dons, carismas e talentos que a natureza lhes presenteou.
Sim, não é fácil ser pai.
Não é pra qualquer um.
Tem que ter vocação.
A Vocação de ser responsável por seus atos.
Ensinar o respeito e o direito a seus filhos.
Torná-los pessoas justas e verdadeiras.
Educá-los para a vida.
Cuidar de sua saúde mental, física e espiritual.
Dar-lhes o necessário sempre que puder.
Comprometer-se com o seu presente jovem e o seu futuro de mais velhos.
Pai tem que ter atitude.
Pai tem que ser oportuno.
Pai tem que ser equilibrado.
Porque dele, dependem seus frutos biológicos, seus efeitos naturais, suas conseqüências éticas e espirituais.
Pai tem que ser transparente.
Assim, nele a criança terá segurança, o filho terá confiança, a esposa terá esperança.
Pai tem que ser trabalhador.
Garantir o pão de cada dia da família.
Sustentar o colégio dos garotos.
Dar-lhes um plano de saúde sustentável.
Oferecer-lhes o indispensável para bem viver.
Pai tem que ser lutador.
Continuar lutando até a morte.
Ser um exemplo para seus filhos.
Ser um herói se possível.
Entretanto, nunca perder o respeito diante de todos e jamais excluir de sua vida a responsabilidade da criação e da educação de seus filhos.
Isso é o pai verdadeiro.
Limitado sim, mas responsável.
Fraco sim, mas respeitoso.
Isso é o pai direito.
Que não se esquece da mulher e dos filhos.
Que protege os seus.
Que ampara a própria família.
Pai algumas vezes quer dizer Deus.
Porque Deus também é Pai.
E, hoje, é o dia de todos os pais que se parecem com Deus.
Não são deuses, mas é como se o fossem.
Obrigado, Deus, pelos pais,
pelo meu pai aqui na Terra, Sr. Manuel Gomes Fernandes.

22. Guia de Saúde e Bem-estar
para uma vida saudável

Sorrir é o melhor remédio
A Alegria cura todos os males
O Otimismo faz bem ao coração
Respeite para ser respeitado
Seja responsável por seus atos
Tenha equilíbrio em suas atitudes
Use o bom-senso em suas atividades
Seja uma pessoa direita
Faça bem todas as coisas
Trabalhe com alegria
Procure sempre ser verdadeiro, transparente e autêntico
Seja bom e faça o bem
Viva em paz uns com os outros
Seja uma luz para as pessoas
Pratique o amor
Defenda a vida
Tenha juizo
Crie amigos
Seja generoso, fraterno e solidário
Namore e paquere sempre que puder
Abra-se a novas possibilidades
Abrace as boas tendências da moda
Cultive o silêncio
Seja paciente
Renove-se interior e externamente
Liberte-se de seus preconceitos e superstições
Siga a natureza
Movimente-se sempre
Beba bastante água
Evite gorduras e açúcares
Alimente-se de frutas, verduras e legumes
Prefira carnes brancas como frango e peixe
Ovos são fonte de vida
Dormir faz bem
Faça exercícios físicos com constância como ginástica, corrida e caminhada
Saia da rotina
Procure sempre diferentes alternativas de trabalho e emprego
Aproveite as oportunidades da vida
Tenha fé
Reze sempre
Faça da oração o sentido da sua vida
Acredite em Deus e confie no Senhor

23. Encontrar-se


No dia a dia da nossa vida, existem situações em que buscamos sentido para a nossa existência, razão para o nosso viver, respostas corretas para tantas perguntas, soluções prontas para diversos problemas cotidianos.
Vivemos em busca da nossa identidade, de nossa realidade interior, de nossa felicidade pessoal e coletiva, de nosso bem-estar físico, mental e espiritual.
Queremos nos encontrar.
Encontrar a paz interior.
Encontrar a calma da alma e a tranqüilidade do espírito.
Encontrar a verdadeira liberdade, fonte de felicidade, saúde e bem-estar.
Encontrar sentido para a nossa vida de cada dia e toda noite, e toda madrugada.
Precisamos nos encontrar.
Encontrar os outros.
Encontrar a Deus.
Realizar um quase perfeito encontro consigo mesmo.
Isto é um desejo.
Outra é a realidade.
Todavia, todos nós buscamos este encontro com a gente mesmo, razão de nossas existências à procura de respostas e sentido de nossa interioridade ansiosa para resolver o maior de todos os nossos problemas da vida: como encontrar a paz da consciência, a calma da alma e a tranqüilidade do espírito?
Vivemos em busca dessa resposta.
Todos querem se encontrar.
Homem ou mulher, buscam o perfeito encontro consigo mesmos.
E o que é se encontrar?
É beijar a maçã do jardim do Éden.
É abraçar os amigos conquistados e amar com respeito as mulheres que encontramos diariamente.
É respeitar para ser respeitado.
É ser bom e amigo das pessoas.
É agradecer a Deus por um benefício.
É louvar o Senhor por suas maravilhas entre nós.
É bendizer o Espírito Superior e Supremo pela beleza da mulher, pela coragem dos homens, pelo sol que Ele acende todos os dias.
Encontrar-se é viver o repouso, dormir em paz, descansar com alegria e satisfação.
Encontrar-se é dar um tempo e um lugar para Deus na nossa vida.
Encontrar-se é deixar os outros existirem, não aprisioná-los nos nossos pontos de vista nem escravizá-los em nossas visões da realidade.
Encontrar-se é permitir a liberdade para si e para os outros.
Encontrar-se é a felicidade interior, estar de bem com a vida e em paz com todos e cada um.
Encontrar-se é não ter inimigos nem adversários, mas ser amigo de todos que gostam de uma boa amizade.
Encontrar-se é estar bem com Deus, consigo e com os outros.
Encontrar-se é achar o tesouro do céu e a pérola mais preciosa do paraíso.
Encontrar-se é amar e ser amado.
Encontrar-se, sobretudo, é preencher os nossos vazios com uma música que nos acalme e com um silêncio que nos tranqüilize.
No silencio, me encontrei.
Encontrei Alguém mais do que eu, maior do que eu, melhor do que eu.
No silêncio, Deus me apareceu e se encontrou comigo.
Então, encontrei-me.
Deus, o meu sentido.
24. Quando o Nosso Destino é Olhar para as paredes


Tempo de limite.
Ao anoitecer a nossa vida, e as nossas forças desanimarem e as nossas energias enfraquecerem, ou a dor bater à nossa porta e a doença invadir o nosso ser, pensar e existir, ou as idéias não surgirem mais, e as nossas atitudes perderem o equilíbrio e a sensatez, e ainda o nosso cotidiano perder o sorriso das crianças, ou o entusiasmo dos jovens, ou a sabedoria dos mais velhos, então só nos resta olhar para as paredes...
Se nos tornarmos pessimistas em relação à existência de cada dia e de toda noite, ou o negativismo mergulhe em nosso oceano de realidades conscientes, ou a indiferença ocupar os vazios de nossa espiritualidade, ou o relativismo aumentar as nossas dúvidas e incertezas referentes à nossa família e ao nosso trabalho diário e noturno, ou mesmo os amigos começam a se afastar de nós, ou as garotas e as meninas não queiram mais namorar e paquerar, então só nos resta olhar para as paredes...
Se a alegria se afastar de nós, e não sorrirmos mais para as pessoas ao nosso lado e em torno de nós, e perdermos o sentido do bem que devemos fazer e a razão da paz que precisamos viver, então só nos resta olhar para as paredes de nossa casa, ou do nosso trabalho, ou de nossa rua de cada dia...
Então, silenciamos...
E as nossas ausências aparecem.
E as nossas carências acontecem.
Ficamos sem nada.
O vazio nos invade.
Falta-nos tudo e todos.
E assim só nos restam as paredes do nosso edifício, o barulho dos elevadores, a discussão nas escadas, ou o rádio que toca sem ninguém para ouvir, ou a televisão que a gente vê mas não enxerga o seu conteúdo querendo nos ensinar alguma coisa para a vida...
E novamente olhamos para as paredes, sem nada para fazer, sem nada para sentir, sem nada para enxergar, sem nada para experimentar, sem nada para nos ocupar e nos preocupar...
Sim, só nos restam as paredes à nossa frente e ao nosso lado...
Talvez, nesse momento, encontremos Alguém que nos preencha os vazios do ser, os nadas do pensamento, os sentimentos sem paixão, os amores sem tesão, os prazeres sem orgasmo...
Quem sabe encontremos a Deus diante de nós...
Pode ser.
Só sei que só nos restam as paredes.
Porque os amigos sumiram.
As mulheres desapareceram.
As pessoas se afastaram de nós.
Os bons tempos evaporaram.
Então, mais uma vez, voltamos para as paredes, e começamos novamente a pensar, refletir, meditar.
E descobrimos que somos pensamento.
Que tudo é ideia.
Que todos são conhecimento.
E, de repente, Deus acontece nesse instante na nossa consciência.
E as paredes nos fazem divinos.
E nos tornamos mais humanos.
E nos vemos eternos.
Eternos no pensamento que olha para as paredes.

25. E só me restou o silêncio

Na dialética do cotidiano das ruas e diante da crise existencial que muitas vezes afeta as nossas relações com a família e o trabalho, me vejo no limite da natureza, fadigado espiritualmente, cansado no corpo e na alma, esgotado mentalmente, sujeito ao império de doenças que se espalham rapidamente em nossos ambientes de vida, em nossos relacionamentos diários e noturnos, e em nossos intercâmbios culturais que estabelecemos quase sempre cotidianamente com amigos e garotas, parentes e familiares. Perante o assombro das moléstias, a crise de valores, a falta de princípios, a ausência de regras, a carência de normas que restabeleçam nosso equilíbrio e bom-senso, o vazio de raizes que fundamentem nossas atitudes, consolidem nossos passos e estabilizem nossas tarefas do dia a dia, só nos resta o silêncio de quem carece de opções e sofre com a insuficiência de alternativas que produzam sentido em nossas almas e razão em nossos espíritos cercados de problemas por todos os lados, convivendo com conflitos a todo momento e cheio de dificuldades nas relações e interatividades que realizamos a cada hora, minuto e segundo. Sim, só nos resta o silêncio. O silêncio dos limites com que nos chocamos em nossa existência diária, e sua falta de oportunidades para sair dessa crise de valores e princípios, que ora e outra bloqueiam nossas atividades e se tornam barreiras em nosso caminho de ascensão pessoal e social e obstáculos para o nosso crescimento nas virtudes espirituais como o sorriso para as pessoas, a alegria de viver e o otimismo que levanta os deprimidos e encoraja os mais fracos e abatidos. Então, só nos resta o silêncio de quem não sabe o que fazer, qual caminho perseguir, ou a estrada a ser procurada. Vemo-nos nas fronteiras das impossibilidades e nos limites da ausência de alternativas que possam resolver nossas contrariedades e solucionar nossas dúvidas e incertezas. Falta-nos sim espaços para andar, opções para abraçar, motivos para viver, sentido para uma existência agora vazia e sem nada. E só nos resta mesmo o silêncio. Talvez nesse estado sem alternativas e carente de possibilidades eu encontre algo que preencha os meus vazios ou Alguém que dê sentido ao meu ser, pensar e existir. Quem sabe um Deus resolva aparecer e me dar todas as respostas que eu preciso para bem encaminhar minha vida, resolucionar minhas contradições internas e satisfazer meu desejo pela convergência entre pensamento e realidade e a concordância entre consciência e experiência. É possível que surja uma boa idéia. Ou um outro, novo e diferente caminho a seguir. Ou uma via alternativa que alivie minhas tristezas e angústias, apague meus medos e pânicos, dissolva minhas aflições e desesperos, acabe com minha ansiedade, elimine meu estresse exagerado pleno de adversidades interiores e externas.
E só me restou o silêncio.
Que ele seja fértil e apresente-me uma estrada diversa capaz de dar soluções aos meus transtornos mentais e emocionais e aos meus distúrbios físicos e espirituais, materiais e existenciais.
Pode ser que ele abra para mim uma grande esperança.
Renove o meu existir.
E liberte-me das prisões da alma e das escravidões do corpo e do espírito.
E quando esse instante chegar.
Terei paz interior. O Bem e a Bondade me abençoarão.
Respirarei a tranquilidade do ambiente que me envolve.
E apagarei os meus sonhos e fantasias.
E deitarei e dormirei sossegado certo de que Deus me acompanha nesse mundo de silêncio gritador.
Deus, a minha Segurança.

26. Anoiteceu
O Dia em que minha noite se fez madrugada

Então, adormeci no Senhor.
E mergulhei em meus profundos sonhos metafísicos e em minha eternidade de realidades boas e de paz, e em meus instantes de infinito temporal, de lugares sem fim, de espaços sem medidas, e quando acordei estava cercado de amigos que me davam as boas-vindas, de mulheres bonitas que me beijavam sem parar, de parentes e familiares me acolhendo naqueles momentos de infinitude existencial.
De fato, minha vida anoitecera.
Minha noite se eternizou e minhas horas de aqui e agora se fizeram infinitas.
Meus passos então eram duradouros.
O Bem me acompanhava.
A Paz me envolvia.
A Bondade me cercava por todos os lados.
E acordei mais uma vez, e vi lá em cima no alto das alturas Alguém Superior, uma Realidade Suprema, que abençoava os meus caminhos e endireitava as minhas caminhadas.
Lá, havia movimento, as pessoas iam e vinham, trabalhavam e descansavam, se amavam e se respeitavam, um dava valor ao outro, e se ajudavam mutuamente, interagiam entre si e compartilhavam uns com os outros seus conteúdos de boas idéias e conhecimentos, ética e espiritualidade.
O Silêncio reinava naquele ambiente pacífico e repousante.
E ainda mais uma vez acordei, e ouvi uma voz que me dizia: “Hoje, é eternidade. Teus dias são para sempre.
Aqui, terás a paz que sempre procuraste, o bem e a bondade do Senhor te acompanharão por todas as noites sem fim. Cá, tens amigos que te compreendem e mulheres que te amarão como ninguém. Serás feliz para sempre com toda a tua família.”
E notei que uma música leve e macia, doce e suave, começou a tocar. Ela cantava amor e bendizia a vida que não acaba. E vi que estava no Céu de Deus. Um clima de respeito, de ordem e concórdia tomava conta desse lugar. Aqui, não havia voz nem vez para a violência e a morte. Todos se sentiam bem. Tudo era maravilhoso. O Império da Vida estava entre nós.
E observei também que era bem-vindo naquele ambiente sossegado. Respirava paz. Podia descansar se eu quisesse. Estava à vontade. Havia liberdade, fonte da verdadeira felicidade. Todos viviam bem.
Sim, era eternidade em meu dia que se fez noite, em meus sonhos que se tornaram realidade, em minha madrugada de vida sem fim. Era tudo real. Tudo tinha vida, força e energia. As pessoas estavam alegres e otimistas, sorriam sem parar. E Deus passeava no meio delas.
Era eternidade.

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